Sombras escrita por Ângelo Ptiste


Capítulo 5
Desgraças e desgraçados


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoas! Me desculpem por demorar tanto pra postar esse cap! Não tive folga essa semana que se passou, rs
Comentem se gostarem (ou não).
Abraços! :D



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As desgraças buscam o desgraçado mesmo que ele se esconda nos cantos mais remotos da terra.

– Miguel de Cervantes

Tassy

Tassy concordava consigo mesma que nada poderia ser pior do que ser filha do seu pai e irmã do seu irmão.

Os Williams era uma família desgraçada que só visam conquistar o que lhes convém conquistar, tudo para seu próprio benefício. Tassy conseguia entender o pai e o irmão em suas atitudes, claro. Que ser humano nunca quis sempre estar por cima? A pessoa que disser o contrário está mentindo.

Ela não conseguia não analisar a sua família quando sentavam na mesa para fazer alguma refeição. Ela sempre tenta adivinhar o que o seu pai e o seu irmão estão pensando.

O idiota do seu irmão, claro, está pensando naquela putinha que ele namorava e que o dispensou. Tassy nunca foi com a cara daquela fulana, que ela nem sequer lembrava o nome.

Já o seu pai, aquele babaca... Com aquela cara azeda e pensativa, certamente estava pensando nos forasteiros que chegaram a uns dois dias atrás. Tassy percebeu uma atenção especial de seu pai para o cara mais velho que se chamava Taylor. Parece que Taylor era vereador em sua cidade, e claro, tem mais experiência política do que seu pai jamais teve. Tassy acha que seu pai planeja trazer o cara forasteiro para o seu partido, caso ele decidisse ficar – o que é praticamente improvável. Quem iria querer morar naquela cidade?

Tassy não havia tocado em seu prato. Decidiu sair da mesa. Aquilo não iria ser fácil.

– Posso subir? – pergunta ela ao seu pai.

– Não. Termine a comida. – disse ele sem olhar para ela.

– Não estou com fome.

– Mas vai comer.

– Eu não vou comer.

Ele olhou para ela. O olhar ameaçador. Tassy tremeu.

– Você está me desafiando, não está?

Tassy tentou não se intimidar.

– Quem sou eu para lhe desafiar, prefeito fodão Williams. Eu só quero subir para o meu quarto.

Keith nem se atrevia a olhar. A cena era tão comum que era facilmente ignorada. Na verdade, ele mal olhava para ela ou para o seu pai habitualmente.

O seu pai se levantou e foi até ela. Tassy tentou reprimir um grunhido de horror.

– Coma.

– Não.

Ele pegou em seu cabelo.

– Coma.

– Não... – a voz começou a falhar.

Jack, então, empurrou a cara de Tassy até o encontro do prato. Seu rosto quase encostou na comida.

– Não vai comer?

– Eu já disse que não! – Tassy gritou.

Então seu pai afogou o seu rosto na comida. Tassy não conseguia respirar; quando tentava, caldo de guisado entrava em seu nariz. Ele a ficou mantendo lá por uns sete segundos e finalmente soltou a sua cabeça. Tassy tinha comida por todo o rosto.

– Você é um desgraçado. A desgraça vai encontrar você um dia, não importa aonde esteja e quem você seja. Eu odeio você.

Jack deu uma bofetada na cara dela, espalhando comida por toda a mesa.

– Está na hora de arranjar outra profecia, assassina. Essa já está velha.

Jack a chamava de assassina para lembra-la, sempre que podia, que sua mãe morreu por causa dela. Que Tassy havia matado a sua esposa.

Tem pai melhor no mundo?

Graças a Deus o celular do seu pai tocou e ele teve que sair. Tassy pôde subir para o banheiro, se lavar e ir para o seu quarto.

Pela milésima noite ela chorou. Ela tocou as marcas em seus pulsos feitas por ela. Nunca teve coragem de fazer um corte profundo o suficiente para se matar, se conformava apenas com a dor. A dor física era melhor do que a dor sentimental.

Ela já estava cansada daquela vida - da humilhação que sofria. Dezesseis anos vivendo assim era demais.

Ela iria fugir o mais breve possível daquela casa.

Taylor

Desde que chegou naquela cidade, coisas estranhas não paravam de acontecer.

Taylor estava no shopping com os seus irmãos quando uma comoção de gente começou a andar às pressas para fora. Alguma coisa havia acontecido - provavelmente era algo grave.

Taylor pegou os seus irmãos e se adiantou para fora. Abordou uma mulher que estava andando apressadamente junto com outra centena.

– Ah, oi. O que está acontecendo?

– O velho Jasper foi atropelado na entrada da cidade. Parece que não sobreviveu.

