Zahir [exp.];

'' Do árabe: algo ou alguém que uma vez tocado ou visto jamais é esquecido. Situação que ocupa o pensamento e pode ser levado á loucura. ’’

P.V.O Annabeth.

Thalia estacionou o carro na vaga do colégio e guardou as chaves na mochila. Nós saímos do carro e Silena, Rachel e Reyna logo se despediram.

– Nós vimos a Clarisse, depois nos falamos beijos meninas. – falou Silena e então elas saíram.

Thalia e eu ficamos conversando um pouco até ela ver Nico. Ela saiu correndo e o beijou enquanto ele a pegava pela cintura. Andei calmamente até eles sorrindo.

– Vocês chegaram juntas? – perguntou Nico.

– Sim, a Annie a Si, a Rachel e a Reyna dormiram lá em casa. – falou ela.

– Vocês fazem uma dupla bem estranha sabia. – falou o moreno rindo. – A Annabeth é toda fofinha e rosa, e você é punk, uma punk totalmente gata e gostosa. Totalmente opostas.

Thalia e eu rimos.

– Acho que é por isso que somos amigas. – falei.

– Mas eu não vou desistir de tentar fazer a Annie vir para o lado punk da força. – falou Thalia me fazendo rir.

– Acho meio impossível, ela é cor-de-rosa demais para isso. – falou Percy com o seu sorriso sarcástico matinal.

Revirei os olhos.

– Lia, eu vou indo, minha primeira aula é sociologia e eu tenho que pegar uns livros no meu armário. Nos vemos na aula de física? – perguntei.

– Claro. – falou ela.

Virei-me e lancei um olhar metralhador para Percy, então segui para o corredor do meu armário.

Peguei os livros que eu precisaria e fechei o armário com o cadeado. Assim que me virei, dei de cara com Luke.

– Annabeth, oi. – falou ele sorrindo.

‘’Tão bonito, mas tão babaca.’’ – pensei.

– Oi Luke. – falei calmamente.

– Hey eu estava pensando, sábado vai ter um jogo aqui no colégio, você poderia vir me ver jogar, e depois nós sairíamos juntos.

– Desculpe Luke, eu tenho planos para sábado. – falei fingindo estar chateada.

– Oh, tudo bem. Quer ajuda com os livros?

– Não obrigada, eu estou bem.

Ele franziu o cenho, mas depois sorriu.

– Ok, depois nós nos falamos. – falou ele.

– Tudo bem, tchau Luke. – falei e me virei indo em direção as salas.

Minhas duas primeiras aulas se resumiram na explicação dos trabalhos trimestrais. Em sociologia a professora passou um trabalho sobre ‘’Os Motivos da Desigualdade’’. E em física, que a professora mandou que junto com nossos parceiros escolhêssemos uma experiência, executássemos e relatássemo-la na apostila.

Na hora do intervalo sentei novamente, com Thalia, Nico e Percy – não que eu gostasse de me sentar junto com esse ultimo. – e nós ficamos conversando enquanto tomávamos coca-cola, já que ninguém estava com fome.

– Annie, eu tinha esquecido de te avisar, mas eu tenho que cumprir uma detenção depois da aula, porque eu fiz algumas coisinhas antes de você chegar aqui, mas isso não importa agora. Dura 30 minutos, então se você não quiser esperar eu peço pra alguém te deixar em casa. – falou Thalia.

– Não tudo bem, eu espero. –falei.

– Mesmo? Eu tenho certeza que o Nico ou o Percy não se importariam de te levar até em casa, não é meninos?

– Por mim é de boa. – falou Nico.

– Eu na verdade me incomodaria um pouco. – falou Percy.

Revirei os olhos e pude ver Thalia mandando um olhar hostil pra ele.

– Thalia, não tem problema, eu espero, mesmo. – falei e então olhei para Percy - E mesmo se eu não quisesse esperar, e precisasse de uma carona, eu não iria com você.

– Essa doeu ein. –falou Thalia rindo.

Ele revirou os olhos, enquanto eu fazia uma expressão vitoriosa. O sinal tocou e eu e Thalia nos levantamos para ir para a sala de Biologia.

Thalia deu um beijo em Nico e depois veio comigo.

– Hey Annabeth. – chamou alguém. Eu e Thalia nos viramos. Luke.

