Side by Side escrita por Booh


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Gente.. Olha eu aquiii! To muito nervosa.. Fiquei ate agora terminando o trabalho da faculdade. Tipo, a entrega é agora. Ai ai.. Mas aqui estou eu. Mesmo tendo a semana incrivelmente agitada. Meu avô veio pro Rio, visitar os irmãos e filhos. Esta hospedado aqui em casa. To sem tempo pra quase nada, só tenho a madrugada para trabalhar.. Mas Terminei (ou quase) o trabalho, Então.. Hora da fic.
Esse capitulo já esta escrito a um tempinho.. mas mudei vaaarias coisas nele durante a semana, como eu sempre faço.
Eu já disse que estou amando escrever essa fic? É meio que todo aquele sentimento de A Seleção voltando..
Hoje temos personagem novo.. Eeeeeeee! E tem alguns acontecimentos que pode ou nao deixar voces de queixo caido. Acho que.. nao.. melhor voces lerem!
Enjoy!!



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POV Maxon

– Vamos filho, a princesa já esta chegando – minha mãe disse, batendo a minha porta.

– Vai descendo. Eu já vou.

Fiquei mais alguns minutos olhando para o meu quarto. E depois sai. Quando cheguei ao meio da escada, vi que a princesa America entrava seguida por suas damas. Me aproximei devagar e fiz uma reverencia. Ela fez uma logo em seguida. Recepção feita, alguns criados foram mostrar os quartos deles, que seriam no segundo andar, enquanto o meu era no terceiro.

Assisti a família real de Carolina subir. Princesa America me dirigiu um breve olhar, antes de sumir de vista. Respirei fundo e fui para o escritório com meu pai. Não prestei atenção em nada, minha cabeça ficou a mil a tarde inteira, pensando no meu casamento. Eu não queria me casar, mas também não queria fazer mais uma garota apaixonada, que de acordo com minha mãe, a princesa America estava, sofrer por mim. Já basta a Kriss. Comecei a tentar colocar na minha cabeça que isso seria uma boa ideia.

[...]

– Não acredito que você vai se casar amanhã – Aspen disse.

– Nem eu – respondi.

Aspen é guarda no castelo e tem a minha idade, o que nos fez nos aproximar. Ele é o que eu mais converso atualmente, mesmo que meu pai não goste. Ele acabou virando meu amigo.

– Qual o problema Maxon?

– Eu não estou.. Ah! Eu não quero me casar. Não agora. Não com uma completa estranha.

– Mas a princesa é linda Maxon. Qual a dificuldade?

– Ela é.. Ela é irritante. Esta sempre de mau humor perto de mim. Me tratou mal sem motivo. É uma garotinha mimada!

– Vai ser divertido ver vocês juntos!

– Como assim?

– Você esta focando em tudo o que você pode observar de ruim, para não admitir que se sente atraído por ela.

– Isso é ridículo! Atraído por ela – eu disse, indignado, enquanto saia e deixava um Aspen gargalhando para trás.

Continuei andando pelo palácio, mas não tinha um lugar sequer que não estivesse com preparativos do casamento. O sol estava se ponto, e logo seria servido o jantar. Eu passei o dia todo dizendo: O ultimo almoço de solteiro. A última reunião do governo de solteiro. O ultimo lanche e agora, o ultimo jantar. Eu me sentia condenado à forca, contando seus últimos momentos. Cumprimentei os guardas que ficavam na porta enquanto saia para um passeio no jardim, uma volta ao ar livre iria me fazer bem. Um local em particular, era o meu preferido.

Andei ate o banco de pedras, sem olhar para frente. Quando finalmente olhei, lá estava ela. Virada para as arvores, de olhos fechados e queixo erguido, sentindo a brisa quente dos Angeles. Respirei fundo e prossegui. Sentei ao seu lado, olhando na mesma direção, a tirando de seus pensamentos.

– Olá – eu disse.

– Oi – ela respondeu, ainda olhando para frente.

– O que está fazendo aqui?

– Decidi que esse é meu lugar preferido – ela disse.

– Engraçado – eu disse, olhando para ela – esse é o meu também.

Ela me olhou, sorrindo de lado.

– Bom, pelo menos sei que você tem bom gosto.