Coincidência demais. Jasper atropelado um dia depois de ter revelado a Taylor o segredo de seus pais? Será que seus pais ainda tinham alguma influência depois de mortos? Quem sabe.

A mulher continuou seguindo caminho, deixando Taylor com os seus pensamentos. Então ele decide ligar para a única pessoa naquela cidade que ele poderia ter quase como um amigo. O telefone tocou duas vezes, então ele atendeu.

– Provavelmente já deve estar sabendo do velho Jasper. Deuses, o que terá sido? – disse Anthony com uma voz ansiosa.

– Pensei que você talvez tivesse a resposta. – Taylor encontrou com mais um monte de gente do lado de fora se direcionando tanto em direção ao hospital quanto à entrada da cidade.

– Claro que não. Venha para a minha casa; é a maior de todas, na rua Serenade 201. Traga seus irmãozinhos. Precisamos descobrir o que aconteceu.

***

A casa de Tony era realmente a maior de todas na rua, mas não chegava a ser uma mansão. Era apenas uma casa como a que Taylor tinha em Nova York.

Tony estava recebendo-os na sala de estar.

– Então, pequenos... – ele se dirigia às crianças. – por que não vão com a Marlene para verem o quintal? – ele aponta para a mulher parada atrás dele, sorrindo. Provavelmente era a empregada. - Tem uma piscina de crianças lá.

Samantha fica animada, mas Rupert fica desconfiado.

– Você só não quer que a gente escute a conversa de vocês.

– Acertou em cheio, menino esperto. Por que não vão logo? A tarde está bem quente, não?

Marlene leva os meninos para fora. Taylor e Tony se sentam no sofá e começam a conversar.

– Enquanto vocês vinham, acabei recebendo uma ligação do Brad, que disse que foi outros forasteiros que vinham chegando na cidade e o atropelaram. O que me deixou mais surpreso foi o fato de mais gente estar chegando nessa cidade. Isso não é comum.

– Você acha que o atropelamento foi intencional?

– Não. Se tivesse sido intencional, os forasteiros teriam fugido. Mas eles permaneceram e prestaram socorro, segundo Brad e suas fontes.

Taylor respirou fundo. A pergunta que ele iria fazer a seguir era difícil. Apesar de anos achando que Jasper era um assassino frio, ele ficou imensamente aliviado ao saber que os atos dele foram desesperados e apenas com a intenção de protege-lo e aos seus irmãos. Ter certeza daquilo o machucaria.

– Ele morreu? – ele cuspiu as palavras.

Tony olhou em solidariedade para ele.

– Sim. Eu sinto muito, Taylor.

Ele não deixou transparecer a sua dor. Em vez disso, ele deu seguimento à conversa contando algo de que havia acabado de se lembrar, quando ele e seus irmãos estavam saindo de Nova York.

– Quando eu e meus irmãos estávamos no avião vindo para cá, eu tive um sonho meio estranho. Bobo, até.

– Me fale desse sonho. – Tony arrumou seu cabelo desgrenhado.

– Eu sonhei que eu estava no vagão do avião. Eu era o único acordado. Quando eu tentava acordar alguém, eu não conseguia. Fiquei sem saber o que fazer por um bom tempo até que duas vozes começam a discutir. Uma insistindo que eu continue a viagem. Outra, que eu regressasse. Eles, as vozes, discutiam como pessoas normais que não se gostam. Referiam a si mesmas como entidades divinas, talvez anjo e demônio.

Tony olhou para Taylor como que tentando manter a sua seriedade. Talvez tentando ver que relevância tinha essa história.

– Existem lendas que dizem que quando dormimos nossa consciência vaga no plano etéreo e as vezes falamos com almas vagantes sem rumo, mas ainda assim, com objetivos.

– Você acredita nisso?

– Sim.

– Acha que estavam tentando me avisar?

– Acho que você está levando um sonho bobo muito a sério. E se realmente você conversou com almas presas no etéreo, com certeza elas eram fãs de pegadinhas.

Taylor se sentiu bobo. Continuou:

– Mas não foi só isso... Eu encontrei, na verdade foi Samantha que encontrou, um homem velho careca. Ele disse uma coisa.

– Um homem velho careca? – Tony perguntou com certo interesse.

– Sim.

– O que ele disse?

– Ele disse que essa cidade guarda segredos.

Tony pareceu hesitar ao fazer a próxima pergunta:

– Qual era o nome dele?

– Set. Acho que ele era egípcio. – Tony levou a mão à boca. – Você o conhece?

– Se eu o conheço? – ele deu uma risada nervosa. – Set Williams é, simplesmente, o dono dessa cidade.

– O que? – Taylor tentou entender. Segundo Tony e Brad, o governo da cidade era dado de pai para filho. Então Set era um Williams? – Então por que ele não assumiu o poder da cidade?

