Um mundo além do mundo escrita por Lobo Alado
Notas iniciais do capítulo
Bom, não sei o que acharão do primeiro capítulo. é apenas uma introdução, não muito grande, me senti um pouco forçado a fazê-lo, não saiu tão facilmente. Mas podem esperar por mais!
O que nos espera
–Vamos Senhores, aproximem-se. – Dizia Blödhgarm com um semi-sorriso que Eragon raramente via em seus lábios...
...Mas aquela ocasião arrancava sorrisos até do mais culto e reservado dos elfos. O primeiro Shervaën abr skulblaka realizado depois da queda dos cavaleiros.
Shervaën abr skulblaka, a procura do dragão traduzido para o idioma dos homens. Era nessa celebração onde o cavaleiro era apresentado ao ovo de seu futuro dragão.
O feiticeiro lhe dizia que a verdadeira celebração vinha depois de cavalheiro e dragão serem apresentados, a comemoração costumava durar um dia inteiro. Um dia inteiro de boas vindas às mentes agora fundidas.
O por do sol banhava as águas com seu brilho alaranjado, o barulho das ondas quase imperceptível, acalmava Eragon ali no convés. Ao seu lado estava, em um baú aberto, um ovo cor de prata. Era impressionante, parecia liquido que poderia derramar-se ali a qualquer momento, como prata derretida. Atrás do Ovo, Saphira acomodara-se, ao lado de seu cavaleiro.
Uma fila de elfos com sorrisos estampados no rosto vinha em direção ao Baú. O primeiro da fila aproximou-se entusiasmado e estendeu a mão. Devagar e com delicadeza o elfo tocou o ovo, retirou a mão rapidamente e esperou.
Depois de alguns minutos o elfo retirou-se decepcionado. Mais um elfo foi chamado, e outro e outro... Até que nenhum havia restado. A celebração, diferente das demais que os elfos lhe relatara, fora curta – pois os únicos elfos presentes no navio eram os feiticeiros de Blödhgarm e os que se habilitaram a ir com ele, ajudar na criação dos cavaleiros. – e sem festança, já que nenhum dos elfos fora escolhido.
– Bem... Ainda temos muitos ovos – Disse o cavaleiro como se desculpasse-se. A final, ele havia convencido o feiticeiro de que deveria realizar a primeira celebração o quanto antes, ali mesmo no navio.
– Sim Matador de Reis, – Disse o elfo selvagem com o rosto ameno – mas não seria melhor realizarmos as celebrações quando a viajem chegar ao fim e nos instalarmos em algum lugar?
Ele balançou a cabeça.
– Blödhgarm, nós precisamos de novos cavaleiros – Olhou para o por do sol, para mais além dele – Temo que não sejamos Bem-Vindos onde quer que estejamos indo.
O elfo acenou positivamente com a cabeça.
– Compreendo sua preocupação, mas acho que os feiticeiros serão o suficiente para protegê-lo. – Fez uma pausa e deu um leve sorriso – Você é o suficiente para protegê-lo.
Eragon não sorriu. Voltou a olhar para o elfo e pousou a mão em seu ombro:
– De qualquer forma, é melhor que os ovos sejam logo apresentados a candidatos. Já passaram tempo demais escondidos.
Blödhgarm sorriu mais uma vez.
– Como quiser. – O elfo fez uma reverência e virou-se.
– Blödhgarm, espere. – O cavaleiro o fez parar.
O elfo virou-se no mesmo segundo que Eragon terminou de falar.
– O que deseja, Matador de Reis?
Eragon Suspirou.
– Antes de tudo que pare de me chamar assim... Não precisa lembrar-me de um título tão cheio de pesar. – Olhou para o ovo.– porque você não tenta? – Para Ele, Blödhgarm seria o cavaleiro perfeito.
Os pelos azuis do elfo levantaram-se.
– Eu, Argetlan? – Disse ele com certa cautela.
– Sim, – Afirmou. – Você. Peço que tente, se for de sua vontade, claro.
– Não sei se devo. – Disse franzindo a sobrancelha.
– Claro que sim. Você deve, e o ovo está a sua frente. – Apontou.
– Então tentarei. – Respondeu o elfo com hesitação.
Blödhgarm aproximou-se devagar do ovo, olhando-o fixamente. Mais devagar ainda estendeu a mão e o tocou com mesma rapidez com que o soltou. Lançou um olhar curioso para o nada e novamente tocou. Pareceu esquecer-se da presença de Eragon, segurou o ovo pelo que pareceram vários minutos. Então finalmente o soltou franzindo as sobrancelhas.
– Bem... – Disse ele ainda com as sobrancelhas franzidas. – Então é isso. Eu... Eu vou para dentro. – Ele terminou ainda olhando para o ovo cor prata.
– Tudo... Bem. – Disse Eragon franzindo as sobrancelhas, sem entender muito bem o que havia acontecido.
O cavaleiro olho para o seu dragão, que descansava atrás do Baú com o ovo, em busca de alguma resposta. Saphira olhava o elfo com curiosidade. Então finalmente olhou para ele.
Acho que ele se identificou com o ovo.
Mas o ovo não saiu do lugar... Ele não compreendia.
O que podemos fazer é esperar, Acha que o ovo eclodiria assim tão rapidamente? Não é assim que acontece... você sabe.
Sim... Acho que pensar em Blödhgarm ao meu lado como cavaleiro me deixou ansioso... Mas Saphira, está segura disso?
Como já disse, o que podemos fazer é esperar...
Ele estava animado. Se realmente o que Saphira dizia fosse verdade... Ele estava feliz pelo amigo. Seria ótimo ter Blödhgarm ao seu lado como cavaleiro de dragão.
Aproximou-se da borda do convés. Olhou novamente para mais além do por do sol, intensamente, pelo que o pareceu horas. Saphira acomodou-se ao seu lado e também olhou curiosa na mesma direção que o cavaleiro.
– O que nos espera, Saphira? – Disse ele quase sussurrando.
Eragon tentou ver algo, alguma resposta.
Descobriremos em breve, pequenino.
– Vamos voar. – Disse o cavaleiro montando no dorso de seu dragão
Com um salto que balançou o navio, ela alcançou altitude e abriu suas asas, varrendo o vento.
Saphira subiu cada vez mais alto, transformando o navio em um pequeno ponto branco rodeado pela água alaranjada. E então voou cada vez mais rápido, sem direção, deixando o por do sol para trás.
Descobriremos, Pequenino. Repetiu o dragão.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É isso... apenas para começar, comentem e leiam o segundo capitulo!Obrigado.