[Dramione] - Revelações 2 - Escolhas escrita por Mione Malfoy


Capítulo 10
Situações desesperadas pedem medidas desesperadoras.


Notas iniciais do capítulo

Olá xuxus.
Saudade de vocês.
Chegamos ao nosso penúltimo capítulo. É curtinho mas o próximo é gigante pra compensar.
Eu vim postar agora de madrugada porque o dia amanhã vai ser cheio. É meu aniversário!
Por isso vim trazer de presente esse capítulo e adivinhem só? Vai ter capítulo em dobro!
Vou postar o último capítulo já já também.
Espero que gostem



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Situações desesperadas pedem medidas desesperadoras.

Pov Draco Malfoy

Eu andava pelos corredores do Ministério junto com o Weasley, atraindo todos os olhares para nós, mas isso pouco me importava. Assim que chegamos ao gabinete do Ministro a secretária nos recebeu.

– Sim, senhores. O que desejam?

– Quero falar com meu irmão, uma emergência. Pode chamá-lo Ana?

– Claro Sr. Weasley. Um momento, por favor.

A secretária levantou-se e atravessou uma porta que ficava as suas costas. Reaparecendo instantes depois e nos convidando a entrar na sala de Percy Weasley.

– Rony, o que houve? Ana disse que era urgente. Porque Malfoy está com você?

– Percy, Hermione desapareceu. Fomos até a casa dela e encontramos isso.

Ele pegou o envelope e a carta do Ministério e os entregou ao irmão. Percy avaliou ambos e fez uma cara de espanto depois que leu o conteúdo.

– Essa carta foi realmente enviada daqui do Ministério, é o mesmo tipo de papel e o selo não é falso. Não escrevi isso, mas conheço essa letra.

– De quem é? – Perguntei.

– Ana.

– A secretária que nos recebeu? – disse surpreso.

– Sim. Mas tem alguma coisa errada aqui. Eu vou chamá-la, esperem.

Ele enfiou a cabeça pela porta e chamou a secretária. Ronald e eu ficamos em pé e Percy entrou, seguido da tal Ana.

– Ana, sabe quem enviou esse envelope para a Srta. Granger? – disse Percy

– Não senhor. Não me passaram nenhuma correspondência para a senhorita. Pode ser falsa?

– Este envelope tem o escudo do Ministério e a carta tinha nosso selo, não é falsa. Tem certeza que não enviou nenhuma carta para Hermione, Ana? – indagou ele.

– Certeza absoluta. Se ela foi realmente enviada fizeram isso pessoalmente.

– Essa carta tem sua caligrafia Ana.

– Mi-m-minha, senhor? – ela ficou visivelmente surpresa.

Das duas uma, ou ela era uma excelente atriz, ou estava sob domínio de Imperius. Eu apostava na segunda opção.

– Imperius. Ela está enfeitiçada.

– Como sabe Malfoy? – perguntou Ronald

– Porque eu já usei. Na Rosmerta lembra?

– Lembro de ter lido isso nos autos do seu julgamento. – falou Percy – Como faremos para que ela volte?

– Até onde sei quem lançou o feitiço tem que desfazê-lo. Mas porque não pergunta do seu irmão Rony aqui? Vamos lá auror, o que fazemos?

– Vamos levá-la até o QG.

***

– E então Weasley? Conseguiram?

– Eu a levei até o chefe do departamento, eles estavam fazendo uma espécie de contra feitiço mas precisaram de uma poção e demorou um pouco a ficar pronta.

– Já tem quase um dia inteiro que Hermione sumiu. Se Aleto estiver mesmo com ela, já pode até estar morta nessa altura.

– Quer calar a boca? Você a ama tanto quanto eu, talvez até mais. Seja forte. Ela precisa de nós.

– Sabe, se você não estivesse tentando roubar minha mulher, talvez pudéssemos ser amigos.

– Você não é tão ruim quanto eu pensava também.

