Novamente Alice ~sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 19
Reencontros!


Notas iniciais do capítulo

Oie Passarinhos!! Ta ai mais um, dessa vez um bem fofo, e bem, eu não sei se vai trazer muita respostas ou muitas perguntas, mas é oque temos então bjuss



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Ches tinha razão, a trilha cortou quase metade do caminho que usamos para chegar, mas ainda assim demorou um pouco, na verdade demorou muito, oque já era de e esperar já que estávamos refazendo em horas o trajeto que fizemos em quase dois dias, já estava tarde quando vimos o fim da floresta, logo iria anoitecer e precisávamos ser rápidos, quando finalmente saímos, pudemos ver a campina e árvore/casa da duquesa, eu respirei aliviada e comecei a andar mais devagar.

— Até que em fim em! – Eu comentei e Ches concordou, todos estavam cansados.

— Vamos quanto antes chegarmos melhor. – White disse acelerando novamente os passos.

— Ah! Seu coelho apressado, espere! – Ches terminou de falar, suspirou cansado e também acelerou os passos, puxando Let que estava quase dormindo em pé.

— Ei! Esperem, ei, Ches, até você! – Eu reclamei tentando acompanhar o ritmo deles, em vão, quando eu me aproximei um pouco nós já estava em frente à porta, White a abriu e parou instantaneamente, Ches, que entrou logo depois fez o mesmo, e logo eu.

— Mas oque... – Eu disse ao ver a sala toda revirada, a mesinha caída, decorações quebradas e muitas coisa fora do lugar, Ches e White começaram a correr pela casa e a chamar a duquesa ou o chapeleiro, mas nada, eu senti um aperto no coração, como se tivesse revendo o mesmo filme, chegar em casa e não encontrar ninguém, que droga, de novo não, eu respirei fundo, Let apertou minha mão e percebi que ele estava a ponto de chorar, eu me abaixei e o peguei no meu colo, ele começou a chorar e vi que White se aproximava, eu fui em sua direção, ele olhou para depois pra mim, fazendo sinal negativo com a cabeça, que eu entendi, nem o chapeleiro e nem a duquesa estavam lá, eu me sentei em um dos sofás com Let que não parava de chorar, o silencio era total, ninguém falou nem um A e ficou assim por um bom tempo.

— Ei... – Ches se aproximou de mim e pôs a mão na cabeça de Let, que virou para encará-lo. -_Venha, você precisa descansar um pouco parceiro. – Let ficou um pouco relutante, mas logo cedeu e foi com Ches. — Vou tentar descansar um pouco também, sei que é difícil, mas temos que manter a calma. – E dizendo isso ele começou a subir as escadas.

— Droga é fácil falar. – Eu reclamei e White apenas me encarou. — Eu só queria ser forte como vocês... – Eu terminei de falar e percebi que estava começando a chorar, “Droga Alice! Pare com isso.” White se aproximou se ajoelhou na minha frente e enxugou uma lágrima minha.

— Você não tem jeito mesmo. – Ele disse sorrindo, um sorriso hipnotizante e lindo, ele ia dizer mais alguma coisa, mas logo desistiu, ele levantou um braço e passou a mão na minha cabeça, bagunçando o meu cabelo. — Tudo bem, eu entendo como se sente. – Ele disse e se levantou, começando a andar na direção da escada. — Ainda lembra onde fica quarto?

— Claro idiota. – Ele então subiu e me deixou sozinha na sala, eu sorri “Idiota”, pensei, mas ao observar como estava tudo bagunçado, meu sorriso desapareceu completamente. Eu me levantei e comecei a me dirigir para o quarto, “Francamente, estou com tanto sono, acho que é a convivência com Let”.

No dia seguinte acordei com um pouco de esforço, Não estava a fim de levantar, se pudesse ficava dormindo para sempre, assim não teria que lidar com tantos problemas, mas infelizmente oque não me faltava eram problemas, eu desci e vi White pondo algumas coisas no lugar.

