Os anos realmente passam depressa. Os três anos seguintes se passaram em um piscar de olhos para mim. Do nada eu estava na campina, um picnic em família, embora, alguns anos atrás eu não achasse que aqui era um bom lugar para isso.

Brad e Natalie corriam alegremente por ali. Eu estava reclinada no peito de Peeta enquanto observávamos as crianças. O abraço dele me deixava confortável.

Enquanto olhava aquela cena alegre não pude deixar de pensar que ela conseguia ignorar totalmente o fato de estarmos em cima de um lugar que já foi um cemitério, como Peeta. Aparentemente eu não tenho tal habilidade. Em alguns anos eu saberia se Brad seria mais parecido comigo.

Também não podia parar de pensar que Natalie e Brad tomariam conhecimento a respeito dos Jogos em breve. Saberiam como morreram as pessoas no nosso livro de memórias. Embora o motivo de termos o feito fosse triste a consequência dele foi a mais feliz.

Em meio a meus devaneios eu o beijei, Peeta, o pai dos meus filhos, o amor da minha vida. Certo, não sei como me tornei tão melosa. Na verdade suponho que o amor faça isso com as pessoas. Ele sorriu quando o beijei.

– Você me ama. Real ou irreal? – Fazia muitos anos desde que ele usara essa frase da última vez.

Se você está aqui, sabe perfeitamente o que eu respondi. Mas vou acabar com o suspense.

– Real. - respondi