– Senhores, conseguimos livrar a senhorita Ana da maldição. – disse um auror nos interrompendo.

– Ela vai ficar bem?

– Sim Rony. Ela só precisa de repouso. Ainda bem que vocês nos informaram, vamos fazer uma checagem em todos os funcionários do Ministério para ter certeza que não teremos mais surpresas.

– O que ela disse? Vocês conseguiram alguma informação? Onde está Hermione?

– Calma Sr. Malfoy.

– Não ouse me pedir calma. Vocês acham que conhecem os Carrow? Podem ter certeza que eles são bem piores do que imaginam.

– Sabemos do que os Carrow são capazes Sr. Malfoy, posso lhe garantir. Mas Ana não se lembra de nada que possa ser útil ainda. Os legilimens aqui do Ministério já foram contatados. A única coisa que tivemos certeza é que Hermione está mesmo com Aleto. Ana se lembra dela dando a ordem para escrever a carta, mas não lembra muita coisa antes disso. Ao que parece ela está sob o poder do Imperius há pelo menos um mês. Já estamos investigando os possíveis locais onde Aleto pode estar se escondendo e já enviamos alguém para interrogar Amico no lugar onde o escondemos, agora precisamos esperar.

Pov Hermione Granger

Aleto parecia ter tido um pouco de pena de mim após os dois primeiros dias. Agora ela não me amarra mais, eu tenho um colchão velho para dormir, roupas limpas a cada dois dias, uma refeição, e até um banho por dia. Se é que posso chamar de banho.

Uma banheira circular de madeira fica em um dos cantos do aposento. Quando chega a hora do meu banho ela a enche magicamente e espera até que eu termine para secar, magicamente também. Eu não tenho o luxo de ter água quente e ela só me dá sabonete quando está de bom humor. Minhas necessidades fisiológicas são tratadas quase da mesma maneira. Ela havia isolado um canto do cômodo com algumas paredes de madeira e ali colocou um balde que ela esvazia sempre ao fim do dia.

Era assim que eu sabia quanto tempo havia passado, era assim que eu contava os dias. Eu já estava lá há mais de uma semana, exatos nove dias. Minha vida era naquele quarto, aquele único cômodo com partes improvisadas. Eu não tenho como dizer que não sentia falta da minha higiene pessoal, da minha cama, da minha casa. Mas o que mais me fazia falta era Draco.

Eu havia perdido o natal. Sabia que eles estavam me procurando, mas as vezes minhas esperanças de conseguir continuar viva desapareciam. Eu estava há nove dias no inferno e ninguém havia chegado para me salvar. Nenhum Draco, nenhum Rony, nenhum Harry. Eu sentia falta de meus pais mais do que nunca e meu único consolo era que eles nem sabiam que eu existia, por isso não teriam que lamentar a morte de uma filha.

Estava deitada em meu colchão velho e fino pensando nessas coisas quando vi Aleto entrar. Não era hora do meu banho e nem de limpar meus dejetos o que significava que aquela era a hora em que ela vinha me interrogar. Todos os dias, ela entrava no quarto e apontava as duas cadeiras no centro, eu me sentava em uma e ela na outra. Não importava em qual das duas eu me sentava, as perguntas eram sempre as mesmas “Onde estão seus amigos?”, “Onde está Amico?”, “Quais os planos do Ministério?” e por aí vai. E minhas respostas podiam até mudar mas o sentido era o mesmo: Eu não sei.

Eu por muitas vezes tentei entender por que ela fazia isso. Eu não tinha como receber nenhuma informação. E mesmo que tivesse, qual era o ponto de me interrogar todos os dias sabendo que eu não falaria nada? Ela não tinha veritasserum e usá-lo seria desperdício. Cheguei à conclusão de que era uma espécie de tortura que ela me impunha todos os dias. Talvez o fizesse pura e simplesmente por diversão ou talvez para ter o que fazer. O fato é que eu não tinha a menor ideia do que se passava na cabeça de Aleto e não sabia o que ela fazia quando não estava dentro do meu quarto.

