A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 7
Trocando o Pneu


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Espero postar mais outro capitulo hoje ainda... Afinal, é meio covardia postar só esse... rs Espero que curtam :)

— Um pouco de #Philinda para alegrar o dia! :)

#BoaLeitura :)



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– Okay, A.C. – disse a garota, levantando-se para pegar um guardanapo – Isso já está passando dos limites! – ela tentou falar séria, mas também acabou rindo da coisa toda.

– Mas foi você que não prestou atenção na hora em que...

– VOCÊ E A MAY?! – A garota virou-se completamente para ele na poltrona.

– Foi há muito tempo.

– Mesmo assim! – ela limpava a mesinha de centro suja de chocolate. – Não, tipo... Tudo bem que eu já tinha percebido esse lance entre vocês e tal... E claro que tá muito na cara que a May ainda é louca por você – Coulson franziu a testa com a afirmação da garota. – Mas... Não imaginei que vocês tinham... Sei lá... Ficado, em algum momento da vida.

– Bem, é uma história muito longa...

– Bem, eu tenho muito tempo para organizar isso tudo, A.C. – ela cruzou os braços para ele. – Anda! Você sabe que não vai ter jeito! Por favor... Me deixa saber como a May era antes de virar o Chuck Norris na versão feminina, por favor?

Coulson apenas riu. De onde raios ela tirava esses termos?

– Por favor, por favorzinho – ela juntou as mãos e fez a cara mais angelical que conseguiu, sabendo que Coulson não resistiria. – Eu prometo que não conto pra ela.

– E eu consigo ganhar uma discursão com você, por acaso? – ele acomodou-se no sofá, preparando-se para contar a história pra ela. – Você me lembra a May quando tinha essa idade. Tão teimosa quanto!

– Oh, que amorzinho. – ela já começava as brincadeiras.

– Eu ainda vou me arrepender por isso – ele dizia, e Skye revirava os olhos.

– Espera, espera! Não saia daqui! Preciso pegar algo rapidinho, okay?

A garota levantou-se de um salto e correu na direção da cozinha. Um minuto depois, retornou ao escritório com outra xícara de chocolate e dois pacotes de rosquinhas.

– Agora sim. – ela jogou-se na poltrona, colocando a nova xícara sobre a mesinha de centro e abrindo um dos pacotes de rosquinha. – Agora estou equipada, pode começar a contar.

Coulson ficou olhando para ela, apenas imaginando como poderia existir um ser daquele jeito. Skye parecia ter parado nos quinze anos de idade e a cada dia havia menos chances dela sair da adolescência.

– May entrou na academia três anos depois de mim. Fury havia me chamado para o serviço, eu larguei o colegial e simplesmente o segui. Eu o admirava muito e quando o meu pai morreu, ele me deu todo o apoio que eu não tive dos meus tios. Ele foi meu primeiro O.S.



* Chicago, Trinta anos atrás



– Phil, largue isso! – Nicholas o repreendia, enquanto Coulson dava mais uma olhada no seu currículo. – Não precisa ficar tão nervoso assim. Você vai conseguir.

– Eu não sei – o garoto coçava a cabeça, agitado. – Existem muitos outros agentes competentes e também...

– Vai querer discutir sobre competência com um ex-comandante do exército, Philip? – o veterano levantou-se e colocou as mãos sobre os ombros do jovem, chacoalhando ele. – Você está pronto para o cargo, Phil. É um dos meus melhores homens e é o que mais confio para isso. Se você realmente quer ser grande, precisa aprender a se enxergar grande.

O rapaz deu um leve sorriso, apenas assentindo com a cabeça. Ele sabia o que queria. Ver o seu pai morto naquele caixão gélido e solitário havia aberto seus olhos para o perigo que o mundo corria. Os problemas só aumentavam a cada dia e ele queria fazer parte da solução.

– Tudo bem, Nick. Eu consigo!

– “Nick?” – o supervisor olhou sério para ele.

– Fury, senhor. – o jovem se corrigiu.

