As Crônicas do Império do Norte - Dasthan escrita por Sara Fellires


Capítulo 5
Ilhas Rok - Canetra


Notas iniciais do capítulo

Desculpa para demorar a postar. Voltei de férias do trabalho e não tive muita paciência ou tempo de sentar, ler o capitulo e corrigir os erros. Afinal este é um dos maiores capítulos do livro. E na verdade ele foi dividido, mas aqui está. Espero que gostem, assim como gostei de escreve-lo, pois é uma das histórias que mais me aprofundo.



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Não acreditava ao que estava acontecendo, depois de tanto tempo da queda de Dasthan o interesse começava a ameaçar o norte. Dasthan com seu poderio manteve o norte e todos que se localizam nele em uma calma quase impossível. Mas as Ilhas Rok nunca se curvaram a ninguém somente ilhas perante ilhas, e sempre foi beneficiada pela paz mantida por Dasthan que nunca lutou contra as ilhas com fim de conquista.

As ilhas foram unidas quando o senhor de Zibelina, dono da maior cidades das ilhas começou a casar e a juntar senhores e ilhas a causas em comuns, o que não conseguiu juntar com um casamento juntou com as espadas em batalhas lendárias que são contadas por toda as ilhas.

Depois de a paz entre as ilhas reinar deu sua antiga casa a seu herdeiro e mandou construir o Castelo da Craolina, logo uma cidade surgiu aos pés do castelo e foi nomeada de Canetra, a cidade se levantou ao pé da colina deixando uma boa distancia do castelo.

A cidade se ergueu botando abaixo a floresta que havia ali, usando a madeira para os primeiros prédios que na atualidade já haviam ruídos, todas as construções novas eram de pedras extraídas de rochedos mais firmes e maiores.

A cidade de Canetra não ficava muito longe de Zibelina, era somente meio dia de viagem mais ao perder de vista Canetra já dava para enxergar Zibelina, ambas eram de litoral mais Canetra era mais adentro na ilha se situando alta sobre uma colina e com um pequeno porto, que nem de perto lembrava o poderoso porto de Zibelina.

O castelo no topo da colina a uma boa distancia a vila, do mar dava até para ver os prédios mais altos da vila, a cidade tinha entre ela e o mar a mata nativa que era muito usada para a pesca de caranguejos, peixes e etc., também era muito usado para passeios pelos moradores, mesmo com Zibelina tão próxima a vila era extremamente calma, com a grande quantidade de soldados de meu pai garantia uma falta de confusões enormes pela vila.

A noticia que eu escutava escondido atrás da porta era muito importante e caótica.

— Senhor é verdade com a destruída Dasthan, não tem mais força que proteja o Mar Gelado, demorou. Mais a primeira frota das grandes cidades continentais entra pelo lado oeste do Mar Gelado, divisa com Oceano do Norte. — Diz Nandro o senhor da guarda de Canetra, que era encarregado de todos os assuntos sobre a defesa das Ilhas Rok.

— Ora! E já sabe a que Grande pertence essa frota? — Diz meu pai Senhor Tantos Iron, governante das Ilhas Rok.

Em um movimento para me acomodar melhor, para continuar a ouvir a conversa com um som ao longe me viro, escorrego e caio abrindo a porta dupla que me escondia e permitia ouvir a conversa em segredo, com uma virada tosca na direção dos dois vi meu pai e o protetor das ilhas olhando para mim.

— Já que ouviu o começo e um dia terá de lidar com assuntos como esse no futuro... Venha! Ouvira agora toda a conversa, sente-se filho. Mas antes feche a porta para que ninguém nos interrompa, — uma pausa como se já tivesse acabado, lembrou de algo — Não poderá dormir e nem sair até o assunto acabar.

— Sim, senhor meu pai! — disse e fiz o que havia me mandado, agora poderei fazer todas as perguntas que quiser.

— Voltando ao assunto senhor. Ainda não identificamos. Mas são todos navios do Império do Norte, não tem navios estrangeiros na frota. — Nandro continuando a reunião, já tinha se acostumado com minhas intromissões que no começo eram indesejadas, mas quando meu pai lhe falou, em outra conversa que ouvi escondido, “que pelo meu interesse sobre os assuntos de governança e meu péssimo hábito DE OUVIR O QUE NÃO DEVIA ATRÁS DA PORTA”, não entendi porque enfatizou “DE OUVIR O QUE NÃO DEVIA ATRÁS DA PORTA”, indicaria a mim para ser seu suserano no poder, mesmo sendo o caçula da família.

— Ora! Só podem ser de Pandora,— comecei, palpitando.

— É. Mas Pandora não fica para o mar. — Diz Nandro.

— Mas já a um tempo desde a falência de Onã que Pandora controla o porto, e tem aumentado sua frota de navios. — retruquei, adorava ver a cara dele quando o surpreendia com algo inteligente que não deveria saber.

— Sim, Leah está certo, desde que Pandora tomou o poder do Poseidon de Onã vem aumentando sua frota. É o que falam os comerciantes do litoral oeste do Império do Norte. E se esse aumento da frota for interesse em conquista? — Questiona meu pai olhando fixamente para Nandro.

— Senhor, não temos certeza de que estão vindo para cá, afinal nem uma Grande tentou algo assim, adentrar o Mar Gelado, dominando todas as ilhas e terras boas. — contesta Nandro.

— Seja o que for estão em território nortenho, e não há mais uma protetora no norte, quem ficou tem de se defender. — Diz meu pai.

— Mas se Pandora foi a primeira, será que à outra Grande a caminho para tentar conquistar o norte também? — pareci mais uma criança assustada do que tinha a intenção de mostrar.

— Sim, — minha frase meio que lhe deu um tapa na cara — Sim, e se for uma união do Império do Norte para dividir o norte? — Diz a Nandro ao meu pai achando o que falei totalmente compreensivo.

Meu pai então respirou fundo e se manteve em silêncio por algum tempo, estava pensado, e eu gostaria de poder ler pensamentos, por um momento achei que ele havia dormido, mas se mexeu virou-se para nós e deu um veredito.

— Não importa o objetivo deles aqui no norte. Nandro se certifique que as entradas do leste não a frotas do Império do Norte. Falarei com o comandante dos exércitos para preparar a tropa para uma possível tentativa de invasão. Muitos povos tentarão tomar nossas ilhas, mas caíram perante nossas muralhas, e quase sempre estivemos prontos para eles, não vamos fazer diferente “seguro morreu de velho”. Vamos nos preparar para a guerra. — Diz meu pai, com a ordem Nandro se vira e vai embora, cumprir o que lhe foi ordenado. Mas eu fiquei e com muitas dúvidas para variar.

— Pai! O que vai acontecer se nos atacarem? E se forem muitos? Se nos destruírem? — perguntei de imediato.

Meu pai estava sentado de um lado de sua mesa feita de pinho pesado, comum das Ilhas Rok, ela era pura sem nem acabamento superficial, assim como as cadeiras estofadas e partes que decoravam toda a sala de reuniões. Ela parecia mais uma sala de jantar, pois tinha varias cadeiras em volta de uma mesa cumprida, meu pai tinha me explicado que era cumprida daquele jeito devido as reuniões dos senhores das Ilhas Rok, que aconteciam frequentemente em festas na cidade.

Meu pai se levantou da cabeceira e se sentou do meu lado virando a cadeira em minha direção, com isso tive de fazer o mesmo. Para as outras pessoas eu me fazia de forte, e até insensível, mas para meu pai isso não adiantava, ele conseguia descobrir. Então nunca fazia rodeio a uma pergunta como essa. Era o mais novo de três irmãos, e o único que sempre estava com o pai e que o acompanhava em suas viagens pelas ilhas, para falar com os senhores.

