Entre o amor e o crime escrita por Naty Winchester


Capítulo 20
Um novo dia...


Notas iniciais do capítulo

Olá...
Eu juro que tentei deixar esse capitulo menor, contudo, não consegui.
Ele é super Klaroline... vivaa



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Dois dias depois

— Caroline – Ouvi um sussurro baixo me chamando, e aos poucos abri meus olhos lentamente. Era Rebekah, a encarei em silencio, pensando nos possíveis motivos para ela estar aqui, nenhum fazia sentido.

Minha mente era baseada em perguntas e Rebekah me encarando com os olhos marejados não ajudava muito. Busquei minha última lembrança me arrependendo amargamente de ter feito, o que me fez olhar em volta na tentativa de entender algo, contudo via apenas o quarto branco com diversos buquês de flores.

— Katherine... -  Rebekah me abraçou se jogando em cima de mim. Sei que melhoramos muito a nossa relação, porém, ela estava tão feliz assim? Tentava, no entanto não conseguia entender o que estava acontecendo.

— Nick já deu um jeito – Falou se afastando e sorrindo – Ela vai pagar pelo que fez.

Antes que eu pudesse responder minha mãe entrou chorando e me abraçando logo em seguida. Meu pai, Henrik e Davina também estavam ali me agarrando como se aquela fosse a última vez que me abraçariam.

— Você nos deu um susto maninha – Henrik sorriu enquanto eu voltei a encarar a Rebekah, ela estava diferente, me olhava com certa curiosidade, e tentava se manter longe da minha mãe, contudo esse pensamento se dissipou quando lembrei de Elena, ela estaria bem?

Suspirei tentando vencer a dor que logo se apossou de mim, ela não poderia ter sobrevivido, mas ninguém imaginava o quanto eu dependia que isso acontecesse, era a Elena, apesar de tudo.

— Minha filha – Meu pai mantinha seu típico sorriso, o que me fez sorrir abertamente a ele, todos estavam ali, por mim.

— Eu tenho que avisar ao Nick - E assim, Rebekah saiu.

— E eu, quero ficar um pouco sozinha com a Caroline – Pediu minha mãe fazendo todos se retirarem. Ela me encarou com certa pena, o que me doeu, no fim eu sabia perfeitamente o que ela falaria. – Niklaus esteve muito preocupado esses últimos dias, quer me contar algo?

—  Eu... Eu não tenho nada para dizer – Minha mãe suspirou esperando que eu continuasse, no entanto perguntei o que estava engasgado, não obtendo coragem para sair até aquele momento – E a Elena? – Prendi o ar apreensiva pela resposta.

— Com alguns problemas, mas fora de risco – Sorri, ela estava viva. Solte todo o ar preso e me permiti fechar os olhos aliviada. – Eu sei que você sabe minha filha, olha... Eu queria tanto que você...

— Tudo bem mãe, esses últimos dias me fizeram ver que existem coisas muitos piores – A cortei assim que percebi do que ela falava – Só acho que você tem que falar com o Henrik, só acho.

— Eu vou falar – Lizz estava me escondendo algo e eu não fiz questão de perguntar, sabia que ela não teria coragem de me falar qualquer outra coisa, via isso nos seus olhos. – Caroline, eu preciso te dizer que...

— Kol está aqui – Meu irmão entrou rindo e revirando os olhos – Ele é muito engraçado.

Minha mãe saiu apressadamente como se precisasse daquilo, não me importei, a conhecia o suficiente para saber que ela me escondia algo e não falaria, nunca teve coragem de lidar comigo. Em segundos um moreno se jogou em cima de mim, com certeza se esquecendo que eu não estava bem.

— Kol, você vai me sufocar – Ele tirou seu peso de mim, no entanto apoiou seus cotovelos na cama, encarando descaradamente minha boca. Ele só podia estar de brincadeira.  – Você tá bem?

— Agora sim... achei que ia te perder Caroline – Ele me olhava com tanta intensidade que senti minhas bochechas arderem e eu sabia bem, meu rosto estava um tomate.

— Kol, sai de cima, vai. Devo estar com mau hálito – Ele apenas sorriu, tentei argumentar, no entanto Kol estava agindo estranhamente naquele momento – Vão pensar cosas erradas, sai.

— Somos amigos não é – Assenti franzindo o cenho – E amigos se abraçam, se olham... Não vou te abusar, prometo, você não.

