M – está com fome, amor?

V – To, com soninho mama...

M – Oh soninho, mamãe vai te fazer dormir, vem – Maria tirou o álbum de cima da cama e arrumou, ela junto à Victoria se aferraram em baixo daquelas cobertas... Maria contou uma história curta, mas perfeita aos ouvidos de Vicky, ela logo dormiu no meio da história de princesas.

Maria depois de fazer Victoria dormir foi terminar de se arrumar, logo passou pelo quarto de Estrela e ela não estava, pegou seu neto que estava preste a chorar e desceu.

M – Estevão não sabia que tínhamos visitas, por que não me chamou? – disse Maria após terminar de descer as escadas e ver que estavam todos os “amigos” ali. Como ninguém disse nada Fabiola se atreveu a falar.

F – Bom Maria, creio que todos aqui te devemos desculpas... Já sabemos que Demétrio foi o assassino de Patrícia... E eu sinceramente achava que fora tu a assassina, e de verdade te peço desculpas.

B – Minha querida Maria, todos de verdade te pedimos desculpas... e o teu perdão...

M – Não... Não é necessário que me pensam desculpas... Já perdoei todos, mas o que sim não poderá ser possível daqui para frente, será a confiança. Eu já não consigo confiar e vocês como os amigos de 18, 19 anos atrás.

MESES DEPOIS

Demétrio havia sido transferido para a prisão de Aruba, e lá condenado a pena máxima, a pena de morte... Daniela após ter certeza de que seu “ex-marido” havia sido o assassino, não moveu uma palha para tirá-lo de lá. Pediu desculpas a Maria e a sua família, e foi embora do país junto com Ana Rosa... Bruno e Fabiola haviam se arrependido e ido atrás de seu filho, que estava no Canadá... lá passariam uma boa temporada.

Estrela ultimamente andava sem paciência para cuidar do filho, ela queria voltar logo para a clínica trabalhar, Heitor e Vivian estavam felizes, mas ele esperava que logo pudesse ter a abençoada notícia de que seria pai. Ângelo continuava na mansão, mas Alba e Carmem haviam decidi que era melhor sair, e dar um tempo para eles, assim que decidiram fazer um cruzeiro...

Maria e Estevão estavam mais do que feliz, sua família estava bem, seus filhos melhores ainda, e seu netinho... era o que mais recebia carinho e amor, claro, junto a Victoria. A empresa prosperava mais que nunca, eles não tinham do que reclamar eram felizes, Maria estava quase 100% recuperada do câncer, e esperava que em breve tivesse a notícia de que estaria livre dessa doença totalmente.

Camila, ela quem disse que nunca iria se apaixonar estava encantada com um novo vizinho que acabara de chegar e comprar o apartamento ao lado do seu... eles já haviam se “tropeçado” algumas vezes, e haviam saído junto...

No total haviam passado 4 meses...

MANSÃO SAN ROMÁN – Hall

M – ouço e não posso crer Camila... Você apaixonada? – disse Maria enquanto aconchegava seu neto em seus braços.

CM – Ai Maria nem me lembre disse, e o pior é que ele é tão encantador...

M – Não Camila, o pior é que você acaba de conhece-lo e ele já conseguiu te levar para cama.

CM – Não Maria, ele não me levou para cama... Nós fizemos amor. Que é diferente.

M – Fizeram amor? Você está apaixonada.

CM – Eu sei e me arrependo de estar... Bom, Mas mudando de assunto... como vai tudo? A casa, o marido, os filhos, a empresa?

M – tudo bem...

CM – Maria você não me engana... o que está acontecendo? Sabe que pode confiar em mim, você é como uma irmã pra mim...

M – O que acontece é que Estrela está muito distante, não de mim, mas sim de Carlinhos, ela diz que não vê a hora de voltar a trabalhar, esses últimos dias o bebe tem dormido comigo e Estevão... Ela teve uma gravides precoce e agora não quer arcar com as consequências.

CM – Ai amiga, sabe que eu faria tudo por você, mas eu, agora não sei como te ajudar...

M – Obrigada Camila, mas nesse sentido só Estrela pode se ajudar... Olha que só tenho um mês e alguns dias para fazê-la pensar sobre isso, porque logo se encerrará sua licença maternidade e terá que voltar a trabalhar...

