A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 19
A Mulher do Vestido Florido


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Tentando compensar o tempo perdido... Mais um capítulo para vocês... Espero que vocês curtam!! :)

#BoaLeitura! :)



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– Ah, o meu Gravitonium!

Ian Quinn suspirou e sentou-se numa luxuosa poltrona aveludada enquanto apreciava de longe o seu maior orgulho profissional. Aquela coisinha informe e aparentemente gosmenta tinha o incrível poder de alimentar uma das máquinas mais vorazes já fabricadas pelo homem e todo aquele poder jazia nas mãos de um chimpanzé milionário. O mundo era realmente muito injusto.

Havia dois dias, Raina e Ian Quinn haviam transportado seu pequeno escritório para Omaha, em Nebraska, fugindo dos olhares da S.H.I.E.L.D. ou de qualquer um que pudesse se aproximar o suficiente deles. Cuidadosamente, eles levaram a unidade para um terreno abandonado e inóspito, recrutando alguns cientistas que apenas queriam ganhar dinheiro em cima das experiências, sem realmente, possuir qualquer interesse verdadeiro em fazer ciência. Desse grupo, a única pessoa que realmente sabia o que estava fazendo era a mulher do vestido florido.

– Enfim, sós. – Raina aproximou-se do parceiro e entregou-lhe uma garrafa de champanhe. – Quando isso chegou até aqui?

– Hoje pela manhã – ele respondeu, pegando uma das taças da mão dela. – Finalmente meu Gravitonium voltou para mim.

– Isso merece uma comemoração, não acha? – ela sorriu e brindou com ele, acidentalmente derramando algumas gotas de champanhe sobre seu vestido branco com flores azuis. – E então, como vão os negócios?

– Que bom que você perguntou – ele abriu a mala de camurça e retirou um documento muito bem escondido de dentro de um envelope branco. – Raina, olha só o que eu consegui com o Subsecretário do estado.

– É o que eu estou pensando?

– Sim, eles querem patrocinar a nossa pesquisa! Querem utilizar o novo soro para o tratamento de soldados no campo de batalha. Os resultados em 99% das cobaias foi satisfatório. Nós vamos ficar mais ricos ainda!

Ele deu uma gargalhada farta e repousou a taça delicadamente sobre a mesa de centro importada da Suíça; se lhe faltava caráter, escrúpulos e inteligência, lhe sobrava o gosto pelo bom estilo.

– Ah, meu caro Ian – Raina levantou-se e o encarou com seus grandes olhos assustadores. – Tenho outras coisas para pensar ainda, você faz o dinheiro e eu faço a ciência, o que me diz?

– Com certeza, Flores... Você é brilhante!

O milionário apenas tomou a mulher pela mão e a rodopiou, indo em direção ao canto da sala, onde se encontrava seu precioso Gravitonium.

– E agora... O que vamos fazer com você, doçura? – ele encarava o objeto como se uma parte sua estivesse literalmente ali.

– Eu sei o que faremos com ele, Quinn. – ela o olhou conspiradora e estranhamente confiante. – O que acha da ideia de dominar o mundo?


(...)


Eram nove horas da manhã quando Ward abriu os olhos, completamente desnorteado e dolorido. Algumas horas atrás ele havia começado a pôr o plano em prática e, segundo as regras de Samantha, ele precisaria estar machucado o suficiente para que o carcereiro abrisse sua cela para levar seu café-da-manhã. Sendo assim, Ward gritou como um louco, chutando as paredes, fingindo um ataque psicótico ou algo igualmente insano e acabou ensanguentado na cela, com o joelho machucado e várias lacerações pelo corpo. No fundo, ele achava que aquela era a forma de Samatha salvá-lo e se vingar dele ao mesmo tempo.

– Sammy – ele falou com dificuldades, sentindo a dor voltar ao seu corpo.

– Bom dia, ser estranho – ela respondeu irônica e preocupada. – O que foi aquele surto hoje mais cedo? – ela disfarçava.

