Fighting Demons escrita por Ju Benning


Capítulo 4
Bloody Heart


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente! Hoje é sexta, mais um capítulo! Muito obrigada pelas favoritações, acompanhamentos e principalmente pelos comentários!



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Nina respirou fundo e se concentrou para não fraquejar fisicamente, devido ao joelho recém costurado e o mais novo corte na testa que havia ganho devido à batida, porque emocionalmente ela já havia se espatifado ainda mais pelo desaparecimento da filha e encarar Dean com aqueles olhos pretos assustadores.

–- Você ficou muda? – Ele a sacudiu sem medo de machucar, batendo as costas dela na lataria do carro.

–- Ela não é sua filha... – Ela praticamente sussurrou.

–- Essa história de “não é seu” não tem a mínima graça. – Ele ainda a sacudia, e sua fala era amarga.

Nina sentia muito tonta, sua cabeça latejava por conta do corte e o sangue quente lavava sua testa. Isso tudo a enfurecia, porque queria se livrar da tontura para enfiar um belo de um soco na versão demoníaca babaca de Dean. Por isso fechou os olhos até melhorar nem que fosse um pouco.

–- Mary é filha do homem que amo, não desse monstro que eu estou encarando agora. – Ela respondeu voltando a abrir os olhos, e se livrando das mãos dele apoiou as suas na janela estilhaçada do Impala e esquecendo a dor das perfurações, impulsionou o corpo e usando as duas pernas ao mesmo tempo, chutou Dean pelo peito pra longe. Sabia que não tinha feito muita coisa, agora que ele não era mais humano, no entanto precisava muito bater nele de alguma maneira.

A insensibilidade dele naquele momento a enfurecia mais do que tudo.

–- Mas, respondendo a sua pergunta, se o meu Dean Winchester estivesse comigo, ele ia conhecer a filha quando eu estivesse oficialmente liberada da Vila. –

Mesmo que não houvesse acontecido muita coisa, o chute de Nina como sempre havia machucado (era o melhor golpe dela). O salto das botas dela eram muito pontiagudos e devido a força do chute havia perfurado a pele dele, e mesmo prata sendo inofensivo para um demônio, haviam alguns sigilos antidemoníacos entalhados na prata que lhe causaram bastante dor. Por isso Dean permaneceu um tempo parado, se recompondo e também, receber aquele golpe de Nina havia machucado a parte dele que ainda era sensível a algo.

–- Sabe... – Ela continuou a falar -- Eu esperava, acho que todos esperavam, que você não tivesse se entregado à maldade por completo... mas acho que estávamos errados. – Nina falava com a respiração curta enquanto arrancava os cacos de vidros das mãos, e tentava não apoiar a perna machucado no chão, já que os pontos rompidos estavam doendo bastante e a cabeça havia atingido um outro nível de latejo. – Você provocou um acidente com o carro que você tanto ama, em que estavam seu irmão e a mulher que você diz ser o amor da sua vida. – Ela olhou por um momento para dentro carro e se sentiu aliviada por perceber que Sam respirava – Não satisfeito com isso a tira bruscamente de dentro do veículo batido, é frio, grita, machuca... Esse não é o Dean por quem eu me apaixonei, por quem eu sacrifiquei um monte de coisas, você... eu não sei mais o que dizer... mas machuca muito. Eu sonhava em ficar com você e a nossa filha! – Ela arrancou o último e maior caco da mão e devido à dor, fez uma pausa na fala -- Sou tão idiota que vim te procurar com Sam pra te trazer de volta... e aqui estamos nós. Eu esperei muitas coisas pra esse momento menos estar sagrando. – Ela riu sem humos nenhum, limpando o sangue da testa com as costa da mão menos ensanguentada.

Dean se esticou e passou a mão no lugar onde ela havia chutado.

–- Você ainda chuta muito bem. – Foi o que ele falou depois de tudo – Sabe o que eu fiquei pensando... o nome nossa filha é Mary? – Apesar do “nossa” aquilo não soou nada carinhoso – Eu nem conheço a menina, mas ela tem o nome da minha mãe... delicado da sua parte. “Eu menti pra ele, mas vamos lá, vou consertar tudo dando ao bebê o nome da mãe dele.” – Ele imitou o sotaque de Nina na fala e estava bem perto dela de novo, os dois braços apoiados no carro, a prendendo sem encostar.

