Silêncio. Um longo minuto de silêncio ocorreu antes de Booth respondê-la.

–Eu sei.

Brennan sentou-se sobre suas pernas abismada. Como ele sabia? Teria ele a seguido?

–Não pensei que segui você, okay? – Disse Booth se explicando – Fui procurar você pra irmos à lanchonete do hospital, demorei um pouco pra te achar, mas cheguei na hora que o Senhor Doutor estava se declarando pra você.

–Então... Você viu o beijo?

–Sim – Ele respondeu confiante.

–E não está bravo? – Ela perguntou insegura.

–Não com você pelo menos, mas não posso negar que estou com vontade de socar seu ex – Booth confessou sorrindo.

Brennan o encarava confusa. Ela definitivamente precisa ler o manual dos relacionamentos e reações, pois isso ela não esperava. Ele deveria estar bravo, não?

– Eu não entendo. Relacionamento são tão confusos.

Booth sorriu. Como ele amava essa mulher, a ingenuidade dela chegava a ser cômica.

–Olha Bones – Ele começou pegando as mãos dela – Eu confio totalmente em você. Sei que você não o beijaria. E não é sua culpa. Ninguém mandou namorar uma mulher extremamente linda, e que esbanja charme.

Ela sorriu. Então essa era a confiança do relacionamento.

Ela inclinou-se pra frente com todo seu corpo se jogando em cima de Booth. Ambos acabaram caindo aos risos sobre as almofadas. Tudo era tão bom. Tudo parecia tão certo.

–Você realmente é um ótimo namorado – Ela disse pontuando as palavras com curtos beijos.

–Eu sei – Confirmou – Tudo porque tenho uma excelente namorada.

E assim começou o duelo de línguas, e os beijos vorazes. Booth acabou virando, ficando sobre ela. Começou a atacar o pescoço, enquanto as mãos se perdiam dentro da camisa dela. Aquela pele quente e macia que seus dedos queimavam para acariciar. Céus, aquilo era ótimo.

–Booth – Ela gemeu.

Ele sorriu e continuou sua exploração naquele corpo em que tanto se perdia. Começou a levantar a camiseta dela, e seus olhos queimaram de desejo quando viu os belos seios fartos, cobertos por um sutiã de renda preto. Sexy, extramente sexy.

Quando Brennan foi beija-lo, escutaram o celular tocar.

–E odeio seu celular – Ela bufou exasperada.

–Eu também, mas ignore. – Ele disse voltando a beija-la – Se for importante que liguem depois.

Mas o celular continuou a tocar. Brennan incomodada o empurrou, derrubando-o na almofada, indo à busca do celular.

Booth sorriu diante da cena de sua parceira andando pela casa de sutiã com a cara emburrada.

–Atenda isso, logo! – Ela disse jogando o celular pra ele, e sentando-se ao seu lado.

–Booth.

–Baixinho, até que enfim atendeu esse celular hein?

–Hey Pops, eu estava, haan, ocupado.

–Sei, vocês jovens de hoje em dia, tudo é ocupação.

–Mas esta tudo bem com você? Aconteceu algo? – Booth perguntou preocupado.

–Sim! Meu neto se esqueceu de mim. Sei que sua vida é ocupada, mas não ligo, trate de arrumar um tempo pro seu velho aqui.

Booth sorriu. Pops sempre Pops.

–Ah isso? Pensei que era algo importante – Booth disse brincando

–Baixinho...

–Estou brincando Pops, quer saber, o que acha de fazermos um jantar esse final de semana?

–Seria ótimo baixinho. Mas só vou se você convidar aquela Doutora bonita.

–Então a saudade não é só de mim né?

–Você sabe o quanto eu gosto dela baixinho, aquela mulher não se acha por aí.

–Eu sei Pops, você esta certo. Então estamos combinados?

–Sim baixinho, venha me pegar no sábado. Agora vou desligar, eles cobram uma fortuna por dois minutos de telefone.

–Okay, até mais Pops.

–Até baixinho, cuide-se e da doutora também.

Booth desligou o telefone, e o jogou no sofá.

–Era Pops – Informou – Ele quer me ver, marquei um jantar esse final de semana, e ele faz questão da sua presença. Alguém problema?

–Nenhum – Disse Brennan – Vou tomar um banho, e você pode ir pra sua casa.

–Esta me expulsando? Sério? – Ele fez cara de pidão.

Brennan sorriu. Um homem daquele tamanho com as caretas mais infantis possíveis. Ela pegou sua camiseta, e rumou até ele, ajeitando sua jaqueta.

–Sim, pois amanhã temos que trabalhar cedo.

–Você não parecia empolgada em trabalhar cedo há uns minutos atrás – Ele disse puxando-a para si – Sabe doutora – beijo-a no pescoço – Adorei sua lingerie.

Ela sorriu, e beijou-o. Passou as mãos pelo pescoço dele, ficando na ponta dos pés para alcançá-lo.

–Tem muito mais da onde essa veio Agent Booth – Ela viu o olhar sapeca dele – Porém não hoje.

