Who We Are escrita por Lecter
Notas iniciais do capítulo
Oeeeeee, meu povo o/ Bom, como eu avisei em Timber, eu iria postar uma história sobre os anos 60, but eu havia dito que era de "Os Legados de Lorien", mas como eu sou indecisa - e eu estava numa fase vampire maniac, ainda estou - resolvi fazer sobre TVD o/Bom, espero que gostem e até lá embaixo.
Aliás, eu estou no Anime Spirit agora também: http://socialspirit.com.br/lecter
Mystic Falls – Década de 60
Ela se inclina para cima da mesa do cara que atendia a prefeitura. Ele possui informações, as quais nós queremos – não importa a forma que for para conseguirmos arrancá-las. A atual é a beleza corporal.
– Elas vão demorar muito? – Damon fala com uma voz arrasta.
– Cala a boca, estou tentando ouvir.
Capto poucas palavras de Hayley. Tanto porque ela e as meninas estão muito longe, quanto porque ela desvia minha atenção nas roupas pouco habituais. Calça amarela e um corselet azul, justos, um salto alto e uma tiara com um laço, ambos vermelhos vivo. Ela parecia a Branca de Neve moderna. Sinto-me honrado em ser seu príncipe.
Imediatamente afasto a ideia da cabeça. Não sou seu salvador, ela não é uma garota que precisa de alguém para protegê-la. Lutamos pela igualdade, pela liberdade. Somos todos iguais. Somos a geração da revolução. Somos hippies.
Elena vai até a ponta da mesa e se senta, jogando os cabelos para trás. Caroline faz o mesmo do outro lado, enquanto Hayley repete o gesto na frente da mesa, cruzando as pernas em seguida. Parece que o cara estava com sorte. E estava caindo no papo. E na minha opinião, estava olhando demais.
Cinco minutos depois Stefan repete as mesmas palavras de Damon:
– Elas vão demorar muito?
– Da pra calar a droga da boca? – reviro os olhos.
– Belo disfarce, Klaus, fala mais alto.
O fuzilo com o olhar, curvando-me para frente e fingindo estar com pressa para falar com o atendente. Na verdade eu estou, mas não por esse motivo. O dia hoje seria longo: arrancar informações pela manhã, terminar a pintura da Kombi pela tarde, pichar os muros da prefeitura no crepúsculo e planejar mais para amanhã pela noite. Não é tão fácil ser um revolucionário.
Por entre meio de devaneios, desperto do meu transe tedioso com o barulho de saltos. Levanto o olhar para as três que passam nos ignorando. Não estranho. Faz parte do combinado. Quando Hayley, Elena e Caroline saem pela porta, o atendente nos chama. Solto um “ei” para os irmãos Salvatore e eles me seguem.
– Olá, no que posso ajudar? – “parando de olhar o que não é seu”, penso.
– É... Hum, que horas abre a prefeitura? – coço a cabeça. Ouço um abafo de risadas atrás de mim.
– Acabou de abrir, caro amigo – leio no seu crachá “Shane”.
– Então, Sane, quando que ela abre nos sábados e feriados?
– É “Shane”. Ela abre às 8 horas e fecha às 11 horas e 30 minutos. A tarde ficamos fechados.
– “11 horas e 30 minutos” – repito zombeteiro. – Ok, obrigado irmão.
Quando já estamos fora das portas duplas e no meio do gramado, Stefan se joga no chão e começa a rolar, rindo.
– Que foi? Seu babaca – pergunto.
– “Que horas a prefeitura abre?” Pelo amor, Klaus, inventa algo melhor cara.
– Pô! Damon, fica na tua.
– Espera só até eu te zoar quando nós encontrarmos as meninas – ele me responde rindo.
Stefan estica a mão para eu lhe ajudar a levantar. Faço o gesto de que vou, mas acabo tirando a mão antes do tempo – de propósito – fazendo-o cair de volta e me xingar. Ouço um “Qual teu problema?” e volto a andar junto a Damon. Segundos depois Stefan nos alcança mancando.
– Preparado para ser humilhado? – Damon sorri falsamente e começa a correr em direção à Elena.
O nosso ponto de encontro após por “minhas habilidades teatrais de perguntar que horas a prefeitura abre em prática” com as garotas era na Praça de Mystic Falls. E assim aconteceu.
– Ei, deu certo? – Hayley pergunta colocando o braço ao redor do meu torso. – Não desconfiaram, não? – sua preocupação é evidente.
– Harsh, calma. – beijo o topo da sua cabeça. “Harsh” era um apelido que eu inventara, juntando parte do seu nome e do sobrenome. Eu achava fofo, ela detestava. – Deu tudo certo. Afinal, eles não podem nos processar, sweetheart.
– Na verdade eles podem. – Elena pressiona os lábios, os escondendo e formando covinhas em suas bochechas. – Não pelo fato de sermos hippies, mas pelo fato de que iremos destruir uma propriedade pública.
– Ou eles podem processar o Klaus pela Santa Idiotice. – então finalmente, para sua alegria e para a de Stefan, os dois contam toda a minha desgraça. Faço-me de desentendido quando todos riem.
Puxo Hayley pela mão até nos encostarmos em uma árvore, sentando em sua raiz. Pouco a pouco o resto forma um círculo ao nosso redor.
– Levantamento de informações? – questiono.
Hay começa a listá-los:
– Atenção, *bichos grilos! – limpou a garganta sorrindo – Boas novas...
Então ela nos diz o que elas haviam descoberto. De acordo com o Sr. Shane Olhos Gordos, os governantes estavam tramando um plano à lá maquiavélico para eliminar todos os, como eles chamavam, “pacificadores” da cidade. E quando eu digo “eliminar”, quero dizer: livrar-se dos corpos. Por esse e por outros motivos vivíamos em constantes mudanças de casas.
– Quer dizer então que nós temos uma chance de desmoraliza-los antes de sermos pegos? – o sorriso de Caroline se alarga enquanto pronuncia as palavras.
– Alguém tem spray aí? – conforme a frase saí, um dos cantos da boca de cada um dos cinco levanta-se. Faço o mesmo.
– Ao ponto alto do Sol? – Elena pergunta.
– Ao ponto alto do Sol – em uníssono dizemos.
– Até que perguntar a hora nem foi tão desnecessário – zomba Damon.
Parece que a prefeitura terá que passar várias camadas de tinta em suas paredes no domingo.
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*Bicho grilo: como os hippies se denominavam.
E é isso. Digam o que acharam :)Beijinhos e até o próximo - que eu já tenho pronto e.e