NOITE – Quarto do Casal

Estrela e Greco haviam acabado de chegar de Xochimilco, da casa de sua sogra e genro. Maria e Estevão já haviam colocado Victoria para dormir e agora estavam na cama com seu netinho entre os dois. Ele estava acordado.

M – O que foi amorzinho!!? – disse Maria passando a mão pela barriguinha, e segurando a mãozinha do bebe.

Es – Ele é tão parecido a ti Maria...

M – Você acha?

Es – Tenho Certeza, tem seus olhos, seu cabelo, sua pele...

M – Ai Estevão não exagera!!

Es – É a verdade – riu – Ele é tão lindo... – Maria o olhou e sorriu, logo ficou séria, e deixou sua mão livre para que Carlinhos brincasse com ela. – Amor, o que aconteceu? Ficou séria de repente...

M – Estava pensando em Estrela, meu neto...

Es – O que tem eles?

M – Você já imaginou quando nosso neto comece a falar? – Estevão deu de ombros, não sabia o que responder – ele irá pensar que nós somos seus pais, chamará eu de mãe e você de pai... Porque simplesmente Estrela está agindo mais como irmã do que mãe, ela disse que daqui uma, ou duas semanas já quer tentar tirá-lo do peito...

Es – Estrela é uma menina ainda, não estava preparada para ser mãe.

M – Eu sei que deveria dar conselhos a ela, para melhorar, mas eu já dei os primeiros passos, Porem ela parece não ter entendido. Eu não digo que esteja errada em querê-lo tirar do peito, mas você sabe perfeitamente quanto mais leite materno o bebe ingerir melhor sua saúde será no futuro. Eu amamentei Heitor e ela até os um ano e meio, e não reclamava. Acha tão prazeroso poder dar algo de mim aos meus filhos.

Es – Eu sei, me lembro perfeitamente. Se eu chegasse perto de você enquanto os amamentava eles se colocavam nervosos, pensando que que eu iria tira-los dali. Você sempre foi uma mãe maravilhosa, ainda é... E agora é a avó mais linda do mundo – Estevão beijou seus lábios com calma, ternura e paixão... consequentemente o bebe começou a chorar. Os dois se separaram e sorriram, sabiam perfeitamente o que aquilo significa, pois era de família. Heitor e Estrela sempre choravam quando seus pais estavam em um ato romântico.

M – É de família, Heitor, Estrela e agora esse meu neto lindo... – disse beijando suas bochechas.

Es – Realmente parecem irmãos... – alguns minutos depois – Amor... não está com sono?

M – Estava quase dormindo – disse passando a mão pelos olhos e logo sorrindo, a luz havia ficado acessa. Ela olhou para seu neto, e ele ainda estava acordado – Estevão, estava dormindo?

Es – Mais ou menos – disse meio cansado

M – Por que o bebe da vovó não dormiu ainda? – passou a mão por sua cabecinha, logo pegou a toalhinha e limpou sua baba.

Es – Amor, será que não está saindo dentinho nele? Ele baba muito ultimamente.

M – Creio que não amor, ele é muito novinho ainda... só cinco meses, bom não sei cada bebe é diferente pode ser que sim – disse baixando a alça do pijama.

Es – O que está fazendo? – perguntou meio desconcertado – Maria, não quer...?

M – Estevão não seja patético, capaz que íamos fazer amor com Carlinhos aqui.

Es – O que está fazendo então?

M – A mesma coisa que fazia para nossos filhos, se for o dente ele precisa de algo macio para ficar mordendo, eu não me importo de dar meu seio para ele ficar mordendo. Aqui não tem chupeta para ele... Estrela não quer dar... então eu dou.

Es – Bom proveito netinho. – disse Estevão se virando para o lado. Maria sabia que não era ciúmes e sim sono.

– Mamaa... mamaaa – chamou Vicky desde a porta, Maria virou-se para a porta

M – amor o que aconteceu?

V – Num consigo doimir, posso quicar aqui?

Es – Vem amor, vem aqui com o papai. – se apertaram na cama um pouquinho, mas todos dormiram bem e satisfeito, principalmente o bebe da casa, Carlinhos.

