A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 24
Colônia de Férias


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Este capítulo eu ia postar ontem, mas houve alguns contratempos (bons) mas enfim... Tadaaam! Aqui estamos com mais um capítulo E...
CONTAGEM REGRESSIVAA!!! 8 DIAS!!! #MAOS!

Acabou a enrolação!

#BoaLeitura! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/506407/chapter/24

– Pessoal! Pessoal! – A voz de Simmons ecoava pelos corredores da Base Playground, procurando desesperadamente a sua equipe.

– Hey, hey hey! – Skye apareceu correndo de uma das salas e esbarrou na amiga, assustada. – Simmons, o que houve?!

– O Fitz! – A cientista estava vermelha e com os olhos lacrimejando, porém, com um sorriso de euforia dançando em seus lábios.

– Ele...

– Acordou!

Skye soltou um grito que provavelmente conseguiu chegar ao escritório de Coulson, mesmo sem estar perto da sala dele. Agora, eram duas garotas correndo histéricas pelo Bunker, gritando sobre a repentina melhora de Fitz.

– Coulson! Coulson! – Skye e Jemma entraram na sala do chefe como se a Base estivesse sendo atacada por nazistas.

– O que houve, Skye? O que é essa algazarra toda?!

– O Fitz acordou, finalmente! – a garota gritou, sorrindo.

O Diretor apenas soltou a papelada que tinha em mãos e arregalou os olhos e a boca. Levantou-se de sua poltrona e seguiu as garotas até a sala, onde encontraram Leo Fitz acordado, mexendo os dedos sobre o peito.

– Fitz! – Skye praticamente se jogou sobre ele, o abraçando.

– Ai... Oi Skye – ele sentia o impacto da garota pressionando os aparelhos que ainda estavam ligados a ele.

– Oh, desculpe! – ela tapou a boca com uma das mãos, fazendo Fitz sorrir. – Garoto dorminhoco! Quase mata a gente do coração! – ela brigava como se estar naquele estado fosse culpa dele. – Se você demorasse mais um pouco pra acordar, a primeira coisa que você veria seria os nossos corpos jogados no chão.

– Skye – Coulson e Fitz-Simmons falaram simultaneamente.

– Mas é sério, Leo... – ela segurava a mão do garoto, com os olhos lacrimejando. – Nós sentimos sua falta.

– É bom estar de volta. – ele apertou a mão da morena e olhou para Coulson. – Em breve estarei pronto para a ação, senhor.

– Não se preocupe com isso agora, Fitz – Coulson respondeu, sorrindo levemente. – Estamos felizes que esteja bem. O mais importante agora é nos certificarmos da sua situação.

– Eu já enumerei a série de exames que ele precisará fazer senhor. Alguns deles não são minha especialidade, mas em dois dias eu já posso definir o estado clínico geral dele.

– Simmons – Fitz tentou protestar, sem sucesso.

– Ih, nem inventa de teimar com essa daí – Skye alertou, já experiente nesse assunto. – Ela vai ficar em cima que nem abutre quando avista uma carcaça.

– Eca, Skye! – Simmons fez uma cara de nojo. – Não teria uma analogia menos...

– Não, foi a primeira que veio à minha cabeça.

Todos sorriram com a cara que Skye fizera, inclusive o garoto na cama que ainda sentia dor no peito e nas costas.

– Agora, vamos deixar o Fitz descansar. – Jemma tentava cuidar dele. – Preciso fazer os exames.

– Você é viciada em examinar as pessoas, Jemma. – Fitz respondeu, sorrindo levemente.

– Não sou não! – ela se defendia, já colocando a máscara hospitalar. – Só preciso me certificar dos danos para poder contribuir na sua melhora. Preciso...

– De um diagnóstico. – Fitz completou a frase juntamente com ela.

– Tava com saudades disso. – Simmons confessou, sorrindo.

– Eu também, Jemma.

– Okay, A.C... Parece que nós dois estamos sobrando aqui nessa sala – Skye despejou, puxando Phil pelo braço em direção à saída. – Vamos deixar a Doutora Paranóica examinar o paciente dela.

– Muito engraçado, mocinha. – Jemma revirou os olhos enquanto Skye permanecia parada ao lado da porta.

– Jemma está certa, Skye. – Coulson apoiava a cientista. – Nunca é demais ser cuidadosa, ainda mais considerando o que ela e Fitz passaram nas últimas semanas.

– Tá, tá... Nós estamos de saída.

Skye sorriu para os dois e logo, ela e Coulson sumiram pelo corredor, indo em direção ao escritório para mais uma rodada de perguntas. Estava bem longe de ela esquecer a história com a May, e agora, com Fitz acordado, ela estava de bom humor para reabrir o seu questionário constrangedor.

– Menos uma coisa para se preocupar – a garota se jogou no sofá novamente, encarando uma nova pilha de documentos a serem analisados. – É uma boa época pra conversar sobre coisas boas.

– Boa coisa não pode ser – disse Coulson, conhecendo nitidamente aquela expressão. – Você está com aquele olhar.

– Que olhar? – ela se fez de inocente.