Eu ri e voltei a olhar para frente.

POV America

Eu queria um momento de tranquilidade, então fui apreciar o fim da tarde no jardim. Sentei em um banco de pedra e fechei os olhos, sentindo o vento em minha pele. Fui desperta por um movimento ao meu lado e quando olhei, era o príncipe. Me endireitei e continuei olhando para frente.

Ate que ele não era tão ruim de papo. Mesmo com o evidente desconforto entre nós, ele conseguiu me fazer sorrir. Já meu lado irônico, que eu achei que irritaria ele, só serviu para lhe fazer rir. Espera, o que eu estou fazendo? Minha missão é tira-lo do sério!

Eu tentei todos esses dias que estive aqui, e só o que ele fazia era achar graça. Eu fazia comentários inoportunos durante o café da manha, me comportava mal no almoço, ignorava ele durante o jantar e era o mais sarcástica possível. Como ele ainda não tinha desistido? Bufei, em frustração.

– Algum problema? – ele perguntou.

– Você!

– O que tem eu?

– Eu não te entendo – eu disse, levantando e indo embora.

– Princesa, espera.

Ignorei e continuei andando. Entrei no castelo as pressas, mas logo senti alguém me segurar pelo braço. Virei com raiva e dei de cara com príncipe Maxon.

– Qual é o seu problema? – ele perguntou, em voz baixa.

– Me solta.

– Não ate você me explicar. O que foi que eu fiz?

– Você só se importa com seus interesses, príncipe mauricinho. E eu devo gostar disso?

– Meus interesses? Eu estou me casando com você, não estou? Estou tentando me aproximar desde a festa de casamento de sua irmã e você fica me destratando sem motivo. Você não passa de uma princesa mimada! – ele disse, soltando meu braço bruscamente e virando para ir embora.

Fiquei parada, assistindo-o sumir nas escadarias. Corri para o meu quarto e me joguei na cama, não aguentando mais segurar o choro. Anne, Mary e Lucy não perguntaram, elas sabiam que o melhor era me deixar sozinha. Saíram em silencio. Acabei dormindo, sem jantar.

[...]

Acordei com May pulando em minha cama. Abri os olhos com dificuldade, mas sorrindo. Tinha me esquecido completamente onde estava e que dia era hoje. Quando vi minhas damas esticando o vestido e discutindo penteado e maquiagem, meu sorriso sumiu. Minha mãe entrou com Amberly e algumas criadas.

– America, querida – Amberly disse, sorridente – Trouxemos seu café.

– Hoje é o grande dia filha, esta animada? – minha mãe perguntou, me olhando suplicante.

Forcei um sorriso e sacudi a cabeça em afirmação. Amberly bateu palmas, feliz, enquanto minha mãe ficava mais aliviada. Sentei na cama e comecei a comer. May levantou correndo e foi saltitante ate minhas damas. Lucy começou a testar penteados em May, que estava radiante. Eu acabei ficando mais animada, ao vê-la tão animada. Passamos a manha nos divertindo, fazendo penteados e maquiagens. Ate que finalmente escolhemos. Elas começaram a me arrumar, pois o casamento era cedo, às três da tarde.

De acordo com minha mãe, eu só poderia entrar no salão quase as quatro. E eu já não me importava mais. Lucy fez um coque alto e sofisticado que comportava perfeitamente minha coroa de princesa, Mary uma maquiagem delicada e Anne fazia minhas unhas.

Eu estava linda, mas não estava mais sorrindo. Me ver de branco, só me fez perceber o que estava mesmo por vir. Meu casamento. Mesmo sendo uma pessoa de atitude, não pude evitar esse desastre. Mas eu de fato, não tentei. Eu pensava, que quanto mais adiasse, mas sofrimento eu causaria a May, que estava ansiosa para ter seu pretendente.

Suspirei e pedi para me deixarem a sós um pouco, eu disse que desceria sozinha. Elas assentiram e saíram. Fiquei longos minutos me olhando no espelho. Quando finalmente sai do quarto, não pude deixar de segui um som que estava me intrigando um pouco. Parecia um choramingo, vindo de um dos corredores. Andei ate lá, o mais silenciosa possível, e vi uma garota, da minha idade, encostada em uma das paredes, chorando.

