A Lenda dos Imortais: A libertação dos Selos escrita por O Contador de Lendas


Capítulo 5
A Grande Montanha


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente demorei muito tempo para postar esse capítulo, peço até desculpas. Mas, voltando a história, espero que gostem desse capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505798/chapter/5

A companhia de Dragnvikt agora parte em direção ao leste, seu objetivo é a capital do Reino Murghor, Malen. Existem dois possíveis caminho, o primeiro é contornar as grandes montanhas que formam uma espécie de muralha para o Reino Murghor, é um caminho longo, mesmo sendo á cavalo demoraria dias. O outro caminho é subindo A Grande Montanha De Malen, a montanha que os azonianos de Ghunter usavam para transportar mercadorias para o reino Murghor de Malen, e vende-las, e apesar de ser o caminho mais curto, esse caminho teria que ser feito a pé, pois os cavalos seriam uma ótima refeição para os monstros viventes da montanha.

Os cavalos estão cavalgando a todo velocidade, graças ao efeito da fruta melion, mas, assim que o efeito cessa os mesmos passam a cavalgar lentamente. Agora que os cavalos diminuíram a velocidade, Feleps aproveita que está do lado de Dragnvikt e lhe pergunta:

— Vamos atravessar a grande montanha, não... quer dizer, escalar? Ou pretende contornar a muralha de montanhas?

— Você, mais do que ninguém sabe o que vive sobre a montanha. – Respondeu Dragnvikt em um tom frio, sem olhar para Feleps.

— Sim... Gigantes de pedras, bandos de gobargs, e alguns outros monstros feios... – O velho mago ao citar o nome de cada criatura, se lembrava da mesma. Lembrava-se de tudo sobre tal monstro ou criatura, onde vivia, o que fazia entre outras coisas. – Mas, contornar a montanha levaria tempo, e não podemos perder tempo.

— Sim, eu sei... E, quanto aos cavalos?

— Podemos... bom... podemos deixar eles partirem sem peso algum, e alimenta-los com melion, assim eles nos encontrariam do outro lado. – Sugeriu Feleps.

— Assim eles correriam mais rápido do que nunca e até mesmo poderiam chegar ao outro lado da montanha antes de nós. – Assentiu Dragnvikt, entendendo o plano de Feleps. – Esses cavalos são mais confiáveis que grande parte de minha criações conscientes...

— Sim! Sim! E, além disso, gigantes de pedras seriam um ótimo jeito de ver como estão nossos escolhidos! – Acrescentou Feleps, empolgado e socando o ar como se tivesse lembrado de uma antiga batalha sua.

— Eu não vou lutar com gigantes de pedras! – Gritou Jollin ao ouvir Feleps.

— Você não é um escolhido! Seu gobarg deformado, estupido e idiota! – Retrucou Feleps gaguejando um pouco, e arrancando gargalhadas de cada membro da companhia, exceto de Dragnvikt. – Não devia se intrometer onde não é chamado!

— Escória... – Sussurrou Lursty para si mesmo logo atrás de Dragnvikt. – Sempre fazendo idiotices...

— Os cavalos vão contornar a muralha de montanhas, e nós iremos escalar A Grande Montanha. – Decidiu Dragnvikt. –É a nossa melhor escolha a fazer.

— O que? Ãh, pra que? Ah, sim... Vamos contornar... Quer dizer, escalar A Grande Montanha. – Feleps tem sérios problemas na mente por estar sobrecarregado de conhecimentos, por isso normalmente fica confuso. – Meu excesso de inteligência me deixa confuso.

A companhia cavalgou durante um tempo até finalmente chegar A Grande Montanha. O nome que deram a montanha estava errado, pois a mesma não era grande, era enorme. Não era possível ver seu topo, pois nuvens a cobriam, se não fosse pelos pinheiros que a embelezam, aquela seria uma montanha assustadora.

— Como vamos escala-la? É impossível, está repleta de pinheiros, e mais a cima a montanha fica estranhamente inclinada. – Resmungou Jarik ao perceber que não havia como escalar a montanha.

— Vamos usar a trilha que os azonianos usam para transportar mercadorias.

— E, onde está a tal trilha dos azonianos? – Perguntou Jarik para Feleps, enquanto o encarava em busca de uma resposta.

— E eu vou saber? Não fui eu que a fiz! – Respondeu Feleps com arrogância, fazendo um gesto com a mão. – Pergunte a Bastosk, ele é um azoniano!

— E por causa disso você acha que eu sei todos os caminhos e trilhas feitas pelos azonianos? – Reclamou Bastosk, claramente com raiva em seu tom e na expressão em seu rosto. – Eu só sei por que já estive aqui, mas nunca ousei subir a montanha!

Então Bastosk cavalgou até a frente da companhia, e apontou na direção onde possivelmente estava à entrada da trilha azoniana. A companhia cavalgou mais um pouco até que avistaram duas enormes colunas avermelhadas, elas sustentavam um arco dourado com uma escritura azoniana. Bastosk se aproximou e tentou decifra-las:

— Hmm... – Ele analisou os símbolos por um tempo, e disse: - Ali diz, “Suba a montanha, e tente desce-la”, isso significa que todo ser que ousar subir a montanha, provavelmente não irá descer, pois vai morrer.

— Isso está óbvio azoniano... – Disse Lursty em um tom de desprezo.

— Então, os cavalos vão contornar a montanha e nós a escalaremos? – Perguntou Strugger, olhando para Dragnvikt.

— Sim, tirem todo o peso que os cavalos carregam e lhes dê a ordem de contornar a montanha e nos encontrar do outro lado. – Ordenou Dragnvikt, parecendo tranquilo com a situação ao contrario dos outros. – Eles vão ter o dobro de velocidade sem peso, e a fruta melion lhes daria força para seguir em frente sem parar para descanso. E, além disso, Korens adoram carne de cavalo, não podemos perdê-los.

