Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 24
Beijo!


Notas iniciais do capítulo

ooooooooooooi meu Brasil kkk, tudo bem? Entao aqui está o capitulo prometido, espero que gostem, boa leitura e comentem se puderem...



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Eu observara as gotas de água atingindo o vidro da lanchonete do campus, não conseguia me concentrar em nada à não ser em Clint, eu me sentia como aquele vidro que aos poucos era agredido de forma tão suave pelas gostas de chuva.

Olho para o livro mais uma vez na tentativa de conseguir uma teoria para meu trabalho final, mas nada vinha em minha cabeça. Foi uma semana exaustiva desde que terminamos o reator, Tony fez festa para inauguração e me levou em quase todas as campanhas de conscientização e só no fim de semana me deixou em paz, sexta era um dia abençoado, mas essa sexta não estava sendo para mim.

Bebo um gole do meu café amargo e volto a tentar ler o primeiro parágrafo do livro, a porta do estabelecimento se abre e eu levanto meus olhos até ela, na mesma expectativa medíocre de que fosse Ele. Mas não era, pelo ao contrario. Era Harry, o moreno do bar que vem até mim sorrindo.

–Audrey que bom que te achei aqui. –Ele puxa a cadeira e depois me olha. –Posso?

–Claro. –Respondo fazendo um gesto para que ele se sente. –O que houve?

–Tenho uma proposta para te fazer. –Depois de tudo o que houve entre eu e Clint naquela noite, eu mantive contato com Harry e ficamos próximos falando do meu trabalho e do dele, ele praticamente virou meu melhor amigo e por isso sabia que me acharia na lanchonete.

–Pode falar.

–Tem um programa para cientista que oferece uma estada na Ucrânia, por alguns dias e eu aceitei, só que preciso levar mais uma pessoa e pensei em você. –Fico sem ter o que dizer, eu precisava muito sair de Nova York, ficar longe das lembranças, o que não resolveria muito por que ele iria atrás de mim se quisesse. –É claro você só vai se quiser, mas eu gostaria muito que você aceitasse.

–Eu vou me formar, daqui algumas semanas e acho que eu tenho tempo para pensar, não é mesmo?

–Claro.

–Então, posso pensar?

–Claro. –Ele diz pegando em minha mão. –Não estou te forçando a nada, Audrey.

Sorri e baixo meu olhar, talvez eu não devesse abandonar minha vida aqui, ou talvez devesse fugir, mas tudo me deixava na duvida naquele momento. Se o mundo havia parado, ele acabara de voltar a girar.

...

Há dias eu não usava oxigênio e os meus pulmões iam bem, exceto quando eu corria, mas isso raramente acontecia, cheguei a minha casa encharcada da água da chuva e então vou tomar um banho quente, tiro a roupa molhada e jogo no chão, longe das outras roupas, depois ligo o chuveiro e deixo que água quente atinja minha pele gelada. Duas semanas para me formar e não tenho nenhuma ideia para o trabalho final e foi quando uma ideia me passa a cabeça, eu tentaria minha própria teoria de física nuclear e eu a tinha em todas as anotações dos meus pais.

Saio do chuveiro e me enrolo em uma toalha que estava ao lado, em seguida vou ao quarto e coloco uma roupa confortável e pego a caixa com todas as anotações que me daria ideia para um trabalho memorável.

...

Dias se passaram e eu concluo meu trabalho que falava: Como a Física Nuclear contribui com a ciência humana e de como poderia se salvar vidas com a Física. Agora eu só teria que explicar isso para reitoria e todos os alunos da minha classe, sem esquecer dos professores. A maioria das teorias teria de ser provadas e a prova da minha era: Eu. Isso mesmo, eu mostraria de como consegui vencer os estilhaços de uma bomba alojados aos meus pulmões, e o principal: Isso teria a ver com o reator arc e a base de construção do soro super-soldado. Era uma teoria arriscada, mas era tudo o que eu tinha e entendia.

Olho para o espelho uma ultima vez antes sair para a apresentação, pego minhas coisas que estão em cima da mesa e saio, eu não estava com uma roupa que digamos...

Apropriada para a ocasião, coturnos e calça jeans com certeza não era. Eu sabia que teria chances de não passar com essa teoria, mas eu estava na fé que passaria, entro no ônibus e me sento na janela, logo após pego minhas anotações e começo a treinar o que falaria, eu só precisava tentar conquista-los com a teoria filosófica de Aristóteles: Silogismo. Talvez não fosse muito difícil.

...

Chego ao auditório adianta. Já na porta, eu corro meus olhos pelo local, todas as pessoas que estudavam comigo, as garotas e os garotos, estavam de roupa social, umas de bleizer e outros só com camisa social e apenas eu com minhas roupas casuais. Sento-me no auditório esperando que comece. Depois de alguns minutos, começa um dos professores anunciar que iria começar, o legal era que ele anunciou que seria por ordem alfabética e eu abaixo minha cabeça, já adivinhado que seria a primeira.

