All of the lights land on you
The rest of the world fades from view
And all of the love I see
Please please say you feel it too

And all of the noise I hear inside
Restless and loud unspoken and wild
And all that you need to say to make it all go away
It's that you feel the same way too

Chalé das Conchas; 9 de Junho de 2023; 4h15min PM

— Dominique, tem algumas cartas para você! — Victoire gritou para a irmã que estava no quarto no outro andar.

A garota desceu das escadas da casa de verão de sua família mais rápido do que achou que era possível. Tudo isso era porque ela inscreveu-se para um curso de Jornalismo bruxo em Liverpool e estava esperando o resultado desde que as férias haviam começado, já que já tinha se formado em Hogwarts também.

Ela arrancou as cartas na mão da irmã com agressividade e animação.

— A carta daquele curso veio? — Vic perguntou.

Dominique vasculhava as cartas até que encontrou: a carta vinha do "Advanced journalism classes for witches and wizards". Suas mãos suavam e tremiam enquanto abria o envelope e pegava o pedaço de papel que praticamente determinava seu destino.

— Estamos alegres em dizer que a senhorita... — Ela repetia com a voz trêmula. — Foi aceita para frequentar as aulas em nosso curso!

Naquele momento, era gritaria por todo lado. Victoire abraçou a irmã com orgulho e gritava em comemoração junto com ela.

— Você vai ser uma jornalista muito famosa! — A irmã mais velha dizia com cantoria.

— E tudo isso graças ao conselho do seu namorado, Vic. Devo muito a ele. — Dominique disse com um sorriso no rosto, ainda admirando a carta.

— Por que vocês estão gritando tanto, garotas? Eu e seu pai estamos tentando dormir. — Fleur chegou descendo as escadas com os cabelos bagunçados e os olhos quase fechados de tanto sono.

— Eu passei no curso de jornalismo, mãe! — Dominique entregou a carta para sua mãe para que ela lesse. E quando ela leu, abriu um sorriso enorme.

— Parabéns, querida! — Ela disse, abraçando a filha. — Sempre soube que você conseguiria. Você se finge de relaxada mas na verdade é muito inteligente.

Dominique riu com a sinceridade da mãe.

— Quer chamar seus amigos para comemorar? — Fleur perguntou e Dominique assentiu.

— Uhum, será uma boa ideia. — Ela respondeu, novamente não conseguindo conter o sorriso.

**

Duas horas e meia se passaram, e todos os primos e amigos de Dominique já estavam lá para comemorar com ela. Haviam parabenizações, abraços e discursos orgulhosos por todo lado. E obviamente a garota estava adorando tudo isso, afinal ela amava ser o centro das atenções — principalmente se fosse por algo bom.

Estava tudo muito divertido; bebidas, risadas, danças e amor por toda parte. Dominique sorriu ao ver Rose e Scorpius de mãos dadas, Lily e Hugo rindo de provavelmente alguma piada idiota do garoto... Mas sentia falta de algo.

— Sente falta do James? — Como se lesse sua mente, Albus apareceu atrás da garota que pulou de susto.

— Albus Severus! Você não pode me assustar desse jeito! — Ela gritou, batendo várias vezes no braço do primo.

— Ouch! Calma aí, Rita Skeeter. — Albus brincou, e Dominique revirou os olhos, o que o fez rir. — Ele está bem ali.

Albus apontou para um garoto que se aproximava do aglomerado de gente com um andar característico e cabelo bagunçado. Dominique fechou os olhos e abriu um sorrisinho.

— Obrigada, Al. — Ela agradeceu e naqueles momento os dois caminhavam em direção um ao outro.

James não conseguia tirar os olhos de Dominique e de acreditar o quão bonita ela estava. Dominique não conseguia tirar os olhos de James e de acreditar o quão bonito ele estava.

— Ei. — James disse, quase sem ar. Tentou esboçar um sorriso. — Parabéns.

Dominique balançou a cabeça e ficou cabisbaixa.

— Obrigada. — Ela ergueu a cabeça e abriu um sorriso sincero para ele.

Houve um momento de silêncio constrangedor, o qual eles se olhavam e afastavam o olhar numa rapidez absurda. Mas James tomou coragem e em passos lentos, abraçou-a.

— Estou orgulhoso de você. De verdade. — Ele sussurrou em seu ouvido, e Dominique apoiu a cabeça entre seu ombro e seu pescoço.

