The proposal that changed my life escrita por Afia Messer Giovinazzo


Capítulo 44
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Oi amores *---*
Fiquei muito feliz com os comentários do capitulo anterior, vocês são incríveis!
Amanda, Annie e Larissa, muito obrigada pela ajuda!
Essa é a continuação do capítulo anterior...
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507174/chapter/44

(...)

Flack:- Bom dia, Jess!

Jessica:- Bom dia! – Respondeu sem ânimo.

Flack:- É impressão minha, ou você parece chateada?

Jessica:- Ontem a Stella chegou em casa chorando, ela pegou o Mac com a cobra da Peyton na cama.

Flack:- Nossa! Logo com a Peyton?!

Jessica:- Pra você ver...

Flack:- Ela deve estar arrasada...

Jessica:- Nunca vi a Stella daquele jeito... Enfim, temos algum caso?

Flack:- Até agora não.

Jessica:- Aceita um café? – Esticou a mão que segurava um copo colorido.

Flack:- Não tem veneno ai não, né?

Jessica:- – Revirou os olhos colocando o copo sobre a mesa. – Se quiser beba...

Flack:- Estou brincando – pegou o copo e bebericou o café – Jess, estou... estou sentindo uma coisa... – Pôs a mão livre na barriga fingindo estar passando mal, enquanto Jess sorria vendo a palhaçada de Flack.

Jessica:- Ainda me surpreendo com suas idiotices.

Flack:- Vamos jantar na vovó hoje?

Jessica:- Você sabe que jamais diria não a esse convite. – Passou os braços pelo pescoço de Flack alisando seus cabelos e olhando em seus olhos.

Flack:- Então isso é um “sim”?

Jessica:- Sim!

Mais tarde naquele mesmo dia...

Assim que seus turnos chegaram ao fim, Jessica e Lindsay foram para a casa. Entrando no apartamento, deixaram as bolsas no sofá e as chaves sobre o balcão de madeira.

Stella estava na cozinha preparando frango grelhado com salada para o jantar, cozinhar era sua válvula de escape quando se sentia tão triste.

Jessica:- Boa noite!

Lindsay:- Que cheirinho bom! – Pôs uma das mãos no ombro de Stella e com a outra, abriu a porta da geladeira. – Acho que o frango está quase rezando por um final feliz... – Falou vendo que a amiga cortava o frango com muita força.

Stella abriu um sorriso.

Stella:- Só você pra me fazer sorrir...

Lindsay:- Você tem que se animar mais!

Stella:- Acho difícil, pelo menos por enquanto.

Jessica:- Bonasera, não gosto de te ver assim ...

Lindsay se sentou na mesa e Stella se sentou ao seu lado e descansou as mãos sobre as pernas.

Stella:- Não esquenta Jess, vou ficar bem, sempre fico...

Lindsay:- Se quiser eu fico em casa e ...

Stella:- Não, Não e Não! Vocês tem que ir, eu prefiro ficar sozinha e depois do jantar vou ler e dormir.

Jessica:- A programação da noite da casa dos idosos... – Revirou os olhos e Lindsay sorriu.

Lindsay:- Tem certeza?

Stella:- A velha aqui tem muita certeza. Vão e se divirtam, por favor!

Lindsay/ Jessica:- Tudo bem.

Se abraçaram e logo cada uma começou se arrumar, enquanto Stella voltava a preparar o jantar.

(...)

Flack desceu do carro e quando foi abrir a porta de Jessica, ela desceu antes e acabou esbarrando nele.

Flack:- Será que você nunca sabe ser como uma dama?

Jessica:- Se eu fosse, não seria sua amiga cavalão. – Soltou um beijo pra ele e fechou a porta com o pé.

Flack:- Meu Deus! Nunca mais feche a porta do meu carro com os pés.

Ele se agachou pra limpar a porta do carro, parecia desesperado.

Jessica:- Mas é muito anta e fresco mesmo! Levanta logo palmito! Não quero deixar a vovó esperando.

Flack se levantou e a encarou surpreso.

Flack:- Vovó? Desde quando você a chama assim? Ela é MINHA avó!

Jessica:- Olha aqui, eu divido o mundo com você, divido o oxigênio com você, eu até dividi o carro com você, o mínimo que pode fazer é deixar eu chamar aquela doce pessoa de avó.

