Novamente Alice ~sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 8
Queen!!


Notas iniciais do capítulo

Oie... Espero que gostem deste!!!



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Fomos em direção a floresta, eu já estava cansando de tanto mato, White parou para examinar um papel que mais parecia um mapa ou algo do tipo:
— O que tem ai? - Perguntei apontado para o papel.
— Rotas... - eu o encarei com dúvida, pra variar, e ele completou — Para o castelo.
— Pensei que você já conhecesse o caminho.
— E conheço... Mas é inútil se quando precisar não puder usá-los.
— Você é que é um inútil. – Ele não respondeu, mas senti que aquele comentário o tinha afetado e tive que conter um sorriso.

— Vamos em frente.

Continuamos andando e andando até que paramos novamente, White se aproximou de uma árvore e quando eu olhei direito tinha uma porta nela.

— Espera... Uma porta? – Perguntei indignada, já estava começando a decidir qual dos hospícios me internaria depois disso.

— E por que não? - Ele questionou com tom sarcástico e tirou suas chaves do bolso.

— Claro! Portas nas arvores, saudades mundo real.

Ele abriu a porta e entrou eu fui logo atrás, ainda receosa de acabar, sei lá, indo de cara com o resto da árvore, mas me surpreendi ao ver que voltamos àquela sala cheia de portas de quando cheguei aqui — Como é que... – Comecei, mas estava surpresa de mais para expressar minha incredulidade.
— Por aqui vamos - White abriu outra porta, ou era a mesma? Não sei, por isso vamos ignorar esse detalhe.

Ao passar pela porta me deparai com um lindo jardim.

Uma grande roseira imperava na entrada as rosas que nela cresciam eram vermelhas, mas não pareciam muito naturais, pareciam... Pintadas? Eu notei que no canto estavam três supostos jardineiros, todos eram altos e um pouco morenos, um de cabelos e olhos azuis, outro de cabelos e olhos verdes e o ultimo, que era um pouco mais baixo que os anteriores tinha cabelo verde e olho azul, eles corriam, se atrapalhavam e discutiam entre si a todo momento, o de cabelos e olhos azuis me notou e sorriu para mim, eu retribui com aceno e ele voltou a seu trabalho, esbarrando em um dos colegas e quase derrubando um jarro.
Eu estava distraída observando ao redor, quando White fez sinal para que eu me escondesse atrás de um arbusto grande e cheio, enquanto ia para o outro lado, sem entender eu fui e quando me escondi notei que vinham dez guardas carregando clavas andando de dois em dois, também vi alguns nobres, todos eram ruivos e tinham cabelos curtos e bem arrumados, Algumas crianças brincavam de pisar nas flores, elas também eram também ruivas e engomadas, percebi que o jardineiro de cabelo verde e olhos azuis apenas encarava a cena com cara de poucos amigos, mas ao mesmo tempo ele não perecia surpreso, havia algumas pessoas diferentes, que não eram ruivas e nem se arrumavam de modo tão engomado, todos circulavam pelos jardins tranquilamente e sem se preocupar, White saiu de seu esconderijo e pediu que eu fizesse o mesmo, nos aproximamos e observamos ao redor.

— Temos que ir até a rainha!
— Mas como?
— Já sei...
White pegou a minha mão, eu o encarei de um jeito que podia ser traduzido como, "Quem te deu essas liberdades?", ele apenas olhou para frente e mexeu no cabelo, assim prosseguindo com o que estava dizendo:
— Para isso temos que nos misturar. - "E tem que ser andando de mãos dadas por ai?", eu não entendi como faríamos isso, mas mesmo assim o acompanhei e começamos a caminhar lentamente de mãos dadas pelo jardim, estávamos disfarçadamente indo na direção de uma fonte isolada e não muito distante do ponto de partida.— Essas pessoas são convidados da rainha, isso é uma tradição... Mas não é como antes, a nova rainha não lhes dá toda a atenção devida, por isso ela não conhece todos aqui.
— Mas ela te conhece - Lembrei-o quando chegamos perto da fonte, se eu prestei atenção no que minha avó já me disse eu tinha certeza que ele era amigo da rainha.
— Mas ela não está aqui.
Dava para ver a despreocupação e a felicidade em cada uma das pessoas ali presentes — Você sabe tanto sobre isso aqui... Não era pra você estar com eles agora? - Eu perguntei e ele olhou ao redor.
— De forma alguma. – Ele respondeu e seguiu em direção ao fim do jardim, só então, quando ele se afastou de vez, que eu percebi que ainda estávamos de mãos dadas.


Nós seguimos até um pequeno portão prateado, por onde os jardineiros entravam no castelo, assim que entramos chegamos a uma grande cozinha cheia de pessoas ruivas vestidas com aquelas típicas roupas de cozinheiros a diferença e que ao invés de brancas elas eram vermelhas, nós fomos passando por eles como se fossemos invisíveis, ninguém nem sequer olhava pra nós, estavam todos ocupados demais para isso ou então simplesmente ignoravam a nossa presença, o que era bom, não estava a fim de mais problemas.