Assim que minha sessão de interrogatório terminou esperei que ela fosse embora para voltar a me deitar no colchão velho mas ela ficou ali, me olhando interrogativamente.

– O que houve?

– O que? – perguntou como que saindo de um transe.

– Já fez suas perguntas. Porque não vai embora e me deixa com meu tédio?

– Esqueceu quem manda aqui? Eu estava decidindo se lhe contaria algo que ouvi.

– O que? – perguntei alarmada.

– Estou realmente surpresa e acho que não passa de uma fofoca mentirosa.

– Por favor, Aleto. - implorei

– A verdade é que eu quero contar. Sua reação deve me mostrar quão verdadeiro é esse boato.

– Então porque não fala de uma vez?

– É divertido ver você tão desesperada por notícias. Acho que seu isolamento forçado só não te deixou maluca ainda porque eu venho te fazer companhia.

– Grande companhia. Esqueça. Não quero mais saber.

Levantei da minha cadeira e fui me sentar no colchão. Aleto ficou me observando e quando se cansou dirigiu-se para a porta. Antes de sair virou-se para mim e disse:

– Soube que Draco Malfoy também está participando de sua equipe de busca. O Profeta diz que ele, Potter e Weasley viraram amiguinhos e que Draco é seu namorado. Ele está desesperado atrás de você e ofereceu uma recompensa de três mil galeões a quem der notícias sobre seu paradeiro.

Olhei para Aleto espantada. Draco. Ele realmente estava me procurando então, Rony e Harry também. Eles não haviam me esquecido. Comecei a chorar e sussurrei o nome de Draco. Percebi imediatamente que foi um erro mas quando tentei mentir e dizer a Aleto que Draco não tinha nada a ver comigo, pude ver seus olhos brilhando de excitação. Seu sorriso vitorioso me arrancou todas as esperanças de que ela acreditaria em mim.

– Quer dizer então que Draco agora é um traidor do sangue não é? Bem creio que agora preciso decidir qual a melhor maneira de usar isso ao meu favor. Até mais tarde sangue-ruim.

Fiz a única coisa que poderia fazer naquele momento: deitei e chorei até dormir.

Pov Draco Malfoy

– Nove dias Weasley. NOVE!

– Eu sei Malfoy. Acha que não me importo por acaso? Sabe muito bem que eu também amo a Hermione, mas você não devia ter feito isso!

– O que? Tentar? Esses idiotas do ministério não conseguiram nada até agora. Amico não disse nada útil nem sob efeito de veritasserum e ninguém se importa em arrancar daquela maldita secretária todas as lembranças de uma vez.

– Sabe que não podem. Se fizerem isso ela pode ficar traumatizada e deus sabe mais o quê.

– Então não me diga o que fazer! Hermione é a mulher que eu amo e eu não vou ficar sentado e de braços cruzados esperando por um milagre.

– Estávamos tentando manter sigilo! Não era pra todos saberem que Hermione foi sequestrada. Graças ao seu anúncio no Profeta vai chover de gente que só quer o dinheiro.

– Eu não ligo pra merda do meu dinheiro. Eu quero a Hermione de volta, sã e salva. E se você quer saber, tenho certeza que Aleto vai entrar em contato depois disso.

– O que te faz pensar assim? Em nove dias ela nem deu sinal de vida. Nem para dizer se está ou não com a Mione ou se ela está viva e bem.

– Aleto está com ela e ela ainda está viva. Se não estivesse Aleto já teria deixado o corpo dela na frente do Ministério da Magia, apenas para provar o quanto vocês são inúteis.

– Estamos fazendo todo o possível.

– Não é o suficiente.

Virei-me e saí às pressas do Ministério. Eu tinha certeza absoluta de que assim que eu chegasse em casa já teria algum aviso de Aleto me esperando.


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Notas finais do capítulo

E então? Mereço reviews? Favs? Recomendações?
Beijo meus amores.
XOXO



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