Novamente Alice ~sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 13
Uma aula sobre tipos de magias com o chapeleiro!


Notas iniciais do capítulo

E aqui está mais um cap, dessa vez com o lindu do chapeleiro!



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Durante todo o dia nos concentramos nos treinos, Ches começou a me ensinar alguns golpes básicos para ataque, enquanto White com a defesa, a duquesa havia saído com meu pai havia um bom tempo, provavelmente ele já devia estar voltado para casa agora.
— Tente se concentrar mais! Preste atenção em meus movimentos! - White dava ordens atrás de ordens, mas eu tenho que admitir que luta nunca foi o meu forte, na verdade eu nunca tentei lutar pra saber.

— Atenção Alice! Atenção.
— To tentando! To tentando! - Eu respondi sem folego. — Você é muito rápido eu não consigo acompanhar sem me perder.
— Ok! Vamos voltar do começo! - Ele suspirou e recomeçou a aula.
Com Ches foi um pouco mais tranquilo, por mais incrível que parece ele estava extremamente concentrado, e suas demonstrações eram tão perfeitas quanto as de White, ele tinha um pouco mais de paciência para explicar, e apenas ria dos meus erros, que aliás eram muitos.
No fim do dia a duquesa retornou sozinha, dizendo que minhas próximas aulas seriam também com o chapeleiro, eu respirei aliviada, pelo menos o chapeleiro não tinha cara de psicopata de Ches e nem a arrogância natural de White, só tinha um pequeno problema, ele era 'meio' louco, se bem que pelo que Ches comentou certa vez o chapeleiro pode ser louco, mas sabe muito sobre magia e é um grande professor.
No dia seguinte, meu treino recomeçou bem cedo com Ches e White pela manhã e o chapeleiro apareceu a tarde, eu estava na varanda e o vi chegar, fiquei impressionada com como ele parecia bem, claro ainda tinha um olhar confuso, mas como eu já disse antes, este parece ser seu olhar mais natural, acho que a ideia de lutar contra a rainha lhe deu um novo ânimo, ele parecia até bem mais jovem e vivo do que antes, junto dele estava Let, que também parecia bem melhor (e acordado).
— Ola! - O chapeleiro exclamou sorrindo quando me viu e eu retribui com um aceno, a duquesa apareceu na porta sorridente como sempre, ou quase sempre:
— Ola! - Ela o cumprimentou e ele sorriu um pouco tímido, "Será que...", eu pensei contendo um sorriso sínico, Let deu uma abraço na duquesa que retribuiu sorrindo e correu para dentro da casa aonde estavam White e Ches, por mais incrível que pareça, ele adora White.
— É... Então Alice, so... Soube que precisa de umas ajudinhas com magia! - Ele disse desviando o olhar para mim um pouco sem jeito.
— Acho que sim.- Eu respondi, omitindo a pequena parte em que eu sabia exatamente nada sobre magia.
— Bom vamos então! - Nós fomos até o fim da campina aonde havia uma grande árvore de alguma fruta que eu não conheço e nos sentamos, eu respirei fundo o ar puro e fresco do lugar, simplesmente maravilhoso. -_Eu soube que seu poder surgiu no confronto com a rainha. - Ele comentou e eu voltei minha atenção ao que realmente importava.
— Sim... Mas eu não entendi direito oque aconteceu. - Admiti.
— Tudo bem, estamos aqui para isso! Aliás... - Ele parou e me encarou por um tempo.
— Oque é? - Perguntei preocupada esperando algo realmente importante, mas era o chapeleiro afinal.
— Gostei do cabelo trançado, mas ainda acho que você devia cortar. - Ele disse de forma tão séria e fofa, que nem tive como ficar com raiva.
— Vamos ao que realmente interessa? - Perguntei sorrindo, minha experiencia neste mundo me ensinou a nunca prosseguir uma discussão inútil, ainda mais com o chapeleiro, ele sorriu e pareceu pensar um pouco.
— Posso ver sua arma? - Perguntou apontando para o meu cinto.
— Claro! - Eu entreguei em suas mãos e um segundo depois ele respirou fundo e fechou os olhos, eu o observava curiosa enquanto as brisas suaves aumentavam mais rapidamente, e começaram a rodea-lo sem parar, até que ele abriu novamente os olhos e o ár voltou ao normal.
— Parece que sua magia é mesmo forte. - Ele disse analisando os detalhes no punhal. — Mas não está toda concentrada aqui. - Ele falava um pouco pensativo e eu apenas o observava, depois de pensar bastante ele pegou minha mão e começou a analisar o anel — Oh! Está aqui! - Ele exclamou ainda mais absorto em pensamentos e me encarou por um tempo. — Oh...
— Oque é?
— Você tem belos olhos! - Ele comentou admirado e eu respirei fundo, tentando contar até dez. — Parecem esmeraldas, da até vontade de pegar...