— Senti falta do seu cheiro. E de falar com você. — Ela deu uma risada sem jeito, e se aproximou do ouvido do garoto. — Sinto muito por ter quebrado seu coração, Jay. Nunca foi minha intenção.

James afastou-se do abraço e ficou frente a frente com Dominique, pegando suas duas mãos.

— Eu sei que não foi. — Ele disse, olhando diretamente em seus olhos.

— Estou tão feliz que você veio. Sério. — Ela deu um sorrisinho e tocou numa das bochechas dele. — Não seria capaz de celebrar essas conquista sem você. Na verdade, nem sei se eu teria conquistado tudo isso sem você. Eu fiquei constantemente te lembrando de como você me machucou, mas não fico lembrando de como você me mudou para melhor, James. Você fez eu ser forte de novo.

Dessa vez, James Sirius abriu um sorriso enorme que Dominique não via desde o momento que anunciaram a vitória contra Ursula quase dois meses atrás.

— Nós dois mudamos um ao outro para o melhor, Dominique. Foi o maior ponto positivo que a nossa relação teve. — Ele disse, e logo estendeu a mão para que Dominique a pegasse. — Venha comigo, tenho algo a te mostrar.

Ela assentiu e pegou na mão dele, sorrindo. Curiosa sobre o que seria, ela passou o tempo inteiro confusa. Eles percorreram quase toda a praia e pararam em frente a um porta-malas do carro de James. O garoto abriu, e ali estava uma máquina de escrever.

— Foi por isso que demorei mais que os outros. Queria te dar um presente. — Ele disse, olhando para Dominique que não acreditava no que via. A loira estava com suas mãos na frente de sua boca que estava aberta de surpresa e os olhos estavam arregalados.

— Eu não consigo acreditar nisso! Ah, James... — Ela abriu um sorriso enorme e praticamente pulou em James, abraçando-o forte e logo se afastando. — Você é incrível e eu nunca te mereci. Como namorado e como amigo.

— Ah, não fale bobagens. — Ele ficou sem jeito, rindo nervosamente e colocando uma das mãos na nuca. — É só um presentinho.

— Um presentinho? Isso deve ter te custado uma fortuna! — Ela quase gritou, ainda indignada.

James Sirius ria da reação da amada. Na verdade, achava bem fofo e como sempre, sentia vontade de beijá-la ali mesmo, mas não queria estragar um momento que estava sendo tão precioso. Então ele apenas se aproximou, pegou a mão dela e sussurrou em seu ouvido:

— Você merece isso. Você é maravilhosa.

Dominique colocou a mão no peito e tentou não chorar de emoção. Ela mordeu o lábio inferior — hábito que James sempre achou provocante — e suspirou.

— Como vamos levar isso pra lá? — Perguntou.

— Posso dirigir até lá. Vem. — Ele levou-a até a porta do banco de carona e abriu-a para Dominique, que agradeceu o gesto e deu a volta para entrar no carro e dirigi-lo.

James decidiu dirigir no modo comum já que ele ainda não dominava completamente a habilidade de fazer o carro voar. Durante o caminho, houveram algumas olhadas e sorrisos por partes dos dois, mas nenhum falou nada até chegarem.

Dominique ajudou James a levar a máquina para seu quarto, e quando Fleur, Victoire e Bill olharam, se encantaram com o presente. James continuava sorrindo e dizendo que "era só um presentinho". O resto dos ali presentes ficaram perguntando o porquê de ele ter demorado e o garoto tinha praticamente uma resposta pronta. Dominique chegou até a ficar com pena.

— Você quer uma cerveja, Potter? — Ela perguntou, sorrindo e balançando a garrafa em sua mão.

— Aceito uma garrafa, Weasley. — Ele levantou as sobrancelhas e pegou a cerveja na mão da garota, o que a fez rir. — Acabei de ver Scorpius e Rose. Nunca pensei que eles deixariam o orgulho de lado e ficariam juntos. Mas, finalmente.

— Verdade. — Ela assentiu, logo fazendo um gesto para que eles dessem uma caminhada e sentassem na areia de frente para a água. — Mas quando eu e Rose estávamos no hospital ele veio para trazer flores para ela e eu fingi que estava dormindo, mas ouvi toda a sua dolorosa declaração.

— Wow. — James arregalou os olhos. — Malfoy tem sentimentos.

— Rose tem sentimentos. Acho que isso é contraditório para todo mundo. — Dominique riu, e James também. Ela olhou para ele, diretamente para seus olhos azuis diferentes do dela, e isso fez o coração do garoto bater mais forte. — Você vai mesmo para os Estados Unidos?