— Meu filho, nós nunca caímos perante a uma possível conquista. Mas se não tiver alternativa devemos nos aliar sim. Afinal quem pode nos ajudar no norte? Estamos sozinhos, com a queda de Dasthan somos a grande força no norte e temos de proteger pelo menos nós mesmos. Também me preocupa o que querem aqui no norte, mas quem tinha o direito de os questionar assim, caiu a muitos anos. Agora não há mais uma possível aliança nortenha para confrontar um exército, mas estamos em nosso território e quem manda aqui são os nortenho. Não posso permitir que sulistas explorem nossas terras. — Diz meu com uma sabedoria que eu adorava ouvir, ele nunca falava da boca para fora, sempre falava com a certeza e sempre procurava medir a verdade em suas palavras deixando o mais sábio ainda.

Fiquei com uma cara ainda impressionada com um perigo que ainda não existia, resolvi então sair e andar um pouco pelo castelo. Ele tinha menos marca de chuva do que a fortaleza dos Iron, o castelo onde o senhor de Zibelina morava, ele era meu tio. Lá no jardim na frente do castelo encontrei minha mãe lendo um livro, sentada em um banco em meio às flores de outono, uns arbustos comuns na região que só floresciam no outono, ela usava um vestido rosa claro, com flores bordadas em um rosa um pouco mais claro, outros detalhes estavam em branco, usava joias em prata e rubis, tudo sem chamar muito atenção. Seus cabelos negros estavam presos formando uma longa traça não apertada que a deixava fofa.

Passei por ela, e ela olhou para mim e pediu que lhe fizesse companhia. Então sentei, ela me puxou e me fez deitar minha cabeça em seu colo e começou a fazer um cafuné.

— Está um pouco tenso... o que é meu filho? Conte para mim. — Disse ela com aquela voz doce de mãe que sabia que tinha algo de errado com os filhos.

— Coisas que podem acontecer. Tem haver com o papai, estava com ele em uma reunião com Nandro.

— Ouvindo as conversas do seu pai de novo? — ela exclamou. Meu pai e eu contávamos tudo para ela, e eu era o único que ainda aceitava sem pensar um carinho de mãe, enquanto os outros simplesmente se achavam adultos de mais para isso.

— Eu já ti falei que em uma dessas conversas, ouvi que eu serei o herdeiro das ilhas e tenho de aprender algo, não? — retruquei.

— Está certo. — ela respondeu com a mesma voz doce de mãe — Mas não se preocupe tanto, quem é o senhor das ilhas é seu pai, você só deve dizer a ele para confiar em você e pedir para ele te dar algum papel importante nesse assunto. Para você adquirir experiência...

— Tem razão. — E tinha mesmo. Decide então mudar de assunto. — Mãe o que está lendo?

— Estou lendo um diário que encontrei, é de seu avô e seu pai, tem muitas histórias... seria bom se você lesse depois.

— E qual história está lendo? — perguntei, adorava histórias e minha mãe sabia contá-las como ninguém.

— A história é da quase união entre Dasthan e as Ilhas Rok.

— Conte-a gosto de quando você conta histórias. — pedi e com um olhar carinhoso passou as mãos em meus cabelos e começou a ler.

— Como muitas uniões essa não parece ser diferente, Dasthan nos contata sempre pedindo uma possível união entre as duas grandes casas. Mandam sempre lindos, fortes e bem vestidos mensageiros, via comerciantes, que sempre estavam navegando pelo Mar Gelado, e os barcos tinham símbolos de Dasthan e de alguns nobres da cidade.

“Com eles vieram cavaleiros vestido com armaduras, prontos para um grande combate, mas a função deles ali era só de intimidar e enfeitar o salão, para que os mensageiros não parecessem tão insignificantes perante o salão do trono de Canetra.”

“Traziam dessa vez uma mensagem diferente. Não muito comum das outras, dessa vez não traziam negociações como lucros, comércios, vantagens financeira com a união. Mas dessa vez a linguagem e proposta eram muito mais democráticas. Dasthan só procurava manter o norte unido, forte e protegido. Dizia também que tempos difíceis estavam para chegar ao Império, estava ficando meio caótico e instável, gerando uma possível desfragmentação da nação.”

“Pandora anda tendo dificuldade para manter seu poder e domínio sobre as outras Grandes, mas não era algo que estivesse grave, ainda... Só que temia que chegasse a um ponto descontrolado e via isso em um futuro distante, mas que para se fortalecer e manter o norte seguro precisaria dos melhores soldados e navegadores assim entrando no papel das Ilhas Rok, como fornecedora de guerreiros e navios poderosos, os melhores treinamentos eram feitos pelas Ilhas Rok, finalmente reconheciam essa qualidade.”

“Mas a proposta foi diferente e quase inusitada, com tantas tentativas visando o bem econômico que acharíamos que Dasthan nunca fosse pensar em uma união pelo casamento, eu tinha cinco filhos a mais velha poderia servir para a união, mas já estava noiva e o casamento não iria demorar, haviam três filhos homens entre as meninas, Dasthan não tinha filhas disponíveis logo se deduzia que a minha caçula estaria no acordo. Era esse o acordo, minha menininha se casaria com o herdeiro de Dasthan, isso mesmo ele sendo dez anos mais velho e ela uma garotinha preste a se tornar mulher.”

“A união parecia muito boa seríamos ligados pelo casamento não por acordos financeiros. Mas ambos estariam entrelaçados, com o casamento a amizade entre as duas casas faria só aumentar a amizade entre os comerciantes e navegadores, uniões com o objetivo de fiscalizar, e proteger os mares do norte que ambas dividiam, eliminando piratas e impedindo que clandestinos entrassem nas terras nortenhas para plantar e colher de terras que não lhe pertencia e também um detalhe que ambas sabiam... Os segredos do norte teriam de ser melhor protegido e somente homens de Dasthan não estavam conseguindo manter isso protegido e mantê-los era um modo de defesa que norte sempre usou e teriam de usar para impedir que o resto do Império soubesse o verdadeiro poder do norte.”

“Dias depois, infelizmente soubemos do ataque surpresa a Dasthan e ajudamos o exército de Dasthan a chegar mais rápido ao fim da...”

— O que foi mãe? — digo achando estranho à pausa.

— Nada. A história acaba aqui. A folha foi arrancada. — ela responde com um sorriso que indicava que já sabia que aquilo iria acontecer.

— Ora! Não acredito, agora que a história ficava boa.

Com a minha frase ela levanta o livro e me mostra que a folha foi arrancada e que não tinha mais continuação. Depois fiquei sem resposta e sem saber o que dizer então começamos a conversar e conversamos por horas. Depois fomos jantar e durante a conversa tinha notado várias aves saindo da torres dos murmúrios a mais alta de todas, bem no meio do castelo, com visão para o jardim interior, que ficava envolto pelo castelo. Não dava para ver a torre mais era de lá que as aves partiam.

O jantar foi tranquilo meu pai pareceu não ligar para a notícia misteriosa, e comeu tranquilamente. Meu pai e minha mãe até namoraram naquela noite, começaram lá na biblioteca e como não tinha gritos somente o som de coisas pequenas caindo estava na cara o que tinham acabado de fazer. Parte de mim ainda era adolescente e me senti excitado, com o pensamento, então fui para a vila escoltado por quinze guardas como de costume e fui para Casa de Solteiras, um lugar onde mulheres que não eram nortenhas costumavam vender o corpo. Meu pai me deu um guarda que era responsável por saber se uma mulher estivesse fértil ou não, como ele dizia “Nortenhos não podem gerar filhos com mulheres que não iram se casar, e se isso acontecer tem de assumir o filho e a mãe, mesmo que ela seja uma mulher da vida”. Retruquei que no norte só havia umas cores então ele falou “Ai sorte da mulher da vida que casará com um trocha nobre.”

