My Perfect Mistake escrita por Berry Abrahão


Capítulo 24
The time is almost


Notas iniciais do capítulo

Mais um ..
Galera me desculpem pela qualidade e pela demora, demorei para escrever esse capítulo.
Foi um apaga escreve, escreve apaga que vocês não tem noção, kkkk
Mas de qualquer forma está aqui.
Espero que gostem.
Enjoy it.



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Narradora

O quarto dos bebês enfim ficara pronto, Sue fizera o quarto mais lindo do mundo em apenas dois dias e foi ela que viu quando já eram altas da madrugada que Rachel rumava pela primeira vez ao cômodo. Sue sorriu e acompanhou silenciosamente todos os atos da mais nova.

Viu a feição de adoração da afilhada quando abriu a porta branca, viu ela caminhar gentilmente sob o tapete bege, viu ela passar as mãos por cada móvel. Viu quando ela sentou-se na poltrona localizada entre os dois berços, quando ela olhou todo o quarto e sorriu ao encontrar a madrinha no batente da porta.

Rachel: Há quanto tempo está aí?

Sue: Tempo bastante para ver que algo mudou nessa sua cabecinha.

Rachel: Talvez. – Sorriu mais uma vez passando a mão em um dos berços.

Sue: Você sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa.

Rachel: Ah dinda eu me sinto diferente sobre tudo isso. No começo de tudo eu não entendia muito bem o que era gerar uma criança e ser a mãe dela e acho que era por isso que eu falei todas aquelas besteiras eu também estava assustada com aquela coisa toda não queria aceitar que havia decepcionado meus pais.

Sue: E agora?

Rachel: Eu quero ser mãe dessas crianças. – Sorriu acariciando a enorme barriga. – Quero significar algo na vida delas.

Sue: Eu fico feliz em escutar isso querida. – Agachou perto da garota entrelaçando a mão das duas.

Rachel: Eu só queria que meus pais também estivessem. – Sorriu triste voltando a encarar os berços.

Sue: Querida às vezes os pais fazem coisas que os filhos não entendem e nem nunca serão capazes de entender, tudo por que o amor que um pai sente por um filho é tão inexplicável que às vezes é difícil entender que os filhos crescem.

Rachel: Dinda você já pensou em ter filhos?

Sue: Isso é complicado meu amor. – Levantou andando pelo quarto.

Rachel: Por quê?

Sue: É uma longa história querida e não sei se você entenderia.

Rachel: Eu tenho tempo e eu não sou mais uma criança. – Ela viu a madrinha agitar as mãos num sinal de nervosismo e esperou que a mesmo virasse de frente e começasse a contar.

Sue: Eu era jovem ainda, tinha meus 16 anos quando tudo aconteceu. – Rachel nem piscava diante da madrinha. – Eu e seus pais já nos conhecíamos, eu havia começado a namorar um carinha lá do colégio, seus pais me alertaram da fama de cafajeste dele, mas eu era apenas uma menina apaixonada e não confiei nos meus melhores amigos. Com alguns meses de namoro as coisas começaram a ficar mais sérias e nós fomos para cama, eu estava nas nuvens com tudo aquilo. – Rachel viu a face da mais velha ser tomada por uma onda nostálgica. – Alguns dias depois ele me deixou, deu uma desculpa e terminou o namoro, eu não entendia o que tinha acontecido e então uma semana depois eu descobri que estava grávida. – Ela parou segurando a emoção repentina e viu o rosto de surpresa da afilhada.

Rachel: Como assim grávida? Onde está essa criança?

Sue: Foi a pior época pra mim, meus pais me expulsaram e seus pais me ajudaram durante toda a gestação e quando ela nasceu foi um dos melhores momentos da minha vida, era como se uma luz se acendesse de novo depois de toda a escuridão.

Rachel: Uma menina?

Sue: Sim, Beth era seu nome. – Sorriu entre as lágrimas.

Rachel: E onde ela está?

Sue: Ela tinha apenas um mês de vida, eu tinha acabado de coloca-la no berço e me deitei um pouco, horas depois ela chorou alto e depois parou e fui pegá-la, mas ela não respirava eu corri para o hospital, horas depois eles me disseram que ela havia falecido, não tinham uma explicação o médico simplesmente disse que ela parara de respirar e seu coração deixara de bater, não havia uma explicação, sua saúde era perfeita ela simplesmente se foi. – Quando ela terminou de contar Rachel estava em choque.

Rachel: Eu não entendo como eu nunca soube disso?

Sue: Eu me reergui depois, terminei o colégio cursei medicina seus pais se casaram e tiveram você. Você nasceu dez anos depois exatamente no dia em que ela havia morrido, eu lembro certinho daquele dia. – Sorriu olhando a afilhada com admiração. – Eu fazia seu parto tranquilamente e quando você nasceu que eu lhe peguei nos braços você olhou para mim e chorou, eu não sabia como, mas de algum jeito o universo me devolvia o que eu havia perdido. Você foi minha esperança querida. Naquele momento eu sabia que meu dever era cuidar de você.

Rachel ainda estava extasiada com tudo aquilo.

Rachel: Por isso que você...

Sue: Sim princesa, eu sabia o que você estava passando e eu tive ajuda quando estava na mesma situação eu precisava te ajudar.