— Nunca falei o contrário – Sorri.

— Meu irmão vai me matar, mas amigos se beijam né? – Refletiu ele antes de se curvar olhando a minha boca. Neguei e arregalei os olhos vendo ele aproximar seu rosto do meu, Kol levou sua boca até a minha bochecha aonde depositou um longo beijo. Que fofinho.

— Poderia me dizer o que aconteceu?

— Ham, a gente te achou desacordada, te levamos para o hospital mais próximo, você precisava de sangue, chamamos a Rebakah que é O-, você foi transferida ainda em coma induzido, e agora está aqui, acordada. – Falou ele, assim que se levantou.

— E a Katherine? – Perguntei, não que eu realmente quisesse saber, porém era preciso.

— Presa, mas isso eu deixo para o Nick te explicar – Kol sussurrou o apelido do irmão e me encarou sem ter mais o que falar. Nem precisava, Klaus entrou no quarto com um sorriso escancarado.

Ele se aproximou da cama e me deu um beijo na testa, um longo beijo. Antes de se afastar me olhou como se só no seu olhar eu descobrisse o que ele não conseguia falar, ou não queria. E acho que consegui, Klaus estava feliz por me ver ali bem.

— Não vou ficar aqui de vela – Kol forçou um sorriso e saiu desfilando como sempre.

— Fiquei preocupado amor – Nick voltou a se aproximar e se sentou na cama.

— Minha mãe comentou, acho que você deu bandeira amor — Ele riu e levou sua mão até o meu rosto, queria o beijar e acho que era essa a intenção dele, porém, não aguentava todo esse mistério e perguntei antes de perceber o que ele iria fazer – O que tá acontecendo?

— Sua mãe preferiu que eu te contasse, acha que eu consigo te acalmar. – Ótimo, agora Klaus faz o que ninguém tem coragem.

— Então fale Nick, achei que estivesse tudo bem – Ele assentiu dizendo sem palavras que sabia perfeitamente o que eu falava – A Elena...

— A Elena vai precisar muito de você Caroline – Suspirou e prosseguiu ao me ver se calar – Ela perdeu os movimentos das pernas.

— Eu preciso... – Tentei me levantar mais ele pegou em meus ombros, mostrando que ainda não tinha concluído, porém, nada parecia ser mais importante. Era difícil imaginar a vida dela sem poder andar, era estranho e eu podia sentir o seu sofrimento.

— A gente ainda não sabe o que aconteceu, a doutora Meredith sumiu e... – Klaus me encarou buscando algo em meus olhos, mas só encontrou uma ansiedade incontida – A Bonnie, ela... Sinto muito Caroline.

E toda a minha felicidade acabava de desabar com aquelas palavras. Tentei falar algo, no entanto, simplesmente não consegui, travei. Não conseguia chorar, não consegui falar, era como se eu tivesse me perdido. Ouvi Klaus sussurrar um “Vai ficar tudo bem”, porém, não era verdade, nada iria ficar bem, nada voltaria a ser como antes.

Aquela dor permaneceu na semana que se passou, recebi alta e ela continuava ali, vi minha mãe não aguentar e contar a verdade a Henrik e ela permaneceu me torturando, voltei para minha casa e em cada canto ela me perseguia. O tumulo de Bonnie estava coberto de flores, cada flor representava a dor de tantas pessoas, inclusive a minha.

Meu irmão permanecia calado, não sabia o que fazer e ninguém ousou atrapalhar esse momento negação. Henrik estava sofrendo e sua nova família tentava se aproximar diariamente, eu não sabia muito sobre isso, o que no fim me faz se sentir egoísta ao extremo. Parece que minha urgência por sangue fez os Mikaelson se reunirem nessa pequena cidade. Mikael parecia ter um interesse pessoal pelo caso de Katherine.

Katherine, Stefan... Matt, eu os odiava, tanto. Sei que isso faz mal a mim, porém se tornou impossível não os odiar.

Não sei o que está acontecendo, não sei porque estão demorando tanto para encerrar o caso. Também não faço questão de saber, muito menos de ouvir os interrogatórios. O que tinha que ser já foi.

Elena tenta se acostumar com a nova vida e vê-la assim me faz ter esperança. Talvez um dia eu volte a ser feliz, enquanto isso, as pessoas se contentam em me ver fingir que está tudo bem. Sempre vai ser assim, as elas veem apenas o que é convincentes para elas.