Quando era adolescente ia à casa todos os dias. Costumava ir com amigos, mas quem me levou pela primeira vez foi meu irmão do meio Malka, foi ele quem trouxe esse tipo de mulher para o norte, porque pelos costumes do norte um homem deveria esperar sua esposa, ambos virgens, para que se descobrissem, com a vinda desse tipo de coisa em Canetra e Zibelina essa tradição já havia caído. Meu irmão troce esse costume por achar que nunca herdaria as ilhas, que meu irmão mais velho assumiria esse posto então fugiu em um navio, O Rebelde, de acordo com as histórias dele conheceu esse tipo de prática em Poseidon, nos esfarrapados bordeis da cidade e nos nobres bordeis de Toronto a capital de seu território o Reino de Toronto, e só conseguiu entrar em um lá, pois seus companheiros assaltaram um bêbado, que tinha uma bolsa cheia de pedras de ouro falsas, a questão que elas serviam para folhear joias e o bordel se interessou como todos da tripulação acabaram sabendo que ele era virgem permitiram que ele experimentasse uma mulher da vida cara, que muitos diziam ser melhor por serem limpas e menos usadas. Mas ele dizia que não fez diferença exceto pela parte de poder trepar em uma cama, coisa que não havia acontecido em Poseidon, lá ele contou que trepou em pé num beco atrás do porto com metade da tripulação fazendo o mesmo ou caída de bêbada, e que até a filha do capitão tinha arranjado um homem tão grande e forte e que tinha um membro tão grande que a fazia gritar como uma garotinha de prazer.

Com essas ideias resolveu fazer algo muito inusitado, voltou para casa e exigiu de nosso pai um barco que faria fortuna por se só. Meu pai como viu que não tinha opção e que já tinha perdido seu filho para o mundo lhe deu o barco, que meu irmão o batizou de Mar de Prazer, completou uma pequena tripulação que não conseguiu em Canetra e partiu par o Oeste. Depois de algum tempo retornou com navio repleto de mulheres, dizia que a maioria roubou, até a filha de seu antigo capitão que gostava de homens com grandes membros disse que a ganhou em uma luta de dominação, e que ela ficou tão excitada que lhe deu a noite toda. Com algumas foi o mesmo, depois de conquistar a garota outras se mostraram interessadas em seus planos. Depois disso continuou navegando compôs uma tripulação de mulheres que o auxiliava no comando do navio, e tinha desfeito da maior parte de sua tripulação de homens, Eles não aceitavam uma mulher trabalhando com eles por isso se foram nos primeiros portos e eu fiquei com um monte de buceta para enfiar meu pau sempre que quisesse e quem ficou tem o mesmo direito, já que todas sabem que estão nesse barco para isso mesmo. Depois de chegar em Canetra comprou uma casa velha, mas em boas condições, contratou seguranças e chamou muitos jovens e senhores, para conhecer seu empreendimento.

Na noite de estreia me levou e me deu a virgindade de uma delas, que ele dizia ter pego nas terras de Onã, junto da mãe que era uma mulher da vida. Eu não sabia o que fazer. O que entrava no que, e o que entrava na onde. Mas a garota de olhos verdes e madeixas louras acastanhadas, me esclareceu tudo, me alisando, me despindo e me tocando, fique lá a noite inteira só fazendo o que deveria fazer depois do casamento.

Agora estava indo para a casa. No começo só queria a loira a quem sua virgindade me possuía, mas um dia cheguei lá e ela estava com outro, esperei e depois que nos encontramos ela me falou que se quisesse fidelidade era melhor me casar. Então no dia troquei de mulher e passei a frequentar menos a Casa de Solteiras, agora pretendia dormir com uma ruiva de olhos castanhos que me fascinava, mas na casa ninguém era de ninguém.

O caminho do Castelo Craolina até a vila era de meio quilometro, depois de passar pela muralha tripla, composta por uma muralha externa, outra interna e um foço profundo no lado externo, que em tempos de guerra era colocado uma quantidade enorme de sanguessugas venosas. Depois do foço tinha um jardim de flores e frutos silvestres a única coisa que mudou foi os caminhos que surgiram pelo meio do jardim já que era o passar de pessoas por eles que os faziam, mas estava de noite, uma linda noite de outono o céu se mostrava rico em estrelas e as quatro nortenhas brilhavam como se não tivesse o amanhã.

As quatro nortenhas são estrelas que somente quem está no norte pode ver, e eram elas que dividiam o norte pertencente a Dasthan. Onde as quatro nortenhas iluminarem o céu, a Dasthan pertencerá, por esse motivo ao sul havia montanhas que metade pertencia a Dasthan, e a outra pertencia a outra grande.

De longe a Casa de Solteiras era o maior prédio da vila no começo era pequeno, com os negócios faturando meu irmão dobrou o tamanho do prédio, que ganhou até o quarto andar que era os aposentos de meu irmão. Como de costume a casa estava cheia, havia até carruagens à porta com seguranças as vigiando. Eu estava de cavalo assim poderia andar mais rápido, se não tivesse a companhia de meus soldados de segurança.

Lá dentro bebi e consegui a mulher ruiva, fomos para uma suíte grande e lá meu soldado inspetor constatou que ela não poderia engravidar de mim. Então entrei, mas o que vi foi uma mulher com uma pequena barriga de gravida a minha espera.

— Você está grávida. Deveria estar fazendo isso ainda? — Perguntei de imediato vendo-a nua a minha espera na cama.

— Ora, se seu membro não for muito grande não fara mal ao bebe. — Ela respondeu com um sorriso travesso no rosto. Depois mudou para um pouco mais seria — Não vai me querer senhor? — Perguntou como se tivesse se entristecendo.

Se para a primeira pergunta não tenho resposta. Imagina para a segunda? Sem saber o que dizer virei a cara e falei. — Se cubra por favor.

E assim ela fez.

— A quanto tempo está grávida? — perguntei para não ficar ali parado sem dizer nada.

— Creio eu meu senhor que não passa de três meses.

Fui até a cama e me sentei na borda

— Não sei lhe responder as perguntas que me fez, nunca sei quando vocês estão mentindo o prazer, pois sempre comigo, gemem e arranham minhas costas. — Tirei as camisas, os coletes e mostrei os vários aranhões e cicatrizes que possuía, ficando com todo o troco nu e sentindo um leve toque do frio do norte nas costas e no peito.

— Não quero parecer indelicada senhor. Mas nunca viu outro homem para comparar — E soltou um risinho travesso, com olhos que mostravam o mesmo.

— Não — Respondi — No castelo tenho em meus aposentos uma banheira para o banho junto da latrina, e quem sempre me deu banho foram mulheres. — Falei isso achando graça de certo modo do deboche dela.

— Se quiser que eu faça uma comparação é só me mostrar seu pau senhor! — Falou meio que normalmente, então notou a palavra “pau”. — Me perdoe senhor, quis dizer membro, como sou uma tonta se quiser chamarei outra mulher para o senhor. — Ela começou a se levantar, mas a encostei no seu braço e falei que aquilo não tinha importância.

Ela se sentou, pareceu mais aliviada.

— Senhor. E que é a primeira vez que me chama, e até agora não me tocou. Acho que minha gravidez não lhe agrada. E falaram que deveria agradar o senhor já que é irmão de Malka, nosso patrão. — Falou isso com sua mão passando por meu peito que é peludo, como de costume no norte, a mão dela cada vez que subia descia mais. Até tocar em minhas calças e começar a removê-las.

