Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 33
Fuga -Part 2


Notas iniciais do capítulo

Heey, seus Mavetes lindos... Voltei e dessa vez eu tenho a impressão que não demorei né? kkk
Então quero dizer que este é o penúltimo capitulo, e que possivelmente semana que vem eu posto o ultimo, pois é vou sentir saudade de vooooooooooooocês, mas, logo eu volto com mais alguma fanfic e tal.
Beijo e comente se puderem please *-*



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Ficar acordado estava ficando difícil, a dor me consumia e embora, eu já tenha levado muito tiro em minha vida, esse parecia ter sido o pior, com uma dor multiplicavelmente pior. Fiquei observando aquelas mãos pálidas e trêmulas no volante, Audrey também não estava bem, ela estava desesperada, eu já me vi assim, mas dessa vez estava calmo perante toda aquela dor. Eu não podia fechar os olhos, não aquela altura, então passei a me concentrar nas mãos trêmulas dela.

Às vezes eu fico imaginando, o que seria dos últimos meses sem ela, se eu não tivesse sido louco o suficiente para ter seguido ela até aquele beco, mas parece que eu senti algo, que se eu não fosse atrás dela, algo de ruim teria acontecido com ela, trabalho constantemente com o perigo, ele virou meu aliado, aquele dia não foi diferente. Mas o que seria de mim nos últimos meses sem ela? Talvez eu tivesse continuado naquela vida monótona, de ir e voltar de missões e usar meu tempo livre para treinar...

– Você está bem?- ela pergunta sem tirar os olhos da estrada.

– Talvez.

– Como assim talvez?

– Depende do seu ponto de vista, se estiver baleado e tento uma crise hemorrágica for bem para você, eu estou bem.

–Para alguém que está tendo uma crise hemorrágica você me parece muito bem. -Ela fala no mesmo tom sarcástico de sempre e embora aquilo não agradasse muitas pessoas, me agradava.

– Mas a frente você vira à esquerda, okay?

– Okay. - Vejo que suas mãos apertam o volante com agressividade e então ela continua: -O que você fez com ele?

– Ele nunca mais vai tirar nada de você, meu amor. -Suas mãos parecem se aliviar e ela volta a pegar o volante suavemente e como eu pedi ela vira à esquerda. - Não foi fácil, mas eu pensei que você enlouqueceria se ele continuasse por aí, então imaginei você matando aquele cara, eu sabia que tinha que fazer isso.

– Ele morreu mesmo?

–Sim.

– E como você fica? A SHIELD vai saber que foi você.

–Eu fico da maneira que você está vendo aqui. -Falo com tranquilidade e ela me olha em pânico. - Eu não disse que o matei.

– E quem matou?

– Os próprios agentes da Shield, Michaud o matou com uma bala na cabeça. - Consigo ver o lugar que procuramos um antigo castelo da Espanha, esqueci pelo tempo. -Pare ali. -Ela para o carro em frente à casa e desce do carro, caminhando até a porta do passageiro e a abre.

–Não imagino Michaud matando alguém.

–As primeiras mortes te deixam traumatizado. -Passo meu braço em pescoço e saio do carro tentando não me apoiar nela, mas era impossível, a dor ao mexer a perna era pior.

– As suas te deixaram?

Algum dos muitos assassinos profissionais nunca se esquece da primeira morte, eu não fui diferentes, mas também não me deixou traumatizado, eu fiz pelos motivos errados, mas foi uma ajuda para os policiais que caçavam o cara. E tudo isso me transformou no que sou hoje.

–Eu tenho certeza que não.

Estávamos caminhando até a porta e eu não tinha mais nenhuma certeza que aguentaria mais, qualquer outra pessoa já teria se entregado a inconsciência, mas eu não fui treinado para ser resistente a qualquer tipo de lesão, mas só aguentava até certo tempo e depois disso não estaria mais tão bem. Audrey abre a porta e entramos, ela continua me arrastando para dentro, o lugar estava bagunçado, não tão diferente de quando o deixei há três meses.

–Que lugar é esse?

–Um ex-laboratório de anfetamina, eu acho - minha voz já soava fraca e quando Audrey chegou a cama, eu já não conseguia mais ficar em pé, então despenquei na mesma e tentei respirar normalmente. -virou um refúgio... Quando eu preciso... Ninguém vai nos encontrar aqui.

Ela senta ao meu lado na cama e levanta minha camisa cuidadosamente e chega até o ferimento, aleatoriamente Audrey olha entre o ferimento e a para mim e parecia não saber o que fazer.

–Você precisa tirar a bala. - sussurro acariciando seu braço.

–Clint... Eu não sei... Não consigo.

– Já fez tanta coisa incrível... Isso para você não é nada. -Ela solta um sorriso meigo e abaixa a cabeça. - Tem um kit de primeiros socorros embaixo da cama, você consegue.

–Eu... Eu não posso. - ela sussurra. - E se eu fizer algo errado?

– Não vai, amor você consegue.

Ela se abaixa ligeiramente e pega a caixa branca de primeiros socorros, quando Audrey olhou para mim, ela parecia desesperada, mas eu sabia que ela conseguia, antes dele fazer qualquer coisa, pego em sua mão, ela estava gelada e trêmula.

– Tremendo assim você não vai conseguir nada. -Sussurro e logo após beijo sua mão.

–O que eu faço agora?

– Limpa o ferimento com cuidado e depois você vai ter que tirar a bala.

– Com você acordado?

–Você vai ter que me apagar, Audrey.

–Clint você quer que eu jogue uma cadeira em você, para você apaga.