– Não sei – ele respondeu, encostado no chão à parede. – Acho que eu surtei por ficar preso aqui esse tempo todo.

– É, eu percebi... Você deve estar todo machucado.

– Pode crer que eu estou – ele gemeu mais uma vez. – Acho que não vou conseguir me levantar por um bom tempo...

– Então não surte mais da próxima vez! – ela atuava muito bem.

Samantha interrompeu a fala ao ouvir o barulho do molho de chaves do carcereiro. (O que era bizarro já que todas as celas abriam através de senha)Deitou-se na cama e ativou o Camotec, fazendo com que sua imagem se projetasse na cama e ela mesma se tornasse invisível.

– Café-da-manhã! – O homem gritou ranzinza.

Samantha permaneceu imóvel, pois todas as manhãs ela fazia com que ele entrasse e a acordasse.

– Ôh garota que não acorda! – ele insistiu, mesmo sabendo que ela não se levantaria dali. – Oh droga, todo dia é a mesma coisa!

Ele deixou a bandeja no chão, colocou a senha da cela de Sammy e a porta se abriu, dando à Samantha a oportunidade que ela precisava para passar invisivelmente para fora de sua cela.

– Aqui está – ele posicionou a bandeja aos pés da cama e não tentou mais acordá-la. – É cada estranho aqui nesse planeta. – O homem reclamou, dando de ombros e seguindo para fora da cela novamente.

Samantha contava os minutos, com uma ponta de medo quase escorrendo pela sua testa. Já fazia dois minutos e meio, e ela só teria mais três minutos de invisibilidade no mínimo. O homem aproximou-se da cela de Ward e Sammy o acompanhou, ainda tensa. Era a primeira vez que ela via o rosto de seu irmão em mais de treze anos.

– O que que houve, garoto idiota? – o homem grunhiu ao ver Grant ensanguentado e gemendo no chão.

– Nada. – ele respondeu amargo, sem mostrar interesse pela comida.

– É melhor ir abrindo o bico rapidinho se não quiser ficar com fome.

– Eu já disse que não é nada! – Ward encarou o homem e Sammy estremecia por dentro. Menos de dois minutos.

– Ele passou a madrugada surtando, esse maluco! Acho que ele acha que tem as pernas de aço! – um outro preso explicou ao carcereiro, que logo foi tratando de abrir a cela dele.

– Ah, foi isso, então, não é? – ele deu uma gargalhada – Vocês novatos acham que vão conseguir destruir as paredes com seus corpos frágeis... Só não te deixo com fome, por que minhas ordens são outras.

Àquela altura do Campeonato, Samantha Hill já havia decorado a senha da cela e do irmão e pedia por tudo que lhe era sagrado que o homem deixasse a cela para que ela pudesse tira-los dali. Mais um minuto e o plano perfeito iria por agua abaixo. Felizmente, o carcereiro não se ateve muito ao jovem machucado ao seu lado e saiu da cela, dando tempo e espaço para que a garota invisível invadisse a cela do irmão.

– É cada uma que me aparece.

A voz do carcereiro foi ficando cada vez mais longe e a imagem de Samantha foi se projetando aos poucos ao lado de Ward, na cela. Ela apertou sua boca com as mãos, impedindo que ele surtasse por vê-la ali e mais que depressa ele deu-lhe um abraço gigante que parecia não querer acabar nunca.

– Sua louca, o que você tá fazendo aqui?! – ele cochichou quando enfim conseguiu larga-la.

– Se eu passasse mais dez segundos lá fora, a camuflagem ia embora e nosso plano também. – ela falou baixo ao ouvido dele.

– Nossa como você cresceu! – ele disse, voltando a abraça-la.

– Nossa, como você... Tá barbudo! – ela se afastou ao sentir a barba dele encostando no seu ombro.

– Senti sua falta, Cabeça de Marshmallow!

– E eu a sua, Tartaruga Ninja! – ela sorriu e depois de afastou dele. – Mas depois a gente retorna pra esse momento fraternidade... Temos que dar um jeito de manter os modelos de vida funcionando corretamente.