Algo me dizia para parar ali, mas o toque dela em meu peito fez meu corpo se esquentar e meu pau subir e já não tinha mais vontade de impedi-la e sim de beijá-la. Ela soltou meus calções e com isso meu membro saltou para fora grande e duro e ela o tocou e chegou mais próxima de mim. Me puxou para cama e terminou de tirar a roupa, me deitou na cama e começou a me beijar, fazendo meu pau ficar mais duro e maior, começou a beijar meu peito e foi para meu membro o chupou devagar, me dando um enorme prazer, depois subiu. Com isso o prazer já me tomava e me envolvi a ela a beijei e fiquei por cima a penetrando, e sentindo a pequena barriga de gravidez na minha. Ela gemia e gritava “não tão fundo!”, “mais”, “vai meu senhor”. Depois de um tempo aconteceu o que tinha de acontecer o prazer foi tanto que a encheu de sêmen entre as pernas, depois disso lhe chupei os seios e lhe toquei corpo inteiro, fiz sexo mais umas duas vezes e adormecemos, minhas mão a envolviam na cintura e dormi ali.

Dormindo começo a ouvir uma voz que me chama.

— Senhor! Senhor é de manhã tens de ir. Não? — Ainda meio sonolento foi necessário que repetisse a pergunta. — Senhor é de manhã tens de ir . Não?

Um pouco mais acordado minha cabeça começa a me lembrar de tudo.

— Já é tarde para mim ir, vou visitar meu irmão. Ele está?

— Sim. Em seus aposentos. Já foram levar o café da manhã para ele e o banho também. Quer, que o leve até o aposento?

— Sim, mas quero água antes e um banho também — pedi e ela sumiu.

O banho chegou primeiro em uma bacia de madeira redonda, a água tinha o cheiro das mulheres o perfume delas com isso me enxaguei com uma água comum, quente que chegou por último com o auxílio de duas mulheres que despejaram a água sobre mim enquanto estava em pé.

Me vesti e fui para o aposento de meu irmão no último andar do prédio. Estava no segundo andar, tive de subir mais dois, estava sendo guiado pela mulher que tinha dormido comigo. Ela nem parecia uma mulher da vida, parecia uma simples mulher gravida, estava confortavelmente vestida e sem decote nenhum, seus cabelos já haviam sido escovados e penteados para um lado.

Chegamos ao quarto de e meu irmão, onde ela entrou e eu fiquei esperando na porta. Ela voltou e abriu as portas duplas.

— Pode entrar senhor — ela disse com um sorriso simpático no rosto.

— Obrigado.— lhe beijei a mão em sinal de cortesia, senti o perfume dela e notei que ficou vermelha quando fiz isso.

Entrei no quarto de meu irmão e uma mulher negra nua me avisou que poderia ficar a vontade, que meu irmão estava no banho e não iria demorar. Que estava no banho deu para notar, já que as portas do banheiro estavam escancaradas dando a visão perfeita de uma banheira quadrada no chão cheia de espuma. Mas não estava sozinho tinha mais duas mulheres com ele e a negra estava indo para o “banho”, também dava para ver o que ele estava fazendo com uma loira em uma das bordas da banheira, à estava penetrando por traz e dava para ouvir tudo.

Por que ele sempre faz isso deixando as pessoas entrarem enquanto ele transa com as portas abertas? Fiquei inquieto então levantei e fechei as portas do banheiro, ai meu irmão gritou:

— Quer participar?

— Não. Já tomei banho hoje, vou te esperar aqui.

O quarto de meu irmão era todo decorado em vermelho com tecidos que se penduravam por toda parte, as paredes eram de tijolos de pedras a cama era enorme de modo que deveria ser a maior mobília da mansão inteira, os tecidos de fundo era de um roxo escuro e os cobertores e lençóis eram vermelho como todo o quarto.

Ele demorou meia hora, e sempre tinha uma mulher gemendo dentro do banheiro, até meu irmão gemia. Mas finalmente todas as mulheres saíram, nuas rindo e andando depressa foram e fecharam bem a porta, deixando os aposentos em uma paz grande, depois de um tempo vem meu irmão pelado e todo molhado, se enrolou em roupão, que em alguns pontos escureceu pela absorção da água.

— Antes tarde do que nunca. — Comentei, e um sorriso grande ele me retribui.

— Irmão. — Veio em minha direção, me levantei e ele me abraçou, um abraço apertado como de seu feitio. — Com você está? Fazia tempo que não saia daquele castelo.

— Assim como a tempo que você não vai lá. Visitar nossos pais. — Retruquei para ver sua reação.

— Aqui toma muito de meu tempo, não me sobra tempo para nada.

— Se ficar sem transa um dia iria fácil visitar nossos pais, fiquei aqui uma hora lhe esperado. Não notou o tempo? — Como é difícil convence-lo de ir visitar nossos pais... — E não tente me enganar, pois já usou todas suas desculpas possíveis comigo.

— Já disse que uma mulher irá parir? — falou ele como se talvez não tivesse usado essa desculpa antes.

Com calma e olhar para o alto respondo.

— Foi sua ultima desculpa a que eu desmascarei. — Sem opção de como convence-lo de fazer a visita uso o assunto da ultima reunião. — Irmão pode estar vindo sobre as Ilhas Rok uma tentativa de conquista, Mas não está nada confirmado.

— Como assim? Onde ouviu isto? — diz ele com a face seria, coisa que não tinha visto muitas vezes.

— Foram identificados uma frota de navios no oeste, e estão vindo rumo ao centro do Mar Gelado. Nosso pai já deu um alerta sutil para todas as ilhas. — digo, mas noto que essa parte da história ele pareceu ignorar completamente.

— Tem certeza disso?

— Não, já disse que uma possível frota para conquista. — Explico novamente.

— Pois isso é um perigo para todos que não tem uma muralha. — diz ele explicando sua aflição — Minha vida e sustentada por esse bordel se ele for destruído não tenho para onde ir. Terei de levar as meninas para Zibelina lá poderemos estar seguros se a cidade não cair.

— Não, não pode fazer isto sem ter certeza! — ele começa a pensar e me ignorar se virando dando de costa para mim. Me estresso o pego pelo braço e o giro. — Pare de me ignorar e ouça. — o seguro pelo braço e ele se solta com um descer de braços.

— Me solte! Não é porque será o senhor de Canetra e das Ilhas Rok, que manda em todo mundo. — Diz ele meio que zombando de mim.

— A questão não é essa...

— Então qual é Leah? Qual é a questão? — Malka fala levantando os braços como suplica de uma luz divina, gesto comum fora do norte de Dasthan.

— Se não me interromper-se, conseguiria te explicar. — Digo em uma voz calma — Se você começar a esvaziar o bordel é capaz de as pessoas da cidade quererem saber o que está acontecendo. Se o ataque não acontecer poderão seguir suas vidas na maior paz.

Explico e ele finge que compreende.

— Te contei isso com a esperança que fosse visitar a mãe. Ela sente saudades. Malka você mora na cidade e dificilmente vai ao castelo visitar nossos pais. Por que?

— Eu não acho certo o que estou fazendo. Mas um meio que achei de conseguir meu sustento. Sei que para nortenhos isso não é comum, mas foi um meio de ter dinheiro.

— Você quer dizer que não agrada o papai que segue os antigos costumes?

— Leah, sabe o que quis dizer. Não se faça de tonto.— Responde ele em um tom de arrogância.

— Sei o que quis dizer sim. — Completo — Agora deixa de ser tolo, se meu pai ligasse para isso. Já teria ele mesmo botado a baixo esse prédio e mandado você para seu barco com fim de ser um navegante. Tonto é você se acha que o pai ia te condenar por isso.

— Leah, você sempre diz que é a mãe que sempre tem saudade. É o pai? Ele diz algo sobre mim? — Ele pergunta com olhar de cachorro sem dono.

— Não. Mas que pai que não sentiria saudade de um filho? Nosso pai sabe decifrar as pessoas. Mas se esconde, e deixa o indecifrável Senhor Tantos Iron, sabe disso tanto quanto eu. — Respondo achando aquilo obvio.

