[Dramione] - Revelações 2 - Escolhas escrita por Mione Malfoy


Capítulo 8
I've made a Mistake


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Sim, estou aqui de madrugada para atualizar a fic. Não, eu não vou atrasar a fic de novo.
O fato é que eu tive um dos melhores finais de semana da vida toda com meus primos e amigos e por isso não tive como postar na data normal que é sábado. Eu estou desde sexta participando do Animazon, um evento voltado para cultura asiática e nerd/geek, que teve aqui na minha cidade. Estou bastante rouca ainda - o que é um imenso avanço já que cheguei em casa sem voz - e acabei pegando uma gripe no sábado. Passei o dia organizando minha vida de novo e só agora tive tempo de atualizar as fics.
Sem mais enrolação aqui está o capítulo.
Enjoy! *-*



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I've made a mistake

No dia seguinte Harry e Rony foram novamente em missão de busca pelos Carrow, tentei não me preocupar tanto e resolvi distrair a cabeça com os preparativos para o natal na mansão.

Gina havia adorado a ideia, Jorge e Gui acharam que seria interessante ter um natal fora da Toca, Fleur ficou maravilhada por poder comemorar o natal em grande estilo, pois apesar de viver uma vida simples com Gui, ela ainda tinha raros ataques de francesa mimada. O único contra foi Rony, mas isso já era esperado, depois de um tempo ele acabou aceitando e até se ofereceu para me ajudar com o que eu precisasse. Combinamos que ele me acompanharia nas compras dos materiais e presentes no final de semana.

Draco ficou feliz em saber que os Weasleys aceitaram nosso convite e tratou de organizar uma reforma super-rápida na mansão. Disse que era a desculpa perfeita para mudar a mansão e como dizia a mãe dele, deixá-la mais viva. A semana passou rápida e quando dei por mim já era sábado. Rony e eu fomos ao Beco Diagonal fazer as compras de natal.

– Onde vamos primeiro? – ele perguntou animado.

– Ainda precisamos comprar mais algumas coisas para a decoração da mansão. Depois disso iremos comprar os presentes.

– Sabe as coisas lá em casa estão bem melhores. Digo, financeiramente. Gui resolveu ajudar Jorge com a loja de logros, eu estou trabalhando como auror, Gina está quase sendo contratada e papai e Percy trabalham no ministério. Acho que esse ano deve ser o primeiro em que teremos presentes de verdade para todo mundo. Não só coisas usadas passando de um irmão para o outro.

Rony fez uma careta esquisita. Todos sempre soubemos que os Weasleys passavam algumas dificuldades financeiras, mas mesmo com tudo isso eles eram a família mais unida e feliz que eu conhecia.

– Rony, não fique assim. Isso é tudo muito bom. Vocês sempre foram um exemplo para mim. Com dinheiro ou sem. Deixe isso para lá e vamos as compras ok?

– Ok. Então, primeiro os enfeites não é?

– Sim.

Andamos pelo Beco em busca dos últimos itens de decoração enquanto conversávamos. Depois passamos nas outras lojas procurando os presentes. Comprei presentes para cada um dos Weasleys, o do Harry e até o do Hagrid, que seria enviado para ele por correio-coruja. Faltava apenas comprar o presente do Draco.

– Já compramos tudo? – perguntou Rony me tirando de meus devaneios.

– Quase.

– O que ainda falta?

– Mais um presente. Mas não sei o que comprar.

– Pra quem é?

Fiz uma careta. Eu sempre ficava desconfortável ao falar de Draco com Rony.

– É pra fuinha loira não é?

– Não chame ele assim.

– Chamar quem como?

Vi Rony ficar irritado e virei-me para olhar para Draco. Ele estava simplesmente maravilhoso. Os cabelos loiros um pouco maiores o que o de costume cismavam em cair próximos aos olhos acinzentados. Ele estava com uma camisa branca de gola alta e uma calça escura, com um sobretudo de couro preto por cima. Me aproximei e o beijei levemente nos lábios.

– O que faz aqui?

– A reforma está pronta e como você disse que compraria os itens de decoração eu resolvi vir comprar presentes de natal. Mas confesso que estou meio confuso. A propósito, e aí Cenoura? Como vai?

– Estava ótimo até você aparecer com sua cara de fuinha loira.

– Relaxa Weasel, não pretendo me juntar a vocês.

– Porque não Draco? – perguntei

– Porque a julgar pela quantidade de sacolas que carregam, vocês já terminaram tudo.

Olhei para as muitas sacolas que estavam nas mãos de Rony e para as que eu mesma carregava e não pude deixar de rir.

– Tem razão. Compramos quase tudo.

– Quase?

– Ela ainda não comprou o seu presente.

– Rony! Quer calar a boca?

– Hmm. Porque não? Por acaso não vai me dar um presente. – ele se aproximou e me puxou pela cintura.

