Um mundo além do mundo escrita por Lobo Alado


Capítulo 25
Chegando ao lar


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amigos... Não acredito que cheguei até aqui, sério, não acredito, só me da um pouco de dor de cabeça pensar em tudo o que ainda tenho que escrever, hahahahahahah, mas vamos lá, devagar eu chegarei.
Aí está o capítulo.
Dedicado à "Brisingrrr" hahahahahahh, a leitora e escritora que tem uma ótima fic em mãos. Nas notas de baixo eu explico por quê dediquei este capítulo à ela.
eu espero que divirtam-se e que seja uma leitura agradável...



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Eragon aliviou-se com a permanência da euforia por parte dos cavaleiros. A chegada de Arya veio em boa hora... Ele comentou com Saphira. Não podia imaginar o caos que se tornaria a ordem dos cavaleiros se nada viesse para amenizar o choque da notícia dos Eldunarí. As coisas poderiam sair do controle.

Os Eldunarí jamais tomariam uma decisão se houvesse riscos consideráveis de um caos se instalar... Eles certamente pensaram em tudo, Eragon. Talvez até soubessem da vinda de Arya.

É... você tem razão.

Ao seu lado, Blödhgarm segurava o cabo de Möm, sua espada. Olhava para o horizonte escuro com um olhar que só ele realmente sabia o significado. Os pelos azuis estavam eriçados.

– Eu não levava em consideração que isto viesse a acontecer um dia. – Disse ao amigo. – É dela que precisamos para quebrar esta monotonia.

– Podemos reviver o passado por um instante, Matador de espectros. – Blödhgarm mostrou as presas. – Espero por fogueiras e histórias daquela época, mas... não contadas por mim! Já cansei.

Eragon gargalhou.

– Veremos nós a rainha dos elfos contando histórias para cavaleiros ao redor de uma fogueira? Há quinze anos eu não imaginaria isso...

– Há um século eu não imaginaria isso, Eragon. – Ele pôs a mão em seu ombro. O olhos amarelos desviaram-se para o lado. – Veja, não é sua aluna?

Líria estava sentada sozinha na beira do cais. Ela parecia um pouco perturbada, com as sobrancelhas finas arqueadas tensamente e os pés a balançar alternadamente. Olhava para as luzes com desatenção.

– Bödhgarm, peço licença, tenho de falar com ela, não posso esperar.

Blödhgarm cedeu passagem com compreensão no rosto.

A jovem elfa afastara-se demais da cidade dos cavaleiros, fora ao Monte pedregoso mais ao sul. Eragon não via mal grandioso nisto, afinal, ele observou-a o tempo todo, mas não era da mesma forma com os pais. Neustlan depositara toda sua confiança nele, Eragon prometera cuidar e proteger sua filha com toda responsabilidade, e foi isso que fez, mas foi um pouco difícil convencer o elfo de que a garota estava totalmente a salvo e sobre sua proteção, mesmo que em distância.

– Líria – Ele parou ao lado da jovem. – Posso falar com você um instante?

A menina parou de balançar os pés ao virar o rosto para Eragon. Os olhos o fitaram, confusos, e a garota apertou os dedos na borda do cais.

– Ebrithil? Eu... é sobre o meu passeio? Eu prometo não afastar-me tanto outra vez, prometo... – Balançou firmemente a cabeça, enfatizando ansiosamente suas palavras.

Eragon riu, tentando trazer um pouco de calma à jovem.

– Sim, é sobre isto, mas não fique tão agitada... Sei que não foi nada demais, mas seus pais, você sabe... Você é muito jovem...

– Sou – Ela o cortou com a voz um pouco alterada. – E ouço isso constantemente, não é necessário que me lembrem mais.

O líder dos cavaleiros prendeu a respiração.

– Você é muito jovem... – Repetiu em tom repreensivo. – E quero que seus pais confiem em mim enquanto estiver sobre meus cuidados. – Ele suspirou e observou a elfa refrear-se com seu tom. – Isso não significa que é uma prisioneira minha, e muito menos que irei lhe impor regras... – Agachou-se para ficar a altura dela. – Mas peço que escute o que eu lhe disser... pois está sobre os meus cuidados, e lembre-se que saberei sempre onde estiver, aonde quer que você for, tudo bem?

