O Informante escrita por Jessyhmary


Capítulo 9
Missão Suicida


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Eu sei que ultimamente tenho diminuído as postagens para um capítulo por dia, mas é apenas temporário, Okay? É só alguns ajustes :)
Mais um capítulo pra vocês, espero que curtam!

#BoaLeitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507433/chapter/9

* Berlim, cinco semanas atrás.



– Hydra? – Natasha abaixou as pistolas e deu um passo a frente. – Mas a Hydra não foi destruída quando a...

– Sim, nós sabemos da história, agente Romanoff. – Shaw colocava as cartas na mesa. – Mas os fatos são outros. Foi detectada uma atividade suspeita aqui mesmo na Alemanha.

– O que não é lá tão estranho já que a Hydra...

– Nasceu aqui. – Natasha completava o raciocínio de Clint. – O que nós temos?

– Invasão, agentes. Tememos que a Hydra tenha se infiltrado na S.H.I.E.L.D.

– Como assim, infiltrado? – Romanoff se alterava.

– Isso é muito confidencial para repassarmos tudo aqui às vistas. – o agente olhava para os lados, como se a rua não estivesse deserta. – Entrem no carro, eu explico a vocês no caminho.

– No caminho? – Clint alternava entre o olhar do agente e de Natasha. – Pra onde estamos indo?

– Para a unidade que suspeitamos ser da Hydra. – o agente Shaw respondeu, sem cerimônias.

– E nós vamos simplesmente entrar lá e: “Olá, caros inimigos mortais! Nós ouvimos boatos de que aqui funciona uma base secreta da Hydra, isso é verdade? Mas, calminha aí... Não queremos confusão...” – Natasha narrou com ironia.

– Não, agente Romanoff – Shaw revirou os olhos e entregou-lhe um enorme arquivo. – Entre no carro.

– Vamos logo com isso – Clint reclamou, abrindo a porta do carro. – Porque antes das duas eu quero estar na minha cama. – ele olhou para Nat que estava séria encarando o arquivo. – Porque antes das duas eu quero estar na...

– Clint, eu ouvi! – ela respondeu amarga, sem tirar os olhos dos documentos. – Não começa.

– Eu não comecei nada. – ele levantou os olhos e ela arfou, irritada.

– Agente Shaw – ela direcionou-se para o agente que estava do lado esquerdo, olhando pela janela. – O que exatamente nós teremos que fazer? Isso não me parece tão simples como está descrito no protocolo.

– E não é – ele sorriu sem vontade. – Vocês se infiltrarão na Hydra para colher toda informação que puderem. Vocês serão nossos olhos e ouvidos. Ficarão atentos a cada movimento deles, e o mais importante – sua voz aumentou meio tom. – Vocês descobrirão quem são os traidores. – ele falava como se fosse a coisa mais simples do mundo. – É isso. É isso o que exatamente vocês terão de fazer.

– Só isso? – Natasha deixou o sarcasmo escapar de seus lábios. – Só tem um pequeno detalhe – ela apontou para o emblema da SHIELD no seu uniforme. – Essa bela águia bordada bem aqui, está gritando: “Me matem, por favor! Eu sou uma agente da S.H.I.E.L.D.” Então, a menos que você mude nossas aparências e nos arranje novas identidades... Isso é uma missão suicida.

– Já pensamos nisso tudo. – Shaw sorriu, misterioso. – O que sabe sobre enfermagem?

– Eu estive na KGB, agente Shaw. Já costurei mais homens do que queria.

– Ótimo.

Hey! – Clint interrompeu o assunto. – Você nunca me disse...

– Calado! – ela gritou, dando uma cotovelada no seu braço.

– Mas quantos homens você...

– Qual é o seu problema, Clint? – ela bufou, olhando séria para ele. – Dá pra levar as coisas a sério, uma vez na vida?

– Foi mal, foi mal – ele levantou os braços, se desculpando. – E então, como vamos entrar lá sem virar picadinho?

