Forgotten Faces (jake&nessie) escrita por R-Cullen


Capítulo 12
Laço Quebrado




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Capítulo 11 - Laço Quebrado

Quando vi Jake a correr na minha direcção, fúria e ódio estampados na sua cara, todas as esperanças que tinha de que ele ainda me podia amar desapareceram. Fiquei desesperada, o medo apossou-se do meu corpo com uma rapidez estrondosa, como se fosse algum tipo de veneno que entra na corrente sanguínea e mata em questão de segundos.

No entanto, estava preparada. Por alguma razão sórdida, estava pronta a deixá-lo matar-me: talvez até fosse melhor assim, já que não o podia ter novamente. Sabia que não o ia atacar, nem me tentar defender.
E então, não sei se foi devido à descarga de adrenalina, ou ao medo ou apenas ao facto de eu ter desistido de lutar, a minha mente ficou vazia, e fui atingida por uma tranquilidade e paz que já não sentia há muito tempo.
Não vi toda a minha vida a passar à frente dos meus olhos, como os humanos costumam descrever o acto de morrer. Vi apenas uma cena, vi apenas uma pessoa e ouvi apenas uma voz: o meu Jacob chamava por mim e sorria; ia-se aproximando de mim, e cada vez mais o som da sua voz se tornava claro e audível. Renesmee, ele repetia uma e outra vez. Nessie! Ele chamava por mim, estava tão perto que eu podia tocar-lhe se esticasse o braço. Conseguia examinar todos os traços do seu rosto, perfeito aos meus olhos. Ness. Olhei para os seus lábios enquanto ele dizia o meu nome, e senti arrepios por todo o meu corpo, eu adorava a maneira como o meu nome soava dito por ele. Nessie, por favor! Por favor? Por fazer o que, Jacob? Jake, Quis dizer, mas nenhum som saiu da minha boca. Renesmee, acorda. Mas eu não queria, não queria voltar à realidade. Sabia que lá não teria o meu Jacob a sorrir para mim. Viste o que é que fizeste, Sam? Eu juro que se ela… Aquela voz… eu conhecia aquela voz…
Fui levada novamente para a realidade como se estivesse dentro de água e de repente viesse à superfície respirar. A minha respiração estava acelerada e eu estava ligeiramente desnorteada.
            - Renesmee, estás bem?
            - Embry – Murmurei, ainda me sentia um pouco fraca – Onde estou?
Senti movimento à minha volta, e várias vozes a murmurar ao mesmo tempo. No entanto, não conseguia ouvir o que diziam.
            - Na casa da Sue – Respondeu-me, sentando-se ao pé de mim na cama – Estás no quarto da Leah.
            - Ahh – Disse, tentando-me levantar, mas sendo impedida pelo seu braço quente e forte no meu ombro.
            – Descansa, Nessie. Bateste com a cabeça com força quando caíste. – Ao mesmo tempo que o meu cérebro processava as palavras dele, as minhas mãos deslocaram-me instintivamente para o meu ventre, ainda liso, como se quisessem ter a certeza de que o meu bebé ainda ali estava. No entanto, disfarcei a minha atitude, afinal ainda ninguém, para além da minha família, sabia da minha gravidez, e eu não sabia o quão seguro era contar a outras pessoas neste momento. Não que não confiasse nos lobos, mas sabia que, enquanto Sam fosse o alfa, podia fazer o que bem entendesse para destruir o meu bebé, e isso eu não ia deixar.
            - Há quanto tempo estou aqui? – Perguntei, olhando em redor. No quarto estavam apenas Embry, Leah, Seth e Alice. – Alice, o que é que…
            - Apenas há algumas horas, Nessie – Respondeu a minha tia – Trouxemos-te para aqui para não arranjar confusões com o teu pai. Se ele soubesse o que é que o Sam fez ainda fazia algum disparate e, bem, não ia dar lá muito bom resultado. – Do que é que ela estava a falar? Se o Jacob me atacou, porque é que eles me trouxeram para La Push? Espera lá, se o Jacob me atacou, porque é que eu não tenho dores?