– Hey – eu disse, me aproximando – você está bem.

Ela abriu os olhos, e limpou as lagrimas. Fez uma reverência e assentiu rapidamente com a cabeça.

– Qual seu nome? – perguntei.

– Kriss – ela respondeu.

– O que aconteceu Kriss? Te fizeram algo?

– Não. Bem sim. Mas isso não importa mais. Parte é minha culpa.

– Se você diz.

– Pode ir, eu vou ficar bem.

– Vai mesmo?

– Vou, claro. Vossa majestade está deslumbrante.

– Obrigada. Quer ajuda para retocar a maquiagem?

– De forma alguma, você precisa ir, eu sei.

– O noivo não vai a lugar nenhum, vamos – eu disse, a puxando pela mão.

– Você não sabe quem eu sou, não é?

– Sei! Você é a Kriss!

– Ah. Claro.

Entrei em um banheiro com ela e peguei papel para enxugar suas lagrimas. Depois de ajuda-la a não estragar a maquiagem. Saímos juntas para o salão, ainda sem falar nada. Ela me agradeceu e entrou. Fiquei olhando para a porta ate meu pai sair de lá para me levar ao altar. É agora.

POV Maxon

Ela estava demorando muito, será que desistiu? Eu não sabia se estava aliviado ou triste. Um pouco dos dois. Não me casar era o que eu queria, mas ser largado no altar seria humilhante. Enquanto eu ficava batendo o pé e olhando para a porta, Aspen ria. Como eu não tinha irmãos, convenci meu pai a deixa-lo ser meu pajem.

– Dá para ficar calmo? – ele disse – ela virá.

– Estou mais preocupado com a humilhação do que com sua ausência – eu disse, rudemente.

Aspen apenas riu. A porta se abriu e eu olhei ansioso. Kriss entrou, sem expressão. Me senti mal por ela ser obrigada a assistir a isso. Ela sentou no fundo e ficou ali, sozinha, olhando. Me perguntei se ela tinha chorado. É claro que tinha, eu a conhecia muito bem para saber que ela estava chorando.

A porta se abriu novamente, mas dessa vez com a princesa America e seu pai. Ela estava estonteante como sempre. No momento que a vi, esqueci o quão estava com raiva pela sua atitude durante toda a semana. Fiquei olhando ela vir em minha direção.

– Parece que você não vai sair desse casamento tão desanimado quanto entrou – Aspen disse, se aproximando de mim.

Engasguei, tentando segurar o riso. O reverendo pigarreou e nós nos aprumamos no altar novamente.

[...]

– Príncipe Maxon Calix Schreave, de Illéa. Aceita princesa America Singer como sua esposa?

– Sim.

– Princesa America Singer, de Carolina. Aceita príncipe Maxon Calix Schreave como seu esposo?

– Sim.

– Eu vos declaro marido e mulher.

– E eu, rei Clarkson, de Illéa, a declaro Princesa America Singer Schreave, princesa de Illéa.

[...]

– O casamento foi lindo príncipe Maxon e a festa esta incrível – Aspen disse, imitando os outros convidados.

Eu ri e apertei sua mão. Ele chamou o garçom, que nos trouxe bebidas.

– Um brinde a vida de casado – ele disse, erguendo a taça.

– Claro – eu disse a erguendo também – brinde.

– Onde está sua esposa?

– Não sei. Em algum lugar.

– Boa. Vou chama-la. Vocês precisam tirar a primeira foto de casados.

POV America

– Princesa? – alguém me chamou.

Olhei e vi que era o padrinho do príncipe. Levantei e ele fez uma reverencia.

– Meu nome é Aspen – ele disse estendendo a mão.

– Muito prazer – eu disse, sorrindo.

– Deixo a parte do prazer para o príncipe – ele disse beijando minha mão.

Não pude segurar o sorriso. Que cara mais abusado! Mas muito bonito, por sinal.

– Estou incumbido de acompanha-la para seu dever como noiva.

– Dever como noiva?

– Tirar uma fotografia de recém casados com o príncipe. Por aqui por favor.

Dei de ombros e o acompanhei. Ele estendeu o braço e eu entrelacei o meu ao dele. Caminhamos em silencio por um tempo.

– Olha – ele começou – eu sei que o príncipe parece chato..

