ADN - Como Tudo Começou escrita por Kichanny


Capítulo 4
Sem Saída


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!
Mais um capítulo aqui está chegando! Mas, antes de tudo, eu quero avisar que no capítulo anterior, acrescentei um trecho no final (um dia depois de postar).
Quero agradecer a todos que estão lendo e Sam James obrigada por comentar e acompanhar a história.
Estou tão feliz que vocês estão lendo que vou dizer uma coisa sobre o próximo capítulo nas notas finais. E isso eu ainda não sei se vai acontecer, por enquanto não cheguei nessa parte, mas quero que vocês saibam.
Agora é melhor ficarem atentas, pois o problema do final de "Desaparecimento" vai... Mudar!
Boa leitura!



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Respirei fundo tentando conter o medo, Fátima não me deixaria morrer aqui dentro. "Tem que ter uma saída de ar por aqui! Só deve estar escondida! Mas onde?" Pensei olhando para os lados. Enquanto olhava, reparei que havia uma mesinha de cabeceira, com três gavetas, ao lado da cama, mas ela não estava encostando na parede, tinha pelo menos 3 centímetros de distância. Afastei ela e um vento gelado soprou meu rosto. Me encolhi."Achei!" - Atchin! - espirrei, aquele ar frio não me fazia bem, mas eu não aguentaria ficar presa, eu tinha que sair.
Olhei para o duto de ar, ele tinha grades que estavam pesas por parafusos, o estranho era que ele ficava no chão e os parafusos eram diferentes, um era em forma qudrada, outro triângular, o terceiro tinha cravado um X, e o útimo era um hexagono. Comecei a procurar pelo quarto alguma coisa que pudesse desparafusar a grade, primeiro na mesinha de cabeceira, nas gavetas, atrás e até embaixo, mas nada. Olhei pelo chão, paredes e teto, mas nada podia abrir se quer um dos quatro parafusos. Em uma última tentativa desesperada, olhei debaixo da cama, levantei o travesseiro. Em seguida, levantei o colchão, para minha surpresa havia três pedaços de ferro que encaixariam perfeitamente em três dos parafusos, só sobraria o hexagonal.
Peguei os três pedaços de ferro, arrumei a cama como estava, caminhei até o duto de ar e tentei desparafusar. Como já sabia, cada pedaço de ferro encaixou perfeitamente em cada um dos três parafusos. Uma questão ainda estava no ar"Como fazer para desparafusar o último?".
Pensando nisso tentei novamente usando os pedaços de ferro, quando reparei que a ponta oposta à que eu havia usado em cada pedaço, tinha o mesmo formato da outra ponta, a diferença era no tamanho, a forma era pouco menor, mas havia uma excessão. O ferro quadrado tinha a outra ponta do mesmo tamanho, porém, ela tinha a forma que eu precisava. Me alegrei ao perceber isso, enfim eu estava conseguindo uma passagem de saída direto para casa.
– Isso! - sussurrei após retirar a grade e perceber que eu caberia lá dentro - Agora eu só preciso entrar aqui, arrumar essa mesinha pra ninguém perceber e colocar a grade no lugar! Acho melhor levar esses ferros! Se estiver parafusado eu não preciso voltar pra pegar!
Antes de entrar no duto, percebi que não haveria como virar lá dentro. Quando eu entrasse, teria que ficar de frente para o quarto, só assim poderia arrumar as coisas. Olhei bem lá dentro e percebi que o duto se dividia em duas direções.
– Atchin! - meu nariz começava a se entupir, estava ficando resfriada.
Entrei de costas para o duto. Puxei os pedaços de ferro para dentro e a mesinha para bem perto da parede. Peguei a grade que havia deixado encostada ao lado da passagem e a encaxei na abertura. Andei de ré até meus pés tocarem o metal que revestia o interior do duto de ar. Olhei para tráz na tentativa de escolher um caminho.
– Atchin! - espirrei.