            - Ele não te atacou, Nessie. – Disse Leah, provavelmente lendo a expressão da minha cara. – Ele resistiu. – Ela sorriu, como se estivesse emocionada com alguma coisa.
            - Resistiu? – Perguntei. Sentia-me feliz por o meu Jacob não me ter magoado, mas sentia que me estava a escapar qualquer coisa.
            - Foi uma ordem do Sam – Disse Embry – Ele andou a pôr coisas na cabeça do Jake, disse que tu tinhas morto a Bella e outras coisas. – Os meus olhos esbugalharam-se, e senti um ódio esmagador por Sam – Disse-lhe que por muito que ele gostasse de ti, que te tinha de atacar porque eras uma ameaça para o nosso povo. – Embry revirou os olhos, como se achasse que aquilo que o Sam dissera fosse um disparate. E era, de facto, porque eu nunca magoaria ninguém, muito menos alguém de La Push. – E por um momento pensei que ele o ia fazer, nunca vi o Jacob tão zangado. Mas ele resistiu, tal como da outra vez, ele não obedeceu ao Sam. E, bem, agora é um alfa outra vez.
            - Então – Estava a ter certas dificuldades a assimilar toda aquela informação, mas havia algo que tinha captado a minha atenção: por muito que ele gostasse de ti. Era possível que o meu Jacob ainda me amasse? –, agora tudo voltou a ser como antes? Há duas alcateias de novo?
            - Mais ou menos – Disse Seth – O Jacob saiu da alcateia. Não que fosse isso que ele quisesse, mas ao desobedecer às ordens do Sam, tornou-se alfa. E como sabemos ele é, de facto, o legítimo alfa. Então acho que sim, podemos dizer que há novamente dois grupos. No entanto, ainda nenhum de nós saiu da alcateia do Sam.
            - Porque? – Perguntei imediatamente – Vocês não podem deixar o Jake sozinho! Ele não se lembra de nada, ele precisa da vossa ajuda!
            - Calma Nessie, achas que íamos abandonar o Jacob? – Ripostou Seth, apesar de não parecer zangado – Apenas achamos que ele precisa de pensar e reflectir sobre o que aconteceu antes de ter de assumir responsabilidades sobre nós. – Bem, ele tinha uma certa razão…
            - Tens razão, desculpa Seth – Disse, envergonhada pelo meu comportamento.
            - Ora, Nessie, não te preocupes com isso. – Garantiu-me.
            - Mas então, onde está ele agora? – Perguntei, curiosa, mas ninguém respondeu.
            - Não sabemos. – Disse Leah após alguns minutos de silêncio. Ao ver que eu abria a boca para falar, apressou-se a acrescentar – Ele anda por aí, não muito longe. Mas ele precisa de tempo e de espaço, Nessie. Deixa que ele há-de voltar. – Eu sabia que ela tinha razão, que ele precisava que estar sozinho, mas não podia deixar de sentir que ele precisava de mim e que eu devia estar com ele, que era o meu papel.
            Ficámos algum tempo em silêncio, até que Alice falou:
            - Nessie, achas que já te sentes bem o suficiente para irmos para casa?
            - Err… Sim. Acho que sim. – Já me sentia melhor, mas não queria ir para casa. Queria ficar aqui.
            - Alice, não achas melhor ela ficar aqui por esta noite? – Perguntou Leah, preocupada – Amanhã eu mesma a levo a casa.
            - Acho melhor não, Leah – Respondeu Alice – O Edward não vai gostar muito de saber o que aconteceu e se ela ficar aqui é mais uma desculpa para ele vir cá e sabes que ele pode não se controlar desta vez.
            - A Alice tem razão – Disse Seth – Mas liguem-nos quando chegarem para avisar que está tudo bem.
Levantei-me, com a ajuda de Embry, e saímos todos do quarto. Na sala encontravam-se Sue, Billy, o avô do Quil e o próprio Quil, todos com expressões sérias e carrancudas.
            - Obrigada Sue, por me acolher aqui. – Disse timidamente.