Já Klaus, não sei como anda nossa situação. Desde que sai do hospital, ele vem apenas falar com a minha mãe e perguntar se estou bem, passa pouco tempo, sempre tão focado. Esse descaso acaba comigo, sei que ele ficou do meu lado do seu jeito, porém, eu não sou assim, fria.

Kol me visita diariamente, ele sempre acabava me surpreendendo. Em uma visita, o Mikaelson me contou algo sobre Klaus que simplesmente me abriu os olhos, talvez ele realmente não se importava tanto comigo.

 Damon tentava ajudar da melhor forma a Elena e no fim, foi o único que entendeu minha necessidade de estar com alguém, ele estava passando sérios problemas com o seu irmão, Silas, e sua ex, a doce prima da Elena.

 Enzo, Elena e Tyler foram os únicos que sobraram de todos os meus antigos amigos, e eu agradecia por isso, sabia que não estaria sozinha. E o Enzo não me deixava esquecer disso.

Bom! Nem mesmo a minha mãe foi capaz de se aproximar. Eu os entendo, acham que ficar sozinha é o melhor para mim, e no começo eu até pensei que fosse, mas não é. Rebekah, talvez, foi a que mais se fez presente, o que era estranho, mas não questionei, me sentia bem ao seu lado e por minutos esquecia o que vinha acontecendo na minha vida.

— Você precisa sair – Refletiu Enzo abrindo as cortinas do meu quarto.

— Eu falei pra ela – Rebekah me repreendia com seu olhar o que me fez sorrir por breves segundo – Vem jantar lá em casa, está na hora de conhecer a minha família completa. Está convidado também Enzo.

Eu não conhecia o resto dos irmãos, nem Mikael, no entanto descobri que o mesmo era o dono da mansão que eu tanto admirava quando era pequena, o mundo dá voltas.

— Vamos, antes que voltemos para New Orleans – Sorri assentindo, talvez seria bom. – Soube que os pais da Elena irão leva-la para a minha cidade, concordo que tenha ótimos médicos mesmo.

Poderia parecer egoísmo, no entanto, eu estava prestes a perder todos. Logo os Mikaelson iriam embora levando todos que conviveram comigo, até o Klaus e o que me restaria?

— Eu quero agradecer a vocês dois – Enzo e Rebekah me encaram, já perdi as contas de quantas vezes os agradeci, mas eles mereciam, já tinham feito tanto por mim. – Você também Kol.

O moreno entrou com os braços para cima, como se estivesse sido pego em flagrante. Sorriu e olhou Enzo fazendo uma careta que foi revidada a altura, eles não se acertavam nunca.

— Caroline – Camille entrou no meu quarto sorrindo, devo dizer que ela anda se esforçando, até me visitar ela consegue. – O Nick pediu para mim vir te buscar.

Revirei os olhos e simplesmente me levantei, já sabendo que teria que ir à delegacia e não teria escapatória.

— Vai ir assim? – Assenti.

— Já fui muitas vezes assim para a escola – refleti enquanto ela dirigia, afinal a mulher não parava de me olhar. Eu estava apenas com vestido cheio de morangos e uma sandália sem salto, acho que Camille era tão acostumada em me ver sempre bem arrumada que estranhou – Não tem problema, eu sou isso aqui. Bipolar. A moda é uma arte, não estou no clima pra isso.

— Caroline, eu sei que você está passando por um momento delicado... – Começou sem desviar o olhar da estrada – E... Isso também afeta o Nick, só queria que soubesse que ele se importa.

— Eu sei – forcei um sorriso – Pena que ele não demonstra.

Ficamos em silencio, logo Camille estacionou em frente à delegacia. Sai sem a esperar e a primeira pessoa que vi foi Klaus encostado na parede em frente a sala de minha mãe.

— Achei que demoraria mais – refletiu me olhando e arqueando uma sobrancelha – Ham! Vem.

Klaus me levou até a pequena sala perto das celas. Sentei em uma cadeira qualquer o encarando. Ele me explicou que Katherine tinha exigido minha presença para falar algo, a contragosto, aceitei. Sabia que seria difícil, porém, Nick queria algumas informações antes de fechar o caso, não sei o porquê, nem o que. Contudo, acreditava que tinha algo a ver com Celeste. Soube pela Davina a situação da mulher que parecia ser alguém tão simpática e carinhosa, depois de tudo o que vivi nesses últimos dias, não duvido mais de nada.

