Pov. Mika

Nós começamos a seguir nosso diretor Alexandre até um aeroporto, e ele estava falando que somos filhos de deuses gregos e que vai nos levar até um acampamento para treinarmos nossas habilidades como filhos de alguém muito importante na mitologia grega.

– E por que você vai nos levar lá, e não podemos sair do Brasil, seria rapto. E por que essa porcaria de carta não abre?- B.K ainda tentava abrir aquela carta.

–Eu também sou filho de um deus, vocês vão comigo para Manhattan e EU JÁ DISSE QUE ESSA CARTA É MÁGICA.

Eu estava olhando o anel e o colar a procura de alguma pista sobre quem é meu pai, não sei o porquê, mas não tive dificuldade em acreditar que sou filha de um deus. Nia parece prestar bastante atenção até que grita pra B.K largar “A PORCARIA DAQUELA CARTA”. O diretor para e mostra um helicóptero com ADES escrito.

– Nós não devíamos comprar as passagens, e sabe, eu não gosto da ADES... - ele me interrompe.

–Eu sou o dono da ADES, algum problema?

– Não, nenhum. É que produtos naturais são os melhores, prefiro suco da fruta feito na hora, é mais... nutritivo?!- respondi engolindo em seco, esse cara dá medo.

– Entrem logo e sem reclamar.

– Você vai pilotar? Não é melhor chamar um piloto e...

– Tem medo de morrer?

– Sabe, sim- falamos em uníssono

Começamos a voar e eu percebi uma coisa. Ai Mika sua lesada, como não percebeu antes.

– Nós não estamos levando nenhuma roupa, na verdade não estamos levando nem balinha de menta.

– Vocês terão tudo que precisamos no acampamento.

– Legal, mas... NÃO ESTAMOS LEVANDO NENHUM LIVRO.

– O QUE? VOLTA AGORA! NÓS PRECISAMOS DE LIVROS!- Nia começa a gritar

– CALMA SUAS DOIDAS, eu estou com... não estou com o livro. VOLTA AGORA, NÓS PRECISAMOS DOS NOSSOS LIVROS!- Bernie começou a gritar mais que a gente.

– SILÊNCIO, vocês terão os livros que quiserem mais fiquem quietos, pelo amor de ZEUS. – eu vi um trovão passar perto do helicóptero, mas parece que ninguém mais percebeu.

# QUEBRA DE TEMPO#

Já anoiteceu, meu irmãos dormiram e só eu e o diretor Alexandre ficamos acordados, até que o diretor é legal, mas tem algo nele que me assusta.

– Então, o senhor é filho de que deus?

– Pense um pouco garota. Pense e você descobre.

Eu acabei olhando pra janela, vi alguns raios ao longe, parece que vai ter uma bela tempestade. Eu me sinto meio tonta e acho que começo a imaginar coisas.

“eu to em uma floresta e vejo aqueles garotos que encontramos na escola, eu tento me aproximar, mas não consigo me mexer, escuto eles falando como se fosse na minha mente;
‘ e agora? Nós perdemos os semideuses que fomos buscar. Quíron vai nos matar!’
‘ Fica calma Ester, nós temos que focar no plano, vocês sabem que teremos que matar alguém.
‘E eu acho que já sei quem matar primeiro’
falou aquele Boogs olhando na minha direção com um olhar assassino.”

– Muito bem, acordem estamos quase chegando.- ele interrompe meu sonho, mas eu não estava dormindo ,tenho certeza que não.- Se preparem pra pular. Vocês vão cair na água, então o impacto é menor.

– OQUE?- falamos em tom meio desesperador.

– Eu to presa, Bernie me ajuda.- Eu acabei prendendo meu tênis numa parte lá do helicóptero que não faço a menor idéia do que seja. Mas o diretor já havia empurrado os dois.

– Tira esse tênis e pula agora!

– Mas...

– Agora!

Eu tirei meu lindo tênis, eu adorava aquele tênis e não estava vendo água em lugar nenhum, só alguns chalés e o diretor me empurra e eu caio em... eu não estava caindo, eu não estava meio flutuando mas acabei atravessando o teto de um chalé e cai em algo macio, para a minha sorte. E ouço a voz de uma garota:

– Ei, você está bem?