            - De nada, querida. – Disse com o seu tom maternal – Já te sentes melhor?
            - Sim. – Respondi. – Vou agora para casa.
            - Então boa noite querida, se precisares de alguma coisa telefona.
Agradeci-lhe, cumprimentei toda a gente e saí, sendo seguida por Alice.
Fomos o caminho todo em silêncio. O ar frio da noite sabia-me bem, e acalmava-me.
            - O que aconteceu, Alice? – Perguntei após algum tempo. Ela inspirou fundo e disse:
            - O Sam anda a passar das marcas, Ness, é o que é – Não me lembrava de ter visto a minha tia não zangada – Onde já se viu, mandar o Jacob atacar-te! Eu queria só ver se alguém tocasse num fiozinho de cabelo daquela Emily dele, queria ver a birra que ele não ia fazer! Como é que ele foi capaz? – Eu ouvia a explosão dela calada, pensando em tudo. Havia uma voz no fundo da minha cabeça que dizia: mas ele resistiu, ele não te magoou.
            - Oh Alice, mas porque é que o Sam me anda a fazer isto? – Disse, a voz a falhar-me com a angústia e a frustração – O que é que eu lhe fiz?
            - Eu não sei, Ness – Disse Alice – O teu pai não fala nada sobre esse assunto, nem sei se ele conseguiu tirar alguma coisa do Sam.
 
Chegámos a casa. Ainda não tínhamos entrado pela porta principal já o meu pai se encontrava junto a nós, com uma cara de poucos amigos.
            - Edward, calma. – Avisou Alice, vendo algo que eu não conseguia ver.
Rapidamente, todos os membros da nossa família se juntaram a nós, todos sem entender o motivo que levava o meu pai a agir de maneira tão estranha aos seus olhos.
            - O que se passou, Edward? – Perguntou a minha mãe, chegando perto dele e abraçando-o pela cintura.
O meu pai demorou algum tempo a responder-lhe. Olhava-me com os olhos semicerrados, como se tentasse decifrar alguma coisa.
Senti Alice agarrar-me o braço e arrastar-me em direcção à sala de estar, e todos os outros nos seguiam em silêncio.
Sentámo-nos, e o meu pai veio imediatamente para a minha frente.
            - Edward? – Insistiu a minha mãe.
            - O Sam mandou o Jacob atacar a Renesmee. – Respondeu o meu pai, não desviando o olhar de mim. Baixei a cabeça, envergonhada e triste.
Todos tiveram a mesma reacção, sustendo a respiração e ficando com os olhos esbugalhados.
            - O quê? – Exclamou a minha mãe, não acreditando no que ouvia – Não acredito!
            - É verdade, Bella. – Assegurou o meu pai. Eu mantinha-me calada e olhava para as minhas mãos, mas sabia que Alice deveria estar a informar o meu pai de todos os pormenores.
            - Ele atacou-te, Nessie? – Perguntou Rosalie, vindo-se sentar ao meu lado no sofá.
            - Não – Respondi. Um sorriso involuntário surgiu-me no rosto enquanto as palavras de Leah invadiam a minha mente: “ele resistiu”.
Ouvi-os suspirarem, aliviados.
            - Então, o que aconteceu? – Perguntou Jasper
            - Eu… não sei muito bem. – Respondi, envergonhada de novo.
            - Alice? – Insistiu Carlisle
            - Bem, nos estávamos a caçar, como tu sabes Carlisle, e de repente eu senti o cheiro dos lobos a aproximar-se rapidamente. – Alice começou a relatar o que tinha acontecido, e enquanto ela o fazia, eu via os flashes regressarem à minha mente e era como se estivesse lá novamente – Eram o Jacob, Embry, Quil e Sam. Fiquei apreensiva, por tudo o que estava a acontecer com os lobos. Então fui ter com Renesmee e fiquei junto dela. – Voltei a baixar a cabeça, não me queria lembrar do que quase havia acontecido hoje – O Jacob vinha à frente, pronto para atacar, mas então aconteceu algo estranho, ele parecia que tinha voltado ao normal, apenas por ter olhado para a Nessie. – Senti as bochechas queimarem e voltei a sorrir timidamente para as minhas mãos – Mas depois voltou novamente a ficar agressivo e ia atacar a Nessie. – Até aqui eu sabia o que tinha acontecido. Mas a partir do momento em que pensei que o meu Jacob me ia atacar, não vi mais nada. Estava curiosa para saber o que tinha acontecido. – Nem deu tempo para eu me pôr à frente dela, a Nessie desmaiou e o Jacob parou de correr a centímetros de distância dela.