— Celeste se nega a falar, assim como Matt, mas a Katherine resolveu abrir a boca, apenas na sua presença, ainda precisamos encontrar a Meredith – Comentou colocando uma mexa rebelde do meu cabelo atrás da minha orelha – Sei que vai ser difícil, mas, love faz isso por mim?

— Tudo bem Klaus, acho que eu preciso disso – suspirei – Mas, posso te pedir que seja amanhã?

— Pode ser – Assentiu, no entanto eu via a pressa em seu olhar. Caso contrário não teria me chamado aqui.

 – Sua família tá tirando férias aqui?

— Não é bem isso – Logo seu olhar demonstrou toda a dor que estava tentando esconder, no entanto, apesar de o conhecer a pouco tempo, sabia o reconhecer. – Não é fácil saber que Celeste nos enganava, o pior é não saber o porquê. Também tem essa situação do Henrik.

— Entendo – No fundo, me sentia aliviada sabendo que meu irmão já conhecia toda a verdade, porém, pelo que Klaus me falava, os irmãos dele ainda tentavam se convencer sobre tudo isso, outros no momento negação.

— Caroline, olha... – Se calou suspirando – Eu sei que não fui presente essa semana, também foi complicado para mim.

— Tudo bem Nick.

— Não, não está tudo bem – Refletiu me puxando pela cintura colando nossos corpos – Ultimamente você só sabe repetir essa frase.

— É mais fácil – Respondi simplesmente vendo ele revirar os olhos. – O que você quer? Que eu corra atrás de você?

— Nunca disse isso Caroline – bufou se afastando rapidamente – Não seja infantil.

— Agora eu sou infantil? Foi você que prometeu ficar comigo – Ainda me lembrava de suas palavras antes de me levaram para a cirurgia. Essas coisas são praticamente impossíveis de se esquecer, mas o poderoso Niklaus nunca pensaria da mesma forma – Mas vejo que está preocupado demais procurando um jeito de se convencer que a preciosa Carina não te enganou. Mas sabe Klaus! Se ela te amasse, não teria te traído.

Soltei totalmente sem querer. Kol tinha me feito prometer que essa informação não chegaria aos ouvidos de Klaus, contudo, não aguentei. Eu sabia que todo esse interesse em relação aos interrogatórios, não era só por mim, e isso me doía. Doía saber que ele amava outra, uma pessoa que o fez tanto mal.

— Eu já sei de tudo – Ele me encarava com raiva, talvez minhas palavras se tornaram duras demais e foi inevitável não se arrepender, porém não poderia desistir. – Mas tudo bem, assim que a Katherine falar algo, você vai descobrir tudo e deixar que a minha mãe ache a Meredith, afinal, seu trabalho terminou quando você descobriu quem era a assassina, não é? Isso se tornou pessoal.

— Chega Caroline – Klaus bateu com força a mesa atrás de si, se virando rapidamente e ficando de costas para mim. – Essa história não é da sua conta.

— Não é mesmo, e quer saber? – Ele se virou voltando a me encarar – Eu cansei de me importar, eu estou tão cansada, não quero mais Klaus, não quero mais esperar que alguém se importe com o que eu estou sentindo.

— Caroline...

— Não, não precisa falar mais nada, lute Nick, lute por ela. Eu desisto – Ele não falou mais nada e eu simplesmente me virei para sair – Só... obrigada, por tudo.

Corri não atendendo os chamados de Camille que gritava dizendo algo sobre a minha mãe, pensei em visitar Elena no hospital, mas ela já tinha tantos problemas para saber dos meus, isso não era justo.

Cheguei em casa, entrando no meu quarto e me jogando na cama. Klaus se tornou tão importante para mim, era difícil aceitar que tudo terminou antes mesmo de começar. Pensei em Bonnie, ela com certeza me diria para ter paciência, e eu não ouviria é claro. Nunca ouvi, mesmo sabendo que ela sempre teria razão.

Como Bonnie Bennet fazia falta!

— Caroline – Henrik me encarava com um tímido sorriso – Está tudo bem?

— Tá sim maninho – Bati na cama e ele logo se jogou me fazendo deitar em seu peito – Como está a Davina?

— Mal, ela não acredita que Celeste estaria ao lado de uma assassina.