James deu um gole na cerveja e assentiu.

— Uma oportunidade muito boa, como você disse no aniversário do Albus. — Ele sorriu, porém com um olhar triste. — A não ser que você queira que eu fique.

— Deixe de bobagens, Jay. — Dominique também deu um gole em sua cerveja. — Desde que você visite bastante.

— Vou tentar meu melhor.

James respirou fundo e olhou para Dominique. Depois de um tempo, ela olhou para ele e se aproximou cada vez mais, e Potter também o fez. Até eles se beijarem.

Foi um beijo calmo, carinhoso e cheio de saudades. Aquele que tira todas as mágoas do passado e que diz mais do que um "eu te amo", ele demonstra. Só Merlin sabia o quanto James sentiu falta dos lábios macios de Dominique, e o quanto Dominique sentiu falta de qualquer toque de ternura que James a dava. Mas eles precisavam voltar a realidade; então se afastar.

— Sinto muito. — Os dois disseram ao mesmo tempo e viraram suas garrafas de cerveja.

— Quando que você vai embora mesmo? — Ela perguntou, tentando mudar o assunto.

— Amanhã de manhã. — Respondeu.

Aquela não foi a resposta que ela esperava. Em um segundo, todo o seu mundo caiu. Ela só teria mais um dia com James. Ou pior, uma noite. Ela havia passado o começo do ano até o momento atual pensando o que fazer em relação a eles dois, e agora ela teria que decidir em pouquíssimo tempo. A sua expressão medrosa era bem perceptível.

— Você está bem, Domi? — James perguntou, preocupado.

Dominique assentiu rapidamente, claramente nervosa.

— Sim sim, estou muito bem. Hm... que tal nos juntarmos com o pessoal na volta da fogueira? Afinal, ah, estou sendo tão egoísta... eu deveria estar passando essa festa com todos eles. Vamos? — Ela disse tudo isso tão rápido que James quase não fora capaz de entender.

— É, é, claro. — Ele respondeu, não entendendo nada.

Dominique foi mais rápido que uma flecha para a roda em torno da fogueira.

Em algum tempo, ela conseguiu se acalmar e aproveitar com seus amigos. Mas o fato de que ela só tinha mais algumas horas com James não saiu de seus pensamentos, e a perturbou até todo mundo ir embora.

Chalé das Conchas; 10 de Junho de 2023; 2h19min AM

Os últimos convidados a irem embora foram Fred II e Roxy, e isso foi às onze da noite. Dominique foi dormir essa hora, e até o dito momento não conseguia dormir. Estava com nenhum sono, e com muitos pensamentos. Ela não suportaria ter que acordar de manhã e dar um monótono "adeus" para James, sem mais nem menos. Sabia também que ele prometera que visitaria o quanto conseguisse, mas ele iria para o outro lado do oceano. Ele não poderia aparatar e ir para a Inglaterra de vassoura ou carro voador. Ele teria despesas trouxas; além de que jogadores de Quadribol são ocupadíssimos — principalmente os melhores jogadores de cada time, o que ela tinha certeza que ele ia se tornar. Já era o melhor apanhador de Hogwarts desde seu pai, ele seria um grande jogador.

E ela tinha medo disso. Eles não se veriam muito.

Então ela teve uma ideia; iria tentar sair dali e ir para a casa dos Potter. Claro, seria difícil considerando que a casa era pequena e que ela poderia acordar sua família com seus passos, mas teria que tentar. Não deixaria que ela e James terminassem as coisas daquele jeito.

Dominique tentou ser o mais discreta possível ao sair dali, e conseguiu. A porta do quarto e a principal rangeram um pouco, mas nada muito alto que fizesse sua família acordar. Ela caminhou até uma parte mais deserta da praia e pensou na rua abandonada perto da mansão dos Potter — que antes fora a mansão dos Black — e aparatou.

Ela não podia negar que andar de noite naquela rua deserta a assustava, mas continuou andando até a casa dos Potter se revelar no meio de casas de trouxas. Ela bateu seus olhos em uma janela no segundo andar, que estava com uma luz bem fraca. Era o quarto de James, um quarto que ela conhecia muito bem desde que se reconhecia por gente, mas ele devia ter mudado muito desde que os dois tinham treze anos.