            - E depois, Alice? – Perguntou a minha mãe, curiosa.
            - Depois ele pareceu-me preocupado, mas estava confuso, eu acho. – Disse Alice – Claro que naquela altura eu não sabia que tinha sido tudo uma ordem do Sam. Tentei afastá-lo da Nessie, mas ele não saia de ao pé dela. Depois rosnou ao Sam e foi embora. – O meu pai rosnou, e a minha mãe apertou-o fortemente contra ela para o acalmar – Então depois o Quil e o Embry transformaram-se e decidimos que seria melhor levá-la para a casa da Sue para não haver problemas e para ela descansar. Quando a Nessie acordou, viemos para casa.
Alice continuou a contar tudo o que tinha acontecido nas últimas horas, e todos davam a sua opinião e faziam comentários. Emmett queria caçar o Sam e torturá-lo até ele parar de se armar em engraçadinho (palavras do tio Emmett), mas acho que ele queria apenas animar-me.
Fui dormir, estava cansada e queria estar sozinha. Amanhã iria fazer uma série de análises tal como tinha combinado com o meu avô de manhã, e queria estar bem. Afinal, agora não podia pensar só em mim, mas também no meu bebé.
Não adormeci logo que me deitei. Estive algum tempo a pensar em tudo o que tinha acontecido, e no que poderia acontecer no futuro. Imaginei o meu bebé, como ele ia ser, com quem iria ser parecido, imaginei a primeira vez que o iria pegar ao colo, imaginei-o nos braços do meu Jacob, o seu sorriso de pai babado e os seus olhos a brilharem enquanto olhava para o nosso filho. Imaginei-o a crescer, como seria a sua voz e a sua personalidade, imaginei-me a ajudá-lo a fazer os deveres da escola e a brincar com ele. Imaginei a minha vida com o meu Jacob e com o nosso bebé, tal como seria se não tivesse havido o acidente com a Jane.
Acabei por adormecer, e quando acordei ainda não tinha amanhecido. Tomei banho e vesti-me lentamente, não tinha pressa. Desci e o pequeno-almoço já estava servido, a minha avó deve ter-me sentido acordar. Tal como ontem, estava com fome e a comida soube-me bem.
            - Como te sentes hoje, querida? – Perguntou Esme, enquanto eu a ajudava a limpar a loiça.
            - Bem – Disse, sorrindo – Mas ainda é estranho estar sempre com fome. – A minha avó sorriu maternalmente.
            - Acredito, querida. – Disse ela, vindo para ao pé de mim – Mas é normal que estejas, e acredito que ainda vais estar mais, sendo esse bebé filho de quem é! – Não consegui evitar sorrir abertamente. A minha avó tinha razão, o meu filho iria, com certeza, sair ao pai nesse aspecto.
            - Eu sei, e fico contente por isso.
            - O teu avô está à tua espera no escritório, querida, parece-me que tinham algo combinado! – Disse a minha avó, apesar de saber exactamente o que eu tinha combinado com o meu avô.
Senti um friozinho na barriga enquanto subia as escadas em direcção ao escritório. Estava ansiosa e nervosa para ver o meu filho, ou pelo menos saber algo mais sobre ele, mas sentia-me triste, queria que o meu Jacob estivesse aqui comigo, a apertar-me a mão e a agir nervosamente como todos os pais quando vão às consultas médicas com as esposas.