Alguns dias depois – RESTAURANTE

VM – Ai Roberto que bom que você já chegou... – disse Verônica abraçando seu amigo

RF – Verônica nem me fale, estou louco pra ter Maria em minha frente. (Esse Roberto, imagem como se fosse Arturo Peniche)

VM – Vai com calma companheiro, ela é casada e seu marido é muito ciumento.

RF – Estevão San Román que me aguarde, eu esperei tanto por esse momento... Só de ouvir falar nos San Román’s dá uma curiosidade de conhece-los, mas primeiro irei pela Maria, eu a amo tanto...

VM – Ok, já entendi – os dois continuaram conversando sobre outros assuntos.

OUTRO DIA

EMPRESA SAN ROMÁN - Recepção

– Bom Dia...

L – Bom Dia Senhor, o que deseja?

– Gostaria de falar com Maria San Román, ela se encontra?

L – tem o senhor um horário reservado? Porque ela está ocupado no momento.

– Sim tenho, está no nome de Verônica Martins, a vice-presidente da minha empresa, Sou Roberto Fernández.

L – Sim claro, só um momento por favor... – Lupita falou com Maria através do interfone, ela permitiu a passagem do Dono das Empresas Fernández – Senhor Fernández acompanhe por favor... – os dois seguiram rumo à sala de Maria, Lupita bateu na porta, logo de ouvir a permissão de entrada, entrou – Com Licença – Lupita saiu.

Maria estava de costa e logo virou, ela estava com seu netinho nos braços...

M – Oh Perdão... Boa Tarde Senhor...

RF – Ro... Roberto Fernández – gaguejou ao ver Maria, tão linda e exuberante.

M – Sente-se por favor, e não ligue para o bebe, minha filha teve que sair e eu como boa avó estou com ele. – Maria sentou-se com o bebe ainda em braços, e logo ele também sentou-se

RF – Não se preocupe senhora San Román...

M – Pelo que tenho entendi o senhor é dono das Empresas Fernández, certo?

RF – Certíssimo! Eu estava na Europa, mas agora já estou instalado no meu apartamento.

M – Que Bom, espero que esteja gostando de viver aqui em México.

RF – Estou adorando, realmente essa cidade é maravilhosa.

M – Bom, mas vamos direto ao assunto, não? Eu achei uma excelente proposta a qual sua empresa fez, nós adoramos muito e...

RF – Dona... Dona Maria – Roberto a interrompeu, e Maria a olhou estranhada – Bom, não sei como dizer, mas tudo que minha vice-presidente fez foi apenas um pretexto pra mim...

– Mariaaaaa, eu... – entrou alguém a chamando com escândalo – Perdão, não sabia que estava ocupada, Lupita não está na recepção.

M – Não se preocupe... – Roberto olhou para trás, e tal a surpresa

RF – Ca... Camila?

CM – Roberto? O... O que faz aqui?

M – Se conhecem? – eles mal prestaram atenção na pergunta de Maria.

RF – O que faz aqui?

CM – Eu, eu vim falar com minha irmã!! E você?

M + RF – Irmã? – Camila caminhou até Maria...

CM – Maria não se faça, sabe muito bem que...

RF – Vocês são irmãs? – perguntou com remordimento e medo ao mesmo tempo

CM – Somos!

M – Somos? Na verdade não, mas Camila me considera sua irmã, verdade?

CM – Exatamente!

M – Mas vocês ainda não me disseram de onde se conhecem...

RF – É...

CM – Bom pra falar a verdade mesmo, Maria... Roberto era o homem de quem eu te falava.

M – Oh... Perdão não quis ser indiscreta.

RF – não tem problema...

CM – Bom mas vou deixar vocês a sós porque eu sei que estavam falando de negócios, verdade?

M – Sim, é verdade!!!

CM – Ah, Maria quer que eu leve Carlinhos pra casa, ele está dormindo e você só ficará cansada com ele aqui...

M – Por Favor Camila... Senão for muito incomodo.

CM – Claro que não, amiga. – Camila o pegou no colo, e sua bolsa, beijou Maria na bochecha, e deu um selinho em Roberto, logo saiu.

M – É, creio que não entendi muito bem o que, você quis dizer que era só um pretexto, pretexto pra que? – Roberto levantou-se e começou andar nervoso pela sala.

RF – Pra mim encontrar você!!

