Pai, Você É A Melhor Mãe Do Mundo! escrita por black rose


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá, pessoas!!!! ^-^ O nyah finalmente voltou!!!! o/ !!!Espero que gostem desse especial atrasado de dia das mães, mas não dizem que dia das mães é todo dia? O.o bom, o que vale é a intenção! Espero que gostem!!!!



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– Já voltei, Namie-san! – o moreno entrou na sala da secretária, que também servia de recepção e pôs um grande envelope pardo sobre a mesa dela – Pode ligar para a Amano-san e dizer à ela para passar aqui.

– E então? O marido dela tem mesmo uma amante? – perguntou a morena.

– Não. Na verdade ele tem um amante, que inclusive, é o sócio dele! – sorriu de canto – Você me deve um almoço!

– Droga.

Izaya Orihara era um detetive particular bastante requisitado, não importava qual fosse a dificuldade em conseguir qualquer que fosse a informação, Izaya sempre conseguia, se ele achasse o caso interessante, claro. Namie, sua secretária, já trabalhava com ele há pouco mais de três anos e poderia se dizer que era sua melhor amiga, mesmo nenhum dos dois admitindo isso em voz alta. Haviam se conhecido cerca de cinco anos antes, quando ela o contratou para encontrar seu irmão mais novo que havia fugido de casa. Os dois, de uma forma um pouco estranha se davam bem um com o outro e às vezes, tinham o costume de apostarem sobre determinados trabalhos, como por exemplo o último, no qual Name apostara que o marido da cliente tinha um caso com a assistente de vinte e poucos anos e roupas exageradamente justas e curtas, e Izaya, apostou no sócio, ele notou que os dois pareciam bastante íntimos, talvez apenas melhores amigos, mas no fim acabou acertando e ganhando um almoço.

– Peça pra mim uma porção bem grande de sushi, ok? – sorriu de canto e seguiu para a própria sala no fim do corredor à direita, à esquerda ficava uma pequena cozinha e um banheiro, mas antes que entrasse na sala a secretária o chamou.

– Ligaram da escola.

– Aconteceu alguma coisa com as meninas? – seu semblante era preocupado – Elas se machucaram?

– Não. Elas estão bem. – o tranqüilizou – Mas o professor delas gostaria de conversar com você. – arrancou a folha do bloco onde havia anotado o recado e o entregou ao chefe.

– Tenho algum compromisso agora?

– Não. Só no fim da tarde.

– Certo, então vou lá agora. Estou mesmo curioso para conhecer esse novo professor de quem elas falam tanto.

Se despediu da secretária e saiu do escritório, que na verdade também era sua casa, a casa que seus pais lhe deixaram quando morreram em um acidente de carro oito anos atrás, quando ele ainda tinha dezesseis. A casa era enorme, possuía dois andares bastante espaçosos, principalmente o segundo, já que o primeiro andar também comportava uma grande varanda; transformou a parte de baixo em um escritório, fez a sala de estar virar a recepção, onde ficava a mesa de Namie, o antigo escritório do pai se tornou o seu próprio e fez o segundo andar virar algo como um amplo apartamento, com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e uma pequena varanda. Tinha espaço mais que suficiente para ele e suas duas pestinhas, Mairu e Kururi.

A escola em que as gêmeas estudavam não ficava longe, era a apenas três quadras de distância e menos de dez minutos já havia chegado lá. A moça que trabalhava na secretaria havia pedido que esperasse um pouco enquanto ia chamar o professor e Izaya acabou se distraindo com o amplo mural que havia ali, onde eram expostos vários desenhos das crianças que ali estudavam. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios quando localizou o desenho de Kururi, a mais velha das gêmeas, ela havia desenhado um aquário com um peixinho azul-esverdeado dentro, Haru era o nome dele, e o bichinho de estimação combinava perfeitamente bem com a personalidade da menina, que desenhava incrivelmente bem para uma criança de apenas cinco anos.

Voltou a correr os olhos pelos desenhos, logo encontrando o de Mairu, que diferente da irmã, não era uma desenhista tão boa. Ela também havia desenhado seu bichinho de estimação, Kuroyuki, um gatinho branco malhado de negro, que no desenho estava parecendo mais um porquinho do que qualquer outra coisa. A menina queria um cachorro, mas em hipótese alguma Izaya deixaria um animal tão barulhento e irritante entrar em sua casa!