–- Você queria o que? Que no dia seguinte de você sair do inferno, eu aparecesse com uma barriga de cinco meses dizendo “oi, você vai ser pai!” Quando eu bem sabia que você não queria essa responsabilidade, que achava que não tinha a capacidade... –

–- Minha versão antiga ia querer sim... – Ele piscou os olhos deixando-os verdes como eram originalmente – Eu te amo Nina, a coisa que eu mais queria era um criança sua, era você... eu teria largado tudo no memento que você tivesse me dado a notícia, eu seria o homem mais feliz do mundo... mas você me jogou nos braços de Lisa dizendo que ela podia me dar uma família quando eu já tinha uma – Ele falava como se fosse o Dean humano e tocou o rosto dela com levemente como costumava fazer e lhe beijou como fazia antes, por alguns segundos ela permaneceu iludida, até que a risada pernóstica tomou a expressão dele – Mas o novo eu? – Ele voltou a piscar os olhos, devolvendo-os à escuridão – Não estou nem aí pra isso, nem pra carro – Ele chutou a lataria do Impala – nem pra irmão, nem pra porra de anjo de sobretudo, pra nada! – O toque ao rosto dela se tornou agressivo – Mas com você eu me importo, sabe? Eu posso não ser mais o que você conhece, nem ter aquele amor de Nicholas Sparks, mas eu ainda quero, você ainda é minha. – Ele deslizava as mãos no corpo dela de maneira quase asquerosa – Quem foi que feriu você? – Perguntou se referindo ao joelho, falando no ouvido dela, que só sentia nojo naquele momento.

–- Pra que você quer saber disso? – Ela perguntou se esquivando das mãos dele, dando uns passos para o lado e calculando o momento certo pra pegar a arma dentro da bota.

Mas antes de responder ele a pegou pelo braço com força desnecessária e a puxou de volta.

–- Porque se eu quiser ser bonzinho com você eu posso, se eu quiser transar com você eu posso, se eu quiser machucar... também posso. – Ele falava enquanto descia as mãos pelas laterais do corpo dela e foi se abaixando junto, até ficar na altura do joelho dela – Mas só quem pode sou eu, mais ninguém encosta em você. Por isso eu vou perguntar de novo e você vai me responder: Quem fez isso? – Ele a olhou de onde estava.

Inesperadamente o carro balançou a porta bateu. Sam estava de pé, Nina não sabia a quanto tempo ele havia acordado, mas estava aliava por não estar mais sozinha. Sam também tinha um corte no rosto e outros machucados, mas ainda conseguia fazer muitas coisas, entre elas: sacar uma arma.

–- Deixa ela em paz, Dean. – Sam falou tentando conter tudo de ruim que sentia ao ver o irmão daquele jeito.

Aproveitando esse segundo de distração, Irina atingiu o nariz de Dean com o joelho ferido, o que doeu indescritivelmente, mas lhe possibilitou finalmente sacar a sua própria arma.

–- Ouviu seu irmão, me deixa em paz. – Ele ofegava e prendia o choro, mas estava pronta pra descarregar todas as balas nele.

–- Não sejam estúpidos, isso não vai nem chegar perto de doer. – Dean zombou sem voltar a se aproximar.

–- Quer tentar, Cowboy? – Ela perguntou entre dentes engatilhando a arma – Essa arma é uma prima anabolizada da Colt... ainda não te mata, mas vai doer bastante. – Irina não estava blefando. Queria fazê-lo sentir o tamanho da dor que ela sentia por dentro, mesmo que fosse fisicamente.

–- Sendo assim, eu vou deixar pra próxima... eu volto quando sentir falta da sua agressividade, é sexy. – Ele deu as costas a ela e a Sam – E quem sabe nesse meio tempo eu não tomo a guarda da nossa filhinha. – Ele riu amassando o papel da foto e enfiando no bolso.

