http://letras.mus.br/birdy/words-as-weapons/traducao.html

“Acabou...”

Incrível como uma simples palavra pode machucar tanto, pode ser tão dolorosa, como uma pequena palavra pode destruir anos de relacionamento, como... Sinto-me embargado, sinto-me destruído, essas palavras me cortam...sem ela, sou nada.

“Qual sua cor preferida, Rose?”

“Cinza!”

Lembro-me de dias onde você dizia que se pudesse escolher uma cor para definir meus olhos seria cinza, pois ao mesmo tempo que parece uma cor indefinida, ela é cheia de sentimento. Engraçado, não fui eu que disse isto, foi você! Mas assim como o cinza no céu azul mostra chuva, meus olhos se afastaram dos seus, para sempre. Não há volta.

“Baixinha!”

"Me põe no chão, idiota!"

Risos, tapas e mais risos, era isso que mais se via quando estávamos perto um do outro, estávamos no topo... ate o dia que começou tudo a desabar! Quanto maior você é, maior a queda...Tudo são so lembranças agora e isto é o que mais dói, só não dói mais do que suas palavras...

“Eu sabia que nada disto ia dar certo, como sou idiota, confiar em um...”

“Rose...”

Eu avisei, eu te avisei que tudo que vai, volta. Só não sabia que estaria tão correto.

“Traidor, é isso que você e sua familiazinha idiota, metida a superior é! Vocês são mais superficiais que seu amor por mim, eu deveria desde o inicio ter confiado no meu pai, pois ele sempre disse que você iria me destruir!”

Engraçado, querida, que foi você que fez isso, tanto consigo quanto comigo, nunca pensei estar tão sentido por causa de uma garota.

Palavras são armas, querida Rose e foram as suas armas que me trouxeram a esse estado. Não sou mais uma constelação, não sou mais nada, sou só lembranças, sou só um fantasma do que era antes. Como um amor tão grande pôde se voltar contra aquele o qual fez de tudo para ele ser eterno? Eu lutei, eu juro, eu tentei, eu te segurei quando você caiu, eu aguentei enquanto você descontava suas frustrações em mim, eu aguentei seus tapas (e como doíam rs)...tudo para que ao final você estivesse lá comigo, para que pudéssemos desfrutar de um resto de madrugada com você comigo, comigo e mais ninguém.

“Rose...”

“Você disse para eu nunca chorar? O momento disso chegou, nunca chorarei, muito menos por você, principalmente agora que acabou, tudo, tudo acabou da maneira mais simples possível!”

Existem momentos que você deve esquecer, mas não esse, quero me lembrar de tudo isso, pois como você mesmo disse, não derramarei lagrimas, eu serei tão frio quanto a sua lamina que me cortou por dentro, pois se você usa suas palavras como armas, eu não chorarei como uma.

“Eu sempre vou te amar!”

“Pois eu o dispenso, sua eternidade vai ser bem platônica se depender de mim.”

As brigas... Eu me segurei durante anos, apesar dos machucados só aumentarem, mas dessa vez eu prometo, essa será a ultima vez que pensarei em você, essas serão minhas ultimas palavras para você, pois depois disso, será seu enterro e não restará mais nada de você para mim, nem mesmo um fraco espírito... Depois de hoje, trancarei meu coração e a chave ficará perdida no seu obituário, pois como eu disse você me tem, por inteiro, pela eternidade.

“Uma ultima chance, minha Rosa, pare por aqui.”

Você hesitou, eu vi, mas o minuto de silencio só serviu para os ataques recomeçarem e você me dilacerará mais e mais, só que estes cortes, apesar de profundos, um dia (espero) se cicatrizaram, já NÓS, nunca, tudo pode ser concertado, mas estou blindado contra você, suas armas, suas palavras.

“PARE! Estou cansado, Srta. Weasley, se o que a senhorita tanto deseja é me ver fora da sua vida, simplesmente saia ou serei obrigado a lhe lançar um feitiço para lhe calar a boca? Lembre-se sou um bruxo perigoso, posso usar uma das três maldições imperdoáveis, não é mesmo?”

Eu não me arrependo de nada, sem lágrimas, sem mais cortes... Você me ensinou a ser humano, mas do que adianta ser humano se só servia para me machucar? Você sabia onde me atacar, você sabia meu Calcanhar de Aquiles: você mesma. Suas armas eram suas próprias palavras, elas doíam mais que um Cruciatus, acho que lhe contaminei, criei muitos espinhos em você pensando em te proteger ou, simplesmente, você sempre foi assim, a realidade é que quem precisava de proteção era eu, o escorpião... Não ligo, ando repetindo demais essa palavra, só não mais que um pronome: você... Engraçado que ate nas minhas palavras de adeus, seu perfume, você, Minha Rosa, predomina... Eu não sou bom com adeus, na verdade nunca tive nada para dar adeus, nunca tive alguém, algo que eu quisesse tanto e não pudesse ter.

“Eu te amo, meu escorpião, minha constelação preferida!”

“Eu também te amo, mais do que meu coração de gelo pode aguentar!”

E como eu estava certo, a nossa chama era muito quente para um coração tão frio como o meu, o calor foi muito grande para mim... Não derreti, simplesmente sumi, evaporei como a água, ai meu Merlin, não acredito que estou escrevendo isso, quem sou eu agora? A resposta é simples: uma sombra, sou feito de lembranças, sou esquecido, sou esquisito, irreconhecível... O que mais me dói é saber que eu, eu ainda ligo, eu ainda amo, mas como eu disse, sem lagrimas, não me importa se você está com outro. S.E.M L.A.G.R.I.M.A.S!

Eu sei que lá no fundo você ainda se lembra de nós dois, você ainda me verá nele, assim como eu vejo você em tudo que toco, tenho e observo, estamos entrelaçados para sempre, querida e no fim, as balas que você disparou em mim, serão as mesmas com as quais você irá se machucar, sinto muito, não estarei lá para curar tais feridas... Lembre-se foi você, tudo que vai, volta...

Você, querida me ensinou a amar, me ensinou que o futuro está em minhas mãos, me ensinou a sofrer, me ensinou a curar minhas próprias feridas, me ensinou transfiguração... Ensinei poções (quem diria), eu lhe ensinei a não chorar, mas você não aprendeu a lição direito e não serei mais seu professor.

“Nada de lágrimas, Srta. Weasley!”

Eu criei uma armadura anti-rose, pois suas lâminas não machucam quando não se tem medo!

Essas são minhas últimas palavras, as mais desorganizadas (você me bateria por isso), as mais dolorosas, mas as últimas... Descanse em paz!