– Orihara-san?

Izaya se sobressaltou ao ouvir seu nome ser chamado tão de perto, havia se distraído com os desenhos de suas meninas e sequer havia notado a aproximação de alguém. Virou-se para finalmente conhecer o professor de quem as gêmeas tanto falavam e deparou-se com um loiro alto de olhos castanho-claros e um sorriso incrivelmente encantador. Ele era lindo. E estranhamente familiar.

– Algum problema? – perguntou o loiro com o cenho franzido.

Izaya piscou, finalmente voltando a realidade e apertando a mão que o loiro estendia em forma de cumprimento, torcendo para não ter ficado com cara de idiota enquanto ‘babava’.

– Não, problema algum. Eu só me distraí um pouco. – sorriu para o homem, que retribuiu o gesto.

– Vamos até a minha sala. As crianças estão em recreação agora. Temos algum tempo até que elas voltem do pátio. – conduziu o moreno até sua sala e o convidou a sentar-se em uma das cadeiras infantis, que era resistentes o suficiente para suportar o peso de um adulto, e se sentou na outra que ficava em frente, separadas por uma grande mesa que normalmente era usada por quatro alunos ao mesmo tempo – Confesso que não esperava que fosse um pai tão jovem, Orihara-san.

– Na verdade, nem eu esperava! – disse em tom divertido – E devo dizer que não se vê muitos homens lecionando na pré-escola.

O loiro sorriu.

– Gosto de crianças. Também leciono para crianças maiores em outra escola, mas realmente gosto dessa faixa etária. – sorriu novamente – Comecei a dar aulas aqui a pouco tempo e ainda não conheço os pais de todos os alunos. Acho importante que haja comunicação entre a família e o corpo docente da escola. É bom para as crianças. Mas... e sua esposa?

O moreno arqueou uma sobrancelha para a pergunta.

– Não sou casado.

– Não? – pareceu um pouco surpreso – Bom, posso conversar com a mãe das meninas uma outra hora.

– Creio que será meio difícil. Ela se mudou para a América logo depois que as meninas nasceram e nunca mais deu notícias. – disse com naturalidade, como se estivesse falando de algo sem muita importância.

O professor franziu o cenho.

– Elas não têm nenhum contato com a mãe?

– Não. Por quê? – perguntou, estranhando a insistência do outro.

Antes de responder, o loiro se levantou e foi até um grande armário no fundo da sala, pegou algumas folhas e voltou a se sentar em frente à Izaya.

– Como o dia das mães está próximo, eu pedi que as crianças desenhassem algumas cenas cotidianas com as mães delas em algumas folhas, que depois eu juntaria e faria uma espécie de livrinho para que entregassem às mães. Bom, esses aqui são os das suas filhas. – entregou os tais livrinhos para que o moreno olhasse.

Os livrinhos eram bem simples, basicamente eram folhas de papel A4 colorido, o de Mairu era amarelo e o de kururi era verde-água, ambos tinham um “Feliz dia das mães” impresso em letra floreada na capa e adornos feitos à mão pelas meninas. Abriu primeiro o de Mairu, vendo os desenhos quase abstratos da caçula e depois olhou o de Kururi. As cenas eram basicamente as mesmas, apenas estavam em ordem diferente, ambos mostrando coisas que ele costumava fazer com as filhas, mas a pessoa que estava com elas nos desenhos não era ele – pelo menos ele achava que não – afinal, ele não usava vestido.

– Parece que elas sentem falta da mãe.

– É. Parece. – franziu o cenho, ainda encarando os livrinhos – às vezes elas me perguntam algo sobre a mãe, mas sempre pareceu ser apenas curiosidade, elas nunca demonstraram sentirem falta ou ao menos vontade de encontrar a mãe. – disse meio ausente – Seria possível trazê-las até aqui agora?

– Claro.

O loiro se levantou e saiu da sala, deixando o moreno sozinho com seus pensamentos. Não era fácil criar duas filhas sozinho, principalmente quando se é pai tão jovem, tinha apenas dezenove anos quando elas nasceram, frutos de um relacionamento sem compromisso sério e que não havia durado mais que míseros dois meses e só voltou a ter notícias da ex quando ela entrou em trabalho de parto e foi levada para o hospital, dando o número de Izaya para que o avisassem.

