After The Raindrops escrita por Lady Salvatore, CarolineForbesM


Capítulo 1
Capítulo Único - After The Raindrops


Notas iniciais do capítulo

Yey people! o/

Bem... se você, assim como eu, assistiu ao episódio 5x21 de TVD e se sentiu destruído, muito provavelmente vai entender o porquê dessa fic. Tefinho merecia mais, na minha modesta opinião.

Aliás, queria ter postado essa one ainda antes da season finale, mas foi lindamente trollada. kkkkk Enfim, espero que curtam! :)



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Foi assim, no virar de um segundo, que o mundo simplesmente desapareceu. Num instante, estava lutando para manter minha melhor amiga a salvo, e no momento seguinte, o som de seu grito desesperado atingiu meus ouvidos até simplesmente se perder na imensidão.

E então cheguei até Bonnie, a última pessoa que nos veria nesse plano. Ver a dor e o choque em seu olhar só fez o sentimento de vazio em meu íntimo aumentar. Não que eu estivesse arrependido de qualquer coisa, não é isso. Eu daria minha vida por cada pessoa que eu amo, infinitas vezes se me fosse possível. O que mais doía era saber que, daquele momento em diante, eu não poderia mais cuidar de nenhum deles.

Com um último suspiro, passei pela “âncora” que me levaria ao outro lado, o lugar escuro e aterrador que estava literalmente se desintegrando - e levando as almas que ali estavam diretamente para um abismo do qual não havia como escapar -, tentando de alguma maneira me preparar para o que viria a seguir.

Confesso que eu não esperava muito, apenas um mundo de sombras onde eu estaria fadado a vagar pela eternidade. Mas não foi nada disso que vi. Não havia escuridão, solidão, silêncio ou lamentos. Muito pelo contrário...

Ao abrir os olhos, me deparei com a luz do Sol batendo em meu rosto, junto de um sentimento de conforto e calor que já não experimentava há muito tempo, mas que mesmo assim, soava-me um tanto familiar. Havia risadas vindas de algum lugar não muito longe, e o cantar dos pássaros anunciava que estávamos no início de um novo dia.

Após alguns minutos apenas ouvindo o que se passava ao meu redor, enfim tive coragem para me mover. Aparentemente, havia acabado de acordar, pois me encontrava numa cama de casal aconchegante, num quarto bonito e acolhedor.

O som do chuveiro cessou naquele preciso momento, fazendo com que eu voltasse minha atenção para a porta à minha direita. Cerca de um minuto depois, a porta se abriu, deixando-me vislumbrar um anjo envolto numa toalha branca e aparentemente macia. Seus cabelos claros caiam em cachos pelas costas, e seus olhos de um azul apaixonante seguravam meu próprio olhar, mantendo-me preso a ela.

Não posso explicar como, mas sabia, naquele instante, que a amava. Tinha certeza de que ali estava a mulher para a qual eu me daria por inteiro, aquela que me completava e que faria de cada dia um dia mais bonito.

- Stefan... Está tudo bem? – ela questiona, sua voz de sinos me atingindo e me aquecendo instantaneamente, e uma ruga de preocupação se fazendo evidente em seu rosto delicado.

Sem nem mesmo pensar no que estava fazendo, me pus de pé num pulo, encurtando a distância entre nós e envolvendo-a em um abraço apertado, unindo meus lábios aos dela em seguida como se minha sobrevivência dependesse daquele contato. E devo confessar: realmente me senti em casa, como há muito tempo já não me sentia.

- É... – ela volta a falar, com um sorriso encantador – você parece bem, amor.

- Acho que “bem” é pouco para definir como me sinto – me pego dizendo enquanto acariciava seu rosto. – Estou ótimo, Alícia. Tão... vivo! – completo, erguendo-a do chão e rodopiando pelo quarto.

- O que houve com você, querido? Teve um sonho bom?

Sua pergunta me fez pensar por uns instantes. Na verdade, me sentia como se tivesse acabado de acordar de um longo e doloroso pesadelo, finalmente acordando para a realidade com a qual sempre sonhei.

Para colaborar ainda mais com minha impressão de que acabara de acordar para a vida, tudo que eu achava que havia vivido se dissipou em minha mente, dando lugar a novas recordações: os anos de colégio; a ida para a faculdade; o curso de direito; o dia em que esbarrei em Alícia nas escadas que levavam à biblioteca; o momento em que a garota mais linda do campus aceitou meu convite para jantar; a noite em que a pedi em casamento.

Seguido disso, pude ver o dia em que finalmente nos casamos, unindo-nos para a eternidade; o momento em que ela contou que esperava nosso primeiro filho, e o sorriso encantador que se seguiu; as noites que passamos juntos; o nascimento de nossa pequena Madge e, em menos de um ano, seus primeiros passinhos vacilantes. Mais alguns segundos e pude vislumbrar minha amada esposa dizendo que estava grávida novamente, e a maneira como comemoramos a novidade; a inauguração de meu próprio escritório de advocacia, e o caso que fez o nome e os serviços de Stefan Salvatore serem os mais cobiçados na região; o nascimento de Matthew e a pequena crise de ciúmes de nossa princesinha, que ficava a cada dia mais parecida com a mãe...

- Não, não foi nenhum sonho – respondo, por fim. – Nada do que eu pudesse imaginar poderia se comparar ao que vivemos e construímos juntos – completo, beijando-a novamente.

- E é por isso que eu amo você, Stef! Você faz dos nossos melhores sonhos a nossa realidade.

- Também amo você! Agora... acho melhor eu descer e preparar o café da manhã, ou Matt vai servir sucrilhos com suco de laranja outra vez.

- Encontro você lá embaixo em dois minutos – diz Alícia, me dando mais um beijo antes de voltar sua atenção para o closet.

Ainda de pijama, deixei o quarto e desci as escadas, encontrando meus dois filhos lindos pulando nos sofás da sala de estar enquanto assistiam Scooby-Doo na TV. No momento em que notaram minha presença, saltaram para o chão e correram ao meu encontro, fazendo com que caíssemos os três no chão.

- Bom dia papai – disse Madge, com seu sorriso faltando um dentinho.

- Oi princesa – respondo após beijar suas bochechas rosadas. – E bom dia pra você também, garotão! – completo, fazendo cócegas em meu filho mais novo.

- Bom dia, papai! O que vai ter pra comer? – minha versão em miniatura questiona, passando as mãozinhas pequenas pela barriga para enfatizar o quanto estava faminto.

- O que vocês acham de waffles e chocolate quente? – pergunto, vendo os dois pularem animados em meus braços em resposta. – Muito bem, vamos pra cozinha – completo, erguendo-me com ambos abraçados a mim.

***********

A tarde já caía preguiçosamente através da janela de meu escritório, e ainda era difícil acreditar que eu estava vivendo mesmo aquilo tudo, que eu realmente tinha a vida que sempre desejara. O que me ajudava a ter certeza de que tudo não passava de uma cruel peça de minha mente eram os porta-retratos espalhados por meu escritório, mostrando vários momentos inesquecíveis ao lado das pessoas que eu amava.

Despertei de meus devaneios – dos quais não havia nem ao menos tomado ciência – quando uma batida na porta ecoou por minha sala, me fazendo pular na cadeira. No segundo seguinte o sorriso de minha esposa iluminou o lugar, e logo Alícia estava sentada em meu colo, distribuindo beijos por meu rosto.

- A que devo a honra de tão ilustre visita? – questiono enquanto acariciava seu rosto.

- Não acredito que você esqueceu, Stefan! – ela responde com seriedade, cruzando os braços e fazendo um biquinho.

- Esqueci o quê? – e confesso, não tenho a mínima ideia do que foi que eu esqueci!

- Como pode? – ela continua, sem me explicar nada.

- Alícia, pode fazer o favor de me explicar o que está acontecendo?

- Nosso aniversário de casamento, um dos dias mais importantes de nossas vidas, e você simplesmente o deletou da sua memória! Você não existe... – diz ela, desvencilhando-se de meus braços e colocando-se de pé.

- Mas... Mas... Alícia!

Como eu poderia esquecer uma data tão importante? Tentei puxar por minha memória, tentando entender o que poderia ter se sobreposto ao nosso dia especial, mas nada me vinha em mente. Foi só então que me olhar recaiu sobre o pequeno calendário no canto da mesa...

- Amor, hoje não é nosso aniversário de casamento – digo calmamente, colocando-me de pé também.

E após essas palavras, a carinha zangada de minha esposa se desfez e um grande sorriso surgiu em seu rosto.

- Peguei você, mocinho! Deveria ter visto sua carinha de assustado, foi impagável – diz ela, envolvendo meu pescoço e unindo seus lábios aos meus.

- Você é terrível! E depois tem coragem de perguntar a quem Matthew puxou...

- Bobo! – Alícia responde, dando um tapa em meu ombro. – É claro que ele saiu a você... – continua ela, com um falso ar de superioridade. – Agora, pegue logo o paletó e a pasta, ok? Temos reserva para as seis e trinta, e não quero chegar atrasada. Megan vai ficar com as crianças, então teremos algumas horinhas só para nós.

- Isso me parece perfeito – me limito a responder, enlaçando a cintura de minha esposa e levando-a comigo para fora do escritório em seguida.

************

Já passavam das nove da noite quando Alícia e eu enfim entramos correndo em nossa casa, tentando fugir da chuva que caía. Mas devo confessar que ver minha esposa parcialmente molhada ao meu lado e com um largo sorriso no rosto, foi uma das visões mais incríveis com a qual tive a honra de ser agraciado.

Megan, a mocinha que vez ou outra cuidava das crianças para nós, já dormia em um dos sofás, e enquanto Alícia se aproximava para acordá-la e acompanhá-la até sua casa - que ficava ao lado da nossa -, me dirigi às escadas para dar uma espiadinha em meus filhos.

Parei à porta do quarto, tentando não acordá-los. Madge parecia uma princesinha, dormindo encolhidinha sob os cobertores em tons de rosa e lilás. Estava abraçada à sua boneca de pano preferida, a Pepita. Matthew, por outro lado, estava parecendo a preguiça Sid, do filme Era do Gelo. Estava deitado com os pés voltados para a cabeceira da cama, enrolado em um ninho de cobertores com Freddy, seu dinossauro de pelúcia. Não tive como conter um sorriso de orgulho ao vê-los assim, tão serenos. Se o tempo parasse aqui e agora, me mantendo preso a esse momento pela eternidade, eu não ficaria nem um pouco chateado.

Alguns minutos depois – não sei precisar quantos, pois perdi a noção do tempo – senti os braços de minha esposa circundando minha cintura.

- Eles são perfeitos, não são? – sussurra Alícia, abraçada a mim. – Não quero me gabar, mas fizemos um ótimo trabalho!

- Sim, fizemos mesmo – respondo ao me voltar para ela, beijando seu rosto em seguida. – Agora venha, precisamos nos livrar dessas roupas úmidas – completo, murmurando em seu ouvido.

*********

Deixei o banheiro arrepiando os cabelos ainda úmidos após o banho, e não pude deixar de parar por alguns instantes à janela do quarto. Não queria admitir, mas estava com receio de ver o dia terminar...

- Stefan? – chama Alícia, parando ao meu lado. – Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Está tão quietinho.

- Não, é só... – respirei fundo uma vez, tentando encontrar as palavras certas – Não sei explicar, amor. Tenho receio de deitar na cama, fechar meus olhos e, ao acordar, descobrir que tudo isso não passou de uma ilusão. Não tenho certeza de ser capaz de suportar a dor de não tê-los em minha vida...

- Hey, olhe pra mim – ela pede carinhosamente, fazendo com que olhasse diretamente em seus olhos. – Quando essa chuva passar e o Sol nascer outra vez, estarei aqui por você Stefan! Nós três estaremos aqui. E seja o que for que está te incomodando, daremos um jeito de contornar isso, ok? – completa, me beijando delicadamente.

- Eu amo você, e se não houver outra chance de te dizer isso, quero que...

- Eu também te amo – Alícia sussurra, após me calar com um beijo – Agora venha, vamos deitar, amor.

E o que eu poderia dizer depois de um pedido desse? Nada, apenas acompanhá-la, e foi exatamente isso que fiz. Deitei ao lado de minha esposa e a aninhei em meus braços, agarrando-me à esperança de acordar e ver a luz do Sol outra vez, ao lado da família que eu sempre sonhara em ter...


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Notas finais do capítulo

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xoxo



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