Virei minhas pernas para a esquerda (minha esquerda). Andei de ré mais um pouco até ficar de frente para o caminho que iria seguir, comecei a ir para frente e ao longo do caminho havia mais passagens como a que eu entrei.
– Atchin!
Passando por uma delas, ouvi a voz do meu irmão. Parecia estar falando sozinho, mas não entendi o que era. Pude ouvir a porta abrir e Fátima dizer algo que não consegui distinguir. Eles saíram e eu resolvi sair também. Peguei os pedaços de ferro, atravessei a grade com a mão e comecei a desparafusar. Retirei ela e empurrei a mesinha de cabeceira. Saí do duto de ar. Arrumei as coisas, caminhei até a porta e prestei atenção enquanto ela apresentava duas mulheres a Dav. Não ousei abrir a porta para não ser descoberta, porém, consegui ouvir cada palavra que Fátima pronunciou.
– Essas são Maria e Elena, disciplina e equilibrio. E este é David Wilson, filho da Sandra
– Oi! - disse a primeira.
– Prazer em conhece-lo! - disse a segunda.
Elas pareciam ser mais amigaveis que Fátima, falavam como se estivessem felizes por conhece-lo e preocupadas com algo.
– Alguma notícia delas? - preocupou-se Fátima.
– Não, nenhuma! Se não as encontrarmos logo... Tenho medo do que pode acontecer! - disse a segunda - Não sei se viveria sem a minha Rafinha!
– Não se preocupe Elena, nós vamos encontra-las! E tenho uma coisa para mostrar, sigam-me!
" Então elas querem encontrar essa tal de Rafinha e algumas outras?" Ouvi passos que levavam a outro cômodo, uma porta se fechando e sendo trancada. Senti que era a hora certa de sair.
Abri a porta com cuidado para não fazer barulho, saí e a fechei. Olhei em volta procurando uma porta que levasse à saída. A frente havia uma, andei em sua direção, mas parei quando ela se trancou. Olhei para a esquerda e dei um passo para trás quando outra se trancou, fui mais um passo para trás quando a porta à direita trancou. Quando ia voltar para o quarto de onde eu havia saído, percebi que ele também estava trancado.
Não havia nenhuma forma de sair, a menos que... Sorri ao ver que havia, no teto, uma tubulação igual a que eu acabara de passar. Eu só tinha uma pergunta: "Como vou chegar ali?" Comecei a olhar em todas as direções, procurando algo em que eu pudesse subir para alcançar a grade e desparafusa-la. Ao lado da porta tinha um arquivo de aço na altura e local certos, para que eu pudesse alcançar o duto de ar. O problema seria para subir ali, ele era muito alto.
Voltei a olhar em todas as direções e avistei uma cadeira com a altura suficiente para subir no arquivo. Arrastei ela até o móvel e subi nele. Peguei os pedaços de ferro, que levava no bolso até o momento. Desparafusei, colocando a grade para dentro. Antes de entrar, empurrei a grade mais para o fundo. Se não teria como virar, essa era a melhor maneira. Entrei, passei pelo vão de ré. Puxei a grade e a parafusei. - Atchin!
– Eu tinha que ficar resfriada logo agora?
Comecei a andar para frente, precisava sair dali e começava a ficar com fome. Andei pela tubulação por no mínimo dez minutos até achar outra abertura como a que entrei. Por sorte não havia ninguém no recinto, mas senti como se tivesse algo errado. Não liguei para essa sensação, simplesmente desci e fui até a porta. Primeiro fiquei tentando ouvir se tinha alguém do outro lado. Depois de não ouvir nada, abri a porta devagar, com cuidado.
Entrei devagar, examinando cada centímetro do que via, cada parede, chão ou teto. Fiquei paralisada ao ver uma câmera, daquelas que são tão pequenas que ninguém notaria. Fingi estar normal. Parei de olhar para ela. Olhei para tráz e a porta se fechou. "Isso de novo não! Por favor!" A porta na minha frente abril. Olhei para frente e dei um passo para tráz. Fátima entrou com as duas mulheres, Elena e Maria.
