Stay with me. escrita por StardustWink


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Eu não pude deixar de fazer uma oneshot para esses lindos. (;w;) Como o anime acabou ontem, achei que seria justo fazer uma fic :3 E, como eu já tinha essa ideia em mente há algum tempo...~

Eu espero que vocês gostem. (uvu) Nos vemos lá em baixo!



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“Minha irmã me contou que uma alma gêmea não é a pessoa que te faz mais feliz, mas sim aquela que te faz sentir mais, a que faz seu coração bater mais forte, a que pode te arrastar rindo do porão em que te trancou. Sempre foi você.”

– Sierra Demulder, Love, Forgive Me

O sol do início da tarde escapava para a sala pelas frestas das cortinas brancas da enfermaria, alguns raios de luz iluminando a garota sentada ao lado de uma das camas.

Chitoge suspirou, encarando mais uma vez o garoto dormindo profundamente ao seu lado. Tinha acontecido outra vez – Raku a salvara de quase ser atingida por uma bola de vôlei na aula de educação física e acabara desmaiando.

Ela tinha permanecido ao seu lado desde então, mesmo depois que todos os outros foram obrigados a voltar para a classe. Era sua culpa dele estar ali, e ela deveria ficar até ter certeza de que ele não ficaria com amnésia outra vez, a garota insistira para a enfermeira que, com um suspiro, acabara concordando.

A loira olhou para as próprias mãos, postas por cima de suas coxas. Não sabia como ele conseguia ser tão controverso em momentos como esse. Numa hora eles estavam lá, discutindo como sempre faziam, para no momento seguinte Raku se por na frente dela sem sequer hesitar.

–... Mas, você é sempre assim, não é? – Ela comentou para o vazio, sabendo que o garoto não podia ouvir. – Irritantemente altruísta, até para as garotas que você diz não suportar.

E, por mais que eu seja desonesta e não consiga dizer o que eu realmente sinto... A garota fechou os olhos.

– E-eu não te odeio de verdade... – Ele murmurara com o rosto vermelho, naquele fatídico dia da peça da escola.

Você ainda corre atrás de mim, sempre.

– Eu te amo, sabia. – A garota murmurou, baixinho.

Era engraçado - para quem morrera de vergonha de apenas imaginar dizer essas três palavras antes, elas escaparam de sua boca como se não fossem nada.

Ah... Será que um dia eu vou ter coragem para te dizer isso em voz alta?

– Kirisaki-san? Ele já acordou? – A loira pulou de sua cadeira, virando com o rosto corado para a enfermeira que estava parada em frente à porta.

– Ah... N-não... – Chitoge piscou, tentando controlar sua respiração. Há quanto tempo ela estava ali? Será que tinha ouvido?

A garota engoliu em seco, tentando se acalmar. Desviando o olhar para o garoto adormecido na cama ao seu lado – que virara para o outro lado enquanto ela não estava olhando – Chitoge levantou-se o mais silenciosamente possível, voltando-se para a mulher que a encarava.

– Eu acho melhor ir para a sala... Parece que ele não vai acordar tão cedo. – A loira comentou, despedindo-se rapidamente da enfermeira e saindo da enfermaria com passos rápidos.

– Eh... O que será que aconteceu? – A mulher encarou a porta por uns segundos, antes de se virar e arregalar os olhos. – Ah, Ichijou-kun!

O garoto estava sentado na cama, encarando o lençol branco.

– Então você acordou! Sua namorada estava aqui até pouco tempo, mas ela voltou para a sala... – A enfermeira piscou, notando que ele não movera de sua posição. – Está tudo bem? Sua cabeça ainda está doendo?

Raku não se moveu, olhos arregalados e rosto pincelado de vermelho. Tinha certeza de que não deveria ter ouvido aquilo, mas não conseguira dizer que estava acordado depois que ela começara a falar.

E tinha acabado por ouvir tudo... Até aquelas três palavrinhas infames.

Ela o quê?

xxx

Ele fora liberado alguns minutos depois de uma checagem; todavia, seus problemas estavam longe de ser o galo gigante de sua testa ou a enxaqueca que tinha por causa dele.

Sua mente resumia àquela confissão que ouvira por engano.

Chitoge... Gostava dele. Mais que isso, ela o amava. A garota que vivia pegando no seu pé, batendo nele, dizendo que o odiava...

Parecia impossível. Devia ser impossível, mas ela falara tão honestamente que não havia como achar que estava mentindo.

Ela o amava, e Raku não tinha a mínima ideia de como encará-la agora. Quase nenhuma garota gostara dele até o momento– pelo menos até onde ele sabia – e ainda mais ela, a gorila que era sua namorada falsa e que o tirava do sério frequentemente.

Por causa disso, o garoto mal pôde olhar no rosto dela quando voltou. Mesmo tentando fingir que nada havia acontecido, bastava Chitoge chamar por ele ou sequer olhar em sua direção que ele se lembrava do que ouvira, ficava vermelho que nem um tomate e inventava uma desculpa para sair dali de algum jeito.

Tinha sido assim por uma semana inteirinha, e Raku tinha certeza que Claude estava prestes a invadir seu quarto de noite e ameaçá-lo de morte.

– Argh... – O garoto murmurou enquanto andava, esfregando os olhos. Não conseguira dormir direito outra vez, tanto pela preocupação do bem estar da cidade inteira como a com ele mesmo. Tinha alguma coisa seriamente errada com ele nesses últimos dias...

– Ei, Raku!

Ah, de novo não. Ele engoliu em seco, virando-se para a loira que andava até ele com uma expressão um tanto emburrada.

– Por que você não foi me buscar hoje? – Chitoge tinha um rosto irritado, braços cruzados e um bico formado em seus lábios rosados. – Nós temos um relacionamento a manter, lembra?

Ela o direcionou um olhar significativo depois disso, o que o fez engolir em seco. Ok, Claude estava mesmo querendo matá-lo, nada demais.

– Ah, não, é que... – O garoto desviou o olhar dela, tentando procurar uma desculpa. – Eu fiquei até tarde ontem vendo Tv e acabei perdendo a hora...

– É por isso que você está com essas olheiras enormes? – A loira arqueou uma sobrancelha, bufando. – Você é meu namorado, broto de feijão, devia pelo menos tentar ficar apresentável para os outros.

Ora, sua... Ele estreitou os olhos. Por que você está falando isso do garoto que gosta?!

Ah, não, ele estava pensando naquilo outra vez. Ok, respira, finja estar com raiva e responda...

– N-não devia ser eu que deveria estar dizendo isso, gorila! – Ele rebateu, apontando em sua direção. – Você também está com olheiras enormes!

E-eh? – A garota piscou, corando em seguida. – B-bom, isso é por que...! Eu...

E, em um segundo, ela passara de furiosa para incrivelmente nervosa e com os olhos no chão. Sério, aquela garota podia ser um pouco menos estranha.

Se bem que, olhando por esse ângulo...

– Eu fiquei... Lendo... – Ela gaguejou, olhando para ele por trás de seus cílios grandes com aqueles olhos impossivelmente azuis. – E p-perdi a hora...

Ele tinha quase certeza que seu coração acabara de falhar uma batida.

– Mas isso não vem ao caso! Eu fiquei te esperando por meia hora e tive de correr até aqui para não chegar atrasada! – Ela exclamou, estendendo um dedo na direção de seu rosto com a mão um pouco trêmula. – Você até não foi no encontro de sábado! Sério, o que tem de errado com você, hein?!

Por trás da raiva de sua voz, ele pôde ouvir também frustração. Essa é a garota que te ama, sua mente o lembrou. Ela deve estar triste por ele estar a evitando desse jeito.

– Eu...

Raku engoliu em seco, comprimindo suas mãos suadas. Ele não conseguia achar uma desculpa, como também não conseguia entender porque seu coração estava batendo tão rápido.

O que essa garota está fazendo comigo?

– Ah, Ichijou-kun, Kirisaki-chan! Bom dia… - Uma terceira voz os interrompeu, e ele sentiu um alívio imenso ao perceber que era Onodera. – Err... Estou interrompendo alguma coisa?

– Não, claro que não! – Ele foi rápido para negar, coçando a cabeça. Com toda essa confusão na última semana, o mesmo quase nunca pensara nela, o que era estranho o suficiente ao pensar que aquela era a garota de quem ele gostava por no mínimo uns dois anos.

– Por que não vamos para a sala, hein? – Raku sorriu para as duas, empurrando Onodera levemente com uma das mãos na direção da porta. Ele se virou, sorrindo para a loira. – Vamos, Chitoge?

– Ah, ok...

Ufa, escapei por pouco! Ele comemorou internamente, alheio ao olhar de surpresa da garota que levava.

Sabia que não iria escapar disso para sempre, ainda mais quando ele teria de continuar a ser namorado falso da garota que o amava por mais um ano. Porém, enquanto era possível, ele preferia não pensar nisso.

Em seus devaneios, Raku não notou os olhos azuis sem brilho da garota que ficou parada o observando partir.

xxx

Ela parara de exigir explicações dele – mas, também, Raku percebera que havia algo de muito errado em como Chitoge estava agindo.

Era igual à maneira de antes, e ainda assim diferente, de um modo que ele não podia descrever. Por mais que Chitoge gritasse com ele, agisse como sempre com as garotas e tudo mais, ela não o procurava como antes. Pelo contrário – parecia encontrar chances para deixá-lo sozinho com Onodera na medida do possível ao invés de ficar ao seu lado como de costume.

E, quando era para ele estar chorando de alegria por causa disso, o garoto via-se extremamente confuso. O que acontecera? Ela tinha deixado de gostar dele?

...E porque ele sentia-se tão frustrado ao pensar nessa possibilidade?

Alguma coisa estava seriamente errada. Ele gostava de Onodera – a linda, graciosa, gentil e tímida Onodera. Descobrir que Chitoge gostava dele não mudara isso; porém, mesmo assim, Raku não sabia mais o que acontecia consigo mesmo quando estava perto de sua “namorada”.

Era sufocante, algo que ele nunca sentira antes na vida. E, enquanto pensar em Onodera o deixava com o rosto corado e um quente agradável por todo seu corpo, Chitoge o fazia alterar-se ao ponto dele não saber se queria gritar com ela até perder a voz ou a empurrar para a parede mais próxima e beijá-la até que ambos estivessem sem fôlego – e ele não tinha ideia de onde tinha surgido aquela vontade repentina.

Raku tinha de fazer alguma coisa ou ficaria maluco. Não podia acreditar que só de saber que sua namorada falsa o amava fosse o suficiente para ter esses sentimentos estranhos, mas tinha certeza de que não era ela quem ele amava de verdade, e sim Onodera.

Mas, qual seria o melhor jeito de se livrar de um falso amor?

Ele debatera isso por horas e horas, mas não conseguira encontrar uma resposta. Até agora, quando tinha acabado por ficar sozinho com a garota que gostava enquanto limpavam a sala, não conseguia parar de pensar nisso.

– Ichijou-kun... Está tudo bem com você?

O garoto levantou a cabeça, encarando Onodera enquanto ela olhava para ele um pouco mais à frente, enquanto limpava o quadro. Seu coração bateu mais rápido ao ver que ela estava preocupada com ele, e o garoto limpou a garganta, desviando os olhos dela.

– S-sim, estou bem. Só um pouco distraído.

– É por causa da Kirisaki-chan?

A pergunta o pegou de surpresa. Ele piscou para ela, e Onodera abriu um sorriso tímido.

– Vocês dois não parecem estar agindo normalmente esses dias. – A garota de cabelos castanhos comentou, tom de voz suave. – Vocês brigaram?

– Ah, bom... – Ele não sabia como se explicar. Não podia contar para Onodera que ouvira Chitoge dizer que o amava, mas também não queria mentir para ela. O que fazer...

– Ah, não precisa falar se não quiser! – A garota balançou os braços levemente, corando. – E-eu só estou um pouco preocupada... – Ela fitou o chão, murmurando em seguida. – Eu sei que você gosta dela, então...

– Eh? Não é nada disso! – Raku exclamou em resposta, dando um passo para frente e acidentalmente esbarrando numa mesa que fez a caixa de giz posta sobre ela cair. – Droga! – Ele xingou, abaixando-se para pegar os tubos de giz que agora jaziam quebrados no chão.

– D-deixa que eu ajudo! – Onodera abaixou-se para perto dele, começando a coletar os pedaços, até que suas mãos se encontraram. Os dois coraram absurdamente, e a garota estava prestes a puxar sua mão quando a mão maior dele a segurou.

– E-eh? ...Ichijou-kun? – Ela murmurou, fitando-o com olhos tímidos.

Raku continuou a encarando, vermelho, e engoliu em seco.

Sim... Talvez o único jeito de ter certeza era se...

– Onodera...

Ele finalmente agisse com seus verdadeiros sentimentos.

O garoto usou sua mão livre para tocar o rosto dela, enquanto sua outra permanecia a segurando. A distância entre eles – alguns poucos centímetros – foi diminuindo lentamente, e os olhos dela se arregalaram.

Depois, fecharam-se lentamente. Isso queria dizer que ela queria que ele a beijasse, certo? Então... Ele podia acreditar que seus sentimentos eram correspondidos, certo?

Seu coração começou a bater mais forte; ele fechou os olhos.

E parou, a milímetros dos lábios dela.

Não conseguia fazer isso. Não sabia como, mas não conseguia fazer isso. Por quê? Não era ela a garota por quem ele passara anos sonhando em segurar as mãos, levar em encontros, e beijar como deveria estar fazendo agora?

Então por quê? Se ele a amava tanto assim, por quê?

Eu te amo, sabia.

...Talvez...

– Desculpa. – Ele murmurou, encostando sua testa na dela e respirando fundo. – Eu não...

– Ichijou...kun... – A garota murmurou, abrindo seus olhos para encará-lo.

O som de uma vassoura caindo assustou os dois, e ambos se afastaram para olhar em direção à porta – onde Chitoge estava parada, com os olhos arregalados.

– D-desculpa, eu não quis interromper... – Ela abriu um sorriso – falso, ele conseguia ver isso de longe – e deu meia volta para sair da sala.

Ah, não. Ela tinha entendido errado, logo agora que ele-

– CHITOGE! – Raku levantou em um pulo, prestes a ir atrás dela, quando se lembrou da garota que deixara sentada no chão. Ele se virou, sentindo uma dor no peito ao vê-la com o olhar tão triste. Ele acabara machucando as duas garotas com quem se importava mais...

– Ichijou-kun... Vá. – Ela abriu um sorriso triste para ele. – Eu entendo, não precisa se preocupar comigo.

– Eu... – Ele começou, para depois trincar os dentes. Dirigindo seus olhos ao chão, o garoto virou-se para o lado oposto e começou a correr, prometendo a si mesmo que pediria desculpas para ela mais tarde.

Agora, no entanto, ele tinha de encontrar Chitoge e desfazer aquele mal entendido o mais rápido possível. Felizmente, ela não estava muito longe – tinha parado no corredor do primeiro andar, e mal teve o tempo de virar antes que ele a puxasse por uma das mãos.

– Espera, droga...! – Ele praguejou, mantendo-a presa com sua mão enquanto parava para respirar.

– O-o que você está fazendo aqui? – Ela perguntou com a voz trêmula. – Não devia estar com a Kosaki-chan?

– Não... Você entendeu errado, Chitoge.

– C-como assim? Vocês estavam prestes a se beijar lá! – A loira se afastou, livrando-se da mão dele. – Eu não sou idiota, Raku, não precisa mentir para mim!

– Eu não consegui beijar ela! – Ele exclamou em resposta, fechando os punhos.

– Como não? Você gosta dela, não gosta? – Ela rebateu, lágrimas marejando seus olhos. – Eu não sou tão idiota, eu sei disso! Eu não vou ficar com raiva se você ama outra pessoa-

– Chitoge, eu disse que não era isso-!

– Você não precisa se preocupar com o nosso relacionamento falso-!

– Chitoge, me escuta-!

– Nunca estivemos apaixonados de verdade, então-!

Ele a beijou.

Ao contrário do que sentiu com Onodera – a quentura confortável e borboletas no estômago, somado ao sentimento de que alguma coisa estava errada – ele sentia como se tivessem posto fogo em seu corpo e jogado tinta branca em seus pensamentos, o deixando com o desejo de continuar a beijando, trazê-la mais para perto...

Mas ele tinha coisas a explicar primeiro...

O garoto se afastou relutante, ainda respirando irregularmente, e encarou os olhos azuis cor do céu da garota que permanecia paralisada de choque em sua frente.

– Eu disse... Para você me escutar, droga. – Ele murmurou, mãos ainda postas sobre os ombros dela.

– Por que...? – Ela sussurrou, fitando-o atônita enquanto uma lágrima solitária ziguezagueava por sua bochecha. – Você... Você não me ama.

– Como você pode ter tanta certeza disso? – Raku levantou uma das mãos para enxugar a lágrima.

– M-mas, você... V-você não para de me evitar, e... – Ela engoliu em seco, - Sempre está indo atrás da Kosaki-chan, então... Eu achei que...

–... Desculpa. Eu fui injusto com você. – O garoto murmurou, sorrindo para ela. – Eu acabei ouvindo o que não devia, e...

–... Quê? – Chitoge piscou. – Como assim?

– Você lembra o dia em que eu desmaiei semana passada? Bom... – Ele abriu um sorriso sem graça. – Eu... Meio que acordei enquanto você estava falando, e...

A loira piscou uma, duas, três vezes. Ela deu um passo para trás – o que surpreendeu o garoto – e ficou de boca aberta, tentando futilmente falar alguma coisa enquanto seu rosto coloria-se de vermelho.

– Chitoge...?

– V-você... – Ela gaguejou, encarando-o com vergonha e raiva. – Você ouviu?!

– F-foi sem querer, sério!

– E é por isso que ficou me evitando? – A loira continuou, dessa vez mais alto, dando um passo para frente.

– B-bom...

– Eu pensei que você tinha começado a me odiar! Que tinha desistido de ser meu namorado falso e não sabia como dizer, que...! – Ela o fitou com ódio, apontando um dedo em sua direção. – Como você ousa me bisbilhotar assim?!

– M-mas, era para eu ouvir isso, não era? – Ele respondeu, franzindo a testa. – Você disse “eu te amo” para mim, não disse?

Chitoge piscou, ficando ainda mais vermelha.

– E-eu... – Ela encarou o chão. – Sim, mas...

– Então é isso. – Raku cruzou os braços, para suspirar em seguida. -... Droga, eu não vim aqui para brigar com você de novo. Podemos recomeçar?

– Faça o que quiser, oras. – A garota murmurou em resposta, o encarando.

– Ok. – Ele respirou fundo, dando um passo para frente. – Chitoge, eu não ia beijar a Onodera... Ok, eu ia, só que não consegui fazer isso. – Raku a encarou de frente. – Eu não consegui por que... Eu descobri que amo você.

– Você o quê...? – Ela arregalou os olhos.

– Eu te amo, idiota. Quantas vezes quer que eu repita? – Ele bufou, parando na frente dela com o rosto pincelado de vermelho.

Chitoge o encarou, antes de seus olhos marejarem de novo e ela lançar-se para frente de encontro a ele.

Seus lábios colidiram, e ele por pouco não caiu para trás com o impulso. Deslizando seu braço para segurá-la pela cintura, ele retribuiu o beijo enquanto sorria. Nunca imaginou que pensaria isso, mas nunca se sentira tão completo perto daquela gorila.

–... Ei, - ele murmurou, rosto vermelho e ainda um pouco ofegante. – Diz que me ama outra vez?

– Não teste sua sorte, broto de feijão. – Ela falou em resposta, encarando-o com um brilho divertido nos olhos antes que ele a puxasse para outro beijo.

Ele não precisava que ela falasse em voz alta; estava subentendido pelo sorriso largo que ela tinha nos lábios enquanto o beijava. Mas ele era assim, também; escondendo seus sentimentos por trás de insultos, e deixando-os escapar por suas ações.

Eles eram, mesmo, um casal de idiotas. Pelo menos agora não precisavam mais fingir ter um relacionamento – ter um de verdade era muito melhor que isso, afinal.

xxx

~OMAKE~

– Ok, pronta?

– Ah, e-espera, não tão rápido!

– Você quer saber ou não?

– Bom, sim, mas...

Encara.

– Chitoge... Você sabe que isso não vai mudar em nada, não é?

– Eu sei...

– Então pronto. Pode girar a chave.

– Tem certeza que está consertado dessa vez?

– Tenho! Vai logo, querida.

– E-eu disse para parar de me chamar assim, seu idiota!

– Eu paro se você girar a porcaria da chave.

– Eu disse que JÁ VOU-!

Click.

...

– Viu, eu te disse.

– ...Cala boca e vê logo o que tem dentro, broto de feijão.

End!


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Notas finais do capítulo

SIM, EU ACHO QUE A CHITOGE É A GAROTA PROMETIDA E NINGUÉM VAI ME CONVENCER DO CONTRÁRIO!!! (;w;) /se agarra ao capítulo 0 de nisekoi/ ok, ok, parei.

Eu acabei não envolvendo muitos personagens na fic, perdão gente. /gota/ Mas espero que vocês tenham gostado! Acho que esses dois seriam um casal de tsunderes idiotas, sério. Mas eu amo eles por isso ♥.

Enfim, muito obrigada por ler e até mais! Talvez eu ainda apareça de novo nessa categoria, hehehe~