– Parece?

– Só parece. Mas ele cresceu sozinho, sem amigos. Não é muito bom em interação. Mas com o tempo, você percebe que ele é uma pessoa incrível.

Finalmente uma pessoa normal nesse castelo. Sorri para ele, usando seu braço como apoio para andar na grama.

POV Maxon

Fiquei andando de um lado para o outro, enquanto esperava Aspen voltar com a princesa. Quando virei, dei de cara com eles de braços dados e sorrindo um para o outro. Olhei com o cenho franzido. Eles pareciam tão à vontade. Quando eles estavam próximos, Aspen a soltou e andou para o outro lado e ela continuou o caminho sozinha. Parou de frente para mim, com seu sorriso desaparecendo. Eu ainda não tinha suavizado a expressão o suficiente. O flash da câmera nos acordou do transe. Ai esta a primeira foto de casal ideal para esse matrimonio. Eu e ela nos encarando, com a expressão de duvida e raiva.

– Essa não valeu! – uma de suas damas gritou, a loira.

– Tira outra – a outra, a de cabelos pretos disse.

Virei de frente para a câmera e estendi o braço para ela. Ela olhou por alguns segundos, como se hesitasse, mas depois segurou. Claro, porque para o estranho que foi busca-la tudo bem dar o braço, mas para o marido? É totalmente estranho! A foto foi tirada e eu soltei os braços e sai andando.

– Cara! O que foi aquilo? – Aspen me perguntou, chegando correndo atrás de mim.

– O que foi aquilo? - perguntei.

– Ela ficou te assistindo ir embora e depois me olhou frustrada. Eu fiquei falando bem de você o caminho todo e você faz isso? Fiquei com cara de idiota – Aspen gesticulava.

– Eu não pedi sua ajuda Aspen.

– Ela é sua esposa!

– Exatamente, MINHA esposa. Mas não foi o seu braço que ela hesitou em segurar.

– Você esta com ciúmes?

– Não!

– Sim! Você está! E me sinto ofendido por me levar nessa!

Ficamos alguns segundos nos encarando. Ele suspirou e saiu andando. Ótimo, perdi meu único amigo por causa de uma mulher que não dava à mínima. Passei a mão no cabelo e voltei. Parei ao seu lado e nos encaramos mais uma vez. Suas damas fizeram uma reverencia e saíram.

– Me perdoe – eu disse.

– Por o que?

– Eu fui rude agora pouco.

– Ah! Achei que estivesse falando de ontem.

Apertei os lábios e suspirei.

– Mas será que nunca vamos conseguir ter um dialogo sem brigar?

– Ah, desculpe. Eu não sabia que vossa alteza estava me ouvindo.

– Você é impossível. Princesa mimada.

– Príncipe mauricinho.

Nos encaramos, com os olhos cerrados e viramos, indo um para cada lado. Melhor casamento do mundo. Não acredito que estou preso a ela para o resto da minha vida.

POV America

– Eu odeio ele! – eu disse, me aproximando das minhas amigas.

– Quem o guarda? – Mary perguntou.

– Mas porque? Ele é uma gracinha! – Lucy disse, logo antes de corar.

– Não! O príncipe!

– Seu marido? – Anne perguntou – Você odeia seu marido?

– Sim. Ele é um chato, antiquado, mauricinho, hipócrita, machista..

As três se olharam, segurando um sorriso.

– O que foi? – perguntei, quase gritando.

– Acho que dessa faísca irá sair uma baita fogueira – Mary disse.

– Faça-me o favor! – eu disse, dando as costas para elas, que riram ainda mais.

Ate parece que eu esteja atraída por aquele mauricinho. Esse é o pior dia da minha vida. Não acredito que esteja presa a ele o resto da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Olha o Aspen aeeeee.. Hahaha. Não podia ficar de fora não é?
America querida.. Voce esta casada.. Então pare de palhaçada. Voce tambem Maxon!
Acho que voces não esperavam que eles fossem se casar tão rapido, ne? Tenho certeza que voces esperavam que eles fosse se casar apaixonados.. MAS NAO! hahahaha.. Eles se odeiam! :)
Enfim.. COMENTEM! Porque eu adoro bater papo nos comentários.. hahah
Bjoooooos :3