— Não irei. Vou continuar cuidando de minha vida aqui.

— Malka me prometa que não vai ir para Zibelina até soar os sinos de alerta. — Digo esperando compreensão da parte dele.

— Tá — ele responde de qualquer jeito.

O pego pelo braço e trago para perto de mim vejo seus olhos azuis brilharem alinhados ao meu. — Malka, não estou brincando. Pode amedrontar tanto o povo de Canetra como o povo de Zibelina, que não espera uma migração a cidade, principalmente de um herdeiro.

Ele se solta e afasta um pouco pega uma maçã que o esperava como café da manha e a morde, mastiga e depois fala:

— Já não falei que “tá”. Quer o que de mim? Uma jura? — Diz ele não me transmitindo seriedade.

— Sim. Quando foi embora prometeu-me que não mentiria para mim, e contou a verdade dizendo que estava indo em bora. Agora quero que prometa e vou em bora agora. Mas antes prometa que não irá causar um caos na cidade.

— Com você é só oito ou oitenta sempre? Pois então juro. Leah não vou sair da cidade até que esteja confirmado o possível ataque. — Diz ele com os olhos azuis posto nos meus. Esta dizendo a verdade pelo menos isso ele me ouve. Quando promete algo para mim sempre cumpre.

Fui ao seu encontro e lhe dei um abraço, dois tapas no pescoço. Notei que já estava maior e mais musculoso que ele, que tinha puxado mais a parte de minha mãe que é uma mulher alta, da mesma altura que meu pai. Malka nunca foi baixo, mas eu o superei e já estava maior que ele em altura, largura do peito, músculos e sabedoria.

— Puxa como você cresceu já me passou e eu sou do mesmo tamanho de Taumo. É grande, está forte, com ar de poderoso. Nosso pai não poderia ter melhor sucessor. — Diz com um olhar de certo modo bobo, me olhando e admirando o homem que estava me tornando.

Com o elogio o beijo na mão e vou.

O caminho ao Castelo foi rápido. Com a espera e a conversa o sol já iluminava a tudo e a vila já estava movimentada pela venda e as rotinas de costume.

Meus guardas estavam todos bocejando sinal que tinham dormido menos do que eu, mas não liguei dormi bem e tinha ver meu pai, a noticia de agora iria fazer toda a diferença. Fui procura-lo no lugar mais obvio, na sala de reuniões, mas não estava lá. Depois fui procura-lo em qualquer canto. Fui a cozinha e descobri que ele e nem minha mãe não tinham saído da cama ainda então mandei que servissem o café-da-manhã, comi, e quando estava no fim chegou minha mãe e meu pai. Meu pai já estava bem vestido minha mãe estava em volta de um roupão com os cabelos penteados, mas sem amarração alguma. Ambos me deram bom dia, meu pai passou as mãos nas minhas costa e foi se sentar na cabeceira, como de costume. Minha mãe me deu um beijo no cabelo e se sentou a minha frente.

A manhã passou voando treinei a manha toda, as técnicas de dominação da água em um salão no segundo andar, depois passei a usar água de uma bacia que tinha levado para lá. Treinei tanto que meu corpo doía, soava e tremia. Então fui tomar um banho.

De molho na água, relaxando com os olhos fechados ouço um som. Eram os sinos de alertado castelo, as batidas eram longas, sinal de discurso do senhor da cidade. Me enrolei em roupão e fui em direção a minha sacada, o vento de outono soprava em meu peito, entre os dois lados do roupão.

— Povo tenho a tristeza de lhes comunicar que uma invasão pode chegar as nossas ilhas. — Falou meu pai, mas um monte de fuxicos surgiu no povo que se reunia no portão do castelo. Meu pai estava de frente para eles e eu estava em torre de lateral e conseguia ouvi-lo quase que perfeitamente. — Ainda, não temos certeza! Por esse motivo, muitos de vocês devem ir para Zibelina. O Castelo será comandado e protegido por minha senhora, Eu e meu filho Leah levaremos forças para Zibelina com o objetivo de um exercito contra nossos possíveis inimigos. Não temam Zibelina disse que os protões estarão abertos até o fim do dia, então o quanto antes partirem para a cidade, menos chance terão de ficar do lado de fora.

Meu pai ainda respondeu algumas perguntas das ameias do castelo, mas parei de ouvir e vesti a primeira roupa que vi, e fui em busca de noticias. Encontrei minha mãe, logo lhe pedi explicações.

— Mãe o que esta acontecendo? — Ela olhou para mim e me levou para a biblioteca onde o som quase sumia sentamos em um sofá, e ela me olhou nos olhos e começou a explicar.

— A pouco tempo um navio mercante se revelou um navio de soldados no porto de Safira, a cidade mais grande na região do oeste das Ilhas Rok, com isso o navio foi queimado e os homens foram mortos nas chamas. A noticia se espalhou rápido, seu pai já envios varias cartas por cavaleiros e aves de mensagem. Mandou que colhessem tudo e guardassem. Ordenou aos com senhores que tragam suas esposas para o castelo e também deixem soldados, que vão proteger a fortaleza. Seu pai ira levá-lo para a batalha. Tome cuidado.

— Sim tomarei mãe. — Lhe peguei uma mão e beijei.

— Antes desse comunicado fui falar com seu irmão, as garotas deles ficaram aqui e ele também irá para a batalha, disse que ficará no mar.

— É a cara dele. — Respondi com um sorriso, peguei a mão de minha mãe e beijei as costas de novo — Peça por mim, quero voltar vivo.

— Meu coração já está pedindo, pela vida de todos vocês. — ela pegou minha mão e beijou — Agora vá tem de arrumar sua armadura e decidir o que vai levar, e não se esqueça de falar com seu pai.

Fui para o setor de armas do castelo e minha armadura estava a minha espera nas mãos de Dunk, nosso armeiro. Ele não precisou de uma palavra minha, simplesmente colocou a armadura em mim, me deu uma pancada com o pulso no peito e me desejou sorte.

— Que o destino o abençoe Senhor Leah.

O deixei e fui a procura de meu pai, ele estava no jardim com um exercito pronto para sair do Castelo Craolina e atravessar Canetra rumo a Zibelina.

— Pai! — Chamei-o, ele se virou. — Minha mãe já explicou um pouco, mas e agora? — perguntei de imediato.

— Esperem um pouco, vou falar com meu filho. — ele fala para todos, se vira para mim e me leva um pouco distante ainda no jardim para, e começa a explicar o que faltava. — A divisão do exercito será feita em Zibelina, você ira com seu irmão no navio dele para a cidade chegara antes e irá para oeste onde devem atacar primeiro como já sabem que não nos pegaram de surpresa. Malka aceitou em lutar no mar com seu navio por esse motivo ira para norte e comandará uma frota que impedirá que deem a volta nas ilhas para atacarem a região leste.

— Sim, então agora devo encontrar com Malka no porto? — perguntei para saber se tinha ainda algo a me dizer.

— Meu filho não queria colocar você e seu irmão em uma batalha. Temo em perde-los, mas não foi eu que provoquei isso e tenho de proteger meu povo. Me perdoe por coloca-los nessa situação. — Diz meu pai com um aperto na voz.

— Pai esse também é meu povo, e um dia vou governa-lo, mas agora só posso protege-lo. E é isso que vou fazer com a maior garra do mundo, só para sempre vê-los em paz e alegre. — Tinha um sorriso no rosto que indicava confiança. E que também falava para meu pai sempre contar, que sempre estaria do lado dele.

Ele entendeu colocou a mão em meu pescoço e deu três tapas, e seus olhos enchiam de lagrimas.