Flack revirou os olhos e a pegou pelo braço, andaram um pouco lado a lado, sentindo um fio de adrenalina e paixão correr por seus corpos, até que Flack parou de súbito e falou:

Flack:- Por que você sempre me trata com tanta aspereza? – Seus olhos quase emitiam uma luz angelical e Jess sentiu o coração disparar.

Jessica:- Deve ser porque no fundo eu gosto de você. – Deu uma piscadela e tocou a companhia deixando Flack com uma única certeza: Ele estava apaixonado, e isso era uma coisa deliciosa.

Quando entraram, Grace logo abraçou Jess.

Flack:- É, que bom que sentiu minha falta vovó! – Falou com sarcasmo.

Jessica:- Ele hoje está todo sentimental... – Zombou e Grace sorriu.

Vovó Grace:- Vem cá meu amor, deixa de drama! – O abraçou e ele se deixou abraçar dando um suspiro.

Jessica:- Eu já disse que amo o cheiro da sua comida? Meu estomago já está rocando!

Flack:- Sempre morta de fome... – Falou baixinho e Jess lhe deu uma cotovelada. – Aiii! – Gritou.

Vovó Grace:- O que houve?

Jess tampou a boca de Flack que já ia responder e falou:

Jessica:- Nada... Que tal irmos comer?

Grace sorriu e todos se encaminharam a sala de jantar, e Flack ainda podia sentir a dor da cotovelada. Fuzilava Jess com olhares, enquanto a mesma dava de ombros.

(...)

A campainha tocou fazendo Regina e Cooper se entreolharem e sorrirem maliciosamente.

Cooper:- Eu vou ficar na sala.

Regina:- Vou abrir a porta. – Deu uma piscadela.

Danny entrelaçou os dedos nos de Lindsay e lhe deu um sorriso reconfortante que acalmou o coração de ambos.

Regina:- Boa noite! – Disse abrindo a porta e fazendo cara feia ao ver Lindsay ao lado de Danny.

Lindsay:- Regina, bom te ver!

Regina:- Não posso dizer o mesmo... – Revirou os olhos.

Danny pigarreou e fez cara feia para Regina.

Danny:- A trate bem ou voltamos daqui mesmo.

Regina:- Desculpe, é o stress... Você entende não é Lindsay?

Lindsay:- Claro. – Falou sem convicção devolvendo o sorriso forçado.

Quando já estavam do lado de dentro, Regina indicou a sala e logo ambos estavam lá. Cooper olhava descaradamente para Danny fazendo todo charme que podia.

Cooper:- Amei o seu vestido, Lindsay... – Falou com cara de nojo.

Lindsay:– Obrigada, sua roupa também é muito bonita.

Regina:- Compramos em Londres! – Falou com desdém.

Lindsay desviou o olhar sem se deixar atingir.

Danny:- Estou morrendo de fome! – Regina empurrou lentamente Cooper.

Regina:- Por que você não ajuda a Cooper a trazer as coisas pra mesa? – Se referiu a Danny.

Danny:- Mas a Lindsay...

Regina:- Não se preocupe com ela – pegou no braço de Lindsay – Querida, não gostaria de conhecer a casa?

Lindsay olhou para Danny e apesar do desconforto que sentia, respirou fundo e se afastou do mesmo.

Lindsay:- Claro, eu adoraria!

Regina e Lindsay estavam olhando alguns quadros na parede do grande corredor da casa.

Regina:- Esse – apontou para um dos vários quadros – compramos assim que chegamos aqui... Estava sendo muito disputado.

Lindsay:- Muito autentico. – Falou no mesmo tom.

Regina:- Você conhece algo sobre belas artes?

Lindsay:- Existe artes feias? – Disse sem se conter.

Regina:- – Pigarreou – Quero dizer se algum dia conheceu algum pintor ou alguma grande obra de arte...

Lindsay:- Não sou muito fã de grande arte, não que eu seja uma completa desentendida sobre isso, mas posso dizer que não tenho tempo suficiente para estar nesses lugares, porque ao contrário das pessoas que vivem por ai, eu tenho muito trabalho no laboratório. – Não tirou os olhos de Regina.

Regina:- Se refere a mim e a minha filha?

Lindsay:- Talvez vocês se ocupem muito comprando vestidos em Londres. – Sorriu sem mostrar os dentes.

Danny pegou alguns talheres na gaveta e quando se virou para coloca-los no balcão deu de cara com Cooper... Tão próximo, ele estava sufocando com o perfume caro dela.

Cooper:- Gosto de seu perfume...