– Aquele olhar que você faz quando vai aprontar alguma.

– Hey, A.C! Por que essa desconfiança agora?

– Skye...

Coulson fez sinal para que ela desembuchasse de uma vez por todas e desse fim àquele suspense. No fundo ele sabia que não conseguiria esconder o lance com a May por muito tempo. Skye conseguia ser pior do que um cão farejador, ainda mais se isso envolvesse uma possível relação amorosa.

– Eu sei sobre você e a May – ela pronunciou com uma expressão travessa. – Deram uns amassos legais atrás da porta...

– Você estava nos vigiando? – ele perguntou tentando ficar completamente sério, sem sucesso.

– Não era bem vigiando – ela tentava se justificar. – Só estava me certificando de que vocês não iriam estragar tudo dessa vez.

– Skye... Você é impossível mesmo.

– Eu mesma não! – ela se endireitou no sofá e apontou um dedo na direção dele. – Vocês é que não sabem disfarçar!

Coulson deixou o corpo descansar na sua cadeira giratória e abriu novamente a gaveta, retirando a miniatura da Lola.

– Eu e May estamos indo devagar, Skye. – ele pronunciou olhando para o pequeno carrinho em suas mãos. – Nós passamos por muita coisa até chegar aqui.


* Chicago, vinte e nove anos atrás. Um dia após o beijo no refeitório.


O vento frio da madrugada despenteava a garota que andava completamente empacotada pelas ruas desertas de Chicago. Não havia muito tempo que estava na cidade, na verdade nem era tão estranho assim, já que ela se mudara para os EUA com a mãe aos treze anos de idade. Era uma cidade nova, com um emprego novo, com novos propósitos, mas com os mesmos traumas. Melinda sabia que a vida não gostava de pegar leve com ela, então resolveu pegar pesado com a vida também.

Era aproximadamente três horas da manhã quando a asiática resolveu fazer alguma coisa a respeito. Pra começo de história, ela mal conseguira dormir. Phil a havia surpreendido com aquele beijo inesperado, e há horas, a sua cabeça só rodava a mesma cena: “Seu rosto está sujo de sorvete.” Até que pegou um táxi de volta pro apartamento, após tentar dormir na casa da Hill e se deparou com a cena no meio da madrugada.

Depois disso, May não sabia ao certo para onde estava indo, ela tinha quase vinte anos, mas conseguia ser tão impulsiva quanto ela mesma aos quinze. Deu mais uma olhada no cartão – mesmo sabendo de cor o endereço – e subiu alguns degraus de uma casa antiga até se deparar com a exuberante porta de madeira.

– Melinda? – Coulson coçou os olhos, tentando assimilar o que via.

– Coulson... – a garota tinha as duas mãos amparadas pelo bolso do moletom e seus olhos estavam levemente marejados. – Desculpa aparecer assim desse jeito...

– O que houve, May? – ele tocou o braço da garota e gesticulou para que ela saísse da rua fria.

– Eu voltei pro meu apartamento e... Não tinha mais apartamento.

– O quê? Como assim?! – ele trancou a porta e pediu que ela sentasse no sofá.

– Os vizinhos disseram ter ouvido algum barulho enquanto eu estava na casa a Hill. Daí, quando eu cheguei a pouco... Eles roubaram tudo e em seguida... Queimaram a casa.

– QUEIMARAM?!

– Sim, Phil – a voz da garota estava mais baixa do que o normal. – A sorte foi que o corpo de bombeiros chegou antes que o fogo se alastrasse para os outros apartamentos.

– Isso é horrível, May – ele sentou-se ao lado dela e no mesmo instante May se aconchegou no peito dele, não podendo mais conter as lágrimas. – Mas pode contar comigo pra qualquer coisa... Eu vou estar aqui por você.

Melinda não conseguia responder nada, apenas chorar por lembrar-se que foi num roubo seguido de incêndio que ela quase perdia a mãe e os dois irmãos há muito tempo. O fogo não lhe era uma boa recordação. Era um antigo inimigo que assombrava seus sonhos de infância.

– Olha – ele segurou o rosto dela entre as mãos, enxugando as lágrimas da garota. – Você pode morar aqui comigo, Melinda. – ele parou de falar e apenas ficou esperando alguma reação por parte dela. – Nós vamos para a S.H.I.E.L.D. todos os dias mesmo, eu sou o seu oficial superior... Vamos, vai ser divertido. – ele tentava animá-la.

– Eu não sei, Phil... Eu não sabia pra onde ir, então a primeira pessoa que eu pensei...

– Melinda, eu te amo.

Aquelas palavras a fizeram ficar calada quase num susto. Seu coração acelerou-se mais ainda e ela sentiu que cairia se ficasse de pé naquele instante. Ele a amava.

– Eu não consegui te falar isso o ano inteiro, mas... Desde o dia em que eu te vi naquele Santana vermelho... A sua atitude ríspida, mas doce em seguida... – ela sorriu levemente com aquela afirmação. – Tudo em você me atraiu à primeira vista. Mas nunca que eu arriscaria perder isso, perder a sua amizade... E eu tive medo de dizer até... Ontem – ele aproximou-se do rosto dela, fazendo carinho na sua bochecha. – Eu quero te proteger. Mesmo com você lutando melhor do que eu. Eu quero te fazer sentir a mulher mais feliz e sortuda do mundo.