M – Pra me encontrar? Eu... eu não entendo, o que quer dizer?

RF – Que Verônica Martins, era um pretexto para um assunto pessoal que tenho que tratar com você.

M – Comigo? Eu cada vez entendo menos... eu nunca te vi antes, como quer tratar de algo pessoal?

RF – Victoria Fernández Acuña e Carlos Renato Fernández – Maria paralisou, andou um pouco desorientada até ele, mas não muito perto... como senão tivesse ouvido aqueles nomes...

M – Meus... Meus...

RF – Pais.

M – Eu não entendo, o que você tem a ver com eles?

RF – Eu sou filho deles, seu irmão. – Maria o olhou desconcertada, aturdida... sem acreditar, logo viu tudo escurecer e desmaiou. Roberto rapidamente a segurou, a ajeitou em seu colo.

– Maria, meu ... – Estevão tinha entrado na sala, e se deparou com tal cena, sua mulher estava sendo carregada por outro homem no colo – Quem é você? O que faz com minha esposa?

RF – Me ajude, sim? Ela desmaiou... – Estevão logo correu pegar o álcool e algodão, e logo voltou, Roberto se afastou... em quanto Estevão a fazia despertar, ele saiu da sala... foi embora.

Es – Meu amor, o que aconteceu? – perguntou Estevão assim que viu ela despertando.

M – Onde... onde ele está? – perguntou ela passando a mão na cabeça.

Es – ele... ele quem? – perguntou Estevão enciumado.

M – Estevão, amor?

.........................

MANSÃO SAN ROMÁN – NOITE

Maria e Estevão acabavam de chegar em casa, e para variar estavam discutindo.

M – Estevão fica quieto, antes que façamos e falemos coisas que nos machuquem – disse Maria subindo os primeiros degraus.

Es – MARIA, Maria volte aqui, nós não terminamos de conversar – disse Estevão nervoso.

M – Baixe seu tom para falar comigo, não sei por que você está assim.

Es – sabe perfeitamente porque estou assim, você não me dizendo quem era aquele homem só me faz desconfiar, que... que era seu...

M – Se você não tem confiança em mim o problema é seu, pense o que quiser... eu não lhe devo explicações, ainda mais que seja só para tirar suas dúvidas. E não entre no meu quarto, não quero falar com você. – entrou no seu quarto e trancou a porta, foi até a porta que comunicava ambos quartos e também a trancou.

Maria tomou um banho e as palavras de Estevão ecoavam em sua cabeça.

FLASH BACK I

EMPRESA SAN ROMÁN

Es – ele quem Maria? – perguntou Estevão por segunda vez mais enciumado ainda.

M – Ninguém! – disse Maria após se dar conta de que Roberto havia ido embora.

Es – Ele quem? Quem Maria? O homem que estava aqui te carregando pelos braços? Quem era ele? – perguntou nervoso e aumentando o tom de voz.

M – Estevão não é ninguém, não está com ciúmes, verdade? – levantou-se do sofá

Es – Sim estou, estou com ciúmes e não quero nem pensar que quem estava aqui era uma... uma conquista... mais um apaixonado por você.

M – não diga bobeiras Estevão.

Es – Não são bobeiras, ele estava com você nos braços todo preocupado, com muita intimida. Maria, Maria... você não está me traindo v....?

M – ESTEVÃO? Como pode desconfiar de mim assim? Eu ... quer saber não tenho porque te dar explicações, se crês que eu possa te trair... tudo bem não tiro sua razão – disse Maria saindo da sala.

FIM FLASH BACK I

M – Ai Estevão por que você tem que desconfiar de mim? Por que não confias mais em mim? Eu te amo tanto, mas essa desconfiança me destrói por dentro.

FLASH BACK II

EMPRESAS SAN ROMÁN

M – É, creio que não entendi muito bem o que você quis dizer que era só um pretexto, pretexto pra que? – Roberto levantou-se e começou andar nervoso pela sala.

RF – Pra mim encontrar você!!

M – Pra me encontrar? Eu... eu não entendo, o que quer dizer?

RF – Que Verônica Martins, era um pretexto para um assunto pessoal que tenho que tratar com você.

M – Comigo? Eu cada vez entendo menos... eu nunca te vi antes, como quer tratar de algo pessoal?

