Novamente Alice ~sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 35
Enfim...


Notas iniciais do capítulo

Heyyyyy... Hoje teremos altas emoções, ou não.... Sê que sabe. Sê que ta lendo.... Mas de qualquer modo....Aproveitem!



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O caminho não era o mais fácil, Jasper usou um dos atalhos para chegarmos o mais rápido o possível no bar, mas para isso tivemos que seguir por um monte de becos e ruas estranhas, as casas da vila eram quase todas iguais brancas com telhado vermelho, oque as diferenciava era as fachadas, os tamanhos e as localizações, numa dessas ruas ouvimos som de musica e vozes animadas, nunca estive em um bar, mas de longe pude imaginar que tínhamos chegado ao nosso objetivo, nós fomos à direção do barulho e paramos em frente, a fachada era de madeira e havia muitas mesas e pessoas em voltas das mesas, gritando e bebendo aos montes.

—Uau! – Exclamei ao observar as pessoas ao redor.

—O lugar é mais tranquilo que parece. – Jasper afirmou forçando um pequeno sorriso.

—Tranquilo? É to vendo. – Sinara comentou e eu sorri, de dentro do bar um homem alto e forte saiu, ele tinha o cabelo bem curto e negro, todo bagunçado, ele parecia ser bem mais velho que o Will ou o Ás, quando o viu Jasper sorriu e acenou, o homem, nos notando, sorriu e nós nos aproximamos, quando chegamos bem perto Jasper correu e o abraçou, o homem retribuiu e encarou a mim e a Sinara.

—Se estão com Jas então são confiáveis. – Ele comentou e Jasper concordou. — Vamos, entrem algo me diz que vamos ter uma longa conversa, Alias sou Doogue Trier. – Nós o acompanhamos até dentro do bar, que não era muito grande, Jasper ia dizendo para o homem que Ás nos tinha mandado, nós passamos por uma porta branca e nos deparamos com uma sala grande e quente, com dois grandes sofás paralelos e uma poltrona no meio, a única decoração eram jarros de flores por toda a parte. —Então, você é Alice, a garota que a rainha quer morta? – Ele perguntou apontando para mim.

—Sim.

—E você é? – Dessa vez ele apontou para Sinara, que o encarou em duvida, mas por fim respondeu.

—Sinara K’alesfi, filha do terceiro comandante de Neal e Dama oficial da Rainha branca. – O homem pareceu um pouco impressionado, mas logo sua expressão mudou.

— E sua mãe quem é? – Ele perguntou e Sinara o estudou por um segundo.

—Nicole... – Sinara começou receosa.

—A Traidora! – Doogue completou sua fala e Sinara cerrou os punhos, era evidente que não gostava nada desse “A Traidora”, ela sorriu e concordou silenciosamente. —Eu vejo a semelhança, agora venham e me digam onde estão seus amigos.

—No palácio da rainha Branca. –Respondi enquanto sentávamos no sofá.

—Ah! Se for assim, menos mal, meu irmão está lá, posso entrar em contato com ele.

—Seu irmão? – Questiono.

—Erai Trier, não é? O ferreiro? – Sinara notou e o homem sorriu.

— Sim, e posso entrar em contato com ele, só preciso de um pouco de tempo.

Doogue saiu da sala e disse para esperarmos ele lá, ainda nos recomendou a varanda que dava para um belo quintal com um gravado que segundo ele, “É o mais macio e belo da região”, Sinara disse que precisava tomar um ar e saiu para o gramado, ficando longe da minha vista e me perguntei se ela estaria bem, claro, não sem antes ressaltar mentalmente que sei muito pouco sobre ela.

Jasper tinha se sentado ao meu lado e agora brincava com um pedaço de barbante que ele pegou do chão.

—Acha que ele está bem? – Ele perguntou subitamente e me encarou em suplica. —Papai.

—Claro que sim, ele é forte e sabe oque faz. – Eu disse, tentando tranquiliza-lo e ele apenas deu de ombros, notei que seus olhos fechavam sozinhos e ele parecia cansado. — Ei, porque não dorme um pouco?

—Não pre-

Mas antes que ele pudesse recusar-se mais, eu o abracei. —Descansa um pouco, o dia já foi muito cansativo e nem chegou ao fim.

—Alice?

—O que? – Ele se afastou me olhando nos olhos. —Me diga como Alli é, sabe se é gentil ou algo assim? – A pergunta me surpreendeu, mas de um jeito bom, eu sorri e tentei achar um jeito simples de explicar alguém tão complexo.

—Bem, ele é cauteloso e prático, muito inteligente e imaginativo, mesmo, ele tem cada ideia. – Ele riu e eu sorri. — Ele é gentil e emotivo, só que não mostra esse lado frequentemente, o que é um pouco triste às vezes, ás vezes ele é implicante e pode parecer apático, mas é só o jeito dele de reagir ao mundo, é, quer dizer, ás vezes ele sai da linha e não consegue controlar as emoções, mas no fundo ele é fofo. – Minha voz soava distante e enquanto eu falava muitas lembranças passavam pela minha cabeça e eu me vi sorrindo para o nada, Jasper me encarava fascinado, com um sorriso torto no rosto, o mesmo de quando Ás disse que eles eram irmãos.