E como em filmes trouxas românticos e clichês, ela pegou uma pedra e atirou na janela do quarto dele. Em menos de trinta segundos, ele apareceu na janela, surpreso.

— D-Dominique! Hm... — James parecia confuso. — Aparate aqui dentro.

Ela concordou e aparatou. E sim, aquele quarto estava diferente. A única coisa que não mudara eram os pôsteres do Chudley Cannons na parede com listras vermelhas e douradas, a cor da Grifinória.

— Espero que eu não tenha te acordado. — Ela disse, abrindo uma tentativa de um sorriso.

— Não, de jeito nenhum. — Ele também abriu uma tentativa de sorriso. — Não estava conseguido dormir, mesmo. Mas o que faz aqui?

Houve um momento de silêncio o qual Dominique aproveitou para respirar e pensar nas coisas que diria antes de responder a pergunta. James começara a ficar preocupado, mas ela procurou olhar em seus olhos antes de falar.

— Eu... Eu só não conseguiria suportar te ver indo embora sem dizer como eu me sinto. — Ela começou.

— E como você se sente? — James perguntou com suor em todas as partes de seu corpo, com medo da resposta que receberia.

— Eu pensei muito no beijo de hoje. Não consegui dormir pensando em você falando que partiria de manhã. Eu passei todo o período entre a nossa separação até agora pensando em o que eu faria em relação a nós, e de repente eu tive a notícia que eu tinha tipo, doze horas pra resolver isso. — Dominique suspirou, tomando coragem para continuar a falar. — James, nós dois sabemos que você não vai conseguir visitar muito frequentemente. Quanto muito uns dois dias por ano fora os feriados, afinal não é fácil atravessar o oceano. E eu vou passar quatro anos em Liverpool, fazendo um curso de jornalismo e eu sei que você provavelmente não vai procurar por mim porque vai querer passar tempo com sua família. Então eu quero dizer isso antes de você partir, para que não se esqueça em nenhum minuto até que possamos nos ver frequentemente de novo: eu te amo, James Sirius Potter. De verdade. O que você me fez sentir, o que me faz sentir é algo que eu nunca achei que seria capaz. Você sempre me protegeu, e sempre cuidou de mim mesmo quando estávamos afastados. Mesmo você fazendo uma merda das grandes, depois que você revelou que foi tudo para me proteger eu fiquei confusa. Confusa porque eu não sabia se ficava brava por você me achar fraca ou gostar do fato que você faria tudo pra me proteger, mesmo que isso se tratasse de quebrar meu próprio coração. Mas por favor, não ache que eu quero que você fique; na verdade, eu quero. Mas não quero estragar uma oportunidade tão excelente, pra você que merece tanto. Então por favor, não esqueça de mim. Lembre de mim desse jeito, a Dominique que você ama, e que te ama de volta. Eu não suportaria o pensamento de você indo embora achando que eu não sinto mais nada por você. Porque eu sinto, e muito.

James ouviu atentamente cada palavra dita por Dominique com um certo nervosismo. Mas quando ela terminou, ele ficou perplexo. Não sabia o que fazer, o que falar, então ele apenas a beijou. Beijou com toda a paixão e fogo que tinha por ela. Tudo que ficou reprimido por quatro meses ele expressava naquele beijo, no seu toque na nuca dela.

— Vamos ter mais um momento, Dominique. Apenas mais um, por favor. — Ele disse, ofegante, quando finalmente se separaram. — Um que nos lembraremos até nos vermos efetivamente de novo.

— Sim, James, vamos. Agora. — Ela também estava ofegante e mal podia esperar para senti-lo novamente.

Ele jogou-a na cama e tirou sua camisa com certa rapidez, e beijou-a com mais intensidade que anteriormente, e foi correspondido. O toque das unhas de Dominique em sua pele faziam-no arrepiar e se excitar ainda mais. James amava-a, e nada, nem mesmo o tempo, amenizaria esse sentimento. O mesmo valeria para Dominique, que estava tão presa naquele momento quanto ele.

No momento em que suas roupas já estavam no chão e suas peles em contato, eles se sentiram James e Dominique novamente. Não existiria Dominique Weasley sem James Sirius Potter e vice-versa. Um precisava do outro, e não sabiam como fariam para manter seus equilíbrios quando James fosse embora, mas eles não queriam pensar nisso. Eles só pensavam em sentir a respiração um do outro e em suas peles grudadas.

Aquilo seria algo que definitivamente nenhum dos dois esqueceria, nem que se passassem cem anos.

