Noites Sombrias escrita por Thaywan


Capítulo 26
Sobrevivência dos mais Aptos-Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e boa leitura.



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–Ilha Deserta-

Iran havia acordado no meio da noite, quando todos já estavam dormindo. Todos, com exceção de Hiendi e Raven, que decidiram caminhar pela ilha, já que não podiam dormir. Mas prometeram não ir muito longe.

Demi acorda com os barulhos que Iran estava fazendo. Ele sussurrava algumas palavras, e ela percebera o que ele estava fazendo. Mas do mesmo jeito, decidiu perguntar para confirmar.

–O que você está fazendo? –Pergunta

–Um feitiço. Para que Hiendi possa andar na luz do sol. Raven disse que uma bruxa, amiga dela, fez isso. –Diz

–Entendo. Você gosta mesmo da patricinha, não é?

–Mais do que qualquer coisa na minha vida.

–Legal. Mas está fazendo o feitiço errado. –Diz Demetria

–Errado como? Está certo.

–Não, não está. Você deve levantar mais esse colar. Do jeito que está fazendo, A garota vai morrer quando colocá-lo.

–E por que você se importa tanto com a Hiendi se não gosta dela? –Pergunta Iran

–Não gosto mesmo, e não estou fazendo isso por causa dela. Estou fazendo por todos nós. Temos que ficar mais que unidos agora.

–Tem toda razão. Obrigado. –Agradece o bruxo. –É desse jeito?

–Exatamente.

Enquanto isso, Raven a Hiendi andavam sobre a ilha, para explorá-la mais um pouco. De repente, as duas escutam um barulho vindo das árvores e se mostram atentas. Até Levi mostrar a cara.

–Não se preocupe, é só o vampiro-bobo. - Disse Hiendi

–Está falando de mim? Fique sabendo que eu salvei a sua vida lá na fábrica, está bem?

–Salvou por que quis. Não te pedi nada.

–Hiendi, você podia ser mais educada. –Diz Raven

– Essa palavra não existe no meu dicionário.

–Então eu lhe dou um que tenha. –Diz Levi

–Não, obrigada.

–Não liga pra ela, ela se mostra insensível, mas, na verdade é uma manteiga derretida. –Diz Raven

–É ,eu já conheço a peça. Isso se chama TPM. –Diz Levi

–Mais ou menos isso.

–A conversa sobre mim está muito interessante, mas, vou continuar explorando esse lugar se vocês não se importam. –Diz Hiendi andando.

–Iran disse para não irmos muito longe, por que não conhecemos direito a ilha. –Diz Raven

–E desde quando eu obedeço a ordens? –Após dizer isso, Hiendi entra no meio das árvores e desaparece daquela parte da ilha.

–Devíamos ir atrás dela? –Pergunta Levi

–Hum... Não. Deixe-a sozinha por um tempo. -Responde Raven.

–Collsville-

–Casa dos Parker-

–Bom, esta é a minha casa. –Diz Tyler

–é bem bonita. –Diz Ana. –Você mora sozinho?

–Não, não. Eu moro com a minha avó. Mas ela não está em casa, então, pode ficar sossegada.

–Obrigada.

–Quer alguma coisa?

–Bem, qualquer coisa que não seja sangue, não tem gosto algum pra mim. –Responde Ana sorrindo. –Mas não se preocupe que eu não irei mordê-lo. Só se você pedir.

–Vou me lembrar disso.

Os dois soltam um leve sorriso e Tyler a leva para conhecer o andar de cima. Os dois sobem ás escadas e a vampira se depara com uma porta, de um tom de cor-de-rosa bem clarinho.

–O que tem atrás daquela porta? –Pergunta

–Bem, era o quarto da minha irmã. –Responde Tyler

–Puxa. E o que houve com ela?

–Eu não sei. Ela havia sido levada para a fábrica e eu não sei o que aconteceu com ela. –Eles permanecem em um minuto de silêncio.

–Sinto muito. Então, ela era uma...

–Provavelmente. O que eu não consigo entender é por que ela nunca me contou.

–Talvez estivesse com medo de você não a aceitar.

–Como assim? Ela era a minha irmã. Eu a amava. E continuaria a amando independente do que ela fosse.

–Deve ser horrível para você. Também não sei onde minha irmã está. Não sei se ela está bem, se precisa de algo ou se está viva. Posso... Dar-te um abraço? –Pergunta Ana

Tyler balançou levemente a cabeça, positivamente. Lentamente, ele a Ana derem um forte abraço. Ele reclamou de dor, até Ana perceber que estava o abraçando com a força vampiresca e solto-o, pedindo desculpas. Ficaram em um minuto de silêncio e riram da situação.

–Esconderijo de Pierre-

Jack ainda estava acordado, olhando para a lua no céu. Pierre acorda e se levanta. Não estava conseguindo dormir. Ela anda até o lobisomem.

–Insônia? –Pergunta o anjo

–Sim. Amanhã é lua-cheia. E eu não sei se vou conseguir controlar. –Diz ele

–Você só conseguirá controlar se você quiser. –Diz Pierre. - Se você aceitar que o monstro dentro de você apareça toda Lua-Cheia, então você continuará com essa maldição para sempre. Agora, se você começar a mandar em sua própria transformação, o controle será todo seu.

–Belo conselho. E o que você faz acordado? –Pergunta

–Eu tive um pesadelo. Eu e minha irmã estávamos aqui, em nosso esconderijo, e os caçadores entravam e pegavam a gente. Ela é tudo pra mim. Não posso perdê-la.