– Logico que não, a nuca tem uma área sensível... Não é hora para te explicar tudo isso. Só aperte com força essa área.

– Tem certeza?

– Vai ser desagradável, mas tenho. -Ela faz o que eu disse e eu senti a pressão desagradável na nuca e de repente me vi fechar os olhos gradativamente, a última coisa que vi foi os olhos de Audrey em desesperados.

De repente a luz invade meus olhos e já não sentia dor, me remexi na cama procurando por alguém no cômodo, Audrey não estava por ali, ergui meu corpo e levantei da cama, cheguei até a janela e já estava escuro, eu deveria estar apagado por horas. Olho para a porta e acho estranho que uma luz vinha de algum cômodo e refletia ali, caminhei até ela e por mais que eu estivesse melhor, sentia pequenas pontadas ao redor do ferimento, e então caminhei com certa dificuldade até a luz, Audrey estava lá, cantarolando alguma coisa, cheguei até a mesa que ela estava e ela me olhou sorrindo:

– Olá Belo Adormecido. - Ela encosta os cotovelos na mesa e apoia o rosto em suas mãos.

–Quanto tempo eu apaguei?

– Exatamente - ela olhou no visor do celular. - cinco horas e meia.

Olho ao redor do lugar, nada havia mudado desde a última vez que eu estive aqui, toda aquela tralha que a Shield não se preocupou em tirar, a bancada que Audrey estava também havia tralhas, que eram delas e que já estavam lá.

–Onde você arrumou essas coisas? - A ponto para a mesa, me referindo aos livros e alguns equipamentos que eu tenho certeza que nós não trouxemos.

– Achei que você acordaria com fome e então dirigi até um posto de gasolina que aparentemente vendia de tudo - ela da volta na bancada e de dentro de sua bolsa ela tira, uma lata de refrigerante e batatas fritas. - Se você não comer eu como.

– Obrigado. -solto uma risadinha. - Mas você não respondeu minha pergunta.

– Ah, voltando... - antes de falar ela lambe os lábios provocando um brilho delicioso e depois sorri abobalhada como quase sempre. -Aquele lugar tinha livros de física e química e essas tralhas úteis aqui.

–E como este indo?

– Muito bem... Já descobri onde a radiação está concentrada e como posso reverte-la... Acha que eu posso ir para a formatura?

–Temos dois dias.

– Legal.

–Vou... Comer.

Audrey parecia não ter me ouvido, ela olhava fixamente na tela do celular e mexia os lábios como se estivesse contando, não me preocupei com isso, sai casa e caminhei até o carro, precisava de ar, precisava pensar colocar tudo em ordem novamente. Entrei no carro sentando-me no banco do motorista, inclinei-me para trás procurando minha mochila, não conseguia recordar se havia colocado no carro quando entrei, mas aos poucos tudo foi voltando, desde o momento que Audrey fugiu até a morte. Claro, eu não matei aquele homem e fico imaginando como Agente Michaud está se sentindo depois da primeira morte.

Afasto esses pensamentos da minha cabeça e volto a revirar a mochila, até encontrar o que procurava: Uma pasta de arquivos com o nome “Audrey Rivers” na frente. Eu não sabia exatamente o que fazer, se eu entregava aquilo para Audrey ou sumia com aquilo para evitar sofrimentos maiores, apesar de ser o passado dela.

Meu celular começa a tocar, o que era muito estranho por que ninguém, além de Audrey tinha esse numero. Há essa altura só poderia ser uma pessoa.

–Fury. –Atendo.

–Precisamos conversar Barton. –Sua voz soava preocupada do outro lado, mas isso não me importava.

–Eu não vou até você e você não vira até mim, então pode começar a falar.

–Por celular não é a melhor opção. É um assunto que lhe interessa, então... Vamos fazer isso rápido. –Ele faz uma breve pausa. –Me encontre no Mercado de San Miguel em vinte minutos.

– Trinta. –Eu não tinha escolha além de ouvir o que ele queria, até por que não vai demorar.

–Ok. Trinta.

Fury encerra a ligação e rapidamente eu saio do carro, deixando os arquivos de Audrey no banco. Passei por Audrey, mas ela estava tão concentrada que não me notou, peguei minhas flechas e minha jaqueta que se encontravam perto da cama onde eu estava e sai a caminho da porta.

–Audrey, eu vou sair.

–Eu vou com você. –Ela larga o celular na mesa e caminha até mim mexendo as mãos freneticamente.

–Não. Tenho que ir só.

–Não vou deixar você ir a lugar algum assim... Está ferido.

–Eu estou bem. –Seguro em sua mão e olho para ela. –Amor, você chamaria muita atenção, eu sei o que estou fazendo, confie em mim.

Audrey me olhou indecisa abriu a oca para dizer alguma coisa e logo após morde os lábios.

–Volto logo.

–Está bem.

Beijo sua testa e sigo para o carro, ela ainda estava parada na porta quando entrei no carro, mas logo depois que sai do local não olhei para trás para saber se ela estava lá.

Fury marcou em um lugar publico, significava na linguagem dele e principalmente, naquela mente maquiavélica que não haveria agentes, mas isso não me impedia de levar minhas flechas. Fury criou um monstro quando me tornou um homem de confiança, por mais que eu não quisesse este titulo.

Despois de tanta coisa que passei junto com a SHIELD, eu tinha um plano para entrar ouvir o que ele tem para falar e sair rapidamente sem que isso mude alguma coisa no curso de tudo isso... Pelo menos eu espero.


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