Ao sairmos da cozinha encontramos um largo e comprido corredor cheio de quadros, todos quase iguais, alguns mais retangulares que outros, mas a maioria mostrava fotos da antiga rainha, pelo menos eu supus que era a antiga.
— Onde estamos indo? - Perguntei mordendo os lábios, aqueles quadros já estavam me dando agonia, parecia que aquela mulher estava me encarando.
— Ao calabouço... - White respondeu olhando em volta, estávamos finalmente no fim do corredor. — Vamos não temos tempo!
Tentando ser mais discreta o possível, o segui uma sala cheia de portas em suas laterais, entramos por uma dessas e chegamos a uma pequena biblioteca, White foi até uma das prateleiras e retirou um grande livro vermelho, a principio nada aconteceu, mas então a prateleira deslizou para o lado, revelando uma escada em caracol que levava para baixo.
— Uau! - Exclamei impressionada, White observou ao redor e depois me encarou como se fosse me esfolar.
— Isso vamos grite mais alto, assim todos vão que estamos aqui!
— Chato! - Sussurrei.
Nós descemos a escada e nos deparamos com uma grande cela que dava para um corredor com mais umas cinco celas em cada lateral, mas bem em frente a essa cela havia dois guardas de plantão:
— O que vamos fazer? - Sussurrei para White, ele apenas fez sinal para que eu ficasse em silêncio.
— Não saia deste mesmo lugar, entendido? - Eu concordei e ele foi na direção dos guardas.
— Ei vocês! - Gritou e os guardas apontaram suas espadas para ele, White segurou o relógio de bolso que sempre carregava e apertou um botão, inicialmente nada aconteceu e os guardas correram para atacá-lo, mas logo em seguida seus passos começaram a divagar e de repente eles ficaram extremamente lerdos, exatamente como aconteceu com Lebre, "Então isso foi mesmo coisa dele?!", pensei sorrindo um pouco, afinal agora poderíamos seguir sem interferências, enquanto isso White pegou sua espada e com um golpe acertou o primeiro guarda no coração, este caiu no chão, instantaneamente morto, e logo fez o mesmo com o segundo. — Vamos - Ele disse simplesmente, mas notei que parecia um pouco cansado, a principio considerei perguntar se ele estava bem, mas de algum jeito senti que não era a melhor hora.

Eu fui passando pelos corpos sem conseguir encará-los — Isso foi mesmo necessário?
— Eram eles ou nós!
— Se você diz!
White retirou uma chave e destrancou a cela que dava para o corredor.
— Você tem uma chave para tudo? - Perguntei chocada, ele apenas suspirou e levantou uma chave prateada que acabara de usar.
— Chave Mestre! - Logo em seguida abriu a cela e nós entramos.

Apressadamente passamos direto pelas outras celas, até que chegarmos a uma porta principal que dava em uma sala um tanto escura, iluminada apenas por tochas e mesmo assim não o suficiente, na sala não tinha nada além de outras duas grandes celas, White começou a caminhar na direção de uma delas, mas a porta se fechou atrás de nós e as tochas se apagaram sozinhas.

Me aproximei de White e ele "desembainhou" a espada, neste momento uma voz soou no escuro:
—O bom filho a casa torna - A voz era bem feminina e até um pouco perigosa, parecia espontânea e jovem, mas com uma frieza abominável, num instante as tochas foram se reacendendo uma a uma até chegar a ela, revelando uma jovem que não devia ter mais que uns vinte anos, ruiva de olhos intensamente vermelhos e frios como o gelo, mas um gelo feito de sangue, ela usava um vestido vermelho longo e rodado, totalmente luxuoso, com vários símbolos de copas desenhados de preto e bordas brancas. Eu olhei para White e ele era puro ódio, a jovem o encarou desafiadora e sorriu — Será que devemos festejar?

— Que... Quem é você? - Perguntei ainda assimilando a aura negativa, ela pareceu me notar pela primeira vez.

— Ora essa coelhinho... Não vai me apresentar essa sua amiguinha ai? - Seu tom era de puro sarcasmo e como, obviamente, não houve reposta, ela prosseguiu — Ai, coelhinho oque eu faço com você? Pois deixe eu me apresentar... - Ela saiu de onde estava e andou com graça até perto de uma das celas, ao me encarar novamente, o sorriso sarcástico deu lugar a um sorriso feroz e o olhar frio se tornou um olhar assassino. — Mary Anne, este é meu nome, mas sabe ninguém me chama assim. Eu tenho um... Apelido, pode adivinhar qual é?
Quando nossos olhares de cruzaram eu senti a maldade sem limites que emanava dela e soube, sem esforços, que estava lidando com alguém definitivamente perigoso:
— Você é... A Rainha de copas.


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Notas finais do capítulo

Aee! Finalmente ela deu as caras... Como se isso fosse assim tão bom ¬¬ !!



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