–Também tenho uma pequena. Minha irmã de coração. –Diz Jack. –Gostaria de saber se ela estava bem. Da última vez que a vi, ela estava tão mal. Daria tudo para tocar naquele rostinho de anjo dela. Literalmente.

–Você deve gostar mesmo dela. E tenho certeza de que ela também gosta muito de você.

–Eu só queria saber como ela está.

Dalila volta para a floresta, onde ela, Angeline, Alberto e Jack, se esconderam a vida toda. Estava seguida de Ange e Sally, que pareciam ter se dado muito bem.

–Muito bem creche. Estamos em casa. –Diz ela

–É aqui que vocês moram? Numa floresta? –Pergunta a fada

–É, é aqui sim, pirralha. Se não gostou, vá embora. Não preciso de mais uma mimadinha para me atormentar.

–Então, a Sally pode com a gente? –Pergunta Angeline

–Pode. Até ela começar a me irritar, ou seja, não ficará por muito tempo. –Responde a vampira

–Obrigada. –Diz Sally, em um tom de deboche.

–Obrigada Dalila. Eu te amo.

Angeline abraça Dalila. Mas como não era muito alta, não alcançou sua cintura. Pela primeira vez, Dalila se sentira amada por alguém. E ela adorou essa sensação. Já estava começando a chorar.

–Tá bom, chega de tanta melação. Isso já está dramático demais. –Responde ela. –Agora, vão brincar, brigar, se matar, não sei, só saiam de perto de mim.

–Mas está á noite. –Diz Sally

–A Fadinha tem medo de escuro?

–Claro que não. E eu vou provar. Vem Ange.

As duas garotinhas deram-se as mãos e correram pela floresta, não sumindo da vista de Dalila, que abaixava a cabeça e limpava uma lágrima que escorria de seu olho, dizendo:

–Também te amo, pirralha.

Na Base dos Caçadores, Krystal, estava isolada em uma sala. Quando de repente, Joe entra na mesma, seguido de Patrick e Alexia. O líder dos caçadores puxou uma cadeira e sentou-se á frente da garota.

–Então, vamos voltar àquela triste história de você, ajudando aqueles seres malditos. –Disse ele.

–Nada a declarar. –Disse ela

–Ainda por cima é engraçada. O que eu não entendo é, por que você decidiu ajudá-los, se não é uma deles?

–Amanhã você pode ser pego por um vampiro e se tornar um deles. Ou uma vampira sexy, que sempre está á seu lado e não consegue se contiver. –Diz Krystal, jogando uma indireta para Alexia.

–Escuta aqui garota... –Ela é interrompida por Patrick.

–Tem razão. Não sabemos o dia de amanhã. Só lhe digo uma coisa, acabei de recrutar novos caçadores e eles já estão saindo nas ruas para caçar os seus ``amigos´´. Não teremos pena.

–Você me dá nojo. –Diz Krystal

– Patrick solta um leve sorriso. – Você irá ficar aqui, trancada 24 horas, com apenas pão e água, até decidir se aliar a nós.

–Então, terei que me acostumar aqui, não é?

–Se assim desejar. Joe, você irá ficar responsável por cuidar dela durante a noite, e Alexia durante o dia. Já que você não pode aproveitar a luz do sol, passará o dia aqui. –Diz Patrick. –Podemos começar agora mesmo. Venha Alexia.

O Caçador vira as costas e abre a porta, a fim de sair. Krystal se mostrava muito irritada e levanta-se rapidamente jogando uma cadeira em sua direção, que é parada por Alexia.

–Eu te odeio. –Grita ela.

Os dois saem da sala e deixam Joe sozinho com a garota. Alexia, inconformada, pergunta para Patrick por que ele não mata a garota de uma vez.

–Acalme-se minha linda. Ela é importante. Se a mantivermos aqui, nós não precisaremos ir atrás de seus amigos, eles virão até nós. E quando isso acontecer, estaremos preparados.

–Ilha Deserta-

Após terminar o feitiço, Iran entra no meio das árvores, á procura das garotas. Ele encontra Raven e Levi, que estavam sentados sobre uma pedra.

–Raven. Achei que Hiendi estava com você. –Diz

–E estava. Mas ela resolveu ir explorar o resto da ilha.

–Pra falar a verdade. Já faz um bom tempo. Será que ela foi devorada por algum bicho que possa existir aqui? Tipo, um dinossauro? –Diz Levi

–Eu só não te dou um tapa em sua cabeça por que estou preocupado e não vou gastar meu tempo. Vocês dois vão ou não me ajudar a procurá-la?

–Vamos sim. –Diz Raven

–Ótimo. Vamos. E toma cuidado para não se perder. –Diz ele

–Eu não vou me perder. –Diz Raven

–Eu sei. Estava falando com ele.

–Sim senhor, capitão. –Responde Levi

Os três voltam á procurar por Hiendi. Foi uma longa caminhada. Eles haviam se separado e procurado em lados diferentes da ilha, mas não havia se distanciado muito. Raven desce uma pedra enorme e encontra o corpo de alguém deitado na areia. Certamente, era o de Hiendi. A vampira transmorfa solta um grito de horror e chama os garotos que correm para lá rapidamente.

–Hiendi. –Grita Iran, correndo até o corpo da garota e a segurando.

–Ela morreu? –Pergunta Levi


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