Don't Panic! escrita por Lian


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Vamos ver o outro lado da moeda. Tio Inu, é com você.



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Kagome está bufando de novo. É a quarta vez. Deus, ela realmente parece irritada agora. Ela vai me bater dessa vez, mas não foi minha culpa, eu JURO. Meu irmão estúpido-

— Sério, Inuyasha? Você pensou que não tentaria te arrastar de volta? — É. Vou para casa. Yay. Musiquinha-feliz-de-filme-água-com-açúcar-de-fundo. Ele deu um tapa na testa e sentou no único sofá do quarto. Minha cara deve ter sido ótima.

— Eu aprecio a reunião de família. De verdade. — ela forçou um sorriso — Mas, por que, diabos, vocês ainda estão aqui? —

Ok. Recapitulando. As coisas aconteceram mais ou menos assim.

Eu estava simplesmente indo para a escola, cuidando da minha vida patética, respirando. Nenhum problema até aí. Então parei para esperar esse demônio e notei que, por alguma razão da qual EU NÃO SEI, ela estava puta comigo. Bom. Talvez eu saiba. Mas não vem ao caso agora.

Enfim, ela saiu quase correndo para não ver a minha cara, mas não entendi se ela estava mais braba ou feliz por algum motivo. Então, meu irmão tratou de aparecer. Ele continuou me seguindo com a porcaria do carro enquanto tentava me convencer a voltar e chorava as pitangas do porquê a Rin não queria falar com ele.

Kagome começou a atravessar a rua. Esse idiota não viu. O fato é: ela quebrou o braço. E estamos no hospital agora. Eu ainda vou matar ele. Nunca vi uma coisa tão estúpida acontecendo. Apontei para o imbecil.

— Deve ser porque ele acabou de quase te matar. — Ela revirou os olhos e fez um beiço do tamanho da tala segurando o braço, como se aquilo não fosse nada. Sesshoumaru levantou daquele maldito sofá pela quinta vez.

— Por isso... — ele vai-  — Eu vou pagar pelo hospital. Vou na sua escola e explico o que aconteceu, se quiser. — Não, não vai. Esse maldi-

— SESSHY! — Alguma figura entrou no quarto, agarrando o “Sesshy” pelo pescoço e começando a empurrá-lo para fora do quarto. Parecia extremamente braba. Mamãe. Meu deus.

— Quantas vezes a sua mãe vai ter que repetir até você aprender a dizer “me-desculpe”? — Ele suspirou, se livrando do abraço, com cuidado e saindo do quarto.

— Sim, sim. — Ela franziu a testa e virou para mim. Ela me viu. Droga. Sua mão levantou devagar até seu dedo estar mirando reto no meu nariz.

— Você. — Minha mãe sabia como colocar medo. Seria um problema se não fosse assim, com três idiotas em casa. Mas ela é um doce. Nas horas vagas.

— Vai voltar para casa. Peça desculpas para essa pobre moça. — Kagome colocou um sorriso sinistro. Vai ter volta, pirralha.

— Me desculpe. — Ela balançou a cabeça e disse que não tinha problema. Mamãe me expulsou do quarto. Sesshoumaru... bom, o bastardo estava rindo da minha cara do lado de fora.

— Falou com ela ou não? — ele parou, ficando sério novamente — Rin ficou muito triste. Você sabe melhor do que eu. — Ergueu a mão, me escorei na porta. Seus olhos mudaram, minha cunhada foi a primeira a conseguir fazer isso. Agradeço ela até hoje.

— Vou falar com ela essa noite. — 

— Que não passe disso. — Ele continuou me encarando.

— O que está fazendo com essa garota, afinal? — ergui a sobrancelha, ele coçou a cabeça — Não... que eu queira saber. Rin ficou um pouco curiosa, depois que comentei. Deu pra notar. —

— Tem algo... — Eu não sei. Quando me virei para ver o que estava acontecendo com aquelas duas, vi a Kagome sendo sufocada pela mamãe. Começou a fazer uns sinais bizarros.

— Acho que ela quer sair. — Sesshoumaru, a voz da razão. Abri a porta e tomei coragem.

— A paciente está liberada. Podem, por favor, parar com o barulho? — Parece que a enfermeira (sabe deus de onde veio) conseguiu falar primeiro. Meu irmão pegou Izayoi pelo braço e disse que ia levar ela para casa. Antes dele conseguir fechar a porta, mamãe disse que se eu não voltasse, ela viria pessoalmente me arrastar. Então, o quarto ficou em silêncio. Kagome levantou devagar. Parecia doer. Estava doendo. Até Izayoi sair, ela tinha mantido um sorriso na cara, mas agora era diferente.

— Me leva para a escola. — .... Espera.

— Você vai é pra casa. De que jeito, não, nem dá tempo agora. Nem pen- —

— Eu vou sozinha então. — Agarrei o braço. O inteiro. Ok, ela conseguiu o que queria. Vamos pra maldita escola.

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Chamei um táxi, mas ainda assim, não sei se vai dar tempo. Ela parecia exausta quando entramos, se olhar de perto consigo ver as olheiras. Metade do caminho foi num silêncio mortal. Lembrei do que fiz no intervalo. Quando descobri quem era ela. Quando descobri porquê Kikyou... E ainda assim, fui com ela. Não tive coragem de perguntar.

— Tudo isso por causa de ontem? — Ela me encarou. Seu rosto avermelhou um pouco, mas vi ela apertar a mão sobre os joelhos.

— O quê? — Sério. Fiquei remoendo essa coisa estúpida por nada?

— O que você tem contra a Kikyou? Ela fez alguma coisa? — Kagome sorriu. Esse sorriso me assusta. Não tem um pingo de perdão no que quer que tenha acontecido.

— Então o cachorrinho conhece ela. Por que não pergunta? Tenho certeza de que ela vai adorar te contar. — O carro começou a parar.

— Ela é minha amiga. Não fale assim. — E era a verdade. Uma amiga de muito tempo atrás. Alguém que conheci quando ninguém queria me enxergar. Kagome abriu a porta. Seus olhos... aquilo doeu.

— Eu tinha um amigo também. — Ela saiu. Quando estava pagando o motorista, vi os últimos alunos saindo da escola. Seus amigos estavam no portão. Kikyou estava parada lá, simplesmente encarando o chão. Não dá para enxergar sua cara e um garoto segurava sua mão.

— KAGOME! — Sango segurou seus ombros, estava tremendo. Miroku me olhou.

— Kagome, o que houve? NÃO. Mais importante, ele saiu agora. — A pirralha olhou para onde ela apontou e começou a correr. Um carro freou na esquina e estacionou. Alguém saiu de dentro. Os dois se abraçaram.

A coisa é que... algo, bem pequeno, está me sufocando por dentro.

O que, diabos, está acontecendo?


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Notas finais do capítulo

É isso por hoje, gafanhotos. Só posso dizer que estamos no meio do caminho. Quase. Digam o que acharam, qualquer opinião é bem vinda o/



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