–Você poderia tirar mais alguns dias de folga do trabalho – disse Booth – Tenho certeza de que eles não iriam se incomodar tanto...

Brennan bufou.

–Booth, eu estou bem, já disse.

–Eu só quero ter certeza de que esta tudo certo, não quero correr riscos.

Temperance estava à frente do espelho, colocando sua saia.

–Se você continuar com isso, vai dormir no sofá. – respondeu fazendo cara de séria – Me ajuda com o zíper da saia?

Booth meneou e foi para trás dela. Colou as mãos no quadril, antes de subir o zíper da saia. Suas mãos permaneceram nela, enquanto ele a fitava através do espelho.

–Como você consegue?

–O que?

Booth a virou para si, e ela apoiou as mãos em seu peitoral.

–Cada dia você fica mais linda...

–São os seus olhos, amor. – Brennan respondeu sorrindo.

–Espero que sejam só meus olhos mesmo, porque se não terei que usar munição extra pra afastar os gaviões de você...

–Eu não acho que gaviões ficariam perto de mim pela minha beleza, seria mais fácil de atraí-los se eu estivesse morta... Pensando bem, haveria alguns urubus também...

Booth gargalhou.

–Espertinhos Bones, assanhados, homens, esses são os gaviões de quem estou falando.

–Oh, agora faz mais sentido – ela disse terminando de ajeitar a gravata dele, e beijando seu pescoço - Hmmmn – gemeu – adoro seu cheiro.

Booth apertou mais suas mãos no quadril dela, beijando seus lábios.

–Todo seu...

E voltou a beijá-la.

No inicio houve apenas um toque dos lábios, tímidos, quase como se retornassem ao primeiro beijo, seguido por uma exploração já conhecida, de dois amantes experientes. Brennan entreabriu mais os lábios, aprofundando o beijo em meio a suspiros de prazer. Sua língua duelava com a dele, o instigava a mais.

Booth ciente do recado continuou distribuindo beijos molhados pelo pescoço dela. Brennan gemeu em resposta, perdida em estase, quando sentiu algo quente cutucar sua coxa.

–Animado a essa hora? – ela disse travessa.

–Pra você – sussurrou no ouvido dela – sempre...

Brennan sorriu, e agarrou forte a ereção dele por cima da calça, escutando-o gemer seu nome.

–Bones...

–Quanto tempo?

Booth olhou para o relógio rapidamente.

–Quinze no máximo vinte minutos...

Ela sorriu, e se apertou mais contra ele.

–Você consegue ser rápido?

Booth deslizou o zíper da saia dela para baixo, e a suspendeu pelas coxas.

–Posso tentar.

E assim eles caíram na cama, gemendo um nos braços do outro.

Meia hora depois...

O casal já se arrumara, novamente, para seguirem para o trabalho. Temperance já estava com um copo de café na mão, enquanto Booth terminava de ajeitar a gravata.

–Nós realmente fomos rápidos – disse Booth, entrando na cozinha.

–Teríamos sido mais se você não tivesse tido uma crise de macho alpha e não marcasse meu pescoço – ela alfinetou.

–Eu já pedi desculpas Bones... Eu nem percebi o que estava fazendo. – respondeu, usando o sorriso charmoso de sempre.

–Mentiroso!

–Você não pode falar nada, já viu minhas costas? Nem quando eu estava no exercito elas estavam tão vermelhas assim. E adivinha do que? Suas unhas, querida.

Brennan corou.

–Mas ninguém verá suas costas...

–Quem disse?

Brennan olhou séria pra ele, enquanto saiam do apartamento.

–Você esta me zoando, Booth?

–Quem sabe, gorgeous... – ele respondeu, beijando a bochecha dela – Vamos.

Pouco tempo depois já estavam no estacionamento do Instituto onde Brennan trabalhava.

–Almoço?

–Não posso... Angela me fez prometer que faria um almoço-video-conferencia com ela hoje. Ela disse que se sente negligenciada em alguns assuntos.

–Fale pra ela que estou com saudades.

Eles trocaram um rápido selinho, e Brennan saiu do carro, rumo ao trabalho.

Almoço...

–Sweetie, eu senti tanto a sua falta – disse Angela animada – ainda sinto.

–Eu também Angie... Eu preciso da minha melhor amiga – Brennan sorriu.

–Então... Como estão as coisas na Alemanha?

Então Brennan contou sobre tudo. Desde sua chegada, como havia sido a adaptação, as dificuldades, e como Booth a pediu para morar com ele.

–Ele é tão romântico, que fofo Bren... Mas você não surtou?

Brennan suspirou.

–Eu amo ele Angie, como eu nunca pensei que iria. Quando ele me pede algo é quase impossível dizer não – ela sorriu – e não surtei. Dividir um apartamento com Booth é maravilhoso. Ele nunca sequer me fez pensar que talvez tivesse tomado a decisão errada...