— Bom dia flor do campo. – Ches disse saindo da cozinha, eu o encarei ele trazia uma pequena bandeja e notei que forçava um sorriso, então eu sorri de volta.

— Bom dia. – Eu respondi e ele me puxou para o sofá, me fazendo sentar ao lado de Let, que dormia tranquilamente.

— Bem eu não sei se está o nível da duquesa, mas bem, eu me esforcei. – Ele colocou a bandeja da mesa e revelou um belo bolo de morango. — Vou pegar algo pra gente beber, e alguém, por favor, acorda o Let, ou eu juro que jogo água na cabeça dele, não que ele fosse perceber. – Ele saiu e White foi acordar Let, que se arrastou para a mesa sem força de vontade nenhuma um tempo depois Ches voltou e nós tomamos nosso café, tenho que admitir que ele cozinha bem, assim que terminamos ele levou tudo de volta pra cozinha, White estava com o cubo na mão e o observava.

— Será que devemos ir? - Eu perguntei.

— Claro que vamos. – Afirmou Ches entrando na sala e nós o encaramos surpresos. — Precisamos saber oque houve, precisamos de respostas e acho que com isso conseguiremos alguma coisa, não custa tentar, então nós vamos.

— Você tem razão. – Disse White se levantando e eu fiz o mesmo.

— Temos que nos preparar então, já que não sabemos oque esperar. – Eu disse e eles concordaram, eu peguei minha mochila e reorganizei as coisas nela, adicionando mais algumas, creio que os outros fizeram o mesmo, depois de um tempo nós nos encontramos na varanda e White jogou o cubo pra cima.

####

Foi tudo tão louco que eu nem sei como explicar, uma hora estávamos na varanda, outra hora estávamos em uma floresta de árvores com folhas roxas, mas não foi como ser tele transportado como foi com Ches, mas era como não ter saído do lugar e sim o lugar ter mudado, havia árvores ao nosso lado e atrás de nós, mas a frente dava pra ver que grande parte havia sido cortada e no fundo Havia uma grande construção, pelo menos era oque parecia, resolvemos nos aproximar e cada vez mais a construção tomava forma, retangular, cinza, grande e com grades, sem dúvidas aquela era a prisão que o Chapeleiro indicou, quando chegamos bem perto notei que a escuridão era intensa, oque me apavorou um pouco, não dava pra ver muita coisa, apesar de ser uma grande prisão não parecia ter pessoas lá dentro.

— Vejam. – Ches sussurrou me cutucando e eu olhei na direção apontada, um pouco de luz batia em uma pessoa que parecia dormir, era uma mulher e jovem, era tudo oque eu conseguia ver. — Não pode ser quem eu estou pensando. – Ele disse isso lançando um olhar a White, que tirou sua chave mestre do bolso e abriu à cela, Ches deu um passo à frente e foi de aproximando da mulher, à medida que chegava mais perto, parecia aumentar os passos. — É ela mesma. – Ele gritou e White correu até ele, Let fez o mesmo e eu os acompanhei, ao chegar perto vi que era uma moça albina, mais que White, de cabelos brancos, ela vestia oque deveria ser um belo vestido branco, mas que a muito não era mais tão belo, ele estava sujo e um pouco rasgado nas pontas, ele estava sem sapatos e o rosto um pouco arranhado, Ches tocou em seu rosto e ela imediatamente acordou, ela nos encarou surpresa, a cor dos olhos parecia se revezar hora tinha um tom castanho escuro hora negros como as sombras da noite, eles eram tão intensos e ao mesmo tempo pareciam tão justos que eu até me arrepiei.

— Majestade! – Pronunciou Ches e ela o encarou, depois como se para comprovar oque via tocou em seu rosto e sorriu.

— Cheshire! – Ela sussurrou sorrindo e logo se virou para White. -_E você, pequeno White... E... – Ela me encarou. — Alice?

— A neta dela na verdade, mas essa também se chama Alice. – Interferiu Ches e ela pareceu pensar, depois sorriu.

— Pequena Alice então? É tão linda quanto a avó. Mas como chegaram aqui?