Fiz imensas análises: de sangue, ecografia e mais uns quantos cujos nomes não decorei. Tal como acontecera na gravidez da minha mãe, o meu bebé também não se deixava ver. O meu avô disse que tinha algo a ver com a placenta de vampiro ou qualquer coisa do género. Então só iria saber o sexo do meu filho, ou filha, quando ele ou ela nascesse. Eu não me importei, gostei que fosse surpresa, tinha esperanças que, na altura em que o meu bebé nascesse, o meu Jacob estivesse comigo novamente, e assim poderíamos presenciar o nosso milagre juntos. Além disso, o meu avô disse que pelo aspecto da minha barriga e pelo que ele tinha conseguido ver na ecografia, a minha gravidez deveria durar aproximadamente metade do tempo de uma gravidez humana, por volta de quatro meses e meio. E visto que já estava grávida há aproximadamente um mês, daqui a três meses e meio iria ter o meu bebé nos meus braços.
Passei o resto do dia a fazer planos com a Alice: era queria decorar o quarto do meu bebé, mas ficava constantemente aborrecida porque não conseguia ver se seria uma menina ou um menino, e eu ria-me com as caretas que ela fazia e com os seus comentários. Combinámos também ir às compras, afinal, segundo a minha tia, “um bebé está sempre a sujar-se, e por isso tem de vestir muitas mudas de roupa. E eu não posso deixar um sobrinho meu vestir duas vezes a mesma coisa!”.
Ao final da tarde resolvi dar uma volta, precisava de estar sozinha e precisava que o meu pai não ouvisse os meus pensamentos.
Fui até à floresta andando calmamente, pensando em tudo e em nada. Quando dei por mim, estava num lugar que já não visitava há algum tempo, o sitio da árvore caída, o meu lugar e do meu Jacob. Era no meio da floresta, entre La Push e o território da minha família; tinha uma árvore caída, que usávamos frequentemente como bando, e tinha também alguns metros sem árvores, numa espécie de clareira. No entanto, era bastante coberto e aconchegante.
Sentei-me na nossa árvore, como costumava fazer, e encostei-me a outra árvore vizinha. Fechei os olhos por instantes, e deixei-me mergulhar num mundo de memórias e felicidade.
Fui trazida de novo à realidade por alguém que se aproximava a passos lentos, pisando as folhas e fazendo barulho. Concentrei-me em identificar de quem se tratava e quase caí de onde me encontrava quando percebi que era o meu Jacob quem se aproximava.
Levantei-me rapidamente, tentando adivinhar por que direcção ele vinha. O seu cheiro vinha de trás de mim, e eu mantive-me quieta, incapaz de me mexer. Senti-o parar a alguns metros de distância, como se não soubesse o que fazer. Eu ainda não conseguia fazer as minhas pernas virarem-se de frente para o lugar onde ele estava, talvez por excesso de adrenalina que passeava nas minhas veias, ou talvez porque eu não conseguia acreditar que ele estava realmente aqui.
Uma parte de mim sentia-se aliviada por ele estar bem e por não ter ido para longe, mas a outra parte, a maior parte, só se conseguia concentrar na presença do meu amor tão perto de mim. Ontem ele tinha estado mais perto do que nunca em semanas, e eu sentia que algo havia mudado entre nós, que ele já não me detestava como dissera que o fazia quando eu fui a casa do Billy. Eu queria tanto saber o que se estava a passar na cabeça dele, queria poder acabar com a confusão e dizer-lhe a verdade.
Eu estava de costas para ele, mas o seu cheiro invadia-me de uma forma que me deixava completamente sem controlo. Senti-o aproximar-se, ficando mesmo atrás de mim. Conseguia sentir o calor do seu corpo contra o meu, e ele não me estava a tocar. Senti uma onda de ansiedade percorrer toda a extensão do meu corpo, indo fluir no meu peito, fazendo o meu coração bater forte e rapidamente.
Tocou-me no ombro com a sua mão quente, e todo o meu corpo se arrepiou; o meu coração acelerou e fechei os olhos instintivamente, sentindo a falta do seu toque. A sua mão deslizou suavemente por toda a extensão do meu braço, o que enviou choques eléctricos para todo o meu corpo.
