[Dramione] - Revelações 2 - Escolhas escrita por Mione Malfoy


Capítulo 5
Boas Notícias?


Notas iniciais do capítulo

Yo!
Como estão? Eu já estou me sentindo bem melhor, embora ninguém tenha descoberto o que era que eu tinha afinal. Quase eu "levei o destempero" como diz meu primo, e aí vocês ficariam sem continuação nas fics. 8( Triste né? Tbm fiquei.
Bem, sry o atraso na postagem ( tô fazendo mt isso né? ) é que minha irmã estava de viagem e voltou hoje, tinha muita coisa pra arrumar.

Enfim, enrolei demais vcs. Enjoy!
Nos vemos nas notas finais.



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Boas Notícias?

Pov Draco Malfoy

Fiquei por horas na frente da casa dela esperando que ela aparecesse. Quando senti as pernas doerem fui dar mais uma caminhada. Já era a terceira vez que eu fazia esse ciclo, ir na casa dela, bater na porta, sentar nos degraus da frente por horas, ir caminhar quando as pernas cansavam da posição, voltar pra casa dela e repetir o processo.

O bairro trouxa onde ela morava não parecia ser incomum, mas para mim era algo completamente novo. Na primeira vez em que vim fazer minha caminhada acabei chegando em um pequeno parque, haviam crianças correndo e algumas pessoas, que eu julgava serem os pais, sentados em banquinhos próximos. No parque haviam algumas estruturas de ferro estranhas onde as crianças brincavam. Eu não fazia a menor ideia do que eram, mas parecia divertido. Era por volta de sete horas e sol estava se pondo. Sentei ali até ficar escuro e os pais levarem as crianças embora.

Na segunda vez era por volta das dez e resolvi fazer outro caminho. Encontrei uma rua que parecia muito com o Beco Diagonal. Haviam dezenas de lojas dos dois lados da rua, algumas vendiam comida, outra vendia uns aparelhos esquisitos com um teclado numérico e uma pequena tela e estava fechada, uma vendia roupas e calçados, também fechada, algumas tinham muita música e pessoas alegres com copos na mão. Aquelas deveriam ser os bares trouxas. Na terceira vez já eram quase duas da manhã e eu fiz novamente um caminho diferente, mas dessa vez acabei passeando pela parte residencial mesmo, casinhas de várias cores e estilos, algumas com carros na frente.

Não quis demorar muito dessa vez, pois estava ficando tarde e onde quer que Hermione estivesse eu achava que não demoraria a voltar. Praticamente corri de volta para a casa dela e qual não foi a minha surpresa ao chegar lá e encontrar ela nos braços do Cabeça-de-Fósforo Weasley? Fui pisando forte até ficar mais próximo deles.

– O que significa isso Hermione? – disse com fúria mal contida.

– O que quer aqui uma hora dessas Malfoy?

– Isso não é da sua conta não é Weasley?

– Draco, calma. Não tem nada de mais acontecendo aqui.

– Não foi o que pareceu.

– Mione, você não está bem. É melhor entrar e ir se deitar. Deixa pra resolver suas coisas com o Malfoy depois.

– Não precisa se preocupar Rony. Sinto muito, mas acho que é melhor que você vá embora.

– Tem certeza?

– Quer fazer o favor de sumir logo com essa sua cara estúpida daqui Weasley? – o imbecil apenas me ignorou e continuou esperando resposta da Hermione.

– Eu vou ficar bem, sério. Pode ir.

– Tudo bem, eu vou. Mas cuidado com esse aí ok? Qualquer coisa pode ir lá para Toca.

– Vaza Weasley.

O ruivo deu um abraço em Hermione e lhe deu um beijo no rosto, em seguida virou-se e me encarou com indiferença. Afastou-se um pouco de nós e aparatou. Olhei para Hermione e bufei irritado.