– Carina, você não vai fugir! Não adianta tentar! - disse Fátima.
Fiquei calada, só pensando no que fazer. "Ela é mais forte que eu e estou cercada, além de ter mais duas pessoas que vão ajuda-la. Tenho que bolar um plano urgentemente! O que eu faço? O que eu faço?"
– Não vai dizer nada? Sua mãe fazia o mesmo quando estava encurralada! Ela estava pensando, se perguntando o que fazer! - disse a dona da primeira voz.
– Vocês estão me testando, não é? - perguntei - Era tudo muito obvio!
– Era um teste, mas não o seu! - disse a segunda voz.
– Como assim? Então era de quem? Atchin!
– Era meu! Por quê acha que o duto de ar era tão frio? - disse Fátima - Você ficou até resfriada! O seu teste era uma coisa mais fácil. Encontrar a câmera e desativa-la! Por isso o enigma do começo, não ter como abrir... Não era pra você descobrir! Quando olhei a gravação e não te vi estranhei. Você realmente quer sair daqui, não quer?
– Quero!
– Então se comporte que eu penso no seu caso! - disse ela enquanto saia e fazia sinal para que as duas me pegassem.
Elas entenderam o recado e logo andaram na minha direção. Uma fechou a porta e desligou a câmera. A outra veio diretamente a mim. Ela andava para frente e eu para tráz, tentando me distânciar. Encostei na parede. As duas riram e continuaram chegando perto,
e mais perto. Até que a que estava mais próxima de mim extendeu a mão para me cumprimentar.
Fiquei parada por um tempo, tentando entender o que ela estava fazendo. Olhei para sua mão e depois em seus olhos. Queria que ela me dissese algo logo.
– Prazer, Elena! E esta é a Maria! - disse enquanto extendia o braço novamente - É falta de educação não cumprimentar os outros, sabia?
– A Fátima assustou ela, você sabe que ela faz isso! Com todo mundo, aliás. - após uma breve pausa continuou, olhando para mim - Não se preocupe Carina, nós não somos como a Fátima! Somos mais... Amigaveis!
A outra ainda estava com a mão extendida, então resolvi aperta-la.
– Prazer, Carry Wilson! - estava começando a confiar nelas.
Elas riram para mim, mas eu ainda estava desconfiada,apenas disfarcei para que não desconfiacem.
– Você deve estar com fome! Por que eu estou! - disse Elena colocando as mãos sobre a barriga - A viagem foi longa e demorada!
– Nem me diga! Pegamos o ônibus errado e fomos parar do outro lado da cidade!
– Vocês pegaram o ônibus errado para voltar pra cá? - "Como alguém consegue pegar o ônibus errado pra voltar para qualquer lugar?"
– Não é como você pensa não! Nós pegamos o ônibus errado na ida, na volta pegamos o certo! - disse Elena - Agora vamos comer tá bom?
Sorri. Era a primeira vez que alguém estava sendo legal comigo naquele dia além do Dav. Segui elas até a cozinha, que parecia bem normal comparando com as donas do local. Sentei a mesa com todos, Dav estava ao meu lado direito, Maria do esquerdo, Fátima à frente e Elena ao lado dela. Elas eram muito amigas. Todas vez que eu olhava entre uma mordida e outra, Elena fazia alguma coisa engraçada com Fátima ou Maria, as duas riam e faziam o mesmo com ela. Era engraçado ver aquela mulher que a poucos minutos queria me amarrar se divertindo.
Depois de comer o café da manhã, Fátima e maria foram embora. disseram que estavam indo atráz do Teo e que na proxima vez que alguém fosse voltar seria uma mulher chamada Caroline. Não dei muita atenção, eu estava planejando outra fuga. Desta vez seria diferente. eu iria conseguir fugir dali a alguns dias.
Durante três dias eu estudei os movimentos de Elena, ela nunca fazia nada no mesmo horário. Acordava na hora que quisesse, comia quando queria, tomava banho na hora que viesse vontade... A única coisa que era smpre na mesma hora, era seu treinamento. Não entendia porque ela ficava duas horas sozinha, em uma quarto sem iluminação nenhuma e sem produzir nenhum ruido, até me chamar para falar uma coisa.