RF – Victoria Fernández Acuña e Carlos Renato Fernández – Maria paralisou, andou um pouco desorientada até ele, mas não muito perto... como senão tivesse ouvido aqueles nomes...

M – Meus... Meus...

RF – Pais.

M – Eu não entendo, o que você tem a ver com eles?

RF – Eu sou filho deles, seu irmão. – Maria o olhou desconcertada, aturdida... sem acreditar, logo viu tudo escurecer e desmaiou.

FIM FLASH BACK II

M – Meu irmão? Não, não pode ser isso é uma brincadeira, como? Não é possível... Meus pais nunca tiveram mais filhos, eu sou a única... Ah não ser que seja mais velho, não isso não é possível, eles comentariam comigo algo antes de morrer... Por Deus... CAMILA!!! Se ela sabia de algo e não me disse eu a mato. – desligou o chuveiro e saiu.

15 minutos depois, Maria ainda estava em seu quarto, estava lendo um livro, quando tocaram em sua porta.

M – Quem?

– Sou eu Maria, Camila posso entrar?

M – Um momento Camila... – Maria foi abrir a porta que ainda estava trancada.

C – Ui, a porta trancada, o que estava fazendo de errado?

M – Não seja palhaça Camila, apenas estava trancada porque eu e Estevão discutimos e não quero que ele entre.

C – Ai mais por que discutiram?

M – Ciúme!!

C – Ciúmes? De você, com certeza!

M – Por que eu sempre tenho que ser a culpada em? Foi dele é claro, até insinuou que eu tinha amante... Se ele não confia no seu taco problema é dele. Eu é que não desmenti depois do que ele me disse. Mas mudando de assunto, como vai seu namorado?

C – Ui muito bem... Mas eu não sei por que, ele disse que havia chego estressado e insatisfeito com a reunião de alguns provedores – disse inocente

“Acho que Camila não sabe de nada senão teria dito” – pensou Maria.

M – Bom e por que aquela euforia toda quando entrou na minha sala?

C – Maria, Maria, eu tenho uma bomba pra te contar...

M – Ai Meu Deus Camila, o que foi que você aprontou dessa vez?

C – Eu não aprontei nada não tá? Mas se seguro porque tu vai cair com essa noticia.

M – Camila sem dramas nem suspenses, diz logo.

C – Maria Fernández de San Román, sua amiga Camila Martins, em breve Camila Martins Fernández.... Than Than Thannnnn, vai ser mãe, Estou grávida!!!

Maria ficou simplesmente sem reação, abriu a boca para dizer algo, mas nada saía.

C – Maria pelo amor de Deus, me diz algo.

M – você está o que?

C – Grávida... – Camila segurou na mão de Maria e olhou no seus olhos – eu não mereço um Parabéns?

M – Oh! Claro – disse ainda em shock, Maria realmente havia ficado surpresa com a noticia e não tinha reação alguma. – Pa... Parabéns... – disse a abraçando

C – Não Maria me desculpe, mas esse seu abraço e parabéns não está nada sincero – separou-se dela, e a olhou nos olhos, Maria todavia estava com a boca aberta, e sem reação – Maria o que aconteceu?

M – Estou em shock... Tu grávida? Eu simplesmente não acredito – Maria soltou uma gargalhada e voltou a ficar séria – Perdão, mas você sempre dizia que não queria ter filhos, que isso iria te deixar velha... e bom como pode imaginar eu fiquei sem reação...

C – Eu sei bem, confesso que na hora também fiquei assim, boba – sorriu

M – E o futuro papai já sabe?

C – Ainda não... e o pior é que eu estou com medo de contar

M – Por que? Não era realmente sério o de vocês?

C – Sim, mas não sei se chegava a ficar tão sério assim a ponto de entrar um filho no meio.

M – E de quantos está?

C – Um mês e duas semanas.

M – O primeiro encontro foi frutífero – soltou outra gargalhada

C – Maria você não está me ajudando em nada...

M – Perdão Camila, hoje eu não estou boa para dar conselhos, não sei o que fazer com minha vida, e é capaz de fazer um desastre na dos outros. Mas acho que você deveria sentar e conversar com ele. Chega e diz que está grávida, que se ele quiser continuar contigo mesmo assim, todos feliz, e se ele não quiser mais e só assumir a criança eu sinto pelos dois porque formariam um belo casal, apesar de não conhece-lo muito bem.