–Audrey Grace Rivers. – Ele diz gesticulando para mim. –Pode começar.

Eu com toda a minha coragem me levanto e subo as escadas do palco, em seguida coloco minha bolsa em cima da mesinha de apoio e me viro para a multidão, respiro fundo e então começo a explicar a teoria e do que ela se trata.

Todos pareciam ter atenção em mim, o reitor parecia incrivelmente interessado na minha proposta e os professores me olhavam orgulhos, mas disfarçavam seus olhares em anotações nos cadernos. Consegui terminar antes do prazo estimado pela diretoria: 30 minutos. Volto para meu lugar e continuo a assistir as outras apresentações, algumas mais interessantes que outras, mas eu não estava prestando atenção, a proposta que Harry me fez não sai da minha cabeça e eu estava tentada a aceitar.

...

Quando sai do campus, estava escuro e chovendo mais uma vez e eu não resolvi correr mais uma vez, apenas caminhei para a estação, coloquei o pé na rua para atravessar e fui caminhando paciente até o outro lado. Escuto um barulho forte de freio vindo em minha direção e parei em meio à faixa de pedestre, senti o carro atingindo minha perna e me empurrando para o chão, o carro para e os faróis altos do carro me cegavam, vejo a porta do carro se abrindo quando coloco a mão em frente o farol para ofuscar a luz.

–Moça, você está bem? –Pergunta uma figura vindo em minha direção, ao chegar mais perto o encaro e percebo que eu o conhecia muito bem. Clint. Isso era ironia do destino. Ele me encarava confuso, mas com certo desespero no olhar. –Audrey?

–E-eu to bem. –Digo tentando me levantar, mas sentia uma forte dor na minha coxa. –É não foi nada.

Ele da à mão para eu levantar e eu seguro, a chuva caia forte em nós dois, seus cabelos levemente arrepiados, estavam molhados e em sua testa.

–Me desculpe, eu não te vi. –Ele ainda não havia soltado minha mão. –Eu posso te levar ao hospital?

–Não, não precisa. –Passo a mão em minha coxa. –Apenas encostou.

–Então deixe eu te levar para casa? –Ele me olhava insistente e da maneira que minha coxa doía, eu não chegaria muito longe.

–Tudo bem. –Assenti.

Caminho até o carro cambaleando e entro, me sentando no banco, Clint liga o carro e ficamos em silencio pelo percurso, eu não olhava diretamente para ele, apenas olhava pelo vidro, o qual eu estava observando a chuva atingir tão suavemente e algumas vezes eu sentia seu olhar em mim. Antes de cruzar a ponte do Brooklyn, ele entra em uma rua que fica próxima da ponte e para o carro em uma esquina, olho para ele desconfiada e foi ai que notei que deveria ter ido embora andando.

–O que é isso? Vai me seqüestrar? –Pergunto virando meu olhar para ele.

–Eu só quero conversar.

–Então estava me perseguindo?

–Não - Ele vira seu olhar para mim. –Audrey, eu tenho repassado os últimos meses da minha vida em minha cabeça e me pergunto de por que fui tão idiota de ter tentado me afastar de você. –Sinto meu coração acelerar e aos poucos vou perdendo o fôlego, mas eu não demonstro e continuo escutando-o. - Quando te vi com aquele cara no bar, eu pensei: Ela precisa de alguém como ele, que não há faça sofrer de maneira nenhuma e que sempre a tenha em segurança. Mas eu sei que ele não te merece, assim como eu não te mereço, afinal, que seria tão bom assim para merecer você?- Clint desvia seu olhar do meu, e fica pensativo por alguns minutos. –Eu fiz um discurso no qual eu não me lembro agora, mas eu sei que a idéia central dele é: Desculpe. –Ele volta há olhar para mim. –E eu te amo, Audrey.

Fecho os meus olhos e suspiro, não tinham o que dizer sobre suas palavras, eu deveria ser mais dura comigo mesma e recusar tudo o que ele disse, mas eu o amava e sabia que deveria perdoa-lo, eu precisava dele. Inclino-me em sua direção e passo a minha mão em sua barba por fazer, eu nunca havia visto ele de barba e continuava perfeito, encosto meus lábios nos seus e o beijo com amor.

Um beijo de amor verdadeiro. Verdadeiro. De amor. Beijo!


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Notas finais do capítulo

Então gente, gostaram?
Boniiiiito ne? *0*
Proximo vai ter HOT (Sim, minha gente eu gosto de um Hot kkkkkkkkkk)
Beijo ;*