— Como você cresceu, já está até maior que eu — Notei que era verdade — E eu achando que você é ainda um garotinho, mas você está aqui como um homem encarando suas responsabilidades, assim como seu irmão Malka. Achei que ele partiria para Zibelina, para deixar as mulheres dele em segurança na cidade.

“Mas quando permite que ele as trouce-se para o Castelo Craolina, ele me falou que só iria deixa-las lá e iria entrar na batalha. Que a responsabilidade diante da vida delas vinha primeiro já que foi ele quem as trouce.”

Aquilo me pareceu sensato e a cara dele, se passava de durão, mas a responsabilidade lhe obrigava a fazer o certo.

— Meu pai, tenho de preparar minhas coisas para batalha. Vou busca-las. — digo já tomando rumo do meu quarto para ir pegar o que será util.

— Espere, tem mais uma coisa que preciso te contar,— diz meu pai me fazendo voltar em sua direção, — Em Zibelina peça para seu tio lhe mostrar o que eu iria te dar em seu aniversário, será muito útil nessa batalha. E irei te abençoar. — me ajoelho diante dele e ele ora uma prece em sussurros.

O abracei como se fosse nosso ultimo abraço e fui rumo ao castelo, notei que o portão estava aberto e as garotas estavam na porta chegando como se fossem uma multidão, também havia carruagens entrando castelo adentro eram as nobres esposas, que ficariam com minha mãe durante a batalha. E até alguns agricultores carregavam sacas em carroças ou sobre o ombro, para proteger da batalha caso chegasse a Canetra.

Cheguei ao meu quarto e minha mãe estava lá com minha espada na mão, a espada estava desembainhada e à limpava com um tecido azul escuro.

— Dizem que dá sorte uma mulher abençoar a espada de seu amor. Como você nem tem uma pretendente tomei esse posto assim como abençoei a espada de seu pai, agora em batalhas do passado. — Colocou a espada sobre a cama.

— Obrigado mãe — A beijei na testa e notei que ela era mesmo da altura de meu pai e que também estava maior que ela.

— Você me lembra meu pai. Ele era alto, grande e musculoso como você, mas seu rosto é todo seu pai o maxilar quadrado, as sobrancelhas grossas, cabelo longo e encaracolado. — Esfregou sua mão sobre minha cabeça — Olhos azuis de um poderoso azul nortenho. — Parou sua mão sobre minha face — Filho volte para mim não importa se é vivo ou morto volte para mim. — Lagrimas saiam de seus olhos.

Me ajoelhei de ante dela, peguei sua mão.

— Voltarei, minha mãe, voltarei. — Beijei a mão dela e ela me abraçou, minha cabeça ficou em sua barriga, e ela me beijou no rosto e me entregou a espada.

— Coragem meu menino, coragem.

Quando reparei ela tinha arrumado tudo para mim, uma arca de roupas, a espada, um punhal, dois potes de água e cota de malha assim como meu elmo que tinha uma pedra de água marinha na fronte. Lapidada com oito lados estava bem no meio na parte da testa e de cada canto saia sulcos retos que percorriam todo o elmo. A pedra de um anil claro é o símbolo de minha família.

Virei-me e parti carregando a arca com tudo dentro, normalmente precisaria de duas pessoas, mas consegui carrega-la sozinho, a carreguei até a casa de armas onde meu cavalo me esperava Coragem, estava com sela, limpo e escovado, com seu branco brilhando, estava calmo como se soubesse o que iria acontecer. Assim como seu pai só era dócil, diante de um combate, estava mais calmo porque a ocasião era uma guerra.

Coloquei a arca sobre Coragem, com a ajuda de Dunk amarramos e montei fiquei tão alto que o teto se aproximou, quase que acerto minha cabeça no teto, por sorte minha altura não foi suficiente.

— Vai lá garoto! De orgulho a quem deixa. Logo te encontrarei. Irei com seu pai e os soldados. — deu um tapa onde me alcançava e com isso parti.

Não fui a tiro, mas sai rápido com o portão do castelo baixo e muita gente entrando tive uma pequena dificuldade em passar, mas quando o caminho surgiu livre avancei. Com a cidade indo em macha para Zibelina as ruas estavam caóticas, quando fui rumo ao porto a presa o deixava mais tumultuado, os navios estavam sendo carregados e os de guerra estavam sendo preparados.

No fim do porto estava o navio de meu irmão o Mar de Prazer, um barco estreito, com o casco raso que o deixava veloz, uma mulher nua se agarrava a proa do barco, com ela tinha uma lula gigante enroscada. O barco estava ancorado e agitado a minha espera, meu irmão se pendurava a uma corda tentando me avistar de longe e conseguiu. Abril um sorriso enorme e balançou o braço, levantei a mão dizendo que tinha visto, fui de vagar com cuidado para não derrubar ninguém da passarela do porto, mas isso aconteceu. Um homem se virou deu um encontrão no cavalo e não suportou o impacto perdeu o equilíbrio e caiu, nem liguei, pois era um marinheiro e logo emergiu pegando o que estava boiando próximo dele.

— Olá irmão quanto tempo? Como está? — Zombou de mim como de costume.

— Estava melhor nas primeiras horas do dia. — tirei o elmo e o coloquei de baixo do braço, uma intendente apareceu e começou a desamarrar a arca e tentou pega-la, mas não conseguiu, com um braço ergui a arca até que outra chega para ajudar.

— Irão mulheres conosco?

— Sim. as que toparam a encrenca. Já tem espadas, as mais delicadas mandei para o bordel e acompanharam as meninas de lá para o castelo. Com o tempo e preste a surgir uma guerra homens apareceram e já completei a tripulação. Só estamos esperando você futuro Herdeiro.

— Não precisam esperar mais. Aqui estou, pronto para partir. — Declaro com o melhor sorriso que pude dar.

Desmonto de Coragem e o levo para dentro do barco o amarro em lugar seguro e lhe esfrego as costa converso com ele para acalma-lo e noto que ele é quem tentava me acalmar ouvindo pacientemente parado e calmo.

Fui para dentro do barco, meu irmão tinha tirado toda a decoração, fazendo o barco parecer um simples barco mercante abarrotado de mercadorias. Mas deduzi que aquilo era guarnição para soldados durante a batalha que seriam descarregados em Zibelina. Eram produtos típicos de fazendeiros de Canetra, arroz, trigo e mais cereais. Provavelmente meu pai esvazio os armazéns do porto, levando a carga para Castelo Craolina e como guarnição para soldados.

Com alguns solavancos nos livramos do porto, tivemos sorte e logo estávamos na rota de Zibelina com uma “penca” de outros navios, mas como meu irmão não era muito paciente içou as velas e fez Mar de Prazer, passar a frente de quem estava mais lento. O barco estava de certo modo cheio, mas o Mar de Prazer avançava veloz e rápido onde conseguia passar sem se chocar. Mas dois esbarrões convenceram meu irmão de velejar por fora do corredor de navios, os ventos ajudaram e passamos os primeiros navios que partiram. Sai para fora e olhei para Canetra que já estava longe, notei que o exercito de Canetra já estava fora da cidade na estrada de litoral, de fundo tinha uma chapada grande que era o ponto mais alto da ilha, se mostrava vermelha uma montanha velha que sofreu a força do tempo. Mas a sua frente tinha uma muralha cinza que dava a volta na ilha, Canetra tinha ficado do lado de fora mais Zibelina era um portão, logo para conquistarem os castelos de dentro da muralha teriam de derrubar Zibelina ou Majestade, do outro lado da ilha. A diferença entre Zibelina e Majestade era que Majestade se situava dentro da muralha com uma fortaleza portuária do lado de fora. Zibelina em sua maioria era toda externa, mas tinha uma pequena parte dentro das muralhas chamada Cidade fria, pois a sombra da muralha não permitia o toque do sol, a parte externa tinha uma muralha, mais essa era menor e tinha mais chance de cair do que a muralha da ilha.