— Toda essa dor vai passar Henrik, você vai ver – Tentei o confortar e ele aceitou numa boa. – Mas, como você está?

— Me acostumando – Suspirou – Entendo que ninguém conseguia segurar a verdade e eu agradeço por isso.

— Talvez saber dessa verdade em um momento como esse, seja difícil – O abracei mais forte – Mas necessário, agora eu acho que você deve dar uma chance para a Esther te explicar, a única que falou foi nossa mãe, você tem que ouvi-la.

— Eu sei – Henrik tinha uma maturidade inacreditável para sua idade, tão diferente de mim – Eu vou almoçar lá amanhã, pode vir comigo? – Sorri aceitando, ele precisava.

Ele disse que iria se encontrar com a Davina e saiu. Não me lembro de ter outro pensamento antes de dormir sozinha naquela casa, sei que agora estou segura, mas ainda me lembro da última vez que estive ali, antes de me apegar tanto a Nick, maldito dia, malditos sentimentos.

Não sei quanto tempo dormi, contudo, acordei sentindo meus cabelos serem acariciados lentamente, gelei, eu sabia perfeitamente de quem era aquele toque. Abri meus olhos encarado o loiro sentado ao meu lado.

— Seus pais estão tendo uma desagradável reunião com os meus – Me comunicou obtendo um tom sério – Não sei se esse encontro é o melhor agora, mas, enfim, você não poderia ficar sozinha e eu não deixaria o Kol vir até aqui.

— Kol, talvez, fosse a melhor companhia que eu poderia ter nesse momento – Refleti baixo. Klaus logo abriu um sorriso debochado.

— Carina é passado Caroline – Falou segurando minhas mãos – Não sei quem te contou, na verdade sei sim, mas ele deve ter se esquecido de dizer que é com você que eu estou.

— Demonstrou o contrário.

— Você não é a garota que eu assumiria algo sério, sabe disso – Estou indignada, magoada e extremamente furiosa com a minha vida, eu merecia isso? – É mais nova, uma adolescente louca, dramática, um pouco bipolar, e apaixonante.

— Tá dizendo que...

— Eu me apaixonei por você Caroline, e estou disposto a tentar, se você quiser.

E com isso ele me convenceu, tão fácil, tão simples. Poderia ter me sentindo uma idiota, porém isso foi a melhor coisa que me aconteceu nesses últimos dias, como poderia negar?

Klaus me agarrou sem esperar uma resposta, acho que ele sabia qual era. Seu beijo era a melhor sensação que já tive, me fazia estremecer a cada toque seu, esse era o meu namorado. Ah! Namorado, espero.

Quando dei por mim, Nick estava descendo sua habilidosa mão para minha coxa, apartando com força. Perdi o ar. Em segundos, deixou de me beijar e desceu sua boca até meu pescoço, soltei um suspiro.

— Klaus... Eu nunca... – Fiquei vermelha quando ele me encarou se segurando para não rir. Serio isso?

Sei que aquilo pareceu estranho, porém, sempre quis que aquele momento fosse único e perfeito, mas ver ele rindo não estava nos meus planos. Namorei com Enzo por algum tempo, contudo, não era o amor que eu gostaria, nem a pessoa certa, não queria tornar aquilo uma amizade colorida.

— Você é virgem, eu sei love – Confessou assim que conseguiu parar de rir. Já disse o quanto ele é um desgraçado? – Quer dizer, suspeitei quando fugiu de mim naquela noite.

— Precisa rir? Isso é uma coisa importante.

— Eu sei – Mentiu descaradamente – Por isso, não estou pedindo nada.

— Mas eu quero – E assim eu fiquei vermelha, como sempre, porque eu sempre tenho que corar mesmo? Senti minhas bochechas queimarem ainda mais quando o vi tirar sua própria camisa, mostrando seu perfeito corpo. Isso não era algo justo, mas ele fez, sem mais nem menos, apenas fez..— A verdade é que eu te amo Klausy, você nem imagina o quanto.

Ele sorriu, aquele sorriso perfeito. Esqueci de qualquer coisa quando ele se aproximou voltando a me beijar. Não sei o que me esperava no dia seguinte, sabia que teria que voltar ao mundo real, mas iria me esquecer totalmente desse pequeno detalhe, nem que seja por poucas horas.


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Notas finais do capítulo

Deixem sua opiniões lindas.... beijooss



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