– Sim, Ebrithil... – Ela assentiu.

– Levante-se, preciso que me acompanhe. – Ele estendeu a mão. – Não temos nos visto com muita frequência nos últimos dias, nossa convivência não pode ser assim, Líria. Vejo o quão aflita está... e posso sentir também. Não tenho permissão para saber mais que isto, mas você tem de manter-se estável, pelo bem de seu treinamento.

Ela segurou sua mão e ele a levantou.

– Não sei se é exatamente o que quero, Ebrithil. – Os olhos dela desviaram-se para o mar, e as sobrancelhas franziram-se tristemente. – Nunca achei que ser cavaleira fosse assim. Parece-me muito padronizado, agora... Não sei se compreende. “Aprenderemos isso hoje”, “Isso será importante para seu treinamento”, “ Receberá uma espada colorida e será finalmente uma cavaleira de dragão.” Isto cansa.

Eragon compreendia o que ela queria dizer, e era uma pena que se sentisse assim. O que lhe fascinou foi a facilidade com que ela pôs aquilo em palavras.

– Líria... – Ele parou de caminhar por um instante, sem saber exatamente o que diria. Abaixou a cabeça e suspirou. – Se pensarmos demais, podemos acidentalmente nos limitar muito. Encontraremos padrões de comportamento, conceitos definitivos de certo e errado que nunca poderemos seguir, nos envenenaremos com nossas próprias verdades... Verdades empurradas pela goela, as quais nós consideramos absolutas... Mas sempre chega um momento que vemos que não era daquela forma! E então podemos insistir por medo de admitir um erro ou de alimentar uma mudança... uma boa mudança. – Ele respirou fundo e pôs as mãos na cintura com medo de estar indo longe demais. – Digamos que aceitemos o nosso erro e seguimos em frente, percebemos uma melhor forma de ver as coisas e de comportar-se, lembramos da forma que agíamos antes e isso perturba-nos, pois jamais agiríamos desta maneira “agora”. – Ele segurou os ombros da jovem e a guiou pela multidão, e os dois afastaram-se da beira do cais. – O problema é que nunca nos aquietaremos, sempre procuraremos o melhor de nós mesmos, e consequentemente nossa forma de ver e agir mudará... Em um momento cansaremos de olhar para trás e ver o quanto éramos estúpidos e inexperientes, e é esse o momento mais perigoso, Líria, preste atenção. – Ele parou novamente. – Nos damos conta de que nossa forma de agir é passageira, e sabemos que a verdade maior está muito distante, e então queremos desesperadamente procurar o senso perfeito... Isso nos leva a perder o mais importante: A nossa personalidade. O que somos se vai, e nos tornamos uma estrada confusa por onde atravessam pessoas estranhas e confusas... e a estrada vai expulsando as pessoas até encontrar alguém ideal para que sempre caminhe por ela... O problema é que esta pessoa não existe.

Eragon percebeu que Líria estava assustada. Os olhos negros o fitavam com estranheza.

– Por que está me dizendo tudo isso, Ebrithil?

Eragon respirou fundo mais uma vez.

– Por que eu ouvi o que disse, Líria. E eu concordo com você. Eu percebo que neste inicio tudo é muito teórico, e talvez não devesse ser assim realmente... Peço que não se deixe cansar a mente por isso, Líria. Voe... e corra, se preciso, descubra coisas por si só. Ser cavaleiro de dragão não é ter uma espada coloria. É principalmente poder voar... um privilégio que poucos têm. E quando digo voar, não é só no sentido literal.

Ela assentiu.

– Sei o que seus pais pensam sobre você ser uma cavaleira de dragão... – Ele continuou. – Mas eu não posso impedi-la de ser uma verdadeira cavaleira de dragão, e, repito, isto é ser livre. Líria, o céu é seu para voar para onde quiser... – Ele sorriu...

...E conseguiu também arrancar um sorriso verdadeiro da cavaleira.

– Vá, Líria... Aproveite a noite, Cavaleira de Dragão! – E ela o deixou ali, com um contentamento simples, e pouco cansativo se comparado com os demais que ocorriam tão constantemente ultimamente.