— Oque descobriu sobre o anel? - Perguntei tentando não me irritar, o interrompendo e o tirando de seus devaneios, pelo menos temporariamente, ele soltou a minha mão e sorriu.
— Receio se tratar de magia compartilhada... Com quem está o outro?
— White... Por que?
— Ora como o nome diz a magia é compartilhada... - Ele respondeu como se fosse obvio, "como se isso ajudasse" , pensei o encarando e ele prosseguiu.-— — Mas por enquanto vamos nos concentrar no seu poder principal...
— Tá bem, eu acho!
— Bem oque você precisa saber, pelo menos 90% das pessoas deste país sabem magia, e existem tipos de magia, sendo as principais: Magia das trevas, magia da terra e magia celeste. O mais comum de se encontrar é a magia da terra, que nada mais é que magia usada por pessoas comuns, quer dizer qualquer um pode aprender, o nome terra é apenas dado pois os fluxos de energia principais vem da terra, quando desperta, sua tendência é causar explosões ou mover e paralisar objetos, entende?
— Acho que sim!
— Ótimo, agora temos as mais raras, a magia das trevas e a celeste, essas são do tipo que você deve ter um talento nato para a coisa e saber escolher bem, do tipo que nasce com você, a magia das trevas infelizmente é um pouco mais exercida do que a celeste, geralmente por magos com vocações tanto para o bem quanto para o mal, ela é extremamente perigosa por consumir cada vez mais a alma do mago para o mal, depois de certo tempo com ela você passa a ser um verdadeiro ser maligno, quando desperta sua tendência é trazer pesadelos e sensações de dores insuportáveis àqueles de bom coração, entende?
— A... É... Não sei... Acho que sim!
— Ótimo, ótimo... E a celeste é a mais bela de todas, ela também transforma a alma do mago com o decorrer do tempo, mas para um lado positivo, e diferente das trevas que consomem rapidamente, ela demora a terminar o serviço, sabe ás vezes pode levar até anos e enquanto a das trevas transformam o seu jeito de ser a cada evolução, a celeste só evolui se seu jeito de ser evoluir naturalmente, ou seja, quanto mais justo, digno e fiel você for, mas forte você se torna.
— Mas... E se você for corrompido pelo mal?
— Bem o seu poder do bem diminui, e quando isso acontece a grande maioria dos magos acaba procurando as trevas, é um comportamento bem automático, que ninguém até hoje conseguiu explicar, dizem até que todos nascemos com um dom tanto para a luz quanto para as trevas, mas cada um e cada um e cada um diz uma coisa diferente.
— Oh.. Entendo!
— Mas como eu dizia antes, a celeste é usada por poucos e quando desperta sua tendência é trazer a luz que afasta qualquer um com intenções malignas, assim como aconteceu com você.
— Espere... Está dizendo que eu ... Posso usar magia celeste? - Perguntei em choque.
— Sim! Assim como White, Ches e Loke... Conheceu Loke não conheceu?
— Sim...
— Ele é bem engraçado, não, espera esse é o Cinne, acho que confundi azul com verde... Ah.... E.... E... -Ele encarou o chão por alguns segundos. — Lebre também podia. -Ele completou triste e eu o encarei sem ter oque dizer.— A magia dela era muito parecida com a de White, acho que é por que dividem o mesmo sangue ou coisa assim! Ainda por cima este lugar possui um belo grupo de magos celestes, isso é raro, alguns dizem que isso não é nada de mais, mas eu chamo isso de destino...
— Como?
— Magos celestes são raros! São poucos e achar tantos em um único lugar só pode ser coisa do destino. - Ele respondeu sorrindo e eu sorri de volta. — Sabe muitos dizem que acreditar em destino é loucura, mas loucura é acreditar que as coisas acontecem sem motivo, sabe e acredito em motivos, motivos e motivos, acho que nada vem do nada e nada acontece do nada, entende?
— Acho que sim. - Respondi sinceramente, pois de fato oque ele dizia tinha alguma validade, ele sorriu docemente e se levantou de súbito:
— Ei, vamos atrás de White, precisamos entender essa magia compartilhada.
— Claro. - Eu concordei me levantando também.
— Será que tem algum chá na casa da duquesa? Eu gostaria de tomar chá! É Isso vamos tomar chá todos juntos! Será que a duquesa vai querer tomar chá conosco? - Ele indagou e eu sorri.
— Acho que sim, afinal você é bem bonito, certamente ela deve gostar de você! - Eu disse começando a rir.
— Ei! - Ele começou a reclamar, mas depois de um segundo estava rindo comigo. — Você é muito espertinha sabia, vamos logo, senão o chá esfria!


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Notas finais do capítulo

Gostaram da aula? kk Let é um cute, pelo menos alguém adora o White! cof cof



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