Suspirei, e Thalia me mandou um olhar do tipo ‘’ Você sabe o que tem que fazer’’ e então foi caminhando até a sala.

– Eu não sabia que era amiga da Grace. – falou Luke, quando estava perto o suficiente. - Ela é gata, mas já não é novidade.

Irritei-me.

– Ela tem namorado Luke.

– Ah é o esquisito do Di Ângelo.

‘’Idiota. ’’ – pensei.

– Que aula você tem agora? – perguntou ele.

– Biologia. – falei me controlando.

– Ah, que pena eu tenho história. Então nos vemos depois, beijo. – ele me deu um beijo no rosto e se foi.

Suspirei irritada então fui para a sala.

A aula de biologia correu normalmente. Então, como as minhas duas ultimas aulas eram Filosofia, o professor passou um filme chato e então nos mandou fazer um trabalho sobre ele. Quando o sinal bateu, encontrei com Thalia que saia da aula de Álgebra e fomos juntas até Nico.

Ficamos conversando até que a maioria dos alunos estava fora do colégio.

– Eu tenho que ir agora. – falou Thalia. – Annie, depois nos encontramos aqui ok?

–Tudo bem. – falei.

Ela deu um beijo em Nico e foi.

Eu me despedi de Nico e aproveitei para ir até a diretoria votar no destino da viagem de final de ano. Depositei um papel escrito ‘’ Mykonos’’ na urna e sai.

Como eu ainda tinha bastante tempo livre, decidi ir até a Starbucks que havia na esquina do colégio, com o frio que fazia um café seria ótimo. Então mandei um SMS para Thalia.

‘’ Hey, vou até a Starbucks da esquina do colégio tomar um café. Me encontra lá depois?’’

Ela logo respondeu.

‘’ Ok’’

Sai andando do colégio tranquilamente, as ruas estavam calmas, devido á neve que caia, as pessoas evitavam sair de casa. A rua tinha apenas uma camada fina de neve pelo chão, mas ainda ventava muito.

Caminhei alguns metros até ouvir alguém me chamar.

– Annabeth!

Vire-me e vi que era Luke.

Suspirei totalmente irritada. Ok, agora ele estava me perseguindo.

Com um sorriso, ele andou até mim.

– Ei, não tá afim de tomar um café comigo? – perguntou ele.

– Me desculpe Luke, mas não. – falei grossa.

O sorriso dele desapareceu na hora, e em seus olhos havia um brilho raivoso.

– Tudo bem, paramos com os joguinhos. Está bem claro que você não é como as outras e não vai cair tão facilmente na minha, aqueles seus amiguinhos idiotas devem ter te falado algo, não?Mas eu não me importo, sempre gostei de um bom desafio. Então eu vou facilitar, eu quero você. – falou ele mexendo em uma mecha de cabelo solto minha. - E o que eu quero eu consigo. Torne as coisas mais fáceis e aceite tomar um café comigo.

Eu comecei a ficar assustada.

– Luke... – falei dando passos para trás.

– Ok, vamos pelas mais difíceis.

Sem cerimônia alguma Luke me puxou pelo braço e me arrastou até um beco ali perto. Então ele me beijou. Eu não correspondi, é claro. A boca dele pressionava meus lábios rudemente, e quando ele pediu passagem com a língua, eu não cedi e comecei a empurra-lo e me debater tentando me soltar. Ele separou nossos lábios, claramente irritado e me olhou.

– Sei que pode fazer bem melhor que isso.

Ele me empurrou com força contra a parede suja do beco, fazendo com que eu batesse minhas costas.

– Luke, me solta... Me larga seu grande idiota. – gritei.

Ele pressionou seu corpo contra o meu com força, me fazendo gemer de dor, e derrubando minha bolsa com o impacto.

– Não torne as coisas mais difíceis, querida. – falou ele com um sorriso cheio de maldade.

Comecei a rezar para que aparecesse alguém para me ajudar.

Luke pressionou seus lábios novamente contra os meus, enquanto eu me debatia e socava os braços dele inutilmente. Ele começou a passar as mãos por todo o meu corpo, desde os meus ombros até minhas coxas.

Fechei os olhos enquanto ele beijava meu pescoço, e as lagrimas começaram a escorrer de meus olhos.