Mayumi Takajima nunca quis ser mãe, e o fato de ela ter levado a gravidez até o fim, não significava que ela havia mudado de idéia e quisesse ficar com as filhas, muito pelo contrário. Mas ela não era um monstro, podia não ter um pingo de instinto maternal, mas jamais faria mal àquelas duas crianças inocentes. Conversou com Izaya e caso ele não quisesse ficar com elas, ela as entregaria para a adoção, mas surpreendendo até a si mesmo, Izaya decidiu ficar com elas.

Cuidar das duas meninas era extremamente trabalhoso para si, mas não se arrependia, amava suas duas ‘pestinhas’.

– Papai! – Mairu exclamou feliz ao entrar na sala e ver o pai, logo correndo para ele e o abraçando.

– Mai-chan. Kuru-chan. – abraçou também a gêmea mais velha, que havia feito exatamente o mesmo que a irmã; beijou ambas as testas das meninas antes de soltá-las.

– Por que está aqui, papai? – a caçula perguntou, franzindo as pequenas e finas sobrancelhas – Já é hora de ir pra casa?

– Ainda não, meu amor, mas eu queria perguntar uma coisa para vocês duas, tudo bem? – elas assentiram – Vocês sentem falta da mãe de vocês?

As duas pareceram confusas com a pergunta do pai. Foi Kururi quem respondeu:

– Nós não conhecemos a mamãe. Por que sentiríamos a falta dela?

Izaya sorriu ante a lógica da menina. Kururi sempre analisava as coisas de uma forma bem racional, mesmo tendo apenas cinco anos.

– Sim, mas, vocês sentem vontade de ter uma mãe?

As gêmeas se entreolharam. Nenhuma delas estava entendendo onde o pai queria chegar.

– Por que, papai? – perguntou a mais nova.

– Só respondam, sim?

Elas assentiram novamente.

– Não.

– Não precisamos de uma mãe. – Kururi completou. Ambos os adultos franziram o cenho.

– E o que me dizem desses livrinhos aqui? – ergueu ambos os livrinhos que ainda estavam sobre a mesa.

– Fizemos pra você, papai! – responderam em uníssono.

– Pra mim? – ergueu ambas as sobrancelhas.

– Sim!

– Bom, quando o Heiwajima-sensei pediu que a gente desenhasse coisas que fazemos com nossa mãe. – começou Kururi – Íamos falar pra ele que não temos uma mamãe e não ia dar pra gente fazer.

– Mas aí a Aya-chan começou a falar da mãe dela. – continuou Mairu – Disse que ela era muito bonita e engraçada, leva ela pra brincar no parque, compra roupas novas pra ela, faz biscoitos em forma de bichinhos, conta historinha na hora de dormir e sempre dá beijo de boa noite.

– Aí, eu perguntei pra ela se todas as mamães faziam isso e ela disse que a mãe dela falou uma vez, que todas as mamães são iguais e sempre sabem cuidar direitinho dos filhos.

– E você cuida da gente direitinho, papai. Igualzinho a uma mamãe!

– Não precisamos de uma mamãe. Nós já temos você, papai!

– Você é a melhor mãe do mundo! – disseram novamente juntas, com idênticos sorrisos no rosto, mas que logo se desfizeram e deram lugar a feições um pouco receosas.

– Você não gostou, papai? – perguntou a gêmea mais nova – Desculpa!

– É. Desculpa, papai! Não chora!

Izaya automaticamente levou a mão ao rosto e constatou que realmente havia lágrimas escorrendo por seu rosto. Ficou surpreso por isso. Ele não era de chorar, nem quando os pais morreram ele chorou, mas suas meninas haviam acabado de conseguir essa proeza.

– Está tudo bem. – tratou logo de tranqüilizá-las e enxugou as poucas lágrimas que haviam caído – São lágrimas de alegria. – as duas arquearam as sobrancelhas de forma desconfiada e ele não pôde deixar de rir. Elas eram tão parecidas consigo. – Eu gostei mesmo, meninas. De verdade. – sorriu e abriu os braços, num claro convite que foi prontamente aceito – Eu amo muito vocês. – abraçou-as mais forte e deu um beijo em cada uma.

– Nós também te amamos, papai! – falaram juntas, retribuindo o abraço.

– Então o senhor gostou mesmo?