– Quer dizer então que você além de não me procurar o dia inteiro ainda resolve sair e só chegar às duas da manhã com o pobretão a tira colo?

– Draco, eu não estou no clima para brigar com você agora. Eu preciso entrar, pode entrar comigo se quiser ter uma conversa decente ou ir embora e esperar essa raiva passar. Não vamos resolver nada de cabeça quente.

– Sabe desde que horas eu estou aqui? Se estivesse no meu lugar você também estaria irritada. Ainda mais vendo sua namorada chegar as duas da manhã com o cara que morre de amores por ela.

– É isso então? Ciúmes? Draco pelo amor de Merlin. Olha, eu estou um pouco tonta e preciso entrar, vem comigo ou não?

Fechei a cara e me aproximei dela enquanto ela abria a porta para que entrássemos. Ela foi imediatamente para dentro então fechei a porta e fui até a sala. Sentei em uma das poltronas e fiquei esperando que ela voltasse. Passados alguns minutos Hermione ainda não tinha voltado e eu comecei a ficar preocupado, ela havia dito que não estava bem, o Weasley também havia comentado isso e em meu momento de raiva nem percebi. Eu sou o pior namorado do universo.

Levantei da poltrona e fui entrando na casa a procura de um quarto ou banheiro onde ela pudesse estar. Encontrei no andar de baixo uma porta no final de um pequeno corredor que parecia ser um banheiro, a luz estava acessa e eu podia ouvir sons vindos de dentro.

– Hermione? Você está bem?

– Não.

– Abre a porta, me deixa entrar.

– Não.

– Hermione para com isso. Abre essa porta.

– Já disse não. Não quero que você me veja assim.

– O que é que você tem afinal?

– Eu bebi demais.

– Bebeu? Onde era que você estava?

– Hoje era a festa da admissão de Harry e Ron como aurores no ministério. Você não sabia?

– Não.

– Vai estar em todos os jornais amanhã.

– Ótimo. Mas porque você está assim? Quanto você bebeu?

– Acho que... – ela se calou um instante e ouvi uns barulhos – Acho que devo ter bebido uns quatro copos de whisky de fogo.

– Quatro? E está assim?

– Sou terrivelmente fraca para bebidas.

– Acho que começo a perceber. Se você sabia disso porque foi que bebeu então?

– Eu estava feliz. Fiz as pazes com Ron, Harry e Gina estão felizes, estávamos comemorando a oficialização de Harry e Ron como aurores. Eu fiquei feliz e resolvi beber um pouco. Não pensei que ficaria assim só com alguns copos.

– Então foi por isso que você chegou com ele?

– Sim. Harry quis me trazer até em casa, mas Rony se ofereceu. Eu aceitei, mas ele não fazia ideia de onde eu morava então viemos de metrô até a estação mais próxima e depois viemos caminhando.

– Nem vou comentar nada. Imagino perfeitamente quais eram as intenções daquele ruivo maldito de querer trazer você em casa. – bufei com raiva e ouvi o barulho da descarga seguido do barulho da torneira sendo aberta. – Você tem certeza que está bem?

Não houve resposta, só ouvi a torneira se fechando e logo depois Hermione abriu a porta do banheiro.

– Agora sim. Bem melhor.

Puxei Hermione para meus braços e apertei. Eu estava irritado, com ciúmes e com raiva, mas nada disso importava naquele minuto. Eu só queria ficar ali abraçado com ela.

– O que está fazendo Draco?

– Eu estava preocupado com você sua idiota. A gente briga e você some, chego aqui você não está, chega de madrugada, passando mal e acompanhada daquele babaca. Não sei se fico com raiva ou se cuido de você.

Ela retribuiu o abraço e começou a chorar em meu peito.

– Desculpe. Eu sinto muito mesmo pela briga idiota no Beco. Eu sei quem você é e sei que não posso obrigar você a ser outra pessoa. Me desculpe Draco. Eu só... Na verdade eu não sei o que eu estava pensando. Nós estamos juntos há dois dias e já brigamos desse jeito.