Rachel sorriu levantando da poltrona com certa dificuldade.

Rachel: Você é a melhor madrinha de todas e eu te amo muito e tenho certeza que de onde Beth estiver ela tem orgulho da mãe dela. – A duas se abraçaram profundamente.

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Narradora

Depois de meses de preparo e muito trabalho duro o clube Glee finalmente partia para Nova York, onde aconteceria as Nacionais. Rachel já estava com oito meses e meio de gravidez, ela e Finn estavam juntos, sem rótulos apenas juntos, não queriam atropelar as coisas dessa vez, estavam apenas deixando o tempo dar seu jeito.

Finn: Tem certeza de que está confortável? – Ele checava pela centésima vez se Rachel estava bem, chegava a ser engraçado toda aquela preocupação.

Rachel: Eu já disse que sim Finn deixe de drama e sente logo aqui.

O avião decolou e logo estavam no hotel preparando-se para a grande noite.

Diversas e grandiosas apresentações foram realizadas naquela noite, inúmeros alunos esperavam, agora, ansiosos para o resultado final. Os juradas ainda estavam reunidos discutindo quem seria o campeão nacional de corais 2014.

Por fim um dos jurados subiu ao palco com um pequeno envelope nas mãos, Rachel não cabia em si de ansiedade, não muito diferente do resto do grupo, mais alguns segundos de silêncio e era possível escutar as rápidas batidas dos corações dos jovens.

Rachel sentiu seu coração parar por um segundo quando o apresentador disse. “ E o campeão de corais 2014 é o NEW DIRECTIONS DE LIMA OHIO.” A festa e a gritaria foi geral e durou até tarde, todos estavam extasiados com a vitória, pois depois de anos finalmente levariam o troféu nacional de volta ao colégio.

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O relógio marcava quatro da madrugada quando Finn acordou com algo quente molhando seu braço, tentou mover o braço, mas lembrou de Rachel que repousava a cabeça ali. Assustado ligou o abajur e deparou-se com uma Rachel pingando de suor, quando a tocou, na tentativa de acordá-la, percebeu que sua temperatura estava muito elevada.

Finn: Rachel acorde, por favor. – Ele estava entrando em desespero.

Rachel: Deixe-me dormir Finn. – Abriu os olhos devagar.

Finn: Você está com febre meu amor. – Ele ajudou-a a sentar-se e foi então que a mesma percebeu que seu travesseiro estava encharcado. – Vem, vamos tomar um banho frio.

Rachel: Não. – Gemeu manhosa, enquanto ele lhe estendia a mão.

Finn: É pro seu bem. – Dirigiu-a até o banheiro e enquanto preparava o banho ela despia-se, ainda brava por ter sido acordada.

Quando Rachel retirou a calcinha percebeu que ali tinha uma bolota de sangue, não muito grande, mais ainda assim havia sangue.

Rachel: Finn. – Chamou em desesperou.

Ele fitou-a e aproximou-se dela levando a visão para onde ela encarava.

Rachel: É sangue Finn. – Ele viu algumas lágrimas riscarem o rosto dela.

Finn: Fique calma meu anjo. – Ele a abraçou. – Você sente algo? – Ela negou com a cabeça. – Então entre no banho que eu já volto.

Ela obedeceu, afinal agora não era hora para discutir.

De volta ao quarto Finn discava um número no telefone, demorou um pouco, mas por fim a voz atendeu.

Finn: Sue é você?

Sue: Sou eu sim o que houve? – Ele podia perceber a voz quebrada de sono da outra.

Finn: Rachel sangrou. – Soltou desesperado.

Sue: Como assim Finn. – Sue começava a se preocupar.

Finn: Não foi bem um sangramento, ela está com febre e eu insisti que ela tomasse um banho e na calcinha dela tinha uma bolota de sangue Sue o que eu faço?

Sue: Ela está sentindo alguma dor?

Finn: Não.

Sue: Então mantenha a calma e faça com que ela fique calma. Você vai fazer o seguinte, pergunte se ela ainda está sentindo os bebês mexeram se ela disser que não vão imediatamente para um hospital se ela disser que sim arrumem as malas e voltem para cá.

Finn: O que está acontecendo? – Disse aflito.

Sue: Com certeza ela perdeu o tampão de muco, isso quer dizer que logo ela entra em trabalho de parto. – Ela o ouviu prender a respiração – Fique calmo ainda vai demorar, faço o que pedi e peça para ela por um absorvente e me mantenha informada.

A ligação foi finalizada e Finn voltou ao banheiro, onde Rachel vestia outra roupa enquanto chorava. Assim que ela o viu perguntou.

Rachel: Com quem estava falando?

Finn: Com a sua madrinha. – Rachel olhou-o ansiosa. – Eu expliquei o que estava acontecendo e ela pediu para que ficássemos calmos e seguíssemos alguns procedimentos. – Rachel assentiu. – Você sente os bebês mexerem?

Rachel: Sim. – Sorriu.

Finn: Então coloque um absorvente e vamos voltar imediatamente.

Rachel: Por quê? Finn o que está acontecendo.

Finn: Ela disse que você vai entrar em trabalho de parto.


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Notas finais do capítulo

Que venha o parto..



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