Danny:- Obrigado. – Disse tentando se desviar dela que se aproximava ainda mais.

Cooper:- Você combina de azul, realça seus olhos... Seu tom de pele... seu corpo... – Passou os dedos pelos cabelos do loiro.

Danny deu alguns passos para trás e esbarrou na pia, ficando encurralado e Cooper estava a alguns centímetros de distância.

Danny:- Já peguei os talheres! – Ergueu a mão.

Cooper:- Percebi... Mas não precisamos voltar pra lá agora.

Danny:- Precisamos sim, estou morto de fome.

Cooper:- Sabe, sempre amei o contorno da sua boca, ela é tentadora.... – Passou os dedos nos lábios dele o fazendo se contrair.

Danny:- Cooper, o que significa isso? – Segurou a mão dela deixando cair os talheres.

Cooper:- – Sorriu – Apenas falando a verdade...

Danny:- Não gosto nem um pouco disso. – A empurrou, mas ela acabou se aproximando ainda mais, tanto que ele podia sentir sua respiração.

Cooper:- Não gosta mesmo? – Falou dando uma piscadela e chegando ainda mais perto.

– Atrapalhamos queridos? – Cooper relutante se virou e quando ela saiu da frente de Danny, ele pôde ver Lindsay e Regina parados os olhando.

(...)

Assim que acabaram o jantar, vovó Grace propôs que Flack levasse Jessica para conhecer o resto da casa, incluindo o belo jardim que a idosa cuidava com tanto zelo e amor. Se abraçaram e andaram pelo “tapete” verde de grama até chegarem ao velho balanço de madeira. Particularmente, Flack amava aquele balanço, passara horas ali quando criança e fora a última criação de seu avó marceneiro.

Com a chegada do fim de ano, o frio já castigava New York e Jess se encolhia ao sentir o vento da madrugada bater em seu rosto. O moreno se levantou retirando a jaqueta de couro, ficando assim com uma blusa de manga fina.

Jessica:- Vai fazer Strip-tease nesse frio?

Flack:- Eu sei que você adoraria, mas não – pegou a jaqueta que estava jogada no ombro e se caminhou até Jess – Pode ficar com ela.

Jessica assentiu e agradeceu com um sorriso.

Houve um pouco de silencio e Flack se perguntava se devia ou não falar, sentia as mãos suarem e as pernas ficarem um pouco bambas, desviando constantemente o olhar de Jess, ele disse:

Flack:- Sabe, muitas vezes já me disseram que o ódio e o amor andam de mãos dadas, mas eu nunca acreditei nisso, porque são sentimentos completamente opostos. Até conhecer você... E eu te odeio do fundo do meu coração, Jessica Angell – ele respirou fundo e continuou – Mas eu te odeio tanto que eu te amo! Portanto, gostaria de te pedir: Vamos esquecer o “eu” e “você” e vamos criar o “Nós”... Jessica, aceita ser minha namorada?

Mais uma vez, um súbito silêncio pairou sobre os dois e ele não conseguia encara-la. Vendo o nervosismo dele, Jessica engoliu em seco seu susto e alegria, pegou as mãos de Flack tomando coragem para reagir.

Jessica:- Eu... Bem... Não sei muito bem o que dizer... Tem certeza de que me ama mesmo?

Flack não sabia se ria ou chorava, se esforçara mais que tudo pra falar algo sano e lógico e Jess parecia duvidar.

Flack:- Por que você não acredita em mim?

Jessica:- Não é que não acredite em você, só acho que tenho medo...

Notando a insegurança e o medo da amada, Flack lhe segurou pelos ombros e encostou sua testa na dela.

Flack:- Sei que está traumatizada com o que o maldito do Nate já te fez e está fazendo... Mas saiba que eu posso ser o que você quiser e te farei feliz. Posso seu um bobo, um romântico, um bruto ou a pessoa mais doce... Me diga o que quer que eu seja e eu serei!

Jessica:- Você é um idiota!

Flack:- Então sou o seu idiota. – Com seus rostos praticamente colados, deram início a um beijo calmo, mas cheio de paixão. Não sabiam o tempo que aquele momento durou, só sabiam que estavam gostando.

A morena pôs fim ao beijo e parou olhando para o nada em busca de palavras certas.

Flack:- Tudo bem ai? – Ela continuava imóvel – Jess! Planeta terra chamando...