Finalmente tínhamos perdido de vista atrás de nós Canetra, e agora a nossa frente surgia Zibelina, grande uma imensidão cinza de prédios que subiam a colina, mais alto que a cidade, colado a muralha estava o castelo de meu tio. A Fortaleza dos Iron, ela era o portão para o interior da ilha, estava lá com trinta torres alta e esguias se erguendo maior que a muralha da ilha. O local onde o castelo se situava era tão alto perante a cidade, que dava para ver sua muralha tripla. Os três muros, um cinco metros maior que o outro, todos como o castelo com uma coloração cinza que de longe parecia ser feita de metal. A esquerda, só que a distancia do castelo de meu tio, situava outro castelo esse era de Lorde Candro Ferreiro, uma construção maior que a de meu tio, mas não tão alto, era extenso no solo a maior construção da ilha, mas seu tamanho tinha um preço, de longe se notava que o castelo tinha perdido sua ala sul em deslizamento que só começava a comer a construção. Lorde Candro, quase sempre não ficava ali, pois sua terras em maioria estavam do lado de dentro da muralha da ilha, mas aquele pedaço onde seu castelo se erguia também pertencia a ele e seus antepassado construíram o castelo ali para usufruir do porto, mas a cidade envolveu o castelo e ele só ficava lá fora da época de colheita, porque era no inverno e o sustento vinha do mar.

A direita a beira mar compondo a muralha da cidade situava a fortaleza da Lide Claryai uma comerciante que comprou muitas terras no litoral na estrada de Canetra e dentro da muralha. Sua fortaleza era vermelha tinha trazido tijolos do interior da ilha, mas a estrutura da fortaleza era invejável, a maior parte da fortaleza ficava mar a dentro fazendo seus navios ignorarem o porto, sem falar que ela possuía a sua mão cinquenta navios que davam a volta no mundo e um exercito de mil homens e duzentos arqueiros na ilha a frente de Zibelina, uma ilha que ficava a trinta quilômetros de Zibelina, ela era a governante da ilha. Seus antepassados mudaram para Zibelina com o fim de explorar minerais na ilha maior. Os navios dela que não participariam da batalha, já tinham ou estavam sendo içados para dentro da fortaleza, de longe grandes bocas escuras com dentes na parte de cima engoliam navios inteiros que escorregavam em um trilho que tinha a forma de seu casco, isso acontecia por toda a muralha da cidade. Ao mesmo tempo navios de guerra eram preparados nas passarelas do porto que se estendia por toda a muralha da cidade os portões sul da muralha, exceto o da estrema esquerda davam todos para o porto que começava a cinquenta metros de distancia da muralha. Em ambos os lados tinham estruturas de pedra com pontes levadiças de madeira que conectavam cidade a porto, porto a cidade, no momento duas da direita tinham sido removidas completamente, fato que aconteceriam a todas.

A cidade foi se aproximando rápido, notei que meu tio já estava a nossa espera e avisei meu irmão que atracou na mesma passarela que nosso tio estava.

— Senhor, meu tio. — Gritei e virou-se o senhor Tulho Iron, para nós e abril um sorriso.

— Sobrinhos, como é bom vê-los, pena que é uma ocasião caótica. — disse ele com um belo sorriso de recepção.

Ele estava acompanhado de três soldados todos de alto cargo, mesmo a cidade com três castelos o senhor dela era meu tio. Eu e meu irmão nos permitimos descer do navio e cumprimenta-lo, mas tínhamos de sair antes que os outros navios chegassem.

Meu tio deu um abraço apertado em Malka e depois em mim. Notei que ele era muito parecido com meu pai e um ano de diferença dava a impressão de serem gêmeos, mas meu tio era o mais velho e o mais sentimental. Meu pai dizia que em batalha só passava a matar quando chegasse ao estremo que o exercito conseguia manter de prisioneiros, que era vinte e cinco por cento, considerado alto por qualquer um.

Se virou para mim.

— Não temos tempo. Seu pai mandou que lhe mostrasse seu presente de aniversário que ficou pronto antes da hora e só estava a espera do dia, mas agora será inaugurado em ocasião necessária. — começou a andar e falou — Siga-me.

Sem opção obedeci, andamos toda a passarela entramos em outra a direita e surgiu um navio todo cinza, grande, largo, alto e com aparência poderosa.

— É o seu presente menino. — disse isso apontando para o poderoso Vingança de Aço, o único navio que meu avô não conseguiu afundar, mas seu senhor o abandonou para defender suas terras de meu avó. Fora do navio na terra o senhor não teve chance, caiu e o navio meu avó levou, as histórias contavam que o barco foi posto no porto e esquecido.

— Estava aqui a muito tempo, seu pai mandou reforma-lo, durou cinco anos, mas terminamos, ele seria de Taumo, mas ele sempre ódio o balançar de um navio. Malka não quis esperar a reforma então é teu. — Diz meu tio dando um tapa na armadura — A tripulação tive de escolher espero que goste. — Deu um grito — Ehhh cambada, vem ver seu capitão!

Surgiu meus primos Tulho II, Danilo, Pedro e o jovem Guto, que tinha dez anos. Surgiu o filho de minha tia, a Senhora Cassandra, que morava com meu tio Tulho Adanto Batalha, também compunham a tripulação um navegador experiente o intendente Varló, já tinha jantado e reunido com meu pai em Canetra. Haviam outras pessoa que não conhecia.

— Esse é seu navio, e essa é sua tripulação. Como lutará em uma posição mais segura deixarei que leve meu filhos preciso protege-los, mas também precisam saber como funcionam a guerra. — diz meu tio com uma voz calma, e com toda a atenção em seus filhos.

— Me sinto lisonjeado com a confiança senhor meu tio. — digo com o maior respeito que pude passar e com uma gentileza grande.

— Eles precisam saber que é você que manda, tenha paciência e Guto pode desaparecer deixe-o no barco quando for para terra atraque o navio do outro lado da Ilha Lua e vá para proteger Safira.

— Sim senhor, meu tio — entrei ao navio e fui cumprimentado por todos.

Meus primos pararam em fila um do lado do outro, todos em uníssono falaram “senhor capitão”, todos eram mais jovens que eu. Meu tio demorou muito para casar com isso seu filho mais velho ainda tinha dezesseis anos, enquanto eu o mais novo de meu pai tenho vinte, depois de me cumprimentarem me abraçaram, gostavam de mim porque sempre nos divertíamos muito treinando a dominação da água, acabávamos mais molhados do que com mais experiência, o mais novo não largou de mim.

— Guto pode me soltar.

— Estava com saudade primo. — abaixo e o abraço, levanto e o solto ele cai em pé e em gargalhadas.

Me viro para Varló.

— Não poderia ter melhor guia.

— Obrigado senhor, é uma honra para mim ser seu intendente. — Estende a mão e o cumprimento.

Outros falam seus nomes ou apelidos, como: Furo, Aranha, Cadu, Tulho Proa, e outros. Precisarei de tempo para decorar o nome de todos.

— Senhor meu tio tenho de ir buscar minha bagagem.

— Não há necessidade meu sobrinho. — Ao lado dele os cavaleiros já estavam com toda a bagagem nos braços e subindo a rampa que dava acesso ao navio, e um trazia Coragem, sai da frente e os deixei entrar para minha cabine, fui com eles e encontrei uma cabine bem decorado a mobília era bem detalhada e pesada e tinha sido pintada de dourado, o navio era grande mais a tripulação daria conta de governa-lo bem.

— Irmão devia ter esperado esse ficar pronto. — declara Malka dentro da cabine.

— Ora! Perdeu por não esperar, agora o Vingança de Aço é meu!