– Você será a enfermeira da unidade. Ela é loira, mas temos um disfarce pra você. – O agente abriu uma caixa que estava embaixo dos bancos.

– Uma peruca loira? – Natasha arregalou os olhos. – Oh, droga.

Clint prendeu a risada, mas Nat percebeu que ele estava caçoando dela internamente. “Clint, Clint... Não faça eu me arrepender pela noite passada” ela o ameaçava mentalmente.

– E você, agente Barton... Bom, como posso dizer isso – Shaw abriu a carteira e tirou uma foto do agente da Hydra pelo qual Clint se passaria. – Você vai ter que fazer alguma coisa pra se parecer com esse cara.

Clint pegou a foto ainda sorrindo da cara que Natasha fez ao segurar aquela peruca que tirava totalmente o brilho dos seus longos cachos ruivos, porém o sorriso dele não durou muito e foi a vez de Romanoff cair na risada.

– Sem chance! – Ela gritou, numa risada alta e vingativa. – Pobre Clint!

– Meu cabelo? Oh não! Meu cabelo não! – Clint olhava estático para o agente careca da foto.

– Deixa de drama, Clint, é só um cabelinho de nada! – ela não se preocupou em esconder a satisfação ao ver a cara de desgosto dele.

– É porque não é o seu! – ele devolveu, numa cara feia. – Seu cabelo vai permanecer intacto debaixo da peruca, o meu não!

– Ah, quem é o engraçado agora, então? – ela o provocava e amava isso. – Parece que usar a peruca nem é mais tão ruim assim...

– Enfim – Shaw interrompia a briguinha infantil dos dois. – Para isso, precisamos excluir esses dois da equação. A enfermeira é fácil, ela sai sempre ao meio-dia, para encontrar o agente de comunicações.

– Dessa eu cuido. – Romanoff apressou-se em se escalar.

– Esperava que dissesse isso – Shaw a encarou, deixando o clima menos tenso. – O outro agente, Barton... É com você. – ele retirou um esboço de planta da instalação, feita com o auxilio de imagens de satélite e sensoriamento remoto. – Aqui é mais ou menos onde o desgraçado da Hydra fica. Ele é quem faz as rondas e no horário em questão, ele vai estar na posição sul, de frente para um prédio abandonado. Você vai atirar nele de lá.

– E como vamos esconder o assassinato?

– Do ângulo em que você atirará nele, existe 89% de chance dele cair para a frente e, como a grade da guarita tem apenas um metro, ele despencará lá de cima. Nossa equipe estará com uma lona estendida para rebocá-lo. Silenciosamente, na calada da noite, no menor campo de visualização. Só teremos uma chance. Sem erros.

– Eu posso dar conta, agente Shaw. – ele sorriu levemente, deixando a tensão escapar pelo ar.

– Esqueceu a parte boa, Shaw – O agente que estava dirigindo entrou na conversa. – Conte a parte chata da coisa para eles.

– O quê, não acha que isso já tá chato o suficiente? – Clint perguntou, coçando a cabeça. (talvez aproveitando seus últimos minutos com seu querido cabelo)

Nós seremos as iscas, Barton – Shaw despejou. – Eu e os meus companheiros serão a chave para vocês entrarem lá...

– Como assim, vocês... Vocês não vão... – Natasha se perdia na história.

– Vocês aparecerão no portão da frente, nos escoltando... Ensanguentados de preferência pra parecer mais convincente e para que não morramos todos nós. Dirão que nos encontraram espionando e que somos seus prisioneiros. Assim ganharão a confiança deles.

– Não há um modo mais seguro de fazermos isso? – Natasha não se mostrava confortável com aquilo.

– Infelizmente não, agente Romanoff. Fury tem pensado numa solução há dias, mas isso não pode ser adiado. Quem sabe quando esses malucos ordenarão o ataque às nossas bases? Esse é um preço que estamos dispostos a pagar.