– Mas é claro! – sorriu abertamente ao responder a pergunta da mais nova – Só não entendi por que me desenharam com um vestido. – arqueou uma sobrancelha e apontou para o tal desenho.

– Mas o senhor usou um, papai. – a moreninha mais velha afirmou – Naquele dia em que a gente foi na casa do tio Shinra.

– Aquilo não era um vestido, Kuru-chan. Era uma túnica romana. Aquela era uma festa à fantasia, lembra? – apertou de leve o narizinho dela – Você estava fantasiada de coelhinha e você – apertou o nariz da outra – estava vestida de gatinha. – as duas deram risadinhas – Agora vão brincar! Vocês ainda têm alguns minutos antes de voltar pra sala, não é? – olhou para o loiro, que assentiu, ele havia permanecido o tempo todo encostado á porta da sala – Mais tarde eu volto pra buscar vocês, ok?

– Ok!

Ambas sorriram e cada uma deu um beijo estalado na bochecha do pai antes de deixarem a sala e seguirem pelo corredor à caminho do pátio acenando para os dois adultos que agora estavam no corredor e as olhavam através da parte de vidro da parede que circundava todo o interior do colégio, para que os funcionários do local sempre ficassem de olho nas crianças.

– Elas estão dando trabalho? – perguntou o moreno enquanto acenava de volta para as meninas, conhecia perfeitamente bem as filhas que tinha e definitivamente elas não chegavam nem perto de serem anjos!

– Nada além do normal. Mas eu diria que são duas pulguinhas!

Izaya franziu o cenho, não havia se ofendido por ele tê-las chamado de pulguinhas, na verdade, até concordava com a comparação, mas chamá-las justamente de pulgas? De alguma forma isso havia lhe soado estranhamente familiar.

– Você não se lembra de mim, não é?

Izaya arqueou as sobrancelhas. Então eles já se conheciam? Mas, de onde? O moreno o achava incrivelmente familiar, mas se tivesse visto aquele loiro, ele se lembraria, afinal, não é sempre que se vê um japonês com o cabelo tingido de loiro por aí.

– Já nos conhecemos antes?

O loiro sorriu de canto e voltou a olhar para as crianças brincando no pátio.

– Nós freqüentamos a mesma escola no fundamental. Você costumava me irritar bastante, sabe? – deu uma risadinha curta – E quando eu perdia a paciência, o que não era difícil de acontecer, costumava correr atrás de você com algo pesado nas mãos pra te acertar.

– Sh-Shizu-chan!?

Izaya estava surpreso, ou melhor, chocado. Não achou que fosse voltar a ver Shizuo depois de tantos anos, por isso ele lhe pareceu tão familiar, mas se ele não tivesse contado, provavelmente não teria o reconhecido, já que aquele loiro não lembrava em nada aquele garoto magrelo e pavio curto que costumava irritar quando tinha treze anos e por quem tinha uma... certa queda. Definitivamente os anos fizeram maravilhas com Shizuo!

O moreno não era gay, bom, não totalmente. Tinha certo interesse em pessoas do mesmo sexo, mas também gostava de mulheres, do contrário, não teria suas filhas. Mas Shizuo era diferente, não havia sido um mero interesse, ele havia realmente gostado do garoto, por isso decidiu se aproximar e tentar uma amizade, pelo menos no início, e quando Shizuo o rejeitou logo de cara, decidiu que o irritaria o quanto fosse possível, estava magoado com a rejeição.

– Há anos que eu não ouvia esse apelido. – sorriu novamente – Pra alguém que me irritava tanto, achei que fosse me reconhecer logo de cara.

– Como? Você não se parece nem um pouco com aquele garoto magricelo.

– Você também era magricelo. – Izaya deu de ombros – Fiquei surpreso quando recebi a lista de chamada e vi o sobrenome Orihara. No início pensei que fossem suas irmãs e confesso que fiquei um pouco chocado e decepcionado quando soube que elas eram suas filhas.

– Decepcionado?

– Se você tem filhas, significa que é casado ou pelo menos tem uma namorada.

– E...? – o moreno estava ficando confuso com aquela conversa.