– Porque Set Williams está morto. Ou pelo menos deveria estar.

– Eu não estou entendendo.

– Set é o pai de Jack Williams, o nosso prefeito, Taylor. Ele foi dado como morto por infarto fulminante a dez anos atrás. Talvez tudo tenha sido planejado, deuses... Nunca o conheci porque eu moro aqui apenas a cinco anos, mas pela sua descrição e pelo nome, com certeza é ele.

– Uau. – Essa cidade realmente guardava segredos. – E se ele... voltar?

– Então teríamos um pandemônio. – Respondeu Tony, pensativo. – Ou talvez até uma revolução. As pessoas dessa cidade não gostam de ser enganadas.

Kate

Kate nunca quis rir tanto de policiais como naquela hora.

Estavam-na interrogando e ao Dug. As perguntas não eram mais engraçadas do que os policiais; eram um gordo e um magro. Os dois discutiam mais do que trabalhavam.

– Então, moça forasteira bonita... – disse o policial gordo – qual era a cor da pólvora na barriga do moribundo?

– Não chame ela de bonita, Hans. Isso é assédio! – disse o policial magro.

– Cale a boca, Bennet. Tá me envergonhando na frente dos forasteiros!

– Você se envergonha sozinho, papudinho.

– Não me chame de papudinho, seu canela fina!

– Cara... – o policial magro chamado Bennet pareceu ficar ofendido. – Você pegou pesado agora. Achei que nós éramos amigos...

– Mas nós somos amigos... Foi mal, cara. – Hans encostou a mão carinhosamente no ombro de Bennet, pedindo desculpas.

Kate e Dug não aguentaram. Os dois se viraram e começaram a rir. Só mesmo aqueles dois policiais para fazerem eles riem em uma situação tão trágica e controversa.

Então o xerife entrou na sala; um homem alto com pouco cabelo e um bigode grisalho.

– O que vocês dois estão fazendo aqui? – ele se dirigiu aos policiais.

– Xerife. – disse Hans, o policial gordo. – Estamos interrogando os suspeitos.

– Sim, isso mesmo. – confirmou Bennet. – estamos fazendo isso pelo senhor.

– Eu não preciso que ninguém faça nada por mim, seus idiotas. O que fez vocês acharem que podiam interrogar alguém?

– Somos policiais... senhor. – Diz Hans.

– Infelizmente sim. Agora saiam e me deixem a sós com os forasteiros.

Os dois policiais engraçados saíram e deixaram Kate e Dug a sós com o Xerife.

– Boa tarde. – Ele os cumprimentou. Kate e Dug retribuíram o cumprimento. – Meu nome é David Collins, sou xerife da cidade. Me desculpem por lhes fazerem esperar e por esses dois bobões. Eles são novos aqui e... Enfim, são bobões.

Kate e Dug riram.

– Enfim, senhor e senhorita. Não se preocupem, vocês não são suspeitos de nada. Isso foi uma tragédia. O que eu tenho a perguntar é se vocês viram alguém por perto ou qualquer coisa suspeita quando estavam chegando. O sr. Jasper não parecia ter inimigos, o que nos leva a nenhum suspeito.

– Não, senhor. – Dug respondeu. – quando nos demos conta, o homem já estava na nossa frente.

– Então não tenho mais perguntas, podem seguir caminho. Obrigado. – O xerife sorriu e fez menção em sair da sala. Mas Kate o impediu.

– Espere, sr. Collins. Eu queria lhe perguntar uma coisa...

– Pode perguntar, srta. Blast.

Kate se lembrou da sua promessa naquela hora. O pedido do homem desesperado, sabendo que tudo havia acabado.

– Você conhece Taylor Sure? Sabe se ele mora aqui? Eu tenho um recado para ele.

Brad

Brad não conhecia Jasper, mas ficou abalado com a sua morte.

Ele não foi o único; pessoas por toda a cidade estavam preocupadas e nervosas. A cidade era conhecida por desaparecimentos misteriosos, mas um assassinato explícito e não resolvido é muito mais assustador e preocupante.

Brad estava na praça principal da cidade tentando encontrar Tassy, a filha do prefeito. Ele não havia esquecido do trato que ele havia feito com Julia. Enquanto esperava, ele se informou sobre o caso de Jasper por pessoas que passavam por ali. Ele descobriu que Jasper, na verdade, morreu por causa de um tiro, e que foi atropelado por forasteiros desatentos que estavam chegando na cidade. Tony pediu para Brad mantê-lo informado de tudo que descobrisse, então Brad ligava vez ou outra pra informa-lo.