– Agora vá, Coulson. – Fury retirou um charuto de dentro do bolso da camisa social e o aproximou do seu nariz para sentir o aroma. – Não serei sua babá para sempre. Precisa começar a andar com suas próprias pernas.

– Obrigada por tudo, senhor. – o rapaz olhou para o O.S. com um largo sorriso. – Não vou decepcioná-lo.

– É bom mesmo, Phil – Dizia o mais velho, afastando-se de Coulson. – Apostei cem pratas com um oficial que você entrava para o time.

O garoto sorriu. Gostava da confiança que Fury depositava nele, mas depois de alguns segundos pensou consigo mesmo: “Onde é que vou arranjar cem pratas?

Algumas horas depois, Phil sai pela porta principal do prédio da Academia de Operações. Ele andava a passos largos, quase correndo. O sorriso quase poderia ser visto pelas costas e ele estava corado. Depois de duas horas de testes de aptidão física, treino de tiro e análise de currículo, fora aprovado como um agente nível 3.

Mal podia esperar para contar a Nicholas. Onde estava ele afinal? O garoto olhava o relógio a cada trinta segundos. Os ponteiros não se mexiam.

– Vamos lá, Fury – ele olhava para o relógio e depois para a rua – Onde você se enfiou?

Uma hora e meia depois e nada. Fury sempre ia busca-lo na saída, fora assim em todos os testes até então. Ou será que aquilo fazia parte do teste, também? Será que foi isso que ele quis dizer com: “Precisa começar a andar com suas próprias pernas.”? Resolveu arriscar. “Okay, Fury, vamos fazer do seu jeito.” Ele pensou, endireitando as alças da mochila. “Vamos andar com as próprias pernas, então.

Ele começou o trajeto em direção a república de garotos, uma simples caminhada de 8km que não mataria um agente nível 3. Além do mais, estava orgulhoso de si mesmo, poderia percorrer até 10km com aquela moral toda. Olhava seu distintivo a cada 50 metros, torcendo para encontrar algum conhecido na rua e contar-lhe as boas novas.

Andava tranquilo e sem pressa pelo acostamento e, embora suas passadas fossem firmes, ele estava completamente sossegado. Só um pouco mais competente do que nos dias normais. Ele não podia evitar sorrir ao se dar conta do que estava acontecendo na sua vida.

Ele estava distraído olhando para um caminhão de lixo que trafegava pela contramão e enquanto ele repreendia o motorista na sua cabeça, sentiu como se o Lago Michigan tive sido despejado sobre seus ombros. Um motorista descuidado havia corrido mais do que o devido, lançado alguns litros de lama no garoto, que ainda estava completando os 4km. Ele xingou o vento, já que quando deu por si, o carro já estava muito longe para que o cara o ouvisse. A única coisa que viu foi um Santana vermelho com um adesivo (da S.H.I.E.L.D?) no vidro.

Phil limpou o rosto com um lenço e tentou enxugar a mochila personalizada com uma toalha de rosto. (Pelo menos ele havia levado a toalha por causa dos testes) Respirou fundo e continuou seguindo pela estrada, aquele era um ótimo dia e não seria um pouco de água suja que iria mudar isso.

Após andar mais um quilômetro, ele vê o Santana vermelho com o adesivo da S.H.I.E.L.D colado no vidro. Okay, havia centenas de carros como aquele naquela cidade, resolveu deixar para lá. Porém, aproximando-se mais um pouco, ele viu que o carro estava sujo de lama, e estava com o sinalizador indicando que algo estava errado. Ele constatou que era o mesmo carro de minutos atrás e resolveu aparecer na janela para caçoar do motorista. “Bem feito!” ele pensou “Isso é o que dá dirigir feito louco por aí!”, mas, ao aproximar-se, viu uma linda garota asiática trocando o pneu do carro.

