A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 9
Thomas Hill


Notas iniciais do capítulo

Olá agentes!! Mais um capítulo para nós... Com uma boa dose de Skye, Philinda e Nossos Náufragos em Asgard! kkk Espero que curtam!! *__*

#BoaLeitura



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– Quer dizer então que você foi o O.S da May? – ela perguntou meio incrédula.

– Fui.

– E por que ela luta melhor do que você?

Coulson riu. Ele sabia que era verdade, mas obviamente não queria dar o braço a torcer.

– Hey! – Phil reclamou – Não precisa apelar pra esse lado da história!

– Okay, okay, tudo bem, mas... Como ela aprendeu a... Sei lá, ser tudo isso?

– Quando May entrou na Academia de Operações da S.H.I.E.L.D ela não era inexperiente como a maioria dos cadetes. – ele deu um gole no seu café. – E ela é asiática.

– “Ela é asiática.” Claro... Isso responde muita coisa! – ela disse em tom irônico, virando os olhos.

– Mas é verdade...

– Presta atenção nos meus olhos – a garota largou a xícara em um canto e virou seu rosto para Coulson. – Eu também tenho traços de xing-ling! Lembra que o agente Lumley falou sobre terem me encontrado em Hunan, na China? – Ela puxou os olhos com os dedos, deixando-os mais apertados ainda. – Então... Na teoria eu devia saber como usar o hate-fu da May!

– Também não é assim, Skye – ele ponderou – May cresceu em um lar meio turbulento, ela precisou aprender a defender a mãe e os irmãos muito cedo.

– Cedo quanto?

– Aos nove anos ela entrou na primeira escola de artes maciais.

– NOVE ANOS?! – Dessa vez, Skye não estava com a xícara de chocolate quente na boca. Por sorte. – May começou a lutar com nove anos? Tá explicado então... Ela é praticamente a Mulan!

Coulson riu do comentário da garota e olhou para o relógio, lembrando-se de que ainda havia trabalho a fazer.

– Skye, os arquivos...

– Tá, tá... Tudo bem – ela disse, levantando as mãos e abandonando a poltrona. – Já entendi. Tenho muita coisa pra fazer com esses arquivos, não é?

– Tem. – ele acenou positivamente com a cabeça. – E eu preciso cuidar de algumas coisas, ligar para a Hill, checar as atualizações da reestruturação do QG...

– Okay, A.C. Pode ficar com essa parte de burocracia chata. – ela disse, empilhando alguns documentos. – Quando eu terminar aqui, faço um relatório completo – ela disse e Coulson a olhou estranho. Skye fazendo relatórios e seguindo as regras? – O que foi? Pra quê essa cara? Eu também sei seguir ordens, okay? Agora, vá resolver suas coisas que eu tenho trabalho a fazer.

Coulson saiu da sala sorrindo. Nada como passar uma tarde ao lado daquela garota para deixar o seu dia mais leve. No entanto, ainda havia algo que perturbava seus pensamentos. Precisava saber como ela estava.

Abriu a porta silenciosamente. Ela ainda dormia pacificamente, com a foto da filha escorregando da sua mão. Phil aproximou-se lentamente e achou melhor guardar aquela foto. Não queria que Melinda acordasse chorando novamente, pois na verdade, seu coração também estava doendo junto com o dela. Ele conhecera Chloe May antes mesmo de nascer e a pequena até o chamara de “Tio Phil” algumas vezes. Ele olhou novamente para os olhos da garotinha. E como ela se parecia com Melinda... Phil imediatamente lembrou-se daquela asiática trocando o pneu do carro. Nunca havia esquecido o quanto ele amou aquela garota desde o dia que levou o banho de lama.

Resolveu deixa-la dormir um pouco mais. Quem sabe ela estivesse mesmo precisando de um descanso maior após toda aquela loucura de S.H.I.E.L.D. x HIDRA. Ele puxou a ponta do cobertor e a ajeitou na cama. A asiática se mexeu um pouco, mas não acordou. Ele sabia que ela não acordaria ainda. Deu um beijo leve sobre sua testa e ficou observando-a dormir por alguns instantes. Os mesmos olhos apertadinhos.