— Isso mesmo. Esfrega o presente na cara de seu irmão. Já vou, temos de partir só vim lhe dar “boa sorte” e te abençoar para a guerra. — Me ajoelho e ele toca em minha cabeça, e faz uma oração em sussurros. Era um costume das Ilhas Rok os mais velhos abençoarem os mais novos. Depois ele me abraça e vai em bora.

...

Bem agora estávamos rumo ao a Ilha Lua. O barco era grande e poderoso, mas avançava rápido, era tão rápido que a frota que me acompanhava estava para trás enquanto o Vingança de Aço liderava. Nunca tinha comandado um navio antes, por esse motivo meu intendente era tão experiente e manteve a orquestra de comando do barco impecável, meus primos trabalhavam em equipe, mas brigavam toda hora, mesmo assim eram mais forte juntos do que separados, trabalhavam controlando as cordas das velas o mais velho os liderava. Ele tem mais experiência do que eu.

Os outros tinham suas funções, aranha estava na local acima da vela principal o ponto mais alto do navio observando, está com dificuldade o navio está muito rápido, desse jeito podemos passar por cima de um rochedo submarino que o pobre nem vai notar.

Os outros fechavam uma vela para diminuir a velocidade do navio, fechavam a segundo vela maior, mas o vento brigavam com eles.

A nossa frente depois de horas de navegação e eu tentando fazer planos de estratégia de batalha ouço o grito:

— Ilha Lua a frente! — O grito era de Varló, então me levantei e sai, de longe se erguia a Ilha Lua majestosamente cinza. Estávamos no lado leste dela o lado oposto a sua curva minguante.

A frota se localizaria no alto da montanha e atiraria com arcos e catapultas os barcos inimigos que se aproximasse da ilha. Parte da frota ficaria nos barcos e atacaria os navios que passassem pela ilha os pegando de surpresa. A intenção era afundar o máximo de navios o possível e proteger Safira de uma tentativa de conquista.

...

Duas horas depois já tínhamos nos atracado, mas a frota ainda se aproximava, começamos a subida. Avia degraus feito de tijolos, alguns se desfazia mais não era nada exagerado. A montanha não era muito alta devia ter no máximo sessenta metros de altura, mas era extensa se quisessem tomar Zibelina e Ilha Rochedo Velho, teriam de passar por Ilha Lua. A ilha era o escuto do lado oeste, era comprida e tinha uma quantidade grande de ilhotas que a envolvia, ilhotas que também tinham locais com catapultas para defesa assim como Ilha Lua. A frota que aproximava se dividiria pela Ilha Lua.

Já na chegada não tirei minha armadura e pelas mãos do comandante eu era um tolo por ficar com a armadura sem que o perigo estivesse próximo, mas desde a chegada sentia que algo iria acontecer e mantive a armadura o tempo todo, mesmo ouvindo cochichos a minha passagem.

...

Passou-se dois dias sem sinal de nada. Tinha impressão que algo estava errado, barracas haviam sido erguidas pelo nivelado na metade da montanha as catapultas estavam armadas e bem abastecidas alguns navios foram para ilhas menores pegar mantimentos e Safira se estendia lá em baixo espremida entre a praia a montanha que era íngreme com trinta metros de altura, o castelo de Safira tinha uma coloração azul curiosa, ficava envolvido pela cidade, tinha oito torres, uma muralha, um foço seco interno e seu porto agora estava vazio, as muralhas guarnecida de soldados e navios de guerra a frente prontos para proteger a cidade, os portões da cidade estavam fechado e só abriam um vez por dia para entrarem pescadores.

...

Passou-se mais três dias e nem uma notícia chegava das outras regiões. Como a norte onde Malka fora lutar, ou ao centro onde a frota poderia ter dado a volta as ilhas para atacar à leste, onde meu pai lutaria.

Então olhei para longe a praia de Ilha Lua era enorme e tinha oito cidades. Dava para ver outra a Ametista de certo modo era igual a Safira só que bem menor, meus olhos se acostumavam com a paisagem e já via outra cidade do outro lado da Baia Preciosa, uma cidade tão grande quanto Safira, a Esmeralda. Agora era fim de tarde e os portões de Safira se abriam para receber os pescadores.

...

Se passaram oito dias desde a nossa chegada e cada vez mais a desconfiança me apunhalava os pensamentos, meus sobrinhos passavam o dia inteiro jogando, os soldados do acampamento criticando minha cautela junto ao comandante e eu observava a baía, era tão grande e oito cidades a dividiam com perfeição em toda a ilha todas as cidade ficavam nessa praia todas para a grande baía.

Estamos sobre Safira, a esquerda da cidade se situava atrás de uma pedra grande na praia Rubi, mas ao longe se situava Diamante. A direita de Safira ficava as outras cinco cidades Ametista, Topázio, Citrino, Turmalina e Esmeralda, que ficava do outro lado da baía praticamente.

Para o começo de uma invasão está tudo muito calmo, Safira que ficava a nossa frente já tinha até escancarado os portões.

A noite caiu rápido e cada dia parecia cair mais rápido, já era um efeito da chegada do inverno. Com o cair da noite o silêncio invadiu toda ilha e minha visão estava tão acostumada que conseguia distinguir as oito cidades em suas luzes noturnas.

Algo me fez achar que essa noite seria decisiva, pois os oponentes teriam de cair ali antes para ter guarnição suficiente para tomar no mínimo as grandes cidades, e até agora só nos mantinham ali parados entediados, e de certo modo os sentia olhando para mim, ou pelo menos para ilha.

— Meninos coloquem suas armaduras. — disse para meus primos, como resposta me olharam confusos.

— Primo. — Diz Tulho II tentando me entender — Não há nada por que nos aramaríamos?

— Porque sinto que algo vai acontecer e de hoje não passa.

Eles obedecem, com um olhar curioso o comandante de nossa tropa se aproxima o Senhor Carlos Juran defensor das oito cidade, e pergunta.

— Leah o que pensa que está fazendo? — Sua arrogância foi colocada para fora junto do grito. Ele vestia uma armadura de metal leve e resistente, a armadura é enfeitada na parte da frente com as pedras preciosas símbolo das cidades formando um arco e na armadura detalhes marcados com um sulco em forma de lua que contornava as pedras, as cores de fundo eram cinza. Seus cabelos já perdiam o negro e ganhavam o cinza como maioria, seus olhos eram azul claro quase cinza, e para ele eu era uma afronta. Creio que é porque serei herdeiro e sou o caçula, mas para muitos isso não fazia diferença, mas para outros a experiência é que contava.

— Senhor, vou proteger meus sobrinhos como prometi para meu tio, sinto que algo vai acontecer hoje e não quero perder ninguém que trouce até aqui. — digo mostrando mais respeito do que meu superior na batalha.

— Ora! Depois de oito dias creio que eles estão se borrando de medo e decidirão voltar para casa, para o quentinho do sul. — Solta uma gargalhada zombeteira para mim, muitos o acompanham.

Em um relance para Guto, ele aponta para o mar me viro. O comandante continua a zombar de minha cautela.

— Acho que a muralha de Canetra o fez um homem medroso e não cauteloso. — dá outra gargalhada sonora que pareceu ecoar por toda a baía.

De longe uma luz brilhava sobre alto mar que agora se enchia de neblina.

Está mais longe que os navios de guerra de Safira.

Um brilho vem de baixo, crescendo da cidade. Noto que vem em meu rumo me jogo ao chão, mas o brilho continua a vir o comandante se aproxima de mim.

— Tá com medo do que seu borra bosta. — solta outra gargalhada zombeteira.

O brilho se aproxima e o acerta na testa seu cabelo pega fogo, ele tropeça em mim e cai barranco abaixo. Dessa vez ninguém vai acompanhar sua gargalhada.


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem!! E caso tenham ficado algum erro de escrita, peço que comentem e me digam. Infelizmente gramática não é meu forte...



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