– Eu tenho que te falar uma coisa super importânte!
Entramos na sala de treino que para minha surpresa, não tinha nada! Somente o chão e as paredes estavam cobertos por uma espuma azul, acho que para não se machucar durante o treino.
– Se você quiser sair, eu entendo! Mas antes a Caroline precisa chegar aqui. - após uma breve pausa olhando pra mim continuou - O Medarion dela é o da velocidade. Mas não é só a velocidade em que ela se move, também é psicológico. Se ela quiser, pode mudar seu pensamento em um piscar de olhos. Hoje, nós nos preparamos para isso. Se acaso nós acharmos onde estão as meninas... Estaremos prontas.
– Quem é Rafinha?
– Minha filha! Ela, a Bruna, a Rachel e a Serena foram levadas pelo Francis. Mas não sabemos onde estão!
– São filhas da Fátima, da Maria e da Caroline, não é?
– Sim, e foi por isso que te trouxemos aqui.
– Se eu sair ele pode me levar também!
– Você já entendeu. Então vou te ensinar a não ser... "usada".
Me assustei. Ela falou de um jeito como se eu pudesse me matar se Caroline mandasse.
Aquelas duas horas pareceram interminaveis. Concentre-se em seu pensamento... Concentre-se em seu pensamento... Isso me dava sono e cada vez que eu conseguia dormir um pouco ela, me acordava. Acho que caí no sono pelo menos dez vezes. Mas antes de acabar tive uma ideia que me deixou bem acordada. "E se eu fosse uma espécie de isca? Elas me treinam e eu finjo ser capturada, depois eu fujo e chamo elas!"
– Elena?
– Carry, eu já falei, se concentra! - seu celular tocou.
Pegou o celular e atendeu:
– Calma, calma! Fala devagar! - após uma breve pausa ouvindo exclamou quase desesperada - Eu não acredito que vocês acharam! Eu vou até aí! Nós vamos resgata-las!
Elena estava chorando e saiu sem sequer olhar para mim. A segui na esperança de obter respostas mas a única coisa que consegui foi:
– Arruma suas coisas e manda o David arrumar as dele, porque nós achamos!
Logo descobri do que se tratava, elas haviam encontrado as meninas e agora nós íamos ajuda-las.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Pois é, eu falei que iria contar uma coisa e agora é a hora! Vocês viram o plano da Carry, entrar lá e fugir. E também perceberam que não é mais preciso. Então eu estou pensando que TALVEZ... A Carry fique junto com as meninas. Não está confirmado! Estou pensando se desse jeito seria legal, mas como sempre a frase da minha vida é: "Eu achava que era confusa, mas agora não estou tão certa!"
Como podem ver, tudo pode acontecer! Eu posso escrever uma coisa e apagar o capítulo todo porque pensei numa melhor!
Mudando de assunto, as aulas estão voltando! No município volta dia sete e no estado dia catorze. Estou muito animada! Eu amo a escola! Principalmente a aula de matemática! Por sorte eu estudo em escola do município, então volto segunda!
Ano que vem vai ser triste, estou no nono ano (antiga oitava série) e como só tiro nota alta, tenho certeza que vou passar de ano. Não queria parar de receber leite em pó! Algumas pessoas vendem e eu aproveito o meu para ou beber ou comer. Tá bom, comer leite é meio estranho, mas se o leite for em pó, você acrescentar achocolatado e um pouco de água para ficar cremoso fica ótimo! Pena que nem todo mundo gosta, eu sou estranha! Adoro pão de queijo com cobertura de chocolate mas não como um tomate!
Tchau gente! Meu notebook está esquentando (literalmente) e se ele esquentar de mais desliga sozinho (problema na ventoinha, sabe?)!
Beijos a todos e bom dia, tarde ou noite (depende da hora que você está lendo)!



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