Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 31
Estamos Juntos Nessa


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, dessa vez não demorei né? Então aqui estou eu com mais um cap para vocês, espero que gostem,Beijos :* e Comentem :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505499/chapter/31

Meus pulmões se arranhavam a cada tentativa falha de respirar, a dor só aumentava e eu achei que não conseguiria respirar. Ao notar minha crise, todos os passageiros olhavam para mim, e as aeromoças corriam as pressas pelo corredor, para chegar até mim.

–Audrey, por favor, resiste. –Clint ainda estava ao meu lado, sua mão segurava a minha mão e tentando me acalmar. – Ela precisa de ar! –Ele exclama.

–Senhora, por favor, acompanhe-nos. –Diz uma das aeromoças ao chegar à nossa poltrona.

Pensei que estava perdendo os sentidos quando me levantei e dei a ultima puxada de ar que pude, meus pulmões se recuperaram e então apoiei meus braços na poltrona da frente e abaixei a cabeça tentando normalizar minha respiração.

–Eu estou bem. –Falo ainda ofegante. –Já estou bem.

–Senhora, tem certeza disso? Não podemos deixa-la no voo se estiver doente.

–Eu estou bem.

O resto do avião ainda me olhava e então voltei a me sentar na poltrona, olhei uma ultima vez para aquele homem que tinha provocado todo esse pânico e então respirei.

–Eu preciso ir nesse voo. –Olho para a aeromoça. –Estou atrasada.

–Claro. –Ela se vira e some no corredor.

Relaxo todos os meus músculos e me encosto-me à poltrona, meus pulmões estavam doloridos, minha cabeça uma bagunça e eu ainda tentava me controlar. Clint estava do meu lado, incrivelmente calmo e era o que me espantava no momento.

–Como consegue ficar tão calmo?

–Eu não estou. –Ele respira e se ajeita na poltrona e me olha. –Mas tenho que permanecer. Você está bem?

–Não muito, mas não podemos sair desse voo. –Faço uma pausa e respiro fundo. –O que sabe dele?

–Ele esta com soro.

–Como sabe?

–Ao contrario do que pensamos o soro nunca esteve com a HIDRA esse tempo todo –Ele sussurra. –estava com contrabandistas russos, eles roubaram da HIDRA e em uma tentativa mal sucedida de vender, mandaram o grandão ali para estragar tudo.

–Como sabe disso?

–Já te disse amor, tenho olhos e ouvidos por todos os lados... Alguns me devem favores.

Dou um sorriso, até por que já sabia que ele me diria isso.

–O que vamos fazer?

–Pegar aquela bolsa.

–Espera! –Exclamo. – Você que dizer que nos dois vamos pegar a bolsa daquele assassino profissional?

–Eu estou querendo dizer que eu vou pegar.

–Estamos juntos nessa, esqueceu?

–Não Audrey, não esqueci, mas eu não vou te colocar em perigo de novo.

–Só farei isso se for com você, ou estrago seu plano agora. Estamos nessa juntos.

Ele me olha com indecisão, mas logo depois relaxa.

–Tá bom, mas vai fazer tudo o que eu disser.

–Ok Capitão.

...

Quando o avião decolou, senti de perto o meu medo de voar, fazia um bom tempo que eu não me lembrava de o que era isso, Clint começou a conversar comigo tentando me tranquilizar e fazer com que eu não tivesse novamente uma crise. Eu não sabia o que ele tinha em mente, mas parecia que ele estava realmente decidido a fazer isso. Já fazia duas horas que estávamos lá e eu estava morrendo de sono, mas não queria dormir, precisava me manter acordada.

Metade do avião estava dormindo, até mesmo o homem que estava com a bolsa, isso me fez duvidar se ele era mesmo um assassino profissional. Ajeito-me no banco inclinando a cabeça, quando Clint se levanta.

–Aonde você vai?

–Fazer já era para termos feito. –Faço um breve movimento para me levantar quando ele levanta a mão em sinal de “pare”, depois caminha em silencio até o homem que não estava muito longe, olha para os passageiros ao lado que provavelmente estavam dormindo, se abaixa lentamente até o pé do homem onde estava a bolsa e a puxa para si com cuidado, logo depois ele caminha em passos lentos passando por mim. –Vem. –O escuto sussurrando.

Respiro e olho ao redor, aparentemente ninguém tinha visto e só depois de ter certeza eu me levanto e passo pelas cortinas azuis que passava para outra classe do avião. Sinto alguém agarrando meu braço e me puxando para o banheiro.

Era um lugar bem apertado principalmente para duas pessoas estar, mas mesmo assim eu e Clint nos apertávamos lá, a bolsa estava no chão aberta e ele aleatoriamente olhava para mim e para a bolsa.

–Acha que viu?

–Não. –Ele fica quieto e passa a mão na nuca. –Olha a bolsa.

Me abaixei e a abri com cuidado, lá estava uma caixa cinza, peguei em mãos e abri, Clint apenas olhava para mim, esperando que eu chegasse a alguma construção, abri a caixa, onde encontro os tubos de ensaio, os mesmos que encontrei no meu sótão, há meses atrás, só que a cor não era mais azul, o liquido estava verde e parecia borbulhante e o tubo estava quente. Abri a tanta e levei até meu nariz para sentir o odor, pude sentir um arrepio na espinha só de pensar no que aquilo havia se transformado.

–Então?

–Tenho péssimas noticias. –Olho para Clint, ainda abaixada. –A estrutura molecular do soro foi alterada com radiação.

–E o que tem de ruim?

–Ah, que o soro foi modificado não para fazer super-soldados, mas para fazer Incrivel Hulk. –Vejo seus músculos ficarem tensos. –Tem DNA e radiação GAMA aqui.

–Mas é claro, - Ele faz uma pausa e passa a mão nos cabelos. –porque super-soldado se um Hulk faz mais estrago? –Fico quieta encarando o soro. –Você pode reverter isso?

–Não! –Me levanto ficando em sua altura novamente. –Não aqui, não tenho material para isso e nem tempo.

–Do que precisa?

–De um laboratório e... Tempo.

–Te dou o laboratório.

–Okay, eu dou um jeito.

–Vou colocar isso lá novamente, quando chegarmos a solo espanhol, pegamos isto. Sai primeiro, eu conto até 10 e depois saio.

Faço o que ele manda e saio, aparentemente tudo estava igual, principalmente o assassino que ainda dormia tranquilamente, sento-me na poltrona e me ajeito, escuto passos no corredor e olho para trás, Clint vinha com a bolsa ao lado da perna e em silencio, ele passa por mim e repete todo o processo sem que ninguém perceba e em seguida se senta ao meu lado. Abro a boca bocejando e ele me olha.

–Eu dormiria agora, não nos daremos a esse luxo depois.

–Estou com medo de fechar os olhos.

–Por quê?

–Você pode sumir.

–Acredite –Ele pega em minha mão, entrelaçando seus dedos nos meus. –não vou sair de perto de você.

Ele me convenceu a dormir e então eu me viro para a janela e vou esperando o sono me tomar, em pouco tempo eu me vejo fechando os olhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!