Irina descarregou a arma, mas Dean já havia desaparecido. Depois disso ela permaneceu um tempo em pé, apenas respirando pesadamente e quando largou a arma no chão, começou a sentir realmente as consequências dos machucados que apesar de não serem graves em si, doíam muito. Nina não conseguia raciocinar direito, só sabia que tinha sido ruim, muito ruim, antes ela nem sabia que isso existia, mas devia ter chegado no seu limite emocional.

O mundo escureceu e rodou em torno dela, quando sentiu Sam lhe pegar.

–- Nina? – Ele chamou.

–- Nada de hospital. – Ela se adiantou – Eu só preciso ir pra casa... – Ela não conseguia levantar a cabeça, fazer isso doía demais.

–- Certo, mas você vai ter que me ensinar o caminho e é melhor limpar esse sangue todo... – Ele disse forçando a porta do carro batido e depois de abri-la, sentou a mulher de lado no banco, pegando água e algumas flanelas.

Irina encostou a cabeça no banco se sentindo mais fraca do que devia estar.

–- Sem problema, mas eu acho que eu vou precisar de ajuda com isso... – Ela apontou para a flanela – Eu estou mais tonta e fraca do que devia... – Ponderou – Que horas são? – Indagou como se tivesse se lembrado de algo subitamente.

–- 3:00 da manhã. – Sam estranhou a pergunta mais respondeu enquanto encharcava a flanela de água.

–- Puta merda! – Ela xingou, começando a procurar por alguma coisa dentro dos bolsos interno do sobretudo – Eu sempre esqueço essa droga! Vou acabar morrendo qualquer dia desses! – Ela esbravejava quando pareceu finalmente encontrar o que procurava num dos bolsos -- Um exorcismo sequer eu não esqueço, agora a porcaria que me mantém viva eu vivo esquecendo... – Ela tirou uma seringa de metal e sem pensar duas vezes injetou em si mesma – Agora é só esperar a mágica. – Ela fechou os olhos.

Sam, que assistira à todo o chilique, ria um pouco, nunca tinha visto aquele lado de Irina, mas também estava um pouco espantado.

–- Como assim “o que te mantém viva”? Desde quando você está à um fio de morrer? – Ele tinha as sobrancelhas arqueadas.

–- Desde que, nos dias simpáticos, meu índice glicêmico bate 300 pontos... Eu tenho que tomar insulina, Sammy. Sou diabética. – Ela forçou um sorriso ainda de olhos fechados – Não tem nada sobrenatural... é que por mais que a gente esqueça, nós caçadores somos tão humanos quanto os leigos que salvamos todos os dias. – Ela suspirou – Mas eu não vou morrer não. Eu chamo a Bloody Mary, mas não vou morrer assim. Relaxa. –

–- Você é diabética e nunca foi a um hospital? – Sam riu um pouco.

–- De jeito nenhum! – Ela falava como se fosse realmente algo aterrorizante – A clínica de Vila Celeste é boa o suficiente. Eles cuidam de mim. – Ela deu de ombros.

–- O foi que ele falou pra você? – Sam perguntou sem olhá-la diretamente, se concentrando em limpar o sangue das mãos dela – Eu não te conheço tanto assim, mas deu pra perceber que foi feio... –

–- Pior do que você imagina... – Ela respondeu enxugando, o que Sam julgou ser um lágrima, no ombro do sobretudo – Mas, eu não queria falar disso agora, eu só quero ir pra casa e achar Mary antes dele ou de quem mais esteja procurando pra ter espalhado essa imagem... deve ter com certeza mais de uma daquelas. – Ela já se sentia melhor depois da insulina – Eu vou te mostrar um atalho, mas você tem que me garantir que essa lata velha ainda anda bem, não tem nada muito amigável por esse caminho. – Ela falava fitando o nada.

–- Ele nunca deixou a gente na mão... – Sam se referiu ao carro enquanto terminava de limpar a testa dela.

–- Então vamos logo. – Nina se virou com certa dificuldade e bateu a porta.

Sam fez o mesmo e deu a partida, como sempre o Impala não decepcionou.

Xx

A floresta nos arredores de Vila Celeste não era nenhum pouco amistosa, em nenhum aspecto, ainda mais àquela hora da madrugada.