—Ele é incrível e você o conhece tão bem, vocês devem se dar bem. – Ele disse admirado e eu ri alto sem querer bem.

—Me dar bem? Com aquele coelho arrogante? Ah! Não vou te enganar meu jovem, depende muito do dia.

—Eu duvido, eu vi vocês antes, na cidade, estavam em sintonia, se entendiam sem precisar dizer uma palavra, vocês parecem um quando estão juntos.

Aquelas palavras me comoveram tanto que tive que conter as lágrimas, eu não sei o porquê, mas aquilo foi tão lindo que eu sem nem mesmo pensar abracei Jasper, ele retribuiu confuso, e eu apenas sorria sem motivos. Um tempo depois Doogue retornou dizendo que Erai já estava ciente da situação e que iria mesmo mandar os outros virem aqui, eu agradeci Doogue e fiquei jogando cama de gato com um rolo de barbante que Jasper achou por lá, nós nos aproximamos mais da porta e sentamos no chão, o tempo foi passando sem que percebêssemos.

Quando a porta se abriu e eu me levantei subitamente ao ver um vulto loiro que correu na minha direção e praticamente se jogou em cima de mim.

—Alice! Alice! Alice! Alice! Alice! Alice! Minha flor que saudade, juro, minha vida não foi mais a mesma sem sua presença.

—Ah Ches eu imagino. – Eu comentei e ele sorriu, olhando de um lado para outro. —Se esta procurando Sinara ela foi lá pra fora. – Eu apontei e ele sorriu novamente.

—Já disse que te amo?

—Já! E Ches...

—Que foi docinho de abacate?

—É... – Docinho de abacate? Tudo bem apenas ignore. —Ela está um pouco abalada, não sei o porquê, mas se puder dar uma força pra ela.

—Claro fofa. – E assim ele saiu caminhando, ou melhor, quase saltitando, tá, não bem saltitando, mas feliz. Atrás de mim Jasper começou a rir e eu o encarei sorrindo, de repente ele olhou pra frente e parou, eu acompanhei seu olhar e me deparei com Alli entrando, ele estava atento a porta e depois levantou o olhar... Nossos olhos se encontraram...

Não estávamos muito longe, mas quando o vi, uma onda de felicidade e dor passou por mim, estávamos tão perto agora, mas antes estávamos tão longe, ele começou a se aproximar, até chegar bem perto, eu sorri.

—Ei! – Eu disse tentando ser o mais casual possível, mas ele apenas sorriu como se estivesse voltado á realidade e ergueu a mão, passando em meu rosto, eu me senti perder o chão, queria abraça-lo, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, nossa sintonia falou mais alto, e quem me abraçou foi ele.

— Senti sua falta, muito, muito. – Ele admitiu, me abraçando forte e eu o retribui na hora.

— Eu também, senti muito. – Acabei admitindo também, para ele e, principalmente, para mim, ele se afastou um pouco sem jeito, seus olhos passaram pela sala e parou em Jasper, ele o encarou curioso e sorriu, eu ri um pouco e chamei Jasper, que veio andando devagar. — As é mesmo um ótimo pai, veja que belo menino é esse aqui. – Eu disse casualmente e Al me encarou, sua mente tentando processar a informação, quando finalmente entendeu Jasper já estava na nossa frente o encarando receoso.

—Se... Então... – Ele começou e seu rosto se iluminou com um doce sorriso, ele se abaixou e olhou nos olhos do menino, assim como fez da ultima vez. — Isso é bom, sempre quis um irmãozinho. – Ele disse sorrindo gentilmente e Jasper sorriu de volta. —Vem aqui dar um abraço no seu novo irmão. – O pequeno andou até ele, Alli o puxou para mais perto e o abraçou com carinho, ele estava feliz, mas parecia um pouco preocupado e eu não o culpava, afinal saber que os dois são irmãos era o mesmo que saber que ele também era filho dela, isso é, a probabilidade de ele ter tido os mesmos problemas que Alli era alta e isso não tem como ser bom, Jasper começou a se afastar e me encarou, logo encarando Alli e depois olhou para nossas mãos.

—Só me expliquem uma coisa, por que o anel de vocês estava brilhando? – Ele questionou me surpreendendo, eu e White nos encaramos, me lembrei das palavra de Jasper, “estavam em sintonia, se entendiam sem precisar dizer uma palavra, vocês parecem um quando estão juntos ”, só pode ser a magia compartilhada.

—Se ainda estivéssemos com o chapeleiro ele poderia nos ajudar. — Lamentei.

—Ah! Céus eu já ia esquecer... O que meu pai disse... – Jasper disse de súbito e nós o encaramos enquanto ele procurava algo nos bolsos, até que ele tirou um papel. —Achei.

—Oque é isso? – White perguntou.

—É a localização da prisão onde ele disse que seus amigos estão... O chapeleiro, isso, foi isso que ele disse, é onde o chapeleiro está.


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Notas finais do capítulo

Awnnn que momentos cutes..... #Docinho_De_Abacate_É_Oque_Há



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