Mansão dos Potter; 10 de Junho de 2023; 6h57min AM

À medida que o sol aparecia com mais força na janela do quarto de James, os dois pombinhos abriam os olhos. Eles não conseguiam acreditar que estavam acordando próximos um do outro, e abraçados.

— Bom dia, loirinha. — James Sirius sussurrou no ouvido de Dominique, que sorriu ao vê-lo do seu lado e ao ser chamada por aquele apelido novamente.

— Bom dia, Jay. — Ela virou-se para o lado dele da cama e deu um selinho. — Dormiu bem?

— Como um bebê. — Ele abriu um sorriso com uma expressão sonolenta no rosto, a qual Dominique amava.

Como a alegria durava pouco, Lily Luna invadiu o quarto de James para avisá-lo que estava na hora de ele ir, mas foi surpreendida — ou não.

— James, está na hora de ir... — Ela disse, logo percebendo a presença de Dominique junto a seu irmão. — Hm, desculpa. Mas... apenas fique pronto, ok?

Ele assentiu, e Lily fechou a porta rápido demais, o que fez James e Dominique rirem. Mas as risadas foram curtas, pois eles perceberam que tinham que colocar suas roupas e ir para o aeroporto. Aqueles seriam seus últimos minutos a sós por muito tempo.

— Eu não quero ir... — James tocou no rosto da loira, que já tinha lágrimas caindo em seu rosto. — Quero ficar aqui, com você. Ter uma vida com você.

— Talvez algum dia, no futuro. — Dominique retirou a mão de James de seu rosto, com muita tristeza. — Primeiro você precisa realizar seus sonhos. Eu me odiaria se você ficasse aqui.

James engoliu em seco, e saiu da cama e vestindo suas roupas. Dominique também o fez, e os dois fizeram isso com lentidão, para que o tempo passasse e eles continuassem juntos. Mas isso não duraria para sempre. No momento em que ele pegou suas malas e saiu do quarto, Dominique obrigou a si mesma para que a ficha caísse. Mas ela insistia em não cair.

Ela foi junto com os Potter — que para ser honestos, não se surpreenderam com a presença de Dominique na madrugada antes de James partir — para o Aeroporto de Heathrow, e passou o tempo inteiro de mãos dadas com o garoto e com sua cabeça deitada no ombro dele.

A família inteira já estava no aeroporto para se despedir do mais velhos do Potter, e muitos deles estavam emocionados. Bill e Fleur deram uma pequenina bronca em Dominique por ter saído no meio da noite, mas não foram tão duros com ela pois sabiam que isso machucava a ela mais do qualquer um ali.

Todos eles tentavam conversar normalmente antes de anunciarem o embarque para o voo, mas não conseguiam esconder a tristeza. Dominique ficou encostada em James do mesmo jeito que estava no carro, e não dizia uma palavra sequer.

"Última chamada para o voo 1807 com destino à Los Angeles"

James Sirius engoliu em seco.

— É o meu voo. — Ele respirou fundo, se despedindo de todos ali.

Quando ele foi se despedir de uma Dominique triste e cabisbaixa, ele tocou em seu queixo para que ela erguesse sua cabeça novamente.

— Eu nunca vou esquecer dessa incrível noite, Dominique. Eu não vou me esquecer de você. Vamos nos ver novamente, certo?

Ela assentiu, mesmo sabendo que seria pouquíssimas vezes por ano. Portanto, entregou-o uma foto dela. Uma foto onde ela estava com um sorriso radiante e com uma felicidade mais que perceptível.

— Eu vou sempre estar com você, James. Pessoalmente ou não. — Dominique disse, e recebeu um abraço muito apertado em troca.

— Eu te amo. — Ele sussurrou.

— Eu também te amo. — Sussurrou de volta.

James Sirius se afastou do abraço e respirou fundo novamente, fazendo um gesto de despedida para a família, que retribuiu. Mas quando ele estava quase na porta para a sala de embarque, ele foi surpreendido por um beijo de Dominique.

— Escreva para mim de vez em quando, está bem?

James assentiu.

— Sempre. — Ele abriu um sorrisinho, e Dominique lhe deu outro abraço.

— Adeus.

And all of the steps that land me to you
And all of the hell I had to walk through
But I wouldn't trade a day for the chance to say
My love I'm in love with you

And I know the scariest part is letting go
Cause love is a ghost you can't control
I promise you the truth can't hurt us now
So let the words slip out of your mouth