Os principes de Illéa no Brasil - Interativa escrita por Rafaela


Capítulo 3
As Selecionadas - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Hey genteeee
Desculpe a demora,as garotas foram escolhidas aleatoriamente,fiz de acordo com a historia, personalidade, familia e trabalho de cada garota,qualquer duvida eu esclareco.
Espero que gostem!!
Bjs



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Amberly Castiel posava mais uma vez para o fotógrafo. Era uma modelo. Seus pés doiam por causa dos saltos, sua boca também, por causa dos sorrisos forçados para a câmera. Normalmente, ela não ligava pra isso. Pra ela, aquilo era natural. Ela só precisava estar lá, e a câmera fazia todo o trabalho. E sem dúvida, a câmera a amava.

Mas neste dia, sua cabeça não estava no estúdio. Estava na Seleção. Se ela fosse selecionada, estaria livre da família. Não que ela não os amasse, mas nenhum deles dava a mínima pra ela. Sem falar na irmã que se envolvia com pessoas erradas e no casamento dos pais, que estava desmoronando e ela não quer ser a pessoa que estará embaixo, quando ele desmoronar de vez.

Felizmente, aquela era a ultima roupa e as fotos já estavam no fim.

– Agora séria. - ordenou o fotógrafo. - Só mais uma e... Pronto. Acabamos por hoje, Amber.

Ela se despediu dele e saiu.

Quando chegou em casa,sentou-se em uma poltrona na sala de estar, entre seu pai e sua mãe. Que, como sempre, estavam longe um do outro. Ainda havia uma poltrona vaga, reservada para sua irmã. Logo ela ouviu a porta bater e sua irmã apareceu descabelada, com um batom borrado e ajustando a camiseta. Ela olhou com desdém pra Amber e se sentou. Eram exatamente oito horas e o brasão de Illéa apareceu, juntamente com o hino do país, dando início ao Jornal Oficial.

O apresentador começou a falar, mas Amberly não estava ansiosa. Sabia que seria Selecionada, se não nesse, no próximo anúncio. As garotas começaram a ser anunciadas.

Casta Três, Casta Três e novamente Casta Três. Seu pai bufou e a mãe reclamou:

– Será que não vai ter ninguém de castas superiores?

–Acho que não. - O pai respondeu, por incrível que pareça. - Mas então filha, como foi seu dia?

Amber sabia que ele não se referia a ela. Então sua irmã e seus pais começaram uma conversa animada.

Então a foto de Amber apareceu na tela. Ao contrário das famílias normais, não houve festa e gritos de alegria. Ela apenas recebeu olhares espantados e um "parabéns" da mãe, e a conversa continuou, como se nada tivesse acontecido.

Ela apenas se retirou para o seu quarto e começou a pensar no que levaria para o castelo. Faltavam duas semanas, mas pelo menos ela teria o que fazer. E quanto mais rápido ela saísse daquela casa, melhor.

***

Hannah Blake caminhava, distraída e chutando pedrinhas que apareciam pelo seu caminho. Tão distraída que não percebeu quando sem querer chutou um regador que estava no chão.

– Hey, olha por onde anda!

Aquela voz era um tanto familiar para a loira. Era Norlana O'Mally. Elas estudavam na mesma escola, antes da família da morena sofrer um golpe de um cada e se tornar Casta Sete, além de perder quase todo o dinheiro As mulheres do bairro falaram daquilo por mais que um mês.

–Ah, me desculpa. Eu não vi, isso aqui no caminho.

– Tudo bem. É só prestar mais atenção.

Norlana se levantou e começou a andar do lado de Hannah. Hannah sempre foi bem antissocial e Norlana, muito tímida, mas como ela já foram amigas e já não se viam há muito tempo, resolveram se dar uma chance.

– Então - começou a morena. - Você viu o Jornal Oficial ontem?

– Não. Não achei que seria interessante. E você?

– Trabalhei a semana toda pra terminar um jardim e ontem estava cansada.

– Ah, sim. Você é jardineira?

– Sou. E você?

– Engenheira, mas trabalho na oficina do meu pai, pra ajudá-lo. Tá vendo aquele prédio ali?

Apontou para um prédio de uns dez andares, todo espelhado. A outra assentiu com a cabeça.

– Eu o projetei. Eu também projeitei outros 3 prédios e muitas casas, mas meu sonho é construir em outras províncias, outros países. Algo maior e... Memorável. E você? Tem sonhos ou vontades?

– Ah, eu aprendi a gostar da minha nova casta e agora não me vejo mais como uma três. Se eu pudesse abriria uma floricultura. Só assim eu poderia continuar perto das flores que eu tanto amo.

Por onde elas passavam, o burburinho as seguiam. Coisas como "Não acredito que são elas", "Garotas de tão pouca classe", o que deixou as duas muito confusas, mas ela já estavam acostumadas com olhares tortos, então relevaram.

Quando estava perto de sua casa, Hannah parou, pronta para se despedir da outra, quando foi interrompida por seu irmão.

– Anya! Anya! Já te deram a notícia?

– O que? Mas que notícia?

– Você foi - Deu uma pausa pra respirar. - Você foi selecionada.

– Ah, não.

– Sim, sim. E Norlana O'Mally? - A garota acenou com a cabeça positivamente. - Você também foi. Vocês são as duas Selecionadas de Sumner!