–- Tem certeza que ela veio por aqui? – Perguntou Vivian, que trazia um rifle na mão, fazia anos que ela havia pedido a despensa, mas quando se aprende a caçar naquela Vila nunca se deixa de ser excelente no trabalho – Elliot, ela nem bem completou sete anos, não é possível que ela não tenha pânico desse lugar! –

–- Eu garanto que ela veio por aqui. – Insistiu o menino que, apesar de ter armas de fogo consigo, trazia dois facões nas mãos – Vocês não conhecem Mary como eu... ela não se parece em nada com uma menininha, nunca teve medo daqui... ou de nada, na verdade. Além do que, ela levou a Lessie com ela... o que já afasta muitas das coisas que tem por aqui. – Ele olhava ao redor, examinando cada detalhe do lugar.

–- Lessie? Como a do filme? – Castiel perguntou, ele, devido ao seu precário estado angelical, também levava armas humanas – Eu não entendo como Lessie poderia espantar as criaturas que vocês têm aqui nesse lugar. --

–- A Lessie dela é bem diferente da do filme, acredite... – Elliot riu irônico ao dizer aquela frase.

–- Engole isso. – Vivian falou para Castiel o empurrando uma garrafa nas mãos.

–- A vitamina de novo? – O anjo perguntou de cenho franzido, relutando por conta do gosto.

–- É. – Ela foi ríspida – E o senhor trate de engolir pelo menos a metade, você nem devia estar aqui, mas já que veio, pelo menos obedeça e engole logo isso. – Ela tomou a dianteira do grupo – Se eu deixar alguma coisa acontecer com você, Nina me mata. – Completou antes de disparar balas de ferro num demônio inferior horroroso que se materializou na frente deles. – Tinha esquecido com esse lugar era aterrorizante. – Falou mais para si mesma do que para os outros.

–- Ultimamente, esse tipo de demônio tem sido o treinamento dos caçadores iniciantes, Vivi... tá tudo piorando por aqui. – Elliot contou casualmente, dando de ombros, ainda olhando cada detalhe do lugar ao seu redor.

–- Quantos anos você tem, garoto? – Perguntou Castiel

–- Quatorze e meio. – Ele falou rapidamente, parando para matar alguma outra criatura que apareceu por perto.

–- Você me parece bem adulto pra sua idade... – Observou Castiel.

–- Ser infantil não ajuda nada com o que eu escolhi ser na Vila. – O garoto respondeu passando à frente de Vivian – Principalmente agora que trabalho diretamente com Nina. Eu sou o parceiro dela, entre todos os adultos caçadores, ela me escolheu, eu não posso amarelar perto dela... tenho que estar à altura. – Ele falava com extrema naturalidade. Elliot era um rapaz muito seguro e sabia que estava a altura de trabalhar com ela.

–- Mas, você não faz nada obrigado, faz? – Vivan colocou uma das mãos sobre o ombro do rapaz, que a olhou de esguelha – Elli, eu sou sua irmã eu posso falar pra Irina pegar mais leve com você. –

–- Você pediu dispensa e me abandonou aqui, Vivian. Nem vem com essa de “eu sou sua irmã” – Ele falou desdenhando e repartindo uma criatura esquisita ao meio – Eu estou muito bem com Nina. Eu só sou bom assim por causa dela. – Ele deu de ombros, virando-se.

–- Estão ouvindo isso? – Castiel perguntou interrompendo o drama familiar – Passos? – Castiel estranhou.

–- Aí vem a cavalaria... – Brincou o garoto, girando os facões no ar – Se preparem, essa é a melhor parte. –

Algo surgiu nas sombras surpreendendo o grupo, só não Elliot, que se divertia com a tarefa de cortar e decepar.

Xx

Uma horda completa estava morta e Dean agora acumulava mais 25 imagens das projeções digitais sobre como seriam sua filha. Toda a sua raiva inicial agora aliviava, com a Primeira Lâmina mais uma vez ensanguentada e só sobrava um integrante da horda. Um rapaz, que apesar de possuído tremia de medo.