Jessica:- Ãh... – balançou a cabeça com os olhos fechados como sinal de reprovação – Don, eu... – algumas lágrimas se formaram em seus olhos – Eu gosto muito de você, e também te odeio tanto... Mas eu não sei se você merece alguém tão estranha como eu, passamos a maior parte do dia nos alfinetando, será que daria certo? Eu não sei nem lidar comigo mesma, vivo me enchendo de perguntas e nunca sei as respostas certas...

Flack:- E é tudo isso que me fez apaixonar por você... – Com o polegar, secou as lagrimas que já inundavam o rosto confuso de Jessica.

Jessica:- Eu preciso de um tempo pra pensar se é isso mesmo que quero, não estou dizendo “não” para seu pedido, mas preciso pensar um pouco.

Flack sorriu triste e se levantou.

Flack:- Tem todo o tempo que precisar... Fique com isso – entregou uma caixinha felpuda vermelha – Ai está sua aliança de compromisso, assim que vê-la em seu dedo, saberei que você aceitou...

(...)

Lindsay:- Danny, eu acho melhor irmos embora... – Pegou o casaco perto da porta e saiu pisando firme.

Danny andava a passos largos para alcançar Lindsay.

Danny:- Espera, Montana! – A segurou pelo braço direito.

Lindsay:- Eu disse que precisávamos conversar, vamos encontrar algum lugar logo que estou com sono.

Danny:- Vamos para o meu apartamento, tenho uma lareira que cairá muito bem agora!

Lindsay tentou não transparecer sua raiva ao ver o quase beijo de Danny e Cooper, apenas se manteve em silencio durante todo o trajeto até o apartamento do amigo. Assim que ligaram a lareira a gás e pegaram uma taça de vinho tinto, Danny se sentou em frente a ela que parecia certa do que iria falar.

Lindsay:- Danny eu quero te ajudar!

Danny:- Ajudar? – Começou a observa-la atentamente.

Lindsay:- É, ajudar! Vou ser bem direta...

Danny concordou curioso.

Lindsay:- Infelizmente não tive o prazer de conhecer seu pai, tenho certeza que iria adora-lo assim como você... E eu não suportaria ver que todo o patrimônio que ele construiu com tanto esforço e dedicação foi doado a estranhos. Eu quero me casar com você...

Danny:- Você quer...

Lindsay:- Espera, deixe-me terminar! Não pense que quero seu dinheiro ou presentes caros, não estou te propondo um casamento pra me beneficiar, eu só quero ajudar meu melhor amigo... Eu... eu não sinto nada por você além de amizade, nossa vida vai continuar a ser como agora, você pode namorar com quem quiser, passar noites fora, e eu farei o mesmo.... – Uma tristeza tomava conta do coração de Lindsay, ela sabia que amava Danny e se importaria com a mulheres que ele sairia, mas preferia fazer assim do que se declarar e fazer papel de boba apaixonada.

Danny:- Você me pegou de surpresa... – Assim como Lindsay, Danny estava magoado com suas duras palavras. Ele que iria pedi-la em casamento, iria dizer o quanto a amava. Pensou em dizer que mesmo que ela não sentindo nada por ele, o amor já existia em seu coração, mas em vez disso preferir guardar seus sentimentos.

Lindsay:- E então, Danny? Você não tem muito tempo, daqui a duas semanas seus advogados entrarão em contato...

Danny:- – Se levantou e começou a andar de um lado para o outro bagunçando os cabelos – Tudo bem, eu aceito!

(...)

O laboratório já estava com poucas pessoas trabalhando, somente quem participava do turno da madrugada, mas não era o caso de Mac. Já era pra estar em casa a pelo menos 4 horas. Seu dia não havia sido dos melhores, teve que comparecer a dois julgamentos, preencher quilos de relatórios, ajudar os internos que o laboratório acabará de ganhar, e sem falar em uma dor de cabeça que o irritara desde a noite passada. Trabalhar sem Stella era terrível pra dizer o mínimo, não tinha aquela troca de olhares todas as vezes que se viam, tampouco as massagens que ela fazia para aliviar a tensão de seus músculos.

Depois de horas sentado na mesma posição, o detetive foi até o terraço do prédio para pensar no que havia acontecido para Peyton aparecer em sua cama. Aquela história não fazia nenhum sentido pra ele, e a única maneira de ter Stella de volta, era saber a verdade e pensar em um belo pedido de desculpas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu adorei escrever esse capitulo :3 pensei em cada detalhe por dias...
Até os comentários!