C – Maria, você não está para dar conselhos mesmo... Só de imaginar que ele possa me deixar depois de descobrir que estou grávida me deixa com agonia.

M – Então é melhor você falar com ele o quanto antes, porque minha amiga... essa tua barriguinha não demorara em crescer.

C – Eu, eu sei... Bom Maria eu vou indo irei falar pra ele amanhã, eu depois de amanhã. Vê se resolve o assunto com Estevão.

M – Você quer dizer pedir perdão? Nunca, eu não fiz nada de errado ele que venha falar comigo.

C – Ai Maria, conversa com ele... Bom mais eu já vou – abraçou ela e a beijou...

M – Felicidades amiga – disse Maria quando ela estava saindo do quarto, Camila apenas sorriu.

OUTRO DIA

Maria não havia jantado na noite anterior para não ter a “má sorte” de encontrar com Estevão, mas hoje no café da manhã será impossível evitar essa situação ela já estava sentada.

Estr – Papai não virá, mãe? – Disse Estrela acomodando Carlinhos em seus braços e o dando de mamar, no seio.

M – Não sei... – respondeu Maria levando a xícara a boca.

H – Não me diga que já brigaram? – Maria nada respondeu.

Estr – Ai por favor, por que brigaram?

M – Não é nada demais... Uma bobeira – Maria terminou de tomar café bem na hora que Estevão entrou – Bom Dia, eu já estou indo – levantou-se e saiu.

Estevão ficou triste por estar brigado com Maria, e ainda mais quando ela o ignorava. Mas ela tinha razão em fazer isso, pois ele desconfiava dela. Eram 9:45 da manhã, Maria estava em sua oficina, fazia algum tempo já, Estevão à pouco tempo... eles não se encontraram, Maria ia sair resolver alguns assuntos.

M – Lupita, se alguém perguntar por mim, diz que não estou, saí resolver alguns assuntos. – disse Maria quando saiu de sua sala e foi a recepção.

L – Como a senhora ordene, Dona Maria – Maria sorriu e saiu... Assim que ela saiu Estevão também saiu da sala e foi a recepção.

Es – Lupita, Maria está em sua sala?

L – Não senhor, a senhora acaba de sair disse que tinha alguns assuntos que resolver. Mas se o senhor for rápido encontra ela no estacionamento.

Es – Obrigado Lupita – disse saindo.

Assim que ele chegou no estacionamento Maria entrou no táxi, ele entrou em seu carro e a seguiu, queria falar com ela, pedir perdão por seu comportamento.

Maria depois de 10 minutos desceu do táxi e entrou em um restaurante, enquanto Estevão tentava achar um lugar para estacionar.

Maria assim que entrou no restaurante caminhou um pouco até o outro lado onde tinha janelas enormes, onde poderia ter mais privacidade. Mas mesmo assim desde a janela de entrada podiam vê-la perfeitamente até onde ela estava.

– Maria... Que bom que venho – disse um senhor beijando sua mão – pensei que não viria mais. – ele puxou a cadeira para ela sentar, e assim fez, logo sentou-se em sua frente, ele já havia pedido dois sucos de laranja com água.

M – Me desculpe o atraso Roberto, mas o transito estava impossível. Eu vim porque o que você me disse o outro não me sai da cabeça... Eu... eu não entendo.

R – Eu te entendo... Mas é a verdade, eu sou seu irmão. Te busquei por anos e anos depois da morte de nossos pais, eu como era o primogênito, fui estudar em um colégio fora do país, papai, como você bem sabe, tinha condições para pagar um colégio em qualquer lugar do mundo. Você nunca estranho que as ações, e poder, a herança de papai e mamãe chegassem a sua mão?

M – Pra falar a verdade eu nunca me importei com o dinheiro, quando eles morreram eu já estava casada e bem de vida. Não tinha porque lutar com algo que não sabia se ganharia. Me disseram que todo aquele dinheiro iria para associações de crianças na Suíça.

R – Isso fora meia verdade. Eu não sabia de sua existência até dois anos depois que esse dinheiro chegara em minhas mãos. Eu não sabia que tinha uma irmã, e quando comecei a procurar-te... bom não te encontrei porque você estava em Aruba.