— Pensei que eles comiam pedra. – Zombou Bour, enquanto tirava o peso de seu corcel negro.

— Eles não comem pedras... – Contou Dragnvikt, desprezando Bour, enquanto descia de seu cavalo e andava em direção ao arco. – Os azonianos os chamam de gigantes de pedra, pois seu exoesqueleto é tão duro quanto é parecido com uma pedra comum... E o nome que eu dei a esses monstros é Koren. Seu único ponto fraco, os olhos.

— Então, teremos que perfurar os olhos dessas coisas... Só isso? – Comentou Jollin, observando a montanha com temor. – Não sei por que você criou essas coisas...

— Sim, você vai ter que simplesmente perfurar os olhos dos korens para sobreviver à montanha. – Disse Celesthia, ao se ajuntar a Dragnvikt na entrada da trilha. – E Dragnvikt não criou os korens, eles são descendentes dos skrinkes, tolo...

— Tirem o peso dos cavalos, não podemos perder tempo. – Ordenou Dragnvikt novamente, apressando sua companhia.

— E como você sabe que eles vão estar do outro lado da montanha? – Perguntou Jollin caminhando até Dragnvikt.

— Os cavalos são um dos seres mais poderosos existentes, eles possuem um poder oculto, e minha confiança neles é tão grande quanto a minha confiança nos utherions.

— Mas... – Jollin é interrompido por um rugido monstruoso vindo da montanha. – O... O... Que foi isso?!

— Korens, ou gigante de pedra pra você... – Falou Lursty com um sorriso sarcástico, e logo em seguida atravessou o arco. – Vamos Celesthia, nunca vi um Koren!

Celesthia acompanhou Lursty, com seu arco em mãos, preparada para qualquer desafio. Jollin estava espantado com o rugido do monstro, e se espantou mais ainda quando sua irmã colocou a mão em seu ombro, e lhe disse:

— É apenas mais um monstro, Jollin... Mas, se eu fosse você não seria o último da fila... – Ela abaixa o tom de voz, e sussurra para seu irmão. – Reza a lenda que os últimos da fila são os que morrem da pior maneira ou é amaldiçoado pela morte... Bom, você morreria de qualquer maneira...

Feleps tira os pesos dos cavalos com a ajuda de Nim, Clatos e Bour, e ordena os dois truks a carregarem todo suprimento, por serem fortes e resistentes. A Grande Montanha é fria, a neblina cega os viajantes e os deixa como alvos fáceis para qualquer inimigo, nem mesmos tochas são capazes de iluminar o caminho, mas, apesar da neblina é possível ver os altos pinheiros negros e sombrios.

Os degraus de pedras estão molhados e escorregadios, deixando a subida mais complicada ainda. Conforme a companhia sobe a montanha, o vento fica mais forte e frio, os rugidos dos monstros da montanha parecem estar cada vez mais perto, o que deixa Jollin com mais medo ainda, e Nim o assusta ainda mais lhe dizendo:

— Não se preocupe, gigantes de pedra são nada comparados aos terríveis monstros que vivem no interior da montanha...

— Acho que seria melhor se tivéssemos dado a volta... Seria mais seguro... – Falou Jollin gaguejando.

— Jollin, esse é o caminho mais curto para salvação de nossa terra. – Disse Mellin de maneira tranquilizadora para seu irmão. – Eles serão um ótimo treino...

— Gigantes de pedras, ou korens, tanto faz... O que eu ia falar mesmo... Ah! – Como sempre, Feleps gaguejava e se confundia com as próprias palavras. – Eles são como uma formiga para cada uma das dez bestas. E, pelo o que eu lembro... você veio junto para proteger sua irmã, se você não é capaz de lutar contra um koren, você não é capaz de proteger sua irmã! E quando sua irmã precisar de você para derrotar Drevon, você não terá coragem, falhará e sua irmã morrerá com o resto do mundo.

— Ele está certo Jollin, mesmo que ele tenha exagerado um pouco... – Falou Nim, concordando com Feleps. – Agora não é hora para temer gigantes de pedras, você deve ser forte e não temer nada, pelo bem da sua irmã e o resto da companhia.

As palavras dos companheiros de Jollin, o encorajaram e deram um bom motivo para ele não fraquejar quando chegasse a hora. “Pois se eu não sou capaz de proteger minha irmã, não sou capaz de nada”, pensou Jollin.

Agora o caminho ficou menos complicado, pois o caminho se expandiu e estão em uma área da montanha onde poderiam montar um acampamento sem problemas, se não fosse pelo bando de gobargs e os quatros Scross que guardavam a passagem. Assim que Dragnvikt percebe a presença dos monstros, faz um sinal para a companhia parar.

— O que foi Dragnvikt? – Perguntou Strugger em forma de sussurro para o Taurientron. – Viu alguma coisa?

— Sim. Um bando de gobargs e quatro scross guardam a passagem. – Respondeu Dragnvikt para o caçador. – E, também dois korens. Perfeito.

— Perfeito? – Resmungou Bour, espantado. – Por que um bando de gobargs e scross seria perfeito?

— Perfeito para vocês. – Respondeu Dragnvikt. – Eles são nada perto dos dez, provem seu valor e os derrotem.

— Caçamos monstros há mais de vinte anos, não há nada a temer! – Jarik parecia o mais encorajado, pois foi o primeiro a desembainhar. – Vamos meus irmãos, é apenas mais uma caçada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo, ficou curto mas o proxímo vai ser postado o quanto antes. Obrigado por lerem até aqui o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Lenda dos Imortais: A libertação dos Selos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.