– Eu sei. Eu também tenho culpa. Não devia ter agido daquela forma com você. Eu só me irritei, não sou o Santo-Potter, não sou bonzinho. Eu sou apenas eu, apenas Draco Malfoy. Não posso mudar tudo o que sou e tudo que aprendi a ser da noite para o dia. Acredite em mim, eu quero ser uma pessoa melhor porque você merece alguém assim, mas não sei se serei capaz de mudar isso. Para falar a verdade, nem sei se quero.

– O que quer dizer? – ela perguntou me soltando e afastando-se o suficiente para me olhar nos olhos.

– Eu sou quem eu sou. Com todos os erros e defeitos. Se você me ama, tem que aprender a conviver com todas as minhas partes, as boas e as ruins. Sou mimado, orgulhoso, possessivo, teimoso e arrogante. Então ou você me aceita como eu sou ou não há futuro para nós dois.

– Eu sei disso, já disse que amo você. É só que... Eu queria que você se desse bem com meus amigos. Afinal eles são a única família que tenho até então. O ministério ainda não tem nenhuma notícia dos meus pais, e nem sei se vão conseguir encontra-los. Se meus pais não aparecerem os Weasleys são o mais próximo de uma família que eu tenho, e Harry também.

– Eu entendo isso.

– Então pode tentar? Por mim?

– Eu prometo tentar. Está bem assim?

– Perfeito.

Pov Hermione Granger

Draco saiu não muito depois da nossa conversa. Nós namoramos um pouco e ele foi embora. Eu subi, tomei um banho e me deitei com um pensamento na cabeça: Iria fazer de tudo para que Draco se desse bem com todos os meus amigos.

Na manhã seguinte acordei com um pouco de dor de cabeça mas disposta ainda assim. Resolvi ir até o Ministério. Usei a entrada da cabine telefônica que certa vez Harry e o Sr. Weasley tinham usado e me dirigi para o gabinete do ministro.

– O ministro se encontra? – perguntei para a secretária que estava em uma mesa no canto.

– Sim senhorita Granger. Deseja falar com ele?

– Se possível.

– Um minuto.

Ela pegou um pedaço de pergaminho escreveu algo e o enviou na direção da sala onde Percy ficava. Ele como assistente do ministro era quem recebia todos antes que Kingsley estivesse disponível. Não se passou nem um minuto inteiro e vi a cabeleira ruiva passar pela porta.

– Hermione, que prazer ver você de novo.

– Igualmente. Kingsley está muito ocupado?

– Não muito. Sobre o que você queria falar com ele?

– Quero saber se há notícias do ministério australiano.

– Entendo. Bem, venha comigo.

Percy me guiou até a sala de Kingsley e entrou na frente.

– Sr. Ministro, Hermione Granger. Está aqui para tratar sobre o assunto com o ministério australiano.

Ele levantou-se assim que me viu e veio me receber com um abraço.

– Hermione. Não pensei que fosse vê-la tão cedo. – virou-se para Percy – Obrigado, não deixe que nos incomodem ok?

– Sim senhor. – acenou para mim e saiu.

– Então. Sinto muito por não ter dito nada ontem.

– Eu sei, não era o momento. Tem alguma notícia?

– Para falar a verdade eu não tinha. O ministro australiano entrou em contato comigo hoje mais cedo. Eles encontraram pistas que acreditam que poderão leva-los até seus pais.

– Isso é ótimo!

– Sim. Mas eu ainda não queria lhe contar isso. Não queria lhe dar falsas esperanças. Não temos certeza de que serão mesmo seus pais que eles vão encontrar.

– Kin, por favor. Mesmo que não sejam meus pais eu quero saber. Quero saber cada mínimo progresso.

– Ok. Vou deixar Percy de sobre aviso para lhe informar sempre que algo surgir.

– Obrigada.