Ela e o arqueiro ficaram sem palavras diante daquilo. Hydra era uma ameaça e tanto, então, podia-se dizer que naquele momento, o futuro da agência estava nas mãos deles. E isso era a maior responsabilidade que eles já haviam lidado até o momento. Se falhassem, a vida de milhões de pessoas estariam correndo perigo. Não, eles não poderiam falhar.

– Okay – a ruiva ergueu o queixo e respirou fundo, cingindo-se de coragem. – Vamos mostrar para a Hydra o que acontece quando se metem conosco. – Natasha olhou para Clint, buscando nele a paz que ela desejava ter – Que eles conheçam a fúria da Viúva-Negra e do Gavião Arqueiro.



(...)



– Simmons.

A voz rouca de Skye chamava a amiga, que havia dormido no quarto dela mais uma vez naquela semana. Após realizarem alguns turnos de vigia no dispositivo de rastreamento, as duas garotas ficaram conversando até os seus corpos tombarem de cansaço e as duas desabaram na cama. Infelizmente para elas, o despertador não tinha nada a ver com o fato delas terem ido para a cama muito tarde e as forçava a abrir os olhos.

– Jemma, desliga esse troço barulhento! – Skye puxou ainda mais as cobertas e cobriu o rosto com o travesseiro, na tentativa de dormir mais cinco minutos.

– Se eu parar você se levanta? – Dizia a cientista, que estava ligeiramente mais acordada do que ela.

– Levanto, eu prometo. – Skye respondeu com voz de criança.

Simmons desligou o despertador e Skye ficou quieta. Quieta até demais. Em menos de dois minutos, as duas estavam cochilando novamente e nesse ritmo acabariam perdendo o café da manhã.

– Simmons!

A garota gritava novamente, sem perceber que já havia se passado meia hora desde o primeiro toque do pobre dispositivo que humildemente tentava avisá-la que estava atrasada para o café.

– Mas eu já... – Simmons respondia a amiga que se mostrava desnorteada pelo barulho do despertador – Uh-Oh... Skye... Vamos perder o café!

Simmons estava sentada na cama enxugando os cabelos molhados do banho e encarando o despertador com uma cara de negligência.

– O quê? – A garota tirou o travesseiro que ainda cobria seu rosto. – Que café?

– Oh, Skye! O que houve com você? Parece que está...

– Dormindo? Sim, eu ainda estou. – e ela voltou a desabar na cama, puxando as cobertas.

– Okay... Você vai ficar sem café, então. – Dizia Jemma, com uma expressão travessa.

– Tanto faz, eu não quero comer mesmo...

Simmons agarrou o pé da amiga e começou a fazer cócegas, até que ela começasse a se contorcer na cama, atirando o travesseiro na direção de Jemma.

– Não, Jemma! Jemma, por favor, para! Eu juro, tô acordada! Eu me levanto, eu prometo! Para...

– Ah, é, senhorita “só mais cinco minutinhos...” Nós dormimos quase meia hora! Eu me levantei e resolvi tomar banho antes que a sua preguiça me contaminasse de novo.

– Sério? – A garota que antes gargalhava sem controle agora tinha os olhos arregalados.

– Sério! – Simmons tentava ficar séria, mas isso se tornava impossível ao ver o enorme cabelo da amiga completamente bagunçado. – E vai logo arrumar o seu cabelo, você sabe como isso fica pela manhã.

– E eu já disse pra você não chamar meu cabelo de “isso”! Cabelos tem sentimentos, sabia? – Skye reclamava como se aquilo fosse algo realmente preocupante.

– Não me diga. – Simmons colocou as mãos na cintura, fingindo interesse.

– Quando você ficou tão...

– Skye? – Simmons perguntou, fazendo a amiga caminhar novamente em direção a ela.

– Hey! – ela deu um murro leve no braço de Simmons.

– Ai!

– Você tá muito fresca pro meu gosto, vou logo me arrumar e sair daqui.

– Acho que estou andando demais com você, mesmo.

– É, por isso está ficando linda e esperta como eu. – ela disse, pegando a toalha e indo em direção ao banheiro. – Me espera, tá?

– Okay, Skye.

Simmons sorria enquanto penteava delicadamente os cabelos dourados, retirando a base facial da gaveta para tentar esconder metade daquelas olheiras e a cara de sono em geral. Olhou-se no espelho e ajeitou sua roupa, quando a amiga saiu enrolada numa toalha branca e os enormes cabelos molhados e penteados dessa vez.

– Agora sim, se parece com a Skye. – Simmons disse, em meio a um sorriso ligeiramente debochado.

– E antes parecia o quê? – Skye disse, cruzando os braços e virando os olhos.

– Sei lá... Um leão, talvez. – Jemma sorriu e Skye a atingiu com o travesseiro.

– Vamos! Vista-se pra que a gente possa tomar café hoje ainda! Eu não tô acostumada a comer fora de hora!

– Okay, senhorita “Big Ben” estou me arrumando!

As garotas riam uma da outra até que a porta pareceu abrir-se atrás de Simmons, que imediatamente segurou a maçaneta.

– Agentes Simmons e Skye – a voz do Capitão Rogers surgia do outro lado. – Desculpe incomodá-las, mas Coulson está chamando as duas. Teremos uma reunião daqui a pouco sobre o plano de ataque à base.

– Só um segundo, Capitão SHIELD. – Skye se vestia rapidamente e logo ela e Simmons apareceram na porta. – Estamos aqui, Rogers... Vivinhas da Silva.

Steve olhou para a garota que estava um pouco ofegante por se vestir às pressas. Deu um leve sorriso, Skye era surpreendentemente encantadora.

– Estou vendo – ele falou sorrindo. – O que houve, porque não tomaram café ainda?

– Fui eu, Capitão. – Skye levantou um braço, meio sem jeito. – Eu dormi mais do que devia e atrasei a Simmons. É culpa minha.

– Bom, que bom então que eu lembrei disso. – ele puxou uma mesinha com pães e frutas que havia deixado no corredor. – Para as damas.

Simmons e Skye coraram com o gesto de cavalheirismo de Rogers.

– Ah, Steve – Skye deixou escapar, sem querer. – Que fofo da sua parte!

– Oh, que formidável, Capitão! Ficamos lisonjeadas com seu gesto e sua atenção. Muito obrigada! – foi a vez de Simmons agradecer.

– Então – ele mexeu no cabelo, parecia nervoso. – Vou deixa-las tomar café, sim. Coulson precisa de mim agora.

– Tudo bem, Cap. – Skye prestou continência para ele. – Você é um amor.

– Com licença.

Simmons e Skye se entreolharam por alguns segundos e gritaram silenciosamente logo em seguida, dando pulos pelo quarto.

– Você viu aquilo? – Skye cochichou para amiga como se Steve ainda estivesse por perto.

– Vi sim! Acho que ele gosta de você...

– O quê? Tá louca? – Skye quase gritou dessa vez. – Sabe o que é isso? É fome! Come logo, Coulson quer a gente lá embaixo.

– Nossa, ela ficou nervosinha – Simmons estava ficando exatamente igual a ela. – Okay, okay... Seu segredo está a salvo comigo. – ela provocou a amiga enquanto colocava um pedaço de pão na boca.

– Tá certo, espertinha... Sua vez chegará... E aí eu vou dar o troco.

– Então você admite? – a cientista não largava do seu pé.

– Jemma Simmons! Eu não admiti nada! Vamos descer, deixa o resto aí. Coulson já está ligando para nossos telefones, o lance deve ser urgente.

As desceram as pressas, ainda com restos de pão em volta da boca quando encontraram Coulson, Hill e o Capitão com um semblante de preocupação.

– O que houve galera?

– Conseguimos algumas imagens, garotas. – Coulson falava segurando o controle de um dos monitores da sala. – Mas vocês não vão gostar do que verão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tadaaaam!! kkk

— O que acharam?

#itsallconnected #StandWithSHIELD! :)