– Você é linda, garota. – ele sussurrou e saiu do quarto, fechando a porta com cuidado.



(...)



– Hydra?

Ward arregalou os olhos e engoliu em seco. Nesse momento, ele agradeceu por ter um muro separando os dois, caso contrário Samantha perceberia imediatamente sua mudança de comportamento.

– Era essa a palavra. Já ouviu falar dela?

Ward limpou a garganta e respondeu sem pensar muito.

– Não. Nunca ouvi.

– Que estranho, não é? Nem eu...

Ele precisava mudar de assunto.

– Mas como você veio parar aqui em Asgard? – ele perguntou à irmã, tentando se esquivar de mais perguntas sobre a Hydra.

– É uma longa história – ela suspirou. – Resumindo tudo, depois que fugi, eu fiquei morando com o senhor que foi visitar o vovô e se assustou com as instalações...

– Como era o nome dele? – Ward interrompeu.

– Thomas Hill.

Ward ficou calado por um pouco. Começou a imaginar o que a irmã pensaria se soubesse sobre ele e a Hydra, provavelmente ela nunca o perdoaria. Ele precisava apagar todo e qualquer vestígio de conhecimento sobre o assunto. Ele já estava ferrado demais para perder a única pessoa que ainda o amava.

– E então – a garota continuou – Quando o senhor Thomas faleceu eu continuei morando lá com a filha dele. Ela era filha única e depois disso, nós só tínhamos uma à outra. Eu e ela nos tornamos melhores amigas. Foi ela que cuidou de mim todo esse tempo.

– Que bom que encontrou alguém para cuidar de você, Sammy – Ward comentou, ainda com o pensamento preso na Hydra – Eu passei esses anos todos achando que você havia ficado na casa com nossos pais.

– Eu não aguentaria, Ward.

– Eu sei que não – ele suspirou – Sinto muito por ter ido embora.

– Tudo bem, Grant... Você era um babaca sem cérebro, eu entendo. – ela brincou.

– E você pegou carona com um desconhecido, sua louca! – Ward fingiu brigar com ela.

Eles gargalharam. Ward não imaginava que pudesse sorrir de novo enquanto estivesse dentro daquelas paredes, porém a voz firme e descontraída de Samantha o fazia acreditar que as coisas não estavam tão ruins quanto ele havia pensado. Existia algo de bom nisso tudo, afinal. Pelo menos enquanto a irmã não descobrisse o motivo pelo qual ele tinha ido parar em Asgard.

– Mas eles foram minha família, Tartaruga Ninja! – ela sorriu, mas estava falando sério – Nunca perguntaram pelos meus pais ou tentaram me convencer a voltar pra casa. Thomas me registrou com o sobrenome dele antes que eu completasse dezoito anos e eu e Maria passamos a frequentar as mesmas escolas, ele me criou como se...

– O que você disse? – Ward poderia jurar que ela tinha dito “Maria”

O quê? – a garota não entendeu a pergunta. – Que ele me registrou com o nome dele quando...

– Não, não... O nome da filha do senhor Hill...

– Maria? – Sammy repetiu, confusa com a pergunta do irmão.

“Droga, Hill... Até nisso você vai me ferrar?” Ele pensava enquanto levava as mãos à cabeça. Seu primeiro pensamento foi sobre como seria fácil para Samantha descobrir toda a verdade, mais cedo ou mais tarde. Depois começou a pensar que se não fosse pela Hill, talvez Sammy não teria sobrevivido esse tempo todo. E o último pensamento foram o remorso e a culpa. Esse era o pensamento constante. Era aquele que sempre estava lá, em algum lugar, o tempo inteiro. Ele devia mais à Hill do que poderia imaginar, e provavelmente, a única coisa que ela queria dele agora era o seu velório.