– Eu tinha uma amiga, Misaki, ela era da mesma sala que eu, sempre falava com ela o quanto você era irritante, uma maldita pulga que vivia me tirando do sério! Uma vez ela disse que você só fazia isso pra chamar a minha atenção por que devia ter alguma paixonite por mim. – riu de leve ainda sem olhar para Izaya, que agradeceu imensamente por isso; caso Shizuo estivesse olhando, teria visto o suave tom rosado que tingiu suas bochechas – E que eu só reagia daquela forma por que sentia o mesmo. Obviamente eu a chamei de louca e não toquei mais no assunto. – fez uma pausa – Mas ela estava certa.

– C-Como assim? – se fez de desentendido.

– Eu realmente tinha uma queda por você, só não queria admitir. – Izaya engasgou com a própria saliva – Eu ficava nervoso quando você estava por perto, sem saber ao certo como agir. E você só piorava as coisas me provocando, sabe? – sorriu de canto e arqueou levemente uma sobrancelha, finalmente voltando a olhar para o moreno, que tinha uma expressão bem cômica no rosto.

“Eu realmente tinha uma queda por você, só não queria admitir.”

Essas palavras estavam fazendo a mente de Izaya dar voltas. Então Shizuo também gostava dele? Isso de alguma forma o deixou feliz, mesmo depois de tantos anos. Talvez não fosse só uma paixonite boba de criança. Mas talvez fosse melhor não criar muitas esperanças.

– E o que isso tem a ver? – tentou soar o mais impassível possível, falhando miseravelmente.

Shizuo o olhou atentamente por alguns segundos, como se procurasse algo em sua expressão, algo que provavelmente deve ter achado, pois sorriu abertamente e se aproximou do moreno, acariciando brevemente seu rosto e fazendo-o estremecer de leve com o toque.

– Te explico melhor no jantar... Que tal às oito no Rússia Sushi? A comida de lá é ótima! – e se afastou pelo corredor, seguindo para o pátio onde as crianças estavam.

Izaya tentou ao máximo conter o sorriso bobo que ameaçava surgir em seus lábios, mas sabia que não estava tendo muito sucesso. Virou-se e seguiu na direção contrária a de Shizuo, encaminhando-se para fora da escola e indo pra casa. Mal prestou atenção no caminho, seus pensamentos estavam longe, mais precisamente no jantar que teria mais tarde com um certo loiro.

~*~

– Você tinha razão, Kuru-nee! – a mais nova disse para a gêmea. Entre tantos brinquedos que havia ali no pátio, ambas escolheram os balanços, onde estavam sentadas agora e tendo uma vista privilegiada dos dois adultos que conversavam no corredor a alguns metros de distância – O Shizuo Heiwajima-sensei é mesmo o tal “Shizu-chan” que o tio Shinra disse que o papai gostava. – deu impulso com os pés e começou a se balançar.

– Pelo jeito ainda gosta. – disse a mais velha ao ver o pai tentar, inutilmente, conter um sorriso antes de finalmente ir embora. Seguiu o exemplo da irmã e também começou a se balançar no brinquedo.

– Foi uma boa idéia não entregar aquele bilhete sobre a reunião de pais que teve ontem.

– Assim o papai teve que vir hoje e ficou sozinho com o sensei, sem aquelas mulheres pra atrapalhar. – fez cara feia ao se referir às mães de alguns colegas que sempre que tinham uma chance ficavam se jogando pra cima do professor.

– Kuru-nee?

– Hm?

– Acha que eles vão se casar?

– Não sei. Talvez.

– Se eles se casarem, como vamos chamá-lo? Nós já temos o papai, então... o Heiwajima-sensei vai ser nossa mãe?

Kururi pensou um pouco antes de responder:

– Não. Se eles casarem, o Heiwajima-sensei também vai ser nosso pai. Nós não precisamos de uma mãe, já temos o papai, lembra?

Mairu assentiu e sorriu largamente para a irmã, que retribuiu o gesto. As duas continuaram balançando até que o intervalo do lanche acabou e o loiro chamasse os alunos para voltarem para a sala. Cada uma segurou em uma das mãos do professor, que arqueou uma sobrancelha, mas não se importou, e seguiu para a sala com uma ‘pulguinha’ de cada lado, não notando os idênticos sorrisos sapecas que surgiram em ambos os rostos das gêmeas.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?? Sempre quis fazer o Izaya ser pai das gêmeas!!! ^-^ Espero reviews, hein! Bjs!!! Leiam o especial que eu fiz para o aniversário do izaya também , ok, o nome é "Cinco Palavras". espero que também gostem!!!