E assim ficaram se beijando na sala até o ar se esvair, e logo depois Brennan foi para o chuveiro.

Era uma longa semana. Eles estavam em um caso complicado, pra variar outro serial killer. Todos estavam cansados. Brennan estava em seu escritório olhando pela milésima vez os relatórios a procura de algo que deixou passar, mas nada. Esse assassino era meticuloso.

Foi na terça de manhã em que eles acharam o primeiro corpo. A princípio pensou que era um assassinato comum. Porém na quinta foram achados mais dois, com os mesmos traumas somente em horas e locais diferentes.

Agora já era sexta feira, e nenhuma pista concreta para sequer para deduzirem o assassino. Ela estava brava. Era inteligente não? Sabia que havia algo ali, mas porque não enxergava?Brennan foi interrompida em seus pensamentos quando Booth bateu a sua porta.

– Caroline disse para conseguirmos mais alguma evidência, assim o FBI não vai engavetar o caso.

–Como eles podem simplesmente esquecer três assassinatos? – Ela perguntou indignada.

–Não sei Bones, eu trabalho pra eles, não sou eles. – Explicou – Você esta bem?

–Não – Respondeu encostando-se a sua mesa, ficando de frente para Booth – Eu sou um gênio, e após ler esse relatório diversas vezes não consigo achar mais evidências que liguem os corpos.

–Hey – ele segurou o rosto dela bem perto do seu – Você vai achar okay? No tempo, você vai. Eu confio em você, assim como o resto do pessoal.

Ela deu um sorriso triste, e afundou o rosto na curva do pescoço dele.

–E se eu desapontar vocês? – Perguntou insegura.

–Você não vai.

–Como você pode saber disso?

–Porque você é Temperance Brennan. Você não erra Bones. Talvez demore um pouco, talvez não. Mas você vai conseguir. Tenha paciência, certo?

Ela sorriu animada. Booth era sei alicerce, o que seria dela sem ele? Ele sempre a fazia sentir tão bem.

–Thanks Booth.

–Sem problemas.

E assim eles ficaram se observando, perdidos um no olhar do outro por um longo tempo. Presos naquele mundo só deles. Como aquilo era bom.

Booth se aproximou e tomou os lábios dela em um beijo terno, que transparecia tudo que ele estava sentindo agora. Ele enroscou as mãos nos cabelos macios dela, e aprofundou o beijo. Tudo estava tão calmo, estava, pois agora eles escutaram um barulho estranho, pareciam gritos vindos do lado de fora.

Brennan quebrou o beijo, sorrindo pra ele e olhou para fora de seu escritório.

Cam, Hodgins, Sweets, Daisy e Caroline estavam com cara de surpresos, exceto por Angela que apenas sorria para eles.

Temperance corou. Ela não sabia pra onde olhar, e quando viu o rosto de Booth sabia que ele estava como ela. Eles teriam que pensar em algo logo, pois a turma de amigos estava vindo em direção a eles rápido. Muito rápido.

Minutos antes, do lado de fora do escritório.

Angela sorria. Apenas ela sabia do relacionamento deles, e nunca se cansava de observá-los, eles eram tão fofos juntos.

– Parece que temos outro momento de casal estrelado por amigos no Jeffersonian – Disse Cam olhando para Angela.

Ela apenas sorriu. Observou quando Hodgins chegou Daisy. Aparentemente todos queria falar com Brennan nesse momento.

–Oh, Doctor B esta ocupada, acho que voltaremos mais tarde Daisy.

–Verdade – A interna respondeu, sem conseguir conter o sorriso de animação ao olhar para dentro da sala de Brennan.

Logo depois Sweets e Caroline vinham apressados por entre o Jeffersonian.

–Aqueles dois deveriam se assumir logo –Caroline pensou alto.

–Dada as circunstâncias, depois do término da Doutora Brennan com Jackson, eu diria que eles se aproximaram muito e minhas constantes avaliaç-

–Sweets, shut up! Olhe para eles.

E todos ficaram surpresos quando viram o Agente capturar os lábios da antropóloga em um beijo.

–Oh my god.

–Já não era sem tempo – Disse Caroline.

E então Daisy começou a gritar.

Momento atual, escritório de Brennan.

– Então... Vocês... – Cam começava a falar sem jeito.

Brennan estava corada. Não se sentia a vontade para esclarecer seu relacionamento com Booth para todos ainda, mas agora não havia volta.

–Nós estamos namorando – Ela disse convicta.

Booth sorriu. Eles estavam em uma baita de uma situação ali. Passou os braços pelo ombro dela, e a trouxe mais para si.

–Há quanto tempo?

–Foi ele quem pediu?

–Quem que caiu na real primeiro?

E assim começou a chuva de perguntas. Booth respondeu as que achava pertinentes, e as perguntas realmente pareciam ter acabados.

–Uau, cinco meses – Disse Cam surpresa – Acho que tenho que dar meus parabéns, certo?

–Thanks Cam – Agradeceu Booth.

Booth pegou os relatórios e Brennan sua bolsa. Despediram-se dos amigos que ainda estavam levemente surpresos, e saíram do Jeffersonian.