– Phil, eu... – Melinda tinha os olhos lacrimejando e um esboço de sorriso nos lábios.

– Melinda May... Você aceita namorar comigo?



(...)



– Sem chance! – Os olhos de Skye brilhavam com aquela parte da história. – Coulson, você é muito careta! – ela riu até cair com as costas no sofá. – Mas tenho que admitir que isso foi muito bonitinho.

– Melinda era assim, sabe? – Coulson ignorou o comentário da garota e continuou. - Tão intensa quanto você. Felizmente, essa parte dela está voltando.

– É, eu ouvi a intensidade do lado de fora da sala. – Coulson olhou feio para ela. – Mas, okay... – ela sorriu. – Brincadeiras a parte, porque sim, eu consigo fazer isso – ela girou os olhos nas órbitas. – Vocês sãos muito fofo juntos. Já estava na hora, Coulson. Todos víamos como a May era com você, caramba! Tava na cara que ela nunca tinha desistido de amar você. Ela faria qualquer coisa por você!

– E eu faria qualquer coisa por ela. – Phil completou.

– É, mas parece que você só percebeu isso de um mês pra cá. Já a May, veio pro Bus exclusivamente por sua causa! – Skye colocou um ponto que Coulson ainda não havia parado pra refletir. – Não acha que tá na hora dela saber o quanto gosta dela? Porque a May vem provando o amor dela por você durante todo esse tempo...

Coulson voltou a olhar para a miniatura, nostálgico. May não era uma mulher como as outras e ele sabia que não podia deixa-la escapar mais uma vez.

– Eu provarei, Skye. – ele pronunciou, enquanto guardava novamente o carrinho na gaveta. – Nunca mais deixarei a May sozinha.

Phil mal terminara de pronunciar aquelas palavras e sentiu o telefone vibrar no bolso do seu terno. Atendeu-o prontamente e o colocou no modo alto-falante.

– Diretor Coulson? – uma voz masculina o chamava ofegante do outro lado da linha.

– Agente Mosley. O que houve? – Phil olhou para Skye que estava igualmente surpresa ao seu lado.

– Estávamos recebendo o carregamento dos prisioneiros, aqueles que haviam traído a S.H.I.E.L.D... Estávamos fazendo a contagem e... Um dos pacotes foi extraviado.

– Qual dos pacotes se perdeu no caminho, agente Mosley?

– O alvo que estava sendo transportado em prioridade vermelha, senhor.

– Grant Ward – Coulson pronunciou preocupado do outro lado. – Acham que ele matou os seguranças e fugiu?

– Pouco provável. Há cinco dias nos notificaram sobre um acidente com o veículo que o transportava, mas os homens envolvidos na operação estão todos em coma, e os danos são referentes à inclinação que o caminhão adquiriu com a virada.

– Ward não os matou, então... E por que demoraram tanto para nos informarem sobre isso?

– Sinto muito, senhor. Estávamos apurando os dados iniciais com os nossos recursos ainda limitados. Não queríamos dar informações pela metade e só agora saíram os laudos da perícia.

– E já conseguiram localizá-lo através do rastreador?

– Não, senhor... Isso é o mais estranho. – Mosley ainda tentava entender. – Como todos os prisioneiros, ele está com aquele código de identificação que implantamos próximo à artéria femoral... Mesmo que ele estivesse morto há essa hora, nós conseguiríamos detalhar sua posição com precisão, mas... Ele não aparece nos radares, senhor. Parece até que ele não está...

– Na Terra. – Coulson e Skye disseram juntos, entreolhando-se.

– É o que tememos, senhor. Ainda estamos realizando buscas, e queremos a sua permissão para abrir um caso específico para esse evento, diretor.

– Faça isso, agente Mosley. Elaborem relatórios das atualizações sobre o caso diariamente. Ao menor sinal de localização, eu quero que me informem imediatamente, entendido?

– Sim, senhor. Começaremos agora mesmo.

Coulson desligou o telefone e o colocou sobre a mesa, passando a mão pelo rosto preocupado.

– O que é isso agora? – Skye andava de um lado para o outro da sala. – Colônia de Férias em Asgard? Como eu não recebi o panfleto ainda?

– Será que isso tem algo a ver com o desaparecimento de Samantha?

– Eu não sei... Vai ver estão sequestrando terráqueos pra povoarem os outros reinos... – ela ironizava, tentando liberar a tensão que começava a tomar conta de si. – Como isso pode estar acontecendo?

– Temos que avisar a Hill. – Coulson saía da sala, procurando por mais oxigênio. – Eu tenho quase certeza de que quem levou Samantha pode saber o que houve com o Ward.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eita... Agora vai ficar bom o negócio... rs

— O que acharam?

#tsallconnected #StandWithSHIELD #23thSeptember!! YEAH!