Quando Brad estava quase desistindo de procurar Tassy, ela surge no extremo da praça, o cabelo preto ondulado solto, sentada sozinha lendo alguma coisa. Brad caminhou até lá e sentou ao lado dela. Tassy estava lendo um livro com um porco na capa.

– Que livro é esse? – ele pergunta a ela. Tassy pareceu não gostar da abordagem.

– A Revolução dos Bichos, de George Orwell.

– É sobre o que?

Tassy deu um olhar desconfiado para Brad, afinal, eles nunca haviam se falado.

– É sobre bichos em uma granja que decidem fazer uma revolução contra o seu dono. É uma sátira ao stalinismo.

Brad franziu a testa, demonstrando que não havia entendido.

– Ah... o livro é legal?

– É sim.

– Por que você tá lendo ele?

Tassy pareceu estar ficando incomodada.

– Porque eu gosto desse tipo de história.

– Por que?

– Me diz logo o que você quer, Jackson.

– Por que você acha que eu quero alguma coisa?

– Porque você quer.

Brad assentiu. Não tinha argumentos mesmo.

– Preciso que você fale com o seu irmão. Sabemos que ele não lidou muito bem com o término, mas ele tem que entender que a vida da Julia segue. Eu queria que você conversasse com ele e o fizesse enxergar isso.

Tassy o encarou, e então começou a rir.

– Você é engraçado.

– Qual é a graça? – Brad ficou irritado.

Tassy parou de rir, e então falou irritada:

– Eu nunca tive uma conversa de verdade com o meu irmão. Você acha que eu vou chegar e do nada pedir pra ele não incomodar vocês? Você só pode estar brincando.

– Qual é o problema? Você pode conversar com ele sim. Por favor... Eu fico te devendo!

– Não vai rolar.

Barulhos de helicópteros ecoam pela praça, mas eles ignoram.

– Ah, qual é!? Você é muito egoísta, sabia?

– Eu egoísta? Você não me conhece, garoto! Olhe quem fala, durante todo esse tempo de escola e só veio falar comigo agora porque precisa de um favor.

– Então não vai me ajudar?

– Não. Acho melhor você esquecer essa garo...

Algo caiu bem próximo deles, causando um barulho nojento. Quando viram o que era, recuaram imediatamente.

O que havia caído do céu era um corpo em decomposição de um homem. Tassy deu um grito de horror.

Segundos depois, outro corpo caiu do céu ali perto. E mais outro. E outro. Brad e Tassy estavam correndo de um lado para outro, tentando se desviar dos vários corpos que caiam no chão. Um caiu tão perto deles que o espirrou sangue nos dois. Brad viu Taylor e Anthony juntos de outras centenas de pessoas na rua, depois da praça. Eles estavam apontando para cima; Brad olhou e pôde ver dois helicópteros planando. Era de lá que os corpos estavam vindo. Tassy e ele eram os únicos na praça agora, tentando fugir.

Quando eles dois chegaram na rua, foram até Taylor e Anthony.

– Vocês estão bem? – perguntou Taylor enquanto tirava alguns lenços do bolso e entregava aos garotos.

– O que diabos é isso? – disse Tassy apavorada, as lágrimas descendo. Ela estava soluçando de pânico, não se atrevia a olhar para a praça novamente.

Brad estava limpando o sangue do seu rosto. Ele estava tremendo da cabeça aos pés. Se atreveu a olhar novamente para a praça e viu dezenas de corpos; não dava para contar com precisão, pois alguns haviam se partido em pedaços com o impacto. O calçamento estava ensopado de sangue.

– Meu Deus, o que está acontecendo aqui? Quem está fazendo isso? – uma pessoa gritou lá perto.

– Parece que foram desenterrados das covas! – outra pessoa disse.

– Daya! Eles desenterraram a minha irmã! Aquela é a Daya!

– Seus miseráveis desgraçados, vocês vão pagar! Vocês que estão aí nesses helicópteros!

E assim continuaram os gritos incrédulos e as pragas. Em um minuto, se podia escutar choro por todo lugar.

– Eu não entendo... – Taylor disse. – Eu não entendo mesmo...

Então um monte de pessoas começou a gritar e apontar para o céu. Brad, Tassy, Taylor e Tony olharam para cima.

Um grande cartaz foi erguido para que todos naquele lugar pudessem ler o conteúdo. Estava escrito: QUEREM DESENTERRAR O PASSADO? JÁ FIZEMOS ISSO PARA VOCÊS!

Vaias se espalharam como peste. Todos estavam indignados, nunca aquilo foi presenciado na cidade; nunca imaginaram tal coisa. Brad pôde ver a revolta e o ódio de todos. As coisas iam mudar, a população foi afrontada.

Todos estavam com cede de vingança.


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Notas finais do capítulo

Trailer: http://youtu.be/zGuuv8ZhXJE



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