– Você se saiu bem... – Blödhgarm disse, com os olhos amarelos não desprovidos de destaque naquela noite brilhante. – Os pais estão preocupados, é fato, mas tenho certeza que eles sentem conforto por você ser quem é, Eragon. No fundo eles sentem esta segurança.

– E você acredita nisto, Blödhgarm? Acredita que eu posso realmente cuidar de alguém com a responsabilidade necessária? Acha que estou realmente pronto para fazer isto sozinho?

– Eragon... E tudo o que disse para Líria? Não precisa de uma resposta, amigo. – Ele sorriu mostrando as presas. Seus olhos adquiriram uma voracidade incomum e os pelos do rosto se arrepiaram.

O elfo o deixou ali, com as luzes do mar.

Você entendeu o que aconteceu aqui? Eragon perguntou à Saphira. Foi estranho...

Blödhgarm está com orgulho de você. Ela disse. Ele testemunhou profundamente metade de sua vida, Eragon...

Eragon sorriu e assentiu, mesmo que Saphira não pudesse ver.

A noite estava esfriando com o vento que vinha do mar. O horizonte ainda era um véu prata do mundo. Eragon estava ansioso... ele não gostava de pensar nisso, mas antes havia tentado apagar qualquer esperança de encontrar Arya novamente. Aquela que o havia abandonado naquele navio, há tanto tempo, em um luar. Antes, ele lembrava constantemente daquela noite, e agora ela repetia-se em sua cabeça novamente.

Começou a imaginar como seria a chegada da Rainha. Imaginou-a montada em seu dragão verde, vindo em um navio branco, acompanhada de elfos formais. Quando percebeu, balançou a cabeça afastando os pensamentos.

– Agitado?

Oriúmos surgiu, com todo seu brilho laranja.

– Ansioso... e cansado. Tivemos um longo dia, não?

– É como se os últimos meses tivesse sido um dia longo... e este dia, meses corridos. – Ele concordou.

Eragon gargalhou.

– Estavam guardando todos para atirar-nos de surpresa.

Oriúmos arregalou os olhos púrpuros acinzentados.

– Você ainda lembra? – Ele sorriu surpreso, parecendo lembrar-se também da antiga conversa.

– Aquela época foi... trabalhosa.

– Inesperada... – Sugeriu Oriúmos. – Foi uma necessidade, mas uma necessidade animadora. Assustadora, eu diria. – Ele riu e segurou o cabo de Raudhr’Solus, sua velha espada. Usava um manto branco com cortes nas laterais deixando expostos os braços. Usava uma túnica laranja sem mangas, por baixo, e braceletes de ouro vermelho nos antebraços e nos braços.

– Assustadora... – Eragon repetiu dando ênfase. – Não podia acreditar que realmente necessitávamos explorar mais espaços da ilha... Me pareceu tão pouco tempo, era como se tivéssemos acabado de chegar à ilha, e de repente... estávamos construindo a terceira cidade dos cavaleiros. – Deu de ombros.

– Lembro-me de como você me questionava... Eram tantas perguntas... – Ele fechou os olhos e sorriu. – Você olhava para mim como quem olhava para um grande livro, de inúmeras e inúmeras... páginas.

Eragon gargalhou.

– Nunca esquecerei a forma como agiu com os Eldunarí... Oriúmos-elda, o tocador de almas.

O título era forte. Algo que Eragon gostaria de conquistar... Mas fora Oriúmos e suas horas de dedicação que restauraram a mente da maioria dos Eldunarís aprisionados por Galbatórix. O que o Elfo e recente cavaleiro de Dragão, na época, conseguira fazer era inacreditável. Foi assim que recebera o título, “Tocador de almas”.

– Você ainda é um grande e pesado livro, Oriúmos... a forma como o vejo não mudou. Ainda tenho muito que aprender com você.

O elfo meneou.

– Você sabe que pode me pedir ajuda a qualquer momento... Eragon-finiarel.

Quando a noite amadureceu, os três mestres e seus dragões encontravam-se às bordas do cais, e uma extensão de cavaleiros, dragões, elfos e humanos formara-se em duas fileiras paralelas, cada um virado para o outro em suas fileiras respectivamente, formalizando aquela ocasião.