Virei-me, lentamente, ficando frente a frente com ele. A intensidade do seu olhar fez os meus joelhos tremerem e eu sabia que muito brevemente eles ficariam sem forças e eu cairia redonda no chão, fraca e humilhada. Era o efeito dele em mim, ele conseguia pôr-me inteiramente à sua mercê sem sequer ter de se esforçar.
Olhava-me fixamente, a sua expressão não demonstrava qualquer emoção. Eu estava com medo, apesar de me esforçar por não o demonstrar; o meu Jacob estava tão diferente, tão frio e distante.
            - Renesmee – Ele disse, a voz rouca e grave. O meu coração ainda batia acelerado no meu peito, e eu era incapaz de me mexer.
Ele aproximou-se ainda mais de mim, acabando com o espaço existente entre nós, e beijou-me. Fê-lo tão rápida e inesperadamente que eu não tive tempo de reagir. Fechei os olhos e senti a pressão deliciosa que os lábios do meu Jacob faziam nos meus. Um gemido involuntário saiu estrangulado pelos meus lábios semi-abertos, fazendo Jacob beijar-me com mais violência e urgência. As minhas mãos, que até agora tinham permanecido paradas ao lado do meu corpo, ganharam vida e enrolaram-se no seu pescoço e nuca, apertando os pequenos cabelos da parte de trás da sua cabeça.
Jake gemeu na minha boca, e eu instintivamente puxei-o para mais perto de mim, encostando ainda mais os nossos corpos. A sua língua invadiu a minha boca de forma insinuante e eu gemi novamente. Eu precisava tanto dele.
Quando dei por mim estava a ser empurrada contra uma árvore no meio da floresta, e o corpo do meu Jacob pressionava o meu, fazendo uma onda de prazer invadir o meu corpo quase violentamente.
Automaticamente, passei os braços pelo pescoço dele, segurando-me bem forte a ele, e levantei uma das minhas pernas, enroscando-a nas suas. Ele percebeu a mensagem e enlaçou as minhas pernas no seu quadril.
Gemi ao sentir a sua excitação contra a minha coxa, e, num acto irracional, rebolei no seu colo. Ele fechou os olhos com força e apoiou uma das mãos no tronco da árvore.
            - Não.faças.isso. – Grunhiu, os olhos selvagens e cheios de desejo.
Mas eu, sentindo-me poderosa, voltei a rebolar nele, sentindo o seu membro, ainda que através das calças de ganga que ele usava, roçar nas minhas cuecas já molhadas.
Gememos em uníssono, ele contra o meu pescoço, que ele lambia e mordiscava.
Ele estava a deixar-me completamente ensandecida de desejo, e cada poro do meu corpo chamava por ele. O meio das minhas pernas pulsava doloridamente por ele, já tinha passado tanto tempo desde a última vez… e, por deus, a necessidade que eu tinha dele era insuportável.
Ele parecia sentir o mesmo, pois as suas mãos voaram para o meu vestido e rasgaram-no em dois, deixando-me apenas de cuecas e sutiã. Ele arfou com a visão, e eu senti as bochechas escaldarem.
            - Ness… - Ele murmurou, levando o seu rosto até ao meu colo, beijando-o.
Gemi, arqueando as costas involuntariamente na sua direcção, permitindo-lhe um melhor acesso aos meus seios. Tal como aconteceu com o meu vestido, o meu sutiã foi rasgado com cuidado nenhum, indo parar, depois, no chão da floresta húmida.
Um gemido baixo saiu pela minha garganta quando a sua mão tocou um dos meus seios, os seus dedos brincavam com o meu mamilo enrijecido. Logo depois ele levou a sua boca lá, beijando e lambendo o meu seio. Mais gemidos saíram de mim, eu era incapaz de os controlar.
As minhas mãos voaram para o cabelo dele, enterrando-se lá, puxando-o mais para mim. Eu queria mais, eu precisava de mais…
Naquele momento, tudo o que tinha acontecido nas últimas semanas parecia ter-se evaporado da minha mente: o facto do meu Jacob não se lembrar de mim, de ele me odiar e de achar que era um monstro… o facto de ele me ter tentado matar. Nada disso era importante, apenas eu e Jacob e os nossos corpos entrelaçados.