– Ward? – Sammy estranhou o silêncio do irmão.

– Oi – ele voltou à Asgard, ainda meio chocado.

– Algum problema? Você conhece a Maria? – ela perguntou, como quem conhece o irmão com a palma da mão. – Anda, você sabe que quando passa mais de dez segundos para responder algo é porque você está tramando alguma coisa.

– Hill?

Ele precisaria começar a falar a verdade. Se eles saíssem daquela enrascada, como ele explicaria para Sammy que havia mentido sobre conhecer a melhor amiga dela? Aliás, como ele explicaria tudo a ela? Ele estava ferrado de um jeito ou de outro. Talvez agora ele preferisse Asgard a Midgard, onde ninguém mais se importava com ele. Mesmo assim, ainda havia Samantha na equação. Ele seria egoísta o suficiente para preferir passar o resto da vida com ela, presos em Asgard do que enfrentar sua vida de verdade, onde ela poderia ser livre novamente?

– Hill? – ele repetiu.

– Você a conhece, não conhece?

Ward respirou firme e respondeu de olhos fechados. Não podia ser tão ruim assim contar a verdade.

– Maria Hill... Trabalhei com ela algum tempo.

– Uau! Eu sabia! – a garota deu uma gargalhada do outro lado ao passo que Ward ficava cada vez mais nervoso com aquela conversa. – Mas por que ela nunca me falou de você?

– Nós – ele pensou um pouco, mas com o cuidado de não demorar demais e parecer que ele estava inventando. – Trabalhávamos para o serviço secreto.

– Sério?! – ela fingiu espanto. – Não brinca! – ela segurou o riso. – Não me diga que era a S.H.I.E.L.D, era?

– Você conhece a S.H.I.E.L.D? – Ward estava à beira de um ataque cardíaco. Mais duas perguntas e ele seria exposto.

– Claro que eu conheço, Ward! Que pergunta idiota, cara! – ela se divertia com a conversa. – Eu até visitei a Academia algumas vezes.

– Uau! Nós quase esbarramos um no outro, então. – ele sorriu de leve, tentando se acalmar.

– Pois é. Mas eu não quis a S.H.I.E.L.D – Ward revirou os olhos com a afirmação. “Graças a Deus, não quis...” – Então eu entrei para a CIA.

– Você também é uma agente?

– Agente Samantha Hill, à sua disposição. – ela disse num tom altivo e soltando uma gargalhada em seguida.

– É um prazer, Samantha. – Ward retribuiu a brincadeira. – Sou o agente Grant Ward e não largarei do seu pé nunca mais. – eles sorriram.

– Quando sairmos daqui eu te desafio para um treino de tiro. – Sammy disse, confiante.

– Tudo bem, Cabeça de Marshmallow... Mas você sabe que as chances são mínimas, não sabe?

– Olha só quem fala – ela deu uma risada – Espere só eu ter você na minha mira, Tartaruga Ninja!

– Ui, estou morrendo de medo. – Grant ironizou.

– Estava com saudades de você, Grantie. – ela disse com voz doce após terminar a sessão de risadas.

– Eu também, Sammy.

– Nossa... Que lindo esse momento. – Loki surgia em frente à cela de Ward, aplaudindo, como sempre.

Ward gelou. “Não fale nenhuma besteira, seu desgraçado.” Ele desejou internamente. A última coisa que queria agora era perder sua irmã novamente.

– Então, já começou a considerar a minha ideia? – Ele aproximou-se de Grant, cochichando na cara dele. – Eu odiaria ter que contar à Sammy sobre o irmão traidor que ela tem.

– Desgraçado. – Ward cerrou os dentes – Você não vai falar nada pra ela.

– É óbvio que ainda existe a opção da tortura... Na verdade estou pensando qual vai ser a melhor delas.

– Tudo bem, você venceu. – Ward cochichou, sentindo seu orgulho minado. – O que você quer de mim?


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam??

Até o próximo!! :)

#Itsallconnected #StandWithSHIELD