— Chapeleiro! – Disse White, ela concordou silenciosamente, como se já esperasse por isso, depois notou em Let escondido atrás de min, Ches o encarou também e depois respirou fundo.

— E quem é esse pequenino? – Ela perguntou docemente, Ches suspirou e olhou nos olhos dela.

— Majestade... – Ele começou. — Este é Let, ele agora vive com chapeleiro, e vivia aos cuidados de Lebre de março. – A rainha prendeu a respiração como se fosse chorar, eu encarei White, mas ele parecia tão confuso quanto eu, Ches prosseguiu. — Sei que já deu pra entender, mas vou dizer, porque nem todos sabem disso, pois é algo que lebre me contou e com muito custo, Majestade, esse é seu filho, que você deixou com Lebre e com o chapeleiro quando soube que ia ser atacada e antes de desaparecer.

Isso foi um choque, pra todos e principalmente para Let, que encarou Ches confuso.

— An? – Ele perguntou e Ches sorriu esticando a mão pra ele, que a pegou e Ches o puxou até onde estava, a rainha o observava com os olhos marejados e Let a encarava confuso.

— Let, essa é sua mãe, a rainha branca, ela deixou você para que pudesse ficar em segurança, mas foi presa está vendo, então não pôde voltar. – Ches explicou calmamente.

— Ma... Mamãe? – Let perguntou e a rainha começou a chorar de vez, Let se aproximou e repetiu: “Mamãe!”, dessa vez ele sorriu e seus olhinhos começaram a brilhar, a rainha o abraçou sorrindo e ele correspondeu, “Let finalmente conseguiu oque mais queria, uma família”, pensei sorrindo.

— Ches você sempre soube? – White perguntou e Ches sorriu sem jeito.

— Desculpe me, Lebre me fez jurar que não espalharia, e sabe eu...

— Você era apaixonado por ela e fazia tudo oque ela mandava. – White o cortou e Ches virou o cara, podia jurar que ele estava um pouco corado.

— É... Mais ou menos por ai. – Ele disse e eu ri. — Bem, majestade nos diga, está sozinha aqui?

— Não... – Ela respondeu. — Ele estava dormindo lá no fundo, mas já deve ter acordado, já que tantos anos aqui o fez ter sono leve.

— Ele? – eu perguntei e ela sorriu.

— Sim, a pessoa que estava aqui quando eu cheguei. – Então antes que eu pudesse fazer mais alguma pergunta ouvi uns passos lentos, vindos na nossa direção, White olhou para trás e os passos pararam no mesmo instante, depois o outro preso voltou a se aproximar devagar e parou quando chegou a uma pequena fresta de luz, deu pra ver seu rosto e um pouco do corpo claramente, era um pouco jovem, cabelo cinza bem claro que quase batia nos ombros, olhos azuis intensos, um pouco esverdeados, estava com uma barba mal feita e roupas sujas e rasgadas, o rosto cheio de arranhões, mas ele de fato era lindo.

O rapaz me encarava fixamente, White se aproximou de mim e ele pareceu nota-lo e nesse mesmo momento o homem deu um passo atrás, sua expressão era de que tinha visto um fantasma, White também parecia assustado, ele segurou minha mão e eu percebi que seus olhos estavam um pouco marejados, ele parecia tentar acreditar no que estava vendo, até que o homem falou:

— Alli?– Ele perguntou e White se levantou subitamente, o homem deu um passo a frente e White fez o mesmo. — Alli! – O homem afirmou com mais convicção dessa vez e o abraçou. — Alli! – Ele repetiu, sua voz começou a falhar e começou a chorar, White parecia chocado nos primeiros segundos, mas depois, para a surpresa de todos, retribuiu o abraço e disse apenas uma coisa:

— Pai!


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Notas finais do capítulo

:p Sim é isso mesmo que vcs leram... E antes das mil perguntas sobre a parte do Alli é porque o nome dele, DE VERDADE, é Allister Wate.. Ok? E o do Ches... Algum dia eu conto! zuera no próximos vcs devem descobrir!!



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