Onde estão Ariän e Baöh? Pensou Eragon preocupado, inutilmente, com os dois. De certa forma já esperava pela ausência ou camuflagem, mas era sempre inquietante não tê-los em vista.

Só então os avistou perto da fogueira, na praia. Franziu as sobrancelhas. Aquele é...

Kewird... Saphira confirmou. Seja lá o que os dois estão conversando seria bom deixar entre eles.

Absolutamente...

Os cavaleiros não pareciam tão animados como inicialmente, até a atmosfera parecia esperar aquela chegada, fria e silenciosamente. O mar ondulava calmamente fazendo as luzes coloridas balançarem sutis. Eragon sorriu e virou-se para o mar...

... Olhou mais uma vez para o horizonte, estreitou os olhos e respirou fundo.

– Venha... e seja bem vinda. – Sussurrou para si mesmo, sabendo que aquele dia seria o mais remoto em tempos.

Para sua surpresa, depois de alguns silenciosos segundos, uma imagem formou-se no prata do horizonte. Pouco depois uma sombra negra invadiu o reflexo da lua na água.

Era um navio, ele sabia.

– Seja muito bem vinda. – Ele repetiu sorrindo, com a respiração trêmula.

Olhou para as mãos, estavam brancas e tremiam. Acalme-se... Controle-se. Disse para si mesmo.

– Você vê? – Ele disse o mais calmamente possível para Blödhgarm ao seu lado.

Os olhos do elfo brilharam contra a água iluminada.

– É ela, Matador de Espectros. – Ele mostrou as presas. Eragon assentiu e ficou imóvel, apenas respirando, observando a pequena e distante sombra deslizar pela água iluminada.

Com o passar do tempo, Eragon concentrava-se apenas em lembranças, em expectativas, curiosidade, e em seus batimentos cardíacos. Não podia realmente acreditar de primeira que o momento havia chegado até que visse ela.

O navio deslizava e deslizava... aproximava-se e crescia, deixava de ser uma sombra negra, e tornava-se uma estrutura de madeira vermelha e viva, leve. Sem velas e também brilhante de lanternas élficas verdes.

Eragon cambaleou para trás.

– Está tudo bem? – Perguntou Oriúmos segurando seu braço.

– Não se preocupe, Oriúmos. Foi só... não foi nada. – Ele se recompôs e continuou observando.

Enorme, com polidas garras brancas agarradas à proa do navio e o pescoço arqueado, coberto de escamas como esmeraldas refletindo toda aquela luz, estava Fírnen. Os olhos dourados do Dragão estavam carregados de vida e ferocidade, as asas membranosas de um tom verde esbranquiçado estavam bem abertas e esticadas para trás.

Eragon mal acreditava. Lá estava ela, sentada na cela de seu dragão. Tão firme e voraz como ele lembra, mas havia algo diferente. Uma certa magnificência a acompanhava, uma solenidade que não lhe era visível antes.

Uma onda incontrolável de sentimentos o atingiu. Nostalgia, euforia, ansiedade, quebra de expectativa... tudo era uma coisa só agora: Aquele rosto que olhava.

O navio alcançou o cais, e ele pode ver os elfos que acompanhavam a Rainha. Um por um eles desceram para o cais, cumprimentando cortesmente os Mestres dos cavaleiros.

Afinal, Fírnen saltou do navio, balançando-o, para o cais. Arya mantinha-se na sela com a magnificência que Eragon vira uma vez em Islanzadí, mas era diferente de uma certa forma, e acrescentava-se na sua voracidade tornando-a extremamente... diferente e claramente chamativa. Eragon viu-se sendo de novo aquele Eragon apaixonado tolamente.

Arya saltou graciosamente da cela de Fírnen, que estava enorme, e sorriu para todos no cais. O sorriso vivo que ele via com tão pouca frequência antes, agora, estampado para todos ali.

...Então ela olhou-o. Os desafiadores e grandes olhos verdes. Sua expressão tornou-se peculiar e sua postura um pouco retesada, mas por tão pouco tempo que mal se pode notar.

– Eragon-elda... – Ela cumprimentou-o formalmente. O som de sua voz foi como o despertar de um sonho para Eragon. – É bom reencontrá-lo, principalmente nas circunstâncias atuais. Vejo que preparou uma grande recepção... – Ela cumprimentou Blödhgarm, Oriúmos e os demais cavaleiros.

