Xeque-Mate escrita por Mariii


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Lá vai, último capítulo!

Sorry se tiver ficado muito ruim, mas minha inspiração foi pra Bahamas esses dias... hahahahahaha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505055/chapter/10

Molly estava na cozinha quando ouviu barulhos no andar de baixo de Baker Street. Ela preparava algo para comer, já que estava sozinha em casa e não poderia sair para comprar nada.

Ela não teve muito tempo antes que depois homens encapuzados invadissem a casa. Tudo que ela pode fazer foi se render e deixar que a levassem. Como se houvesse qualquer outra opção... Molly temeu ser morta ali mesmo, como John e Mary foram, mas pelo jeito os planos para ela não eram esses.

Ao passar pela sala, ela avistou o homem alto e loiro que devia ser Moran. Só podia ser Moran. Ele deixava um recado em um papel elegante sobre o móvel que Molly soube na hora o que era: mais uma ameaça a Sherlock. Ela o encarou friamente ao passar e viu-o sorrir cinicamente de volta. Era ele. Sebastian Moran. O algoz dos seus amigos.

Molly temia por Sherlock mais do que por si mesmo. Tudo que ela conseguia pensar era em como ele reagiria ao entrar em Baker Street e ver que ela não estava ali. E pior ainda, se a matassem, o que aconteceria com ele? Lembrou-se do olhar dele ao dizer que se a perdesse, ele cairia. Ela sabia que era verdade, que ele não suportaria outra perda. Principalmente a dela. Principalmente agora. Molly teria que se superar e sabia disso.

Apesar de seu coração bater em ritmo alucinada, ela conseguia se manter em uma aparente calma. Nos poucos segundos que teve sozinha na cozinha ela decidira que, caso houvesse oportunidade, ela lutaria pela vida. Faria seu papel. E para isso precisava manter a cabeça no lugar. Precisava ser mais esperta que todos eles. Molly não via outra alternativa. Ou era isso ou a morte.

Colocaram-na em um carro e a levaram com os olhos vendados para algum lugar ermo. Não ouvia sons de carros ou pessoas, então só pode deduzir que se tratava de algum local afastado de tudo. Molly não falou uma única palavra, nem mesmo quando era perguntado a ela e isso fazia Moran rir, deixando-a ainda mais determinada. A venda só foi tirada de seus olhos quando a trancaram em uma sala vazia com as mãos presas com cordas atrás de suas costas.

Ela já esperava por isso, portanto foi com esforço que, deitada de costas, ela ergueu uma das pernas e começou a balançá-la, agradecendo por ser magra e suas botas estarem ligeiramente largas. Sorriu quando a faca que ela usava para cortar algumas frutas antes dos invasores entrarem caiu no chão com ruído baixo. E era com essa faca que Molly tentava, com dificuldades, cortar as cordas que prendiam seus pulsos.

Quando Moran entrou na sala, trazendo Sherlock com ele sob a mira de uma arma, ela já estava solta.

– Ora, ora. Temos o casal principal do jogo aqui. – Ele disse enquanto olhava para os dois com desdém.

–-- --- ---

– Molly

Moran me puxou e eu fiquei ajoelhada com as mãos para trás. Atingindo Sherlock nas costas, ele forçou-o a se ajoelhar na minha frente.

– Desculpe, Molls. Eu falhei... - Sherlock sussurrou quando nossos olhos se encontraram e isso fez com que lágrimas inconvenientes aparecessem nos meus.

– Silêncio. Vocês não tem permissão para falar. - Moran mantém o tempo todo a arma apontada para Sherlock, mas fica parado ao nosso lado e vira-se para falar com um ou com outro, o que nos dá alguns momentos de distração.

Tento falar com Sherlock através dos meus olhos, que estão fixos nos dele. Moran fala coisas sem sentido acima de nós e eu não escuto. Estou focada no que planejo fazer e espero que ele se vire para Sherlock para que comece a contar silenciosamente movimento apenas meus lábios: um... dois... Sherlock nega de forma quase imperceptível com a cabeça, mas eu não dou atenção... três.

Lanço-me para as pernas de Moran, espetando a faca em sua coxa quando ele cai desequilibrado. Sherlock se levanta com rapidez e eu me encolho e tateio pelo chão torcendo para que a arma tenha caído das mãos do meu raptor. Quando minha mão esbarra no metal frio da arma eu respiro aliviada.

Com rápidos golpes Sherlock deixa Moran inconsciente e corre para a porta, a fim de se livrar dos outros dois homens que o estavam ajudando. Quando ele volta, Moran já está acordando sob a mira da arma que eu seguro.

– Xeque-Mate, Moran. - É o que eu o escuto dizer antes do forte estampido do tiro.

–-- --- ---

– Sherlock

Nós depositamos algumas flores nos túmulos de John e Mary e já passamos pelo de Lestrade também. Nós não tínhamos vindo até o cemitério até então, e achamos que agora que tudo tinha acabado seria um bom momento.

Algumas lágrimas escorrem pelo rosto de Molly e ela me abraça. Faz alguns dias que tudo terminou e eu matei Moran. Em breve estamos partindo para uma viagem em outro país. Nós precisamos respirar outros ares e passar por uma reconstrução, colocar todos os nossos pedaços no lugar. Tudo que passamos foi demais até mesmo para mim.

Caminhamos de mãos dadas até alcançar a rua. Observo-a com atenção quando entramos no táxi em direção à Baker Street. Todos os meus inimigos estavam errados quanto a Molly. Moriarty por achar que ela não era importante. E Moran por pensar que, ainda que fosse importante, ela era fraca. Ele a colocou como rainha do jogo apenas por ela ser importante sentimentalmente para mim, e não por ser uma peça forte. Moran estava enganado.

– O que foi? - Ela me pergunta enquanto eu acaricio a mão dela com suavidade, perdido em meus pensamentos. Sorrio quando percebo que ela está preocupada.

– Estou pensando como eu consegui ficar tanto tempo sem você.

– Provavelmente você tinha adversários que eram péssimos enxadristas.

Essa resposta dela arranca uma pequena gargalhada de mim. Sim. Eram péssimos enxadristas por não saber a força que a rainha tinha no jogo e até que ponto ela poderia chegar.

– Ao contrário de você, que conseguiu enganar a todos.

Molly se aproxima de devagar de mim e eu não me movo enquanto ela beija a linha do meu maxilar.

– Por você. - A voz dela chega doce e baixa aos meus ouvidos. A puxo para mim, beijando-a apaixonadamente.

– Por nós.

Porque não há rei se não existir uma rainha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até a próxima!

Para que ainda não conhece: https://www.facebook.com/groups/sherlolly/

:*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Xeque-Mate" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.