– O quê?! – Ward quase esquecia que não poderia falar alto. – Do que você tá falando?

– LMD.

–LM-O quê?

– Oh droga, esqueci que você não é da S.H.I.E.L.D – ela brincou. O LMD vai simular nossa atividade comum, então vai parecer que nós estamos lá dentro das celas, mas serão dois robôs idênticos a nós! Eu tenho um dispositivo reserva, já já configuro ele pra você. Deixa os planos comigo bebê, agora, vamos dar um jeito nesses dodóis e depois nós saímos daqui, okay?

– Tá, tá... Mas como você pretende fazer isso?

– Você sabe o que é um Camotec?

– Mais ou menos.

Ela abriu o seu traje e retirou uma espécie de cartão de memória, o conectou a um pequeno adaptador digital e o prendeu ao seu próprio casaco.

– Cortesia da minha amiga Morse... Ah, eu adoro esse traje!

– Quem?

– Ah, Grantie, eu desisto! Você definitivamente não é um Agente da S.H.I.E.L.D! Eu manjo das coisas mais do que você, caramba!

– Okay, okay... Não me explica mais nada, só faça!

– Certo. Olha, esse botão aqui me permite copiar o modelo de qualquer ser vivente. Por isso o nome “Cam” de Camuflagem e “Tec” de Tecnologia...

– E o “o”? – ele não podia deixar de fazer hora.

– Idiota... – ela deu um murro no braço dele. – Agora, se eu configurar aqui nesse banco de dados, ele recolhe as amostras disponíveis por proximidade, é tipo um GPS, vamos dizer assim. Daí, poderemos nos camuflar de qualquer coisa e sair andando normalmente, como se não fôssemos prisioneiros.

– Ótimo – ele vibrou com a ideia. – E eu vou ter um desses também?

– Claro, é só eu configurar esse nanodispositivo. Só não vai estragar ele, senão a Harpia me mata e a Hill me enterra e não vai sobrar Sammy pra você, querido. Isso aí é a Jóia da Coroa.

– Deixa eu adivinhar – ele apertou os olhos com força e pensou um pouco. – Tony Stark?

– Pelo menos uma né? – ela zombou dele. – Pronto. Terminado. Coloque isso no lado de dentro da sua blusa.

– Okay – ele obedeceu à risca. – E agora?

– E agora... Você consegue andar?

– Sim, eu não me machuquei tanto assim. Espalhei o sangue pela cela pra parecer que foi muito feio e meu joelho só tá meio deslocado.

– Olha só quem usou a cabeça! – ela brincou e ele revirou os olhos. – Agora você escolhe quem você quer ser e a gente sai daqui.

– Eu posso ficar invisível também?

– Pode, Ward... Que saco, cê tá parecendo uma criança! – ela revirou os olhos. – Anda, quem você quer ser pra gente dar o fora daqui?

– Ah, deixa eu ver... Thor!

– Não, cara... – ela respirou fundo. – Tudo o que nós não queremos é chamar atenção. Escolhe alguém menos popular, por favor.

– Tá certo. – ele vasculhou o banco de dados e escolheu um asgardiano qualquer. – esse daqui tá bom?

– Acho que sim. Espero que ele não deva nada a ninguém – ela falou irônica, deixando-o meio assustado. – Vamos, temos que ir agora. Procurar um esconderijo, buscar respostas... Sair daqui.

– Vamos... Ei, espera! – ele disse, antes dela colocar a senha para que eles passassem invisíveis pelos portões. – Quem você vai ser?

– Lady Sif.

Ele arregalou os olhos e antes que pudesse falar alguma coisa, ela abriu o portão e os dois ficaram invisíveis, desaparecendo pelo corredor.


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Notas finais do capítulo

No que a Raina tá metida??
P.S.: A Sammy é ótima! kkkk
— O que acharam?

#itsallconnected #StandWithSHIELD #23thSeptember :)