M – Aruba?

R – Eu sei toda sua história Maria, desde que se casou-se teve dois filhos, foi presa, regressou casou-se com o mesmo homem, Estevão, tem um filho adotivo com ele, tem também mais uma menininha de poucos anos, e um neto. Sei também que à pouco tempo limpou seu nome. – Ele segurou em sua mão e a apertou. Maria estava com seus olhos lacrimejando

M – Eu... quem te deu essas informações?

R – Para te encontrar foi um detetive particular, logo quando soube onde estava pedi a minha amiga e vice-presidente de uma das empresa para que fizera um contrato com as Empresas San Román, Verônica Martins. Ela me deu toda a informação sobre você nessas últimas semanas.

M – Eu já estou bem ciente de que você sabe tudo sobre mim, mas eu não sei nada sobre ti... e bom eu queria algo que me dê certeza que somos irmãos... – Roberto beijou a mão de Maria, no mesmo instante que Estevão entrava no restaurante, e a procurando com o olhar viu tal cena. Ele deixou de beijar sua mãe continuou.

Es – Eu nasci 14/08/1973...Tenho 41 anos, Vivi na Suíça, desde os sete anos com vinte me mudei para Miami, e vinte e um descobri que tinha uma irmã através de uma carta que mamãe deixou, a partir daí comecei a buscar-te, Porém jamais consegui encontrar-te, estava em Aruba... e depois de 14 anos quando você recebeu a liberta que consegui encontrar-te. Não sou casado como pode imaginar, não tenho filhos... Nunca fui casado.

M – E Camila? O que acha dela? Espero que não esteja brincando com seus sentimentos, porque ela é como uma irmã pra mim também, e não me gostaria vê-la sofrer.

R – Eu realmente gosto dela – disse novamente segurando em sua mão – ele é muito especial pra mim. Falando nela, eu a chamei, ela como minha namorada creio que deve saber.

M – Eu cheguei até a desconfiar que ela sabia de algo, eu ia comentar com ela. Mas achei melhor esperar. -

R – Você fez muito bem...

“O que Maria está fazendo com aquele cara? O que eles têm? Será mesmo que Maria está me traindo? Não pela amor de Deus, esse homem pegando na mão da minha Maria. Melhor eu ir embora antes que veja o que não quero” – Pensou Estevão e voltou para o carro.

Em seguida entrou Camila, procurou com o olhar e viu sua amiga e parceiro...

CM – Olá – disse abraçando Maria e logo dando um selinho em Roberto – Como Estão?

M – Bem Camila, e você?

CM – Muito bem... Por que me chamaram aqui?

R – É que nós temos que te dar uma notícia, muito importante.

M – É verdade Camila, não sei como você tomará, mas é uma notícia surpreendente.

CM – Eu que estou gravi... – O olhar de Roberto e Camila se encontraram, ela teve medo, levantou-se e saiu correndo, chorando.

R – Camila... Camila – Ele levantou-se para ir atrás dela, mas foi impedido por Maria que entrou na sua frente... Estevão havia voltado para o restaurante queria tirar satisfações, Porém ao entrar havia pego sua esposa e aquele homem em uma posição mais suspeita ainda.

Maria o havia impedido de ir atrás de Camila, uma mão o segurou pelo braço e outro repousou sobre seu rosto.

M – Ela ia te contar, mas teve medo.

R – Você sabia?

M – Sim, soube ontem, ela disse que tinha medo de contar e você a deixar, que só de pensar nisso dava vontade de morrer. Em todos esses anos que eu a conheço nunca à vi tão apaixonada, ela sempre saiu com homens mais jovens que ela. Ela sempre se negou a ser mãe, a aparentar sua idade.

R – Eu...eu não penso em deixa-la, ela deveria confiar mais em mim.

M – Ela nunca confiou nos homens depois da péssima experiência que teve se casando com apenas 17 anos. Por isso ela começou a sair com jovens.

R – Eu, eu vou ser pai? – disse emocionado, Maria sorriu e o abraçou.

M – Parabéns futuro papai – sussurrou Maria, que ainda estava abraçada a ele. Estevão que via a cena morria de ciúmes, agora definitivamente estava com raiva e saiu dali e foi embora.