Em questão de segundos, ele esqueceu-se do que ia falar, ou mesmo o porquê de ter parado ao lado dela. Ela viu a mochila dele suja de lama e corou. Phil não sabia se oferecia ajuda ou se pedia uma carona, já que ela também devia estar indo para o alojamento da Academia de Operações. Depois de alguns segundos olhando para ela a garota pareceu irritar-se e levantou-se do chão, com as mãos sujas de graxa e uma mecha de cabelo entrando na sua boca, que ela afastou com o pulso, meio sem jeito.

– O que tá olhando, cara?

Phil permaneceu calado. Nunca em tantos anos ele havia visto uma garota como ela. Primeiro que ela era asiática e ele particularmente amava aqueles olhos apertadinhos. Depois, a garota era extremamente linda. O cabelo estava impecável, mesmo que ela estivesse naquela posição trocando o pneu do carro. Seus olhos negros o fizeram perder as palavras e a voz firme dela mostrava que ela tinha personalidade. Naquela hora, a única coisa que ele conseguia pensar era: “Como raios eu não a notei na Academia ainda?

– Ô, garoto! – ela movimentou uma das mãos na frente dos olhos dele. – Você ouviu o que eu falei?

– Oi? Hãn? – ele voltou à Terra, ainda atordoado.

– Não vai me responder? – ela olhou para ele, quase rindo da cara de bobo que ele estava fazendo naquela hora.

– O quê?

– Eu é que pergunto! – ela aumentou o tom, parecendo irritada agora.

– Por que você está brava? Fui eu quem tomou banho de lama! – ele explicou algo, enfim.

– Era você? – ela corou, envergonhada. Já havia suspeitado que fosse ele, mas quando ele ficou sem ação na frente dela, ela desconsiderou a ideia.

– Sim, era eu. – Phil respondeu, fingindo estar um pouco bravo.

– Foi mal – a garota disse, sorrindo um pouco sem graça. – Eu estava com pressa – ela abaixou-se novamente para verificar se o pneu estava calibrado. – Pronto! Novinho em folha! – ela levantou-se e guardou as ferramentas no porta-malas.

– Deixa que eu ajudo. – Phil tentou levantar o pneu defeituoso para ela.

– Não, tá tudo bem. – ela foi mais rápida e guardou o pneu no porta-malas junto com as ferramentas. – Mas obrigada pela gentileza e... Desculpe pela poça, sério mesmo. Não foi por mal. – ela sorriu.

Agora era oficial: aquele sorriso era o mais lindo que ele já tinha visto em toda a sua vida. Aqueles olhinhos puxados que diminuíam cada vez mais quando ela sorria era uma visão que ele não esqueceria tão cedo. As bochechas rosadas e o sorriso sem jeito eram de longe a coisa mais fofa que ele havia visto na Academia da S.H.I.E.L.D e, diferente de outras garotas, ela não era exibida e nem tinha problema com fazer as coisas sozinha. Ela era independente e segura, mesmo não aparentando ter mais do que dezoito anos.

– O que foi? – ela perguntou, vendo que ele não havia ido embora.

– Você... Está indo para o alojamento dos cadetes da S.H.I.E.L.D? – ele arriscou.

– Sim, por quê?

– Porque eu também estou – ele corou um pouco antes de continuar a frase. Phil não era exatamente tímido quando se tratava de garotas. Ele tinha o seu jeito de falar com elas, mas aquela garota em questão estava fritando seus miolos, de algum jeito. – Poderia me dar uma carona até lá?

– Eu te sujei de lama, né? – ela disse, abrindo a porta do carro. – É o mínimo que eu posso fazer para compensar.

Pobre garota. Nem imaginava que já o havia compensado há muito tempo, quando sorriu para ele com aqueles olhos.

– Meu nome é Phil. – Disse ele, enquanto colocava o cinto de segurança. – Phil Coulson.

– Meu nome é Melinda, May. – ela sorriu, sem desgrudar os olhos da estrada à sua frente.


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Notas finais do capítulo

kkk Confesso que me segurei pra não escrever: "Sabe de nada, inocente. Nem imaginava que já o havia compensado há muito tempo, quando sorriu para ele com aqueles olhos." kkkk

— O que acharam? rs

#itsallconnected #StandWithSHIELD