O estacionamento estava bem vazio. Somente três carros, o de Booth, e dos guardas noturnos do Jeffesonian. Aproveitando isso ele prensou Bones no carro, em um beijo apaixonado, cheio de desejos. Jogou os relatórios no banco da frente do carro, enquanto destrancava a porta traseira e entrava com ela.

Não havia nada de errado em dar uns amasso no banco de trás do carro, em um estacionamento vazio. Brennan sentou em seu colo, de frete para Booth, e sorriu.

–Isso foi realmente mais fácil do que imaginei. Digo, falar sobre nosso relacionamento pra eles.

–Também acho – Ele disse, tirando a jaqueta dela – Não foi da forma que imaginei, mas pelo menos já aconteceu. Sinto que agora somos um casal livre.

Bones gargalhou, e o ajudou a tirar sua jaqueta. Ficando mais confortável, ela o puxou pela gravata e o beijou. O beijo foi se intensificando, enquanto as mãos dela trabalhavam em retirar o paletó dele.

As coisas estavam realmente ficando muito quente aqui.

–Booth – Ela o chamou.

–Sim – Ele disse enquanto começava a subir a camiseta dela.

–Tem certeza de que quer fazer isso aqui? Digo fazer amor? Sei que você tem todos esses tabus com lugar e momento certo, e não quero que voc—

–Hey Bones – Ele a chamou sorrindo – Esta tudo bem, okay? Eu quero isso, e você quer também certo? – Ela confirmou acenando afirmativamente com a cabeça – Então não há nada de errado aqui, a não ser o fato de você ainda estar com roupa.

Ela sorriu. Aquilo era excitante, muito mesmo. Ela deixou Booth tirar a camiseta dela, e subir sua saia, enquanto ela mesma retirava a camisa dele.

–Não tire a gravata – Ela afirmou – Gosto dela.

Ele sorriu.

–Mesmo? Porque?

Ela se ajeitou mais no colo dele, abrindo o zíper de sua calça, retirando o membro dele para fora.

Booth gemeu ao contato da mão dela com seu membro, e puxou mais para si.

–Porque com a sua gravata, posso fazer isso.

Logo em seguida, ela o puxou pela gravata e roubou um beijo quente dele. Paixão, luxuria, era o que estava ali.

Booth deixou as mãos se perderem no seio dela, apertando-os, sentindo-os, e quando o tocou com seus lábios, Brennan gemeu baixinho.

Boa garota, ele pensou. Não poderia fazer muito barulho no estacionamento.

Brennan estava em combustão, e sem aguentar mais, ela insinuou-se contra ele, fazendo contato entre seus sexos.

De repetente, um pensamento ocorreu a Booth.

–Camisinhas – Ele suspirou entre um beijo e outro – Primeiro bolso do meu paletó.

Ela sorriu, e as pegou.

Por mais que ambos fossem saudáveis não poderiam correr o risco de uma gravidez nesse momento. Nenhum deles estava preparado para tal passo.

Brennan colocou lentamente a camisinha nele, o provocando, e quando terminou, deixou que Booth continuasse o resto do trabalho.

Ele passou as pernas dela pela sua cintura, o carro era grande, mas não o suficiente, teriam que se adaptar.

Brennan enterrou o rosto no pescoço dele, enquanto o sentia adentrar em si. Ela não conseguiu conter o gemido, e mordeu o ombro dele.

Booth começou com longas estocadas, aparentava ter toda a calma do mundo. Fazer amor com Bones era tão bom.

–Booth – Ela gemeu – Mais rápido.

Ele obedeceu, e começou a acelerar os movimentos. Deixou sua mão escorregar para a intimidade dela, e isso só arrancou mais gemidos dela.

Agora ele movia-se freneticamente dentro dela, chamando por seu nome, tentando se controlar, mas era difícil. Ele sentiu quando ela tinha alcançado o orgasmo, e suas paredes internas o apertaram, e ela suspirou de prazer em seu ouvido. E ele não aguentando mais, gozou também.

–Você realmente me faz sentir no highschool Bones – Booth disse.

Ela apenas sorriu, e ficou um tempo aconchegado nele para depois se vestirem e Booth seguiu rumo a casa dela.

–Esta entrega, donzela – Ele disse sorrindo, apoiando os braços na porta do apartamento dela.

Ela sorriu, e o beijou. Esse foi um beijo calmo, termo e apaixonado. Quando surgiu a necessidade de ar ela quebrou o beijo.

–Tem certeza que não quer ficar aqui? – fez uma cara de pidona.

–Hoje não posso gorgeous, mas amanhã você vai pra minha casa, e teremos todo um fim de semana juntos, okay?

–Okay.

Eles se beijaram mais uma vez e quando Booth estava indo embora falou.

–Já estou com saudades baby.

E assim ele entrou no elevador.

Bones sorriu novamente. Beautiful, gorgeuous, e agora baby. Ela nunca tinha gostado desses adjetivos, mas com Booth realmente era algo diferente.

Ela chegou à conclusão de que não gostava disso com Booth, ela amava.

Continua ...