Elas trocaram olhares. O de Norlana demonstrava alegria e surpresa. Já o de Hannah, era puro raiva e decepção.

Norlana correu pra o sítio de sua família, chegando lá, percebeu que suas irmãs e sua mãe já sabiam. Chelsea, sua irmã mais velha, ficou com cara de quem comeu e não gostou.

– Você sabe que ainda tem mais selecionadas a ser divulgadas, né? Não cante vitória antes do tempo.

Então passou por Nor, esbarrando seu ombro no dela.

–Nor! Eu sabia que você seria selecionada.

– Você sabe de tudo mesmo, Naomi. - Falou a pegando no colo. - Eu só não sei como selecionaram uma Sete.

– Você é linda, inteligente e muito boa. Eles seriam bobos se não o fizessem.

As três riram. Então Norlana percebeu, que mesmo que não ganhasse, ainda teria aquelas duas, as pessoas que mais amava no mundo. E isso que importava pra ela.

Já na casa de Hannah...

– Até que enfim você chegou! Passa o dia todo na oficina e por isso não sabe das notícias.

– Eu já fiquei sabendo - vociferou, revirando os olhos.

– Que bom. Então já vá arrumando suas coisas...

Hannah apenas ignorou e foi ate seu pai.

– Filha, vai ser bom pra você. Quem não ia quer passar um tempo no castelo.

– Eu? - seu pai riu.

– E com o dinheiro, vai poder comprar sua própria casa e viver sem as ordens da sua mãe. - Ele abaixou a cabeça.

– Oh, pai. Não importa o que aconteça, eu nunca vou te abandonar, tá? - Ele assentiu.

– Agora suba antes que sua mãe faça escândalo.

– Sim, senhor. - Fez uma continência, rindo.

Antes de subir abraçou a mãe. Seu irmão a seguiu ate seu quarto.

– Anya, pega leve com a mamãe. Ela não faz por mal.

– Eu sei.

– Mas, e ai? Gostou da notícia?

– Não muito. Eu destesto competições. E ainda mais competir por um cara.Um príncipe!

– Relaxa, não tem nada demais... - Hannah o olhou. - Tá. Tem sim. Mas aposto que você é melhor que aquelas garotas. Você é até bonita... Por dentro.

– Idiota. - Os dois riram. - Obrigada por estar sempre comigo.

– Te aguentar não é fácil, mas eu te amo, Maninha.

– Eu também te amo, Luke.

***

Rafaela Jalerd estava quase caindo de sono. Seu plantão no hospital já completava 36 horas. Ela foi despertada por Jane, uma enfermeira.

– Rafa, uma garotinha acabou de dar entrada. O estado dela é emergencial.

– O que ela tem?

– Insuficiência respiratória.

Rafaela se dirigiu apressadamente até a sala onde a garota estava deitada na maca. Ela apresentava ter uns 5 ou 6 anos. A menina de um sorriso fraco e começou a falar:

– Você é aquela mulher que eu vi ontem na televisão.

– Eu sou o quê?

– Uma selecionada

– Mas como... - Ela foi interrompida pela garota que começou a ofegar. - Jane, um respirador. Rápido!

– Rafa, o único respirador que sobrava está quebrado.

– Então pegue uma bomba de ar.

– Isso não vai funcionar. Os pulmões dela estão parando...

– Mas ainda não pararam. Então aja!

A enfermeira correu e chamou outros médicos. Meia hora se passara, e nada. Os médicos olharam pra Rafa. Apesar de ter apenas dezoito anos, ela era muito respeitada, até pelos mais velhos. Não era sua especialidade mas ela não podia deixar a garota morrer por incompetência sua.

Ela se aproximou da garota e pediu espaço entre os médicos e em poucos minutos a respiração da garota se estabilizou. A mãe da garota foi até ela.

– Muito obrigada por salvá-la. Você tem um dom, menina.

– Eu só fiz meu trabalho.

Depois de mais algumas parabenizações, ela se dirigiu á enfermeira chefe.

– Parabéns! Você merece. - Maria a abraçou.

– Só fiz meu trabalho... Como assim eu mereço?

– Ah. Não estou falando da garota. Mas, parabéns porque você foi selecionada!

– Eu não me inscrevi na Seleção.

– Eu só sei que você apareceu no Jornal Oficial ontem á noite.

Rafa tirou o jaleco e correu para casa. Era um pouco longe, mas a raiva encurtou o caminho.

Ela bateu a porta de casa.

– Parabé...

– Como vocês puderam? Eu falei que não queria participar!

– Mas filha, vai ser bom pra você.

– Mas nada! Vocês não tem o direito.

Então ela correu até seu quarto, e começou a chutar as coisas á sua frente. Amanha ela iria exigir sua saída da Seleção, mas por enquanto, ela só queria descansar


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Notas finais do capítulo

Ah..Não posso me esquecer, queria fazer um agradecimento especial para minha amiga Lyandra, ela me ajudou muito não só nesse capítulo, mas como em várias ideias para a Fic.
No próximo capítulo tem as outras 4 selecionadas e no outro as novas selecionadas.
Espero que tenham gostado!!
Bjs
ps:Quem quiser enviar outras fichas mesmo que já tenha enviado pode tá?Desde que seu nome não esteja nas notas da história, então confere lá!! ;)