Angela deu gritinhos de felicidade.

–Estou tão feliz por você Bren. Mas vocês conversaram sobre o mini Booth-Brennan? Eu vou ser titia logo?

–Sim, e nós decidimos esperar um pouco. Nós temos pouco menos de seis meses aqui Ange, e queremos estabilidade. Esse emprego não é permanente, e Booth pretende voltar um dia, assim como eu.

–Vocês que decidem sweetie. Mas por favor, não se esqueçam dessa ideia. Essa criança vai ser a mais linda do mundo.

Brennan pensou em corrigir a amiga, mas apenas sorriu.

–Então...

–Então...

Angela bufou.

–C’mon Brennan, me conte tudo. Todo detalhe sujo. Eu quero saber, pra ontem.

–Angie, você sabe como Booth é reservado...

–Você nunca me disse nadinha. Não acha que eu mereço algo?

Temperance suspirou.

–Ok, o que você quer saber?

–Muitas coisas, mas vamos por partes. Sexo?

–O melhor que já tive. Ele é tão carinhoso e excitante ao mesmo tempo, eu não sei Angie. Quando ele me toca eu sinto como se estivesse entrando em combustão, metaforicamente falando, é claro.

–Hmmmn, interessante... Algo de excêntrico?

–Muitos “algos”... Vinho, e uma noite estrelada e isso é tudo que vou dizer!

–Temperance Brennan você consegue ser chata quando quer – disse Angela bufando.

Ela sorriu.

–Algo mais?

–Você sabe o que eu quero saber!

–Angie, isso é privado, Booth não vai gostar...

–Por favor, sweetie.

–Ok, grande.

–Quão grande?

–Se Sully é um amendoim, Booth é uma... Bactéria.

Angela começou a soltar gritinhos animados pelo escritório.

–Bren, você é muito sortuda – gargalhou – como você conseguiu andar todo esse tempo?

–Angieee – Temperance a repreendeu, tímida.

–It’s okay sweetie. Não vou mais te encher por hoje. Eu tenho que entregar algumas imagens pra Cam, essa é a minha deixa.

–Love you, Angie.

–Love you too, sweetie. Bye.

Escritório de Booth, 22h.

Brennan entrou no prédio que estaria vazio se não fosse à presença de alguns guardas, que a cumprimentaram educadamente. O andar onde Booth trabalhava encontrava-se na mesma situação. Deserto.

Ela foi em direção à sala dele, caminhando pela mesa da secretária que já não estava mais lá. Bateu na porta.

–Booth?

–Hey Bones – ele respondeu – entre.

Temperance adentrou escritório dele, assustada com a quantidade de papeis na sala. Booth estava recostado na cadeira, com alguns botões da camisa abertos, e sem gravata, tentando ficar o mais confortável possível em meio a tanta papelada.

–Você não ligou então eu resolvi fazer uma surpresa – fitou ele – ocupado?

–Apenas um segundo e... Pronto. – ele sorriu – toda papelada devidamente revisada.

–Brennan largou a bolsa na mesa, e sentou-se no colo dele,

–Você poderia ter me avisado, talvez eu pudesse te ajudar.

Booth passou as mãos pela cintura dela, a trazendo para mais perto, enquanto Brennan se aconchegava no vão do pescoço dele,

–It’s okay gorgeous. Eu conseguia lidar, e até acabei adiantando algumas coisas, por isso esse tanto.

Ela concordou e se apertou mais a ele ainda.

–Você esta tão quente – ela disse – Lá fora esta um gelo.

–Serei seu cobertor sempre que quiser, babe.

Ela sorriu, e beijou o pescoço dele. As mãos perdidas dentro de sua camisa roçavam levemente na pele quente e suave, causando arrepios em Booth.

–isso é bom – sussurrou Booth.

Ela apenas concordou silenciosamente enquanto desabotoava a camisa dele pacientemente. Quando chegou ao último botão, puxou cada parte da peça para um lado, tendo livre acesso ao tórax, onde começou a distribuir beijos, até alcançar o pescoço novamente.

–Faça amor comigo, Booth – ela sussurrou ao pé do ouvido dele.

–Aqui? Qualquer um pode entrar a qualquer momento...

Brennan se ajeitou no colo dele, tirando sua blusa e camiseta, exibindo o sutiã de renda vermelho que se destacava em contraste com a pele pálida.

–A porta esta trancada, e além do que, eu disse para os seguranças não deixarem ninguém subir, pois estaríamos em uma conferencia de segurança nacional...

Booth sorriu, contornando os seios dela com os dedos, antes de aperta-los com vontade.

–Mulher, você realmente sabe o que quer! – sua voz soou abafada, enquanto sua boca se perdia na superfície dos seios dela.

–Sou uma pessoa objetiva... Bo – suspirou –oth, oh!

Ele voltou atenção aos seios, enquanto o sutiã caia no chão. Booth apertou um mamilo dela, enquanto sugava o outro sem reservas, e escutava os gemidos de prazer da mulher a sua frente.