– Draco, aqui não.

– Aqui não o que? Você me beijou agora há pouco não beijou?

– Foi um deslize. Quer que todos saibam que estamos juntos?

– Pra falar a verdade sim. Assim todos vão saber que você é minha e vão pensar duas vezes antes de se aproximar de você.

Draco disse a última frase encarando Rony. Fiquei com medo de que eles fossem brigar ali, mas Rony apenas sorriu.

– Acha que alguém vai ficar com medo de você Malfoy?

– Digo que alguns deveriam.

– Já chega.

– Não estamos fazendo nada Mione. – disse Ron.

– É amor, você está imaginando coisas. – disse Draco me soltando.

– Vou comprar seu presente e depois Rony e eu vamos até a loja do Jorge. Se quiser eu espero você lá. Assim podemos levar as decorações para a mansão.

– Eu levo. Você não pisa lá até o natal. Quero fazer uma surpresa.

– Surpresa hã? Tudo bem. Mas nesse caso você terá que decorar a mansão sozinho. Tem certeza que consegue?

– Claro que sim, até porque não farei sozinho. Theo, Blás e Pan ficaram de me ajudar.

– Porque a Parkinson vai se meter?

– Ciúmes? – dei um tapinha leve em seu ombro – Relaxa, a Pan não vai passar o natal com a gente. Mas Theo e Blás devem aparecer por lá um pouco. Tem algum problema? Tudo bem pra vocês Weasleys?

– Não tenho problemas com Nott e Zabini. E a casa é sua, nenhum Weasley vai reclamar se você quiser receber seus amigos lá.

– E você Hermione?

– Eu não tenho nada contra nenhum dos dois. E como Rony disse, é sua casa. Você recebe quem quiser.

– Menos a Pansy?

– Enquanto ela não der em cima de você eu estou bem.

– Pan e eu já tivemos algo, mas é passado. E se você quer saber, ela está com Blás agora.

Fiquei imaginando Pansy e Zabini juntos. Eram um casal estranho, mas creio que eu era a última pessoa indicada para falar algo. Eu estava com Draco Malfoy, a última pessoa na face da terra que achei que fosse amar.

– Bem, vou deixar você e o Weasel terminarem suas compras. Passo mais tarde na Gemialidades para pegar os enfeites com você.

Dizendo isso me beijou e foi embora. Rony fez careta assim que ele se afastou de nós e reclamou um bocado falando coisas como “Não sei o que você viu nesse idiota”. Eu ainda não sabia o que comprar para Draco e então andamos um bocado até que eu achasse algo perfeito para ele. Rony aproveitou para comprar alguns presentes de natal que faltavam em sua lista e assim que compramos tudo fomos até a loja dos gêmeos.

Fiquei triste com esse pensamento, não era mais a loja dos gêmeos. Até o nome Gemialidades me dava uma pontada no peito. Eu sentia falta de Fred, imaginava como os Weasleys conseguiam, sabia que nunca superariam, mas ainda assim. Perder alguém que se ama tanto é algo doloroso. Acabei pensando em meus pais e na falta que sentia deles. Rony percebeu minha tristeza.

– O que houve Mione? Você está bem?

– Sim, eu estou. É só que... Percebi que estamos chegando no natal e não teremos Fred para nos fazer companhia. E fiquei mais triste pensando em meus pais.

– Fred faz muita falta, mas mamãe e papai dizem que não devemos ficar tristes. O momento do luto passou e agora é hora de seguirmos em frente. Fred gostaria que fôssemos felizes, então nos esforçamos para ser. E seus pais logo vão aparecer. Você verá. Kingsley não tem descansado um minuto da procura deles, e o ministério australiano logo nos dará boas notícias. Eu acredito nisso.

– Tem razão. Ser pessimista não vai ajudar em nada.

Entramos na loja e fomos recebidos por Gui e Jorge. Conversamos bastante e depois de pouco mais de meia hora Draco entrou na loja me procurando.

– E aí Weasleys?

– Olá Malfoy. – disse Gui apertando a mão de Draco em um cumprimento.

– Espero que não esteja tendo trabalho demais com os preparativos para o natal. Nós não queremos incomodar... muito.

– Não se preocupe, Jorge não é? – disse estendendo a mão e apertando a de Jorge - Hermione está me ajudando com tudo. Espero que gostem de passar o natal conosco.

– Acredito que sim, Hermione nos garantiu que você é uma pessoa diferente agora. Confesso que vai ser no mínimo curioso visitar sua casa. – disse Gui.

– Esperarei todos lá. Vamos Hermione?

– Não vai deixar ela se despedir de mim?

– Que seja Cenoura. – virou-se para mim - Espero por você lá fora.

Me deu um beijo leve e saiu. Gui e Jorge foram atender os clientes e Rony me puxou para um canto.