–- Sabe porque eu cortei todas as gargantas de todos vocês? – Dean estrelava um monólogo – Porque a marca não deixa que eu morra, eu volto... – Ele levantou a camisa, mostrando uma marca de perfuração que sarava aos poucos – Quando eu só queria morrer agora. Desde que eu desapareci, eu só me concentrava em não alcança-la, para não machucar a mulher que eu amo... eu ando meio fora de controle nos últimos dias. Mas aí eu descobri – Ele sacudiu uma das imagens da garotinha – que eu tenho uma filha com ela, e eu fiquei furioso porque ela me tirou a possibilidade de ter convivido, criado, de ser pai. E eu a achei e ao invés de mostrar que ainda tem alguma coisa que se aproveite aqui. – Ele bateu no próprio peito – Eu acabei com tudo, eu falei as piores coisas que eu podia ter dito, eu com certeza machuquei ... ela deve me odiar! -- Balançou a cabeça em negativa -- E meu irmão... a quantidade de coisas que eu já fiz pelo meu irmão pra então provocar um acidente que podia ter matado o Sammy. – Ele suspirou se levantando com a Lâmina nas mãos – Eu espero que eles me perdoem um dia... -- Falou se esticando um pouco -- não... eu não espero não. – Ele riu de Escárnio e matou o último dos demônios.

Em seguida, queimou todas as imagens de Mary. Porque demoniacamente ou não, ele ainda se importava com Nina, ela ainda era sua mulher e aquela pirralha ainda era sua filha. E ele ia conhece-la, de um jeito ou de outro ia achar aquela menina.

Xx

–- Você deve estar se perguntando porque viemos pela rota alternativa, Lessie. – Dizia Mary, que usava uma capa preta por cima da roupa e um óculos de grau. Obviamente, Mary não ia obter resposta, por isso seguiu no monólogo – Eu aposto que Elliot sabia que eu não tenho medo dessa floresta e foi o primeiro lugar que ele procurou! – Ela riu – O que ele não sabe, é que eu roubei isso aqui – Ela balançou um mapa nas mãos – Faz tempo que eu fiz isso, eu gosto de colecionar coisas... mas agora foi útil, por isso eu tenho certeza que ninguém vai nos pegar, garota! Nós vamos achar o meu pai! Dean Winchester! Eu gosto desse nome, espero que ele seja tão bonito quanto aquele Sam! – Ela ria enquanto falava e a cadela gania como se concordasse – Mas eu acho é... minha mãe é exigente. – Ela riu mais vez.

Lessie rosnou um pouco.

–- Eu ouvi, garota. – A menina sussurrou ficando na ponta dos pés para tentar afagar a cabeça da cadela – Eu vou precisar que faça silêncio por um momento. – Lessie obedeceu, mal parecia que estava lá.

O ruído ouvido por Lessie se repetiu e uma moça apareceu do meio da árvores e se abaixou perto de Mary. A garota sabia que o quer que fosse aquilo não era humano e deveria morrer.

–- O que uma menina tão bonita faz aqui? – Disse a mulher ajoelhada perto da menina – Sabe o que acontece com garotinhas que andam sozinha por aqui? –

–- Não. – Mary imitou uma voz frágil e amedrontada.

–- Elas viram comida... – A mulher abaixou o capuz de Mary – de criaturas como eu. – Ela mostrou o dentes pontiagudas.

–- A não ser! – A garotinha levantou o dedo indicador, a mulher parou por um segundo – Que eu não esteja sozinha... – Um sorriso divertido surgiu na menina – Não é porque você não pode ver... que não tem nada aqui! – Ela abriu os bracinhos e o rosnado assustador e grotesco de Lessie foi ouvido, assustando a mulher que ficou de pé e deu passos inúteis pra trás – Pega, Lessie! – Ordenou Mary.

A cadela avançou sem pensar duas vezes, enquanto a menininha aplaudiu levemente.

–- Acho que já está bom, Lessie. – A menina se esticava para espiar o estrago na mulher – Ela não vai mais nos importunar, vamos garota. – Mary bateu a mão na perna e Lessie acompanhou. – Boa menina! – Completou afagando a companheira e seguindo seu caminho como se nada tivesse acontecido.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? Aconteceu bastante coisa nesse cap, por isso por favor, me digam o que acharam, ou vou surtar (sério) !
Nos vemos na próxima sexta!
Bjs Hunters



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