Kingsley explicou detalhadamente tudo que o ministério australiano havia lhe informado e contou o que eles estavam fazendo para encontrar meus pais. Depois de uma meia hora no escritório com ele, nos despedimos. Me despedi de Percy e resolvi ir visitar Harry e Rony em seu primeiro dia oficial de trabalho.

Peguei o elevador para o segundo nível e fui em direção ao Quartel General dos Aurores. Assim que cheguei percebi que algo estava errado. A movimentação estava grande e pessoas corriam agitadas de um lado para o outro. Me aproximei da porta e ouvi algumas vozes.

– Precisamos captura-los, preferencialmente vivos. Eles irão lutar pra matar então tenham o máximo de cuidado. Potter, Weasley, vocês irão junto mas procurem não se meter na briga. Não quero meus garotos mortos em sua primeira missão.

– Mortos? – disse assustada entrando.

– Ah, senhorita Granger. Não se preocupe. Foi só força de expressão. Nada demais acontecerá com eles. – disse aquele que parecia ser o atual chefe dos Aurores.

– O que está havendo?

– Tivemos notícias de alguns comensais fugitivos. Estamos indo captura-los.

– Quem?

– Amico e Aleto Carrow.

– Pensei que os Carrow haviam sido capturados com os outros comensais após a guerra.

– Pegamos a maioria sim. Mas muitos conseguiram fugir e achávamos que ficariam escondidos por bastante tempo. Temos nos esforçado para encontra-los mas parece que os Carrow cansaram de se esconder e estão tentando sair do país a força. Tornaram tudo mais fácil.

Virei-me para Harry e Ron, eles pareciam excitados e ansiosos para irem em sua primeira missão. Só eu estava vendo o perigo daquilo tudo? Amico e Aleto não eram idiotas, aquilo poderia ser uma armadilha.

– Vocês avisaram os Weasleys? Gina e Molly sabem disso?

– Nós avisamos Hermione. E não somos mais crianças, é nosso trabalho e nós vamos ter que fazer isso. – disse Harry se impondo.

– Juro que mandei que avisassem você. Sabia que ficaria maluca com isso, mas é nossa primeira missão. Vamos poder pôr em prática o que aprendemos e não estaremos sozinhos. Não fique tão preocupada está bem? Harry e eu não estamos, e nem mamãe e Gina ficaram.

– Mas pode ser uma armadilha. Tem certeza que não vai ser perigoso?

– É claro que vai ser perigoso, mas somos aurores Hermione, se nós não fizermos nada quem fará? Prometo a você que eu e o Harry voltaremos inteiros.

– Tudo bem. Mas é melhor voltarem sem nem um único arranhão, ou eu farei questão de quebrar vocês dois.

Corri para abraçar Harry.

– Não se preocupe. Sabemos nos cuidar.

– Cuidado.

Harry se afastou e Rony veio me abraçar.

– Eu te amo Mione. Prometo voltar inteiro, jurei que lutaria por você e não posso fazer isso se estiver morto.

– Seu idiota.

Disse dando um tapa em suas costas enquanto ainda estávamos abraçados. Nos separamos e eu o olhei nos olhos.

– Eu amo você também.

– Eu sei. Não como eu gostaria, mas isso já me basta.

Não pude deixar de notar o quanto Rony havia amadurecido após a guerra, ele estava mais confiante, mais corajoso. Ele me abraçou novamente e logo eles e um grupo de aurores haviam partido para a captura de Amico e Aleto Carrow.


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Notas finais do capítulo

É isso pessoas. Gostaram ou não?
Eu peço encarecidamente, comentem. Estou triste com a quantidade de comentários que recebi no capítulo de semana passada, mas jamais vou ficar colocando metas pra postar. Sei que muitos não comentam por serem fantasminhas mesmo, mas gostaria muito que vocês se manifestassem. Obg pelo carinho que sei vocês tem mesmo que não digam.