– Mione, não sei se te contaram mas os Carrow...

– Estão atrás de nós. Eu soube, seu pai me contou semana passada.

– Deixamos sua casa protegida e Harry e eu temos estado de olho em você.

– Sei me cuidar sozinha Rony. Mas porque resolveu me avisar agora?

– Conseguimos capturar Amico, mas Aleto escapou. Creio que ela vai tentar algo desesperado, portanto tome cuidado ok? Não quis falar nada antes para não estragar o clima das compras de natal.

– Não se preocupe Ron. Eu vou ficar bem. - abracei meu amigo e lhe dei um beijo no rosto. – E você também. Tome cuidado.

– Eu vou ficar bem. Sou um auror agora lembra? – disse rindo.

– Palhaço. – disse também rindo.

Me despedi de Rony, acenei para Gui e Jorge e então saí. Draco estava encostado em uma parede do outro lado da rua, me dirigi até ele e nós aparatamos para minha casa. Passamos o restante do sábado namorando em minha sala de estar e fazendo planos. Depois do ano novo Draco iria trabalhar na reforma da escola e em setembro nós voltaríamos a Hogwarts como alunos pela última vez.

Seria muito estranho voltar para Hogwarts como namorada de Draco. Nós sabíamos que muitos dos nossos companheiros não voltariam para concluir os estudos. Eu teria apenas Neville e Luna, e segundo Draco, apenas Nott e a Parkinson voltariam com ele. Zabini iria se mudar com a mãe para Bulgária e iria terminar os estudos em Durmstrang, o que estava deixando a Parkinson maluca. Harry e Rony eram aurores e Gina estava apenas esperando o resultado de seus testes para começar os treinos com o time de quadribol. Seriamos apenas nós e alguns poucos amigos, tentando retomar nossas vidas da maneira mais simples possível.

Draco não parecia nada preocupado com os NIEM’s. Segundo o veredicto do julgamento ele deveria tirar “Ótimo” em Poções e Feitiços e como ele não parecia se importar chamei sua atenção, ao que ele me respondeu com um “As aulas só começam em Setembro, relaxa Hermione.”.

Relaxar. Está aí uma palavra da qual eu não conhecia mais o significado. Mesmo estando com Draco eu estava a todo o momento, nervosa ou ansiosa e até com medo. Ainda mais depois do que Rony me contou no Beco. Relaxar era a última coisa que eu conseguia fazer.

Assim que anoiteceu Draco pegou as sacolas com as decorações para o natal, se despediu e aparatou para a mansão. Mal esperei que ele sumisse e comecei a reforçar os encantamentos em volta da casa. Todo o cuidado era pouco, Voldemort podia estar morto, mas uma parte de seus seguidores estava viva e livre. E se os Carrow conseguissem reuni-los uma nova batalha como a de Hogwarts poderia acontecer.

Virei-me para entrar assim que terminei, mas parei ao avistar uma coruja rajada vindo em minha direção. Ela sobrevoou minha cabeça e deixou uma carta cair aos meus pés. Peguei-a e vi o escudo do ministério estampado no envelope, abri imediatamente.

Cara Srta. Granger,

Informamos que obtivemos sucesso na busca por seus pais. Um grupo de obliviadores do ministério australiano foi enviado e as memórias de seus pais foram restauradas. Ambos estarão sendo trazidos para Inglaterra via Chave de Portal.

Solicitamos seu comparecimento imediato no Ministério da Magia. Obrigatório o acesso pela entrada de visitantes.

Att,

Percy Weasley

Assessor Sênior do Ministro.

Meu coração parou. Meus pais. Finalmente haviam encontrado meus pais. Comecei a chorar e entrei correndo em casa, subi as escadas, peguei minha bolsa, larguei a carta na cama e saí, procurando um lugar para aparatar. Aparatei para o beco onde ficava a cabine telefônica que servia de entrada para visitantes.

Assim que abri a porta da cabine senti um baque em minhas costas e caí. Tentei olhar em volta e fiquei aterrorizada ao perceber que estava completamente imobilizada. Alguém havia me petrificado. Logo senti um par de mãos revistando minhas roupas até achar a varinha e em seguida me virando para que eu pudesse encará-lo.

Medo. Foi a primeira sensação que tive. Eu havia ficado tão contente com a notícia sobre meus pais que baixei a guarda. E ao olhar os olhos da mulher morena que me encarava com satisfação, percebi que aquele provavelmente seria o maior erro que cometi. Um erro que custaria minha vida. A última coisa que me lembro antes de perder a consciência é a gargalhada vitoriosa de Aleto Carrow.


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Notas finais do capítulo

Yay.
Tenso né?
A fic vai ter 10 capítulos e um Epílogo, o que significa que a partir de agora as coisas vão ficar meio tensas mesmo, então, se preparem.
Beijos meus xuxus