Foi com este pensamento que reuni coragem e desci as minhas mãos pelo seu peito nu e forte, traçando o caminho dos seus músculos definidos, até o cós das suas calças. Ele arfou, e eu ganhei ainda mais confiança. Desabotoei as calças, que caíram aos seus pés, deixando o seu pénis erecto a centímetros da minha entrada, ainda coberta pelas cuecas que usava.
Ele grunhiu quando o seu membro ficou finalmente livre das calças, e apertou o seu corpo novamente contra o meu.
Eu estava a enlouquecer, eu só o queria dentro de mim, forte e intenso.
            - Jake… - Sussurrei, a minha voz mais rouca do que o habitual – P-por favor.
Ele voltou a atacar o meu pescoço sem qualquer cuidado, de certeza deixando marcas nele. Uma das suas mãos desceu lentamente por toda a extensão do meu corpo, fazendo-me arfar quando ele chegou ao cós da minha calcinha. Sem pensar no que estava a fazer, rebolei novamente nele, fazendo-o fechar novamente os olhos.
Fechei os meus também, à espera que ele rasgasse a minha calcinha e me invadisse deliciosamente de uma vez por todas. Fui apanhada de surpresa quando ele enfiou a mão dentro delas e me começou a estimular. Gritei involuntariamente e logo o meu quadril se movimentava irracionalmente de encontro às suas mãos. Ele deslizou um dedo para dentro de mim e eu contorci-me, agarrada a ele; depois outro e eu não me consegui controlar mais, um prazer muito familiar e ofuscante tomou conta do meu corpo, fazendo-me tremer e gozar na mão dele.
            - Jake – Gritei, sentindo a onda prazerosa passar por todo o meu corpo, desde o lugar onde os dedos dele me invadiam, passando por todos os centímetros do meu corpo, até lugares que eu não sabia que existiam.
Ainda sentia os espasmos do orgasmo quando ele me penetrou, forte e rápido, e eu gemi novamente, sentindo o meu Jacob finalmente dentro de mim.
Puxei-o para mais um beijo, enquanto ele entrava e saia rapidamente de mim. Não conseguia pensar em mais nada que não fosse o meu Jacob, e a minha mente parecia ter ficado vazia.
Jake gemia e grunhia no meu ouvido, enquanto alternava beijos pelo meu pescoço, lambidelas e mordidas. Eu estava novamente no céu, sentindo-o preencher-me por completo e arranhando as costas dele com força.
Eu queria prolongar aquele momento para sempre, mas sabia que não ia aguentar muito mais tempo. A sensação de aperto no meu baixo-ventre crescia rapidamente e eu logo iria gozar novamente. Jake também aumentava agora as estocadas, deixando-as a um nivel quase selvagem, típico dele.
            - Ahh… J-Jake – gemi, sentindo-me, mais uma vez, chegar ao clímax.
Voltei a rebolar no colo dele e, como fizera anteriormente, ele gemeu alto. Apertou as minhas coxas com força e investiu mais algumas vezes em mim, mais forte e fundo, e segundos depois eu senti-o gozar dentro de mim.
            - Ness – Ele gemeu, no meu ouvido, fazendo com que todo o meu corpo se arrepiasse.
            - Hmmm… - Foi tudo o que consegui dizer. Ele ainda estava dentro de mim, e me segurava no seu colo. Era uma sensação tão boa… era o paraíso. Enlacei-o pelo pescoço, e beijei-o suavemente nos lábios inchados e vermelhos. A princípio, ele não correspondeu ao beijo, mas passados uns momentos, os seus lábios começaram a mover-se numa sincronização perfeita com os meus.

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Notas finais do capítulo

oi gente desculpem a demora pra actualizar, mas eu ando sem tempo até pra me coçar, entao nao tem dado pra escrever :/ mas eu prometo que eu nao vou abandonar a fic, entao nao desistam dela, porque eu tenho a certeza que vces vao adorar o que está para vir bjos, Rita