– Arya Drottning, Fírnen-finiarel, vocês nos agraciam com esta visita inesperada! – Ele também a cumprimentou formalmente. Não da forma que ele queria fazer depois de passar tanto tempo longe da elfa, mas a única forma possível estando acompanhado de tantos cavaleiros. Ali eles não eram os dois amigos de antes, mas sim Líder dos cavaleiros e Rainha dos elfos. – É um imenso prazer recebê-la, e também vocês, amigos. – Ele cumprimentou os elfos recém chegados. – Desfrutem de nossa companhia, e... Bem vindos à Kormodra, a ilha dos Cavaleiros!

– É gentil, Matador de Reis... – O verde olhar cintilou brevemente. – E peço perdão pela visita sem explicações,

Não conseguimos fazer contato com você ou qualquer um da ilha antes de partir. Fírnen manifestou-se com sua voz extremamente grave.

Eragon sorriu.

– Bem, vocês são sempre bem-vindos aqui, não são necessárias explicações, vocês pertencem à nossa ordem.

– Agradecemos a recepção, Matador de Reis. – Um elfo de cabelos dourados falou por todos que o acompanhavam.

– Há mais uma coisa... – Arya abriu passagem e estendeu o braço, chamando alguém que escondia-se atrás de Fírnen. – Quero lhes apresentar os novos cavaleiros, os dos ovos que eclodiram em Ellesméra. Podem vir.

De trás da cauda verde e espinhosa de Fírnen, um elfo de cabelos pratas de estatura mediana e um sorriso maravilhado, acompanhado de um dragão verde-cinza de um tom escuro e fosco, saíram juntos de uma elfa de cabelos castanhos e olhos azuis e um dragão cintilante, aparentemente comum, mas, ao reparar melhor, Eragon percebeu que suas escamas tinham cores variadas. Em alguns lugares tinha um vermelho forte, em outros um tom de rósea bastante claro e cintilante como uma armadura polida. Algumas escamas das costas eram negras. Porém era um dragão muito belo.

– Estes são Cebrus e seu dragão, Zelmún. – Arya apresentou o elfo de cabelos pratas e o dragão de cor cinza esverdeado. – E estes São Niphel e seu dragão, Beoräm. – A elfa de cabelos castanhos e o dragão de duas cores.

Eragon os recebeu calorosamente.

– Sejam muito bem-vindos à Kormodra, Cebrus e Zelmún, Niphel e Beoräm... aproveitem a festa, e conheçam um pouco dos cavaleiros, depois decidiremos quem serão seus respectivos mestres. – Sorriu. Os cavaleiros aclamavam a rainha e os novos cavaleiros.

Eragon olhou nos olhos de Arya.

– Bem vinda, Cavaleira. – Ele disse, não para todos, como antes, mas apenas para ela desta vez.

Arya o encarou por um momento, com um meio sorriso e os olhos cerrados. Então sua visão se desviou para cima, atrás de Eragon. Ele virou para observar o que chamara a atenção da Rainha. Então vislumbrou um fluído de chamas brancas e espectrais, intensamente brilhantes e absorventes. Baöh cuspia fogo...

Eragon virou-se novamente para ver a reação de Arya, e perdeu-se nas esmeraldas que eram seus olhos, fascinados e brilhantes, refletindo a parede de chamas claras.


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Notas finais do capítulo

Então?
Minha nossa... que peso foi este que tirei das costas? Vocês sabem o quão me assustou ter que incluir Arya nesta história? Digo, eu a considero um dos personagens mais complexos da saga, e descrevê-la e incluí-la aqui é uma tarefa simplesmente assustadora para mim, eu estou realmente temeroso quanto a isso, muito inseguro.

Agora explicando: Hey Bri! Você recentemente teve de descrever sua personagem favorita em um estado nada agradável e fez uma das passagens que eu considero mais sensacionais da sua fic, então, como uma forma de presenteá-la pelo seu esforço com a fic resolvi dedicar este capítulo à você, onde Arya aparece em perfeitas condições e em uma passagem mais alegre... espero que não tenha decepcionado hahahahhah, e é isto.

Até a próxima, leitores!
07/07/15



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