Brennan levantou-se, seguida de Booth, que já sabia qual seu próximo trabalho. Abandonando os seios dela, desceu as mãos por sua cintura, abaixando a saia, e deleitando-se com o corpo de sua parceira.

Suas mãos escorregaram até o bumbum dela, dando uma leve apertada enquanto a prensava contra sua ereção. Booth ajoelhou-se na frente dela enquanto seus lábios deixavam uma trilha de beijos por seu corpo, e só parou quando chegou ao centro dela, ainda coberto pela calcinha que não demorou muito e estava fazendo companhia a outra peça, longe ao chão.

Brennan o levantou, e capturou seus lábios em um beijo excitante. Sua língua batalhava com a dele, em um jogo de provocação já conhecido, enquanto suas mãos rondavam o cós da calça dele, que quando percebeu só estava com sua cueca boxe.

Branca.

Uma cueca branca.

Brennan gemeu.

– Isso é golpe baixo, Booth.

–Não há regras nesse jogo, babe.

Ela sorriu maldosa.

–Sério?

Brennan tirou a cueca dele e segurou o membro cheio em suas mãos, antes de fazê-lo sentar na cadeira. Com destreza e experiência, se ajoelhou a frente dele, roçando seus seios no pênis dele.

–Geez, Bones! – ele gemeu alto.

Brennan continuou com sua exploração, e beijou a cabecinha o fazendo grunhir novamente, e quando o membro dele se perdeu dentro da boca dela, Booth apertou os cabelos de sua parceira perdido em êxtase.

Temperance continuou com os movimentos ritmados, enquanto sua boca se deliciava no membro dele, e suas mãos acariciavam seus testículos. Continuou mais algum tempo até ouvir Booth implorar.

–Bones... Oh, god! Please stop... Ou isso vai acabar antes do que você espera!

Ela parou os movimentos, dando um ultimo beijo molhado no topo de sua ereção, antes de se levantar.

–Mulher... Você é louca! – ele sussurrou.

–Pode apostar.

Ela disse, virando-se de costas para ele, e sentando-se em seu colo.

Uma das mãos de Booth automaticamente foi para a barriga de Temperance, a segurando enquanto a outra descansava nos seios junto com a mão dela. Seus lábios afundaram em sua clavícula, arrancando gemidos de Brennan.

Booth se ajeitou na poltrona, e a suspendeu, a tempo de se ajeitar, e ela sentar-se novamente, engolindo seu membro no calor aconchegado que era estar dentro dela.

–Booth, ah!

Temperance gemeu ao senti-lo por completo dentro de si, era uma sensação maravilhosa, de preenchimento, não só físico, mas também espiritual. Sentia-se completa. Lentamente começou a se movimentar, subindo e descendo na extensão dele, enquanto ambos gemiam de prazer. Booth apertou o seio dela em resposta, e segurou o lóbulo da orelha dela.

–Me diga como você quer – ele sussurrou em uma voz grossa, acelerando os movimentos dentro dela.

–Oh, Booth! Assim – ela respondeu em meio a murmúrios.

–Assim como? – ele parou movimentos, recebendo um gemido aflito dela.

–Rápido... Forte... Eu quero você dentro de mim. Eu quero sentir você. – ela sorriu – Quebre as leis da física comigo Booth.

Isso foi o bastante. Booth se retirou dela apenas em tempo de suspendê-la novamente e prensa-la contra a parede do escritório. Brennan passou as pernas pela cintura dele, o prendendo em uma armadilha gostosa, sentindo ele a penetrar novamente.

Booth começou a se movimentar dentro dela como ela havia pedido, e céus, era muito bom. Estava no paraíso e não sabia. Entrelaçou os dedos dela aos seus acima de sua cabeça, enquanto investia fortemente contra ela.

Ambos continuaram a dar vazão a suas paixões, até Brennan enterrar o rosto no pescoço dele entregando-se ao orgasmo que a dominava, enquanto suas mãos apertavam os ombros dele em resposta, e não demorou muito e Booth estava com ela, clamando seu nome, enquanto liberava seu prazer.

Algum tempo depois...

– Aqui, me deixa arrumar seu cabelo – ele disse passando as mãos pelos fios desgrenhados, ajeitando-os – Linda.

Ela sorriu, e beijou-o. O contato não durou muito e logo a porta do elevador se abria, dando vista para o saguão. Booth entrelaçou sua mão a dela, enquanto caminhavam em direção ao estacionamento. Howard, segurança noturno que deveria ter seus 50 anos, os cumprimentou antes do casal alegre entrar sorridente no carro e partir para casa.

–Você sabe aqueles dois? – Disse Howard para seu colega.

–Mr. Booth e Ms. Brennan?

–Sim. Isso não é fácil de se achar. O que esses dois têm, é pra sempre.