Negociando com o Inimigo escrita por Dani R


Capítulo 16
XVI - O Children


Notas iniciais do capítulo

DEPOIS DE TRÊS MESES, I'M BACK BITCHES! Sim, logo na reta final da fic. E sim, eu encurtei a fic pra esse ser o penúltimo capítulo :( E bem, eu tenho meus motivos. Como eu disse, meu pai tirou meu notebook, e eu só posso ficar com ele no fim de semana. Até que chegou este lindo fim de semana de horário de verão e eu consegui, finalmente! A música desse capítulo é O Children www.youtube.com/watch?v=MQL5zdEy-3k (Siiiiim, a música que o Harry e a Hermione dançam em HPDH parte 1 ♥), espero que gostem. Ah, e se preparem. Fortes emoções. Nos vemos nas notas finais.



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Pass me that lovely little gun
My dear, my darting one
The cleaners are coming, one by one
You don't even want to let them start

They are knocking now upon your door
They measure the room, they know the score
They're mopping up the butcher's floor
Of your broken little hearts

Jardins de Hogwarts; 16 de Abril de 2023; 10h35min PM

Todos se olharam com olhares assustados e automaticamente entraram em pânico. Alguns aurores foram ver o que havia acontecido, e outros ficaram ali tentando amenizar a situação. Ninguém sabia o que estava se passando, mas todos queriam saber.

Os alunos foram conduzidos de volta ao castelo. Seria errado dizer que todos estavam calmos; era pavor para todo o lado. Alguns foram de fininho para os Salões Comunais, e Dominique foi uma delas. Ela puxou Brittany para ir junto com ela.

— Merlin, Dominique! O que você está fazendo? — Gritou Brittany enquanto era puxada.

— Estamos indo para o nosso dormitório, oras.

Brittany ficou confusa, mas não questionou. Ao chegarem no dormitório, ela se surpreendeu com Dominique tirando a roupa repentinamente.

— Você está se vestindo para a guerra? — Riu.

Nesse momento, Dominique virou sua cabeça e abriu um sorriso.

— Ah, bobinha. Não podemos lutar com vestidos e saltos. — Respondeu, com um sorriso atrevido estampado no rosto apesar do medo por dentro.

Bem, ela até que tinha razão, pensara Brittany, que então fez o mesmo. Cada vez mais estouros eram escutados, e as garotas se arrepiavam ou suspiravam.

— V-Você está pronta? — Perguntou Brittany com medo na voz.

— Honestamente? — Disse Dominique, e sua colega de quarto arqueou uma sobrancelha. — Não. Eu estou a ponto de ter um ataque de pânico.

A outra assentiu, concordando com a Weasley que estava a ponto de chorar de medo. Mas ela respirou fundo e tentou se acalmar, saindo do dormitório calmamente, com Brittany a seguindo. A maioria dos corredores estavam vazios, e a adrenalina só aumentava. Era capaz dos corações das garotas saltarem pra fora do peito.

— Dominique! — Roxy apareceu correndo e a abraçando-a. — Nós estávamos procurando por você. Onde você estava?!

— Eu estava me trocando. — Respondeu a loira, completamente perdida. Roxy a puxou até o Salão Principal, onde a maioria dos alunos estavam reunidos, com McGonagall na frente.

A diretora parecia estar apavorada, o que era compreensível. Ela já havia passado por várias batalhas e duas guerras, e estava ficando velha demais para lutar. A apreensão era visível.

— Todos os alunos vão para um trem imediatamente! — Ela gritou, assim que todos no Salão se acalmaram um pouco. Mas nem um segundo após isso, houve agito por todo o lado.

Muitos alunos protestaram. A maioria, na verdade. Pelo histórico de guerras, algumas pessoas ali eram sedentas por lutas, afinal, nunca estiveram em uma. E o que pensavam — a glória, a coragem, a honra — não era como funcionava na vida real; aquilo era para poucos. E era isso que Minerva pensava, pois já não aguentava mais ver corpos frios de seus queridos alunos no chão.

— Você tem que nos deixar lutar, diretora! — Protestou James Sirius, que ia em direção a ela. — É um direito nosso!

— Eu sou a diretora dessa escola, senhor Potter. E o meu dever é deixar vocês a salvo. — Respondeu, tentando manter a calma.

— Eu concordo com ele, diretora McGonagall. — Para a surpresa ou não de muitos, Dominique deu alguns passos para falar com ela. — Você tem que nos deixar lutar. A educação aqui em Hogwarts é excelente, e eu tenho certeza que iremos conseguir. É para isso que nos preparam, certo? O nosso mundo é cheio de perigos.

Minerva pensou e pensou, mas o tempo estava se esgotando