As Crônicas do Império do Norte - Dasthan escrita por Sara Fellires


Capítulo 7
Trípoli




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A cidade de Trípoli era uma gigantesca artimanha dos nortenhos, é uma cidade toda feita de gelo as casas se erguiam todas em gelo e a poderosa Torre Farol também. Afinal estamos no polo, onde tem só gelo e árvores de fogo. Os telhados das casas eram feitos de madeira que prendiam menos a neve.

Eu Coraline, não era nascida quando Trípoli foi erguida, meu pai conta que quando Dasthan sofreu o ataque surpresa, os prejuízos não foram somente físicos até os peixes foram espantados. Então meu pai junto com muitos pescadores saíram da cidade com o fim de achar locais para pescar, quanto mais ao norte mais peixes, assim chegaram ao polo e encontraram uma margem cheia de árvores de fogo, troncos negros, folhas pequenas e delicadas e flores, flores de vidro, transparentes como o gelo, ali cai um fruto que um homem não consegue pegar com a mão de tão quente que é. Aprendi a lição quando achei um fruto vermelho em meio à floresta, minha mão se queimou e jogue o fruto longe quando tocou o gelo explodiu em uma imensidão de raízes que se afundaram junto das outras e uma copa redonda de folhas verde claro com um milhar de flores de gelo.

Eu estava no castelo à única construção que não era feita de gelo, o castelo era uma casa forte afrete da Torre Farol que ficava no fim da cidade. A torre era de gelo e o sol poente a fazia parece de cristal e a iluminava, iluminando também a cidade.

A cidade tinha uma centena de prédios e casa que eram erguidos envolta de uma arvore de fogo garantindo que as pessoas possam viver dentro das construções, as ruas eram repletas de ambos os lados de arvores de fogo, o chão da cidade era de terra congelada, a cidade ficava em uma ilha, envolta em gelo do polo enganando a todos que achavam que Trípoli era sobre o gelo.

A fortaleza era uma casa forte com uma torre central que era maior que a muralha, o resto da mansão era menor que a muralha e o interior era de um nível menor que o esterno a única planta que vivia em tal condições eram as arvores de fogo que faziam todo nosso jardim, ali elas cresceram com cores diferentes sua flores eram claras, mas lembravam muito água marinha, e também tinham flores com toque de rosa e roxo. Uma delas a maior de todas que ficava bem no meio tinha sua flores de amarelo luminoso, com um brilho noturno maior que as arvores naturais.

— Adoro ficar na varanda observando a cidade nos dias finais do outono, onde a cada dia a luz do sol dura menos— falei para mim mesma, olhando o por do sol, já que meu pai tinha ido para o mar, junto de meus irmãos e fiquei sozinha, pois minha mãe foi mapear a costa. — Minha mãe falou que sou eu quem governa, mas quem cuida de tudo é o conselheiro, curandeiro, e castelão de Forte Frio.— O nome que meu pai deu ao castelo, mas de frio não tinha nada. As arvores de fogo formavam uma corrente de calor em volta da construção, no verão nem acendíamos as lareiras que cada cômodo tinha o seu, mas era o fim do outono e todas crepitavam dando um som ambiental a toda a mansão, as lareiras são abastecidas de fruto das arvores de fogo que caem no jardim, os frutos costumam durar meia noite. — o velho Demétrio. Ele nunca deixa eu sair dessa casa e para ele não tem nobre na cidade que seja digno de minha presença me deixando sozinha nessa mansão enorme.

Sem muito o que fazer me dirijo ao jardim da fortaleza onde no passado descobri que poderia mover a água com movimentos e pensamentos costuma lança-la contra a muralha e faze-la congelar mais rápido e depois descongela-la e congela-la na muralha de novo. Assim fazia meu dia andar mais de presa, até que começasse a aula de leitura e boas maneiras onde era muito chato e eu lutava contra o sono, por tal motivo fazia questão de aprender as coisas o mais rápido o possível.

Hoje estava com um vestido verde claro e um sobre tudo grosso, as mangas largas que não eram costuradas em baixo, o sobretudo tinha um capôs de pele com pelos felpudos que envolviam meu rosto.

Quando cheguei ao jardim, algumas árvores já iluminavam suas flores como faziam todas as noites, tirei o sobre tudo e comecei a brincadeira no jardim era grande e espaço, lugar para me esconder e treinar não faltava, agora já sabia fazer muita coisa, sai correndo pulando congelando, descongelando e lançando água para todo lado.

Parei e comecei a girar uma bola de água do tamanho de meu punho a intenção é deixa-la o mais redonda o possível. Ouço alguém correndo e simplesmente ignoro o som. De cima soou uma trombeta a trombeta era longa e não tão forte.

AAAAAAAAAAAuuuuuuuuuuuuuuuu!!!

Alguém volta a Fortaleza, pensei. Mas estava concentrada na bola de água, meus pensamentos estavam ficando redondos para aquela bola de água, o som em volta sumia e bola ficava cada vez mais perfeita. Tudo que eu via era a bola.

— O que está fazendo? — pergunta Demétrio, surgindo do nada.

Sua presença me espanta e minhas mãos se lançam para baixo, a bola flutuante de água se desfaz virando laminas de água que se chocam em uma árvore e no chão deixando uma marca de corte no chão e uma fresta na arvore, que se apaga, mas se ilumina de novo, só que o lado atingindo não acende mais. E minha língua como reflexo ainda diz:— Nada! — como se tal palavra fosse explicar o ferimento que atravessava a árvore.

— Como fez isso menina? — Diz me olhando como se fosse um mostro perigoso que iria mata-lo mais cedo ou mais tarde.

— Descobri, há alguns anos — confesso — Você me assustou e aconteceu isso. Não sabia que isso poderia acontecer.

Ele me olha e abre um sorriso, um sorriso simples que de tão simples me enche de duvidas, não conseguia decifra-lo.

— Me Lide, tens sangue nobre e isso se mostra agora. — diz ele feliz como se algo extraordinário tivesse acontecido — dominação tão poderosa só surge em verdadeiros senhores isso quer dizer que sua família não é mais uma simples família de pescadores. — uma pausa terrivelmente confusa — e sim são os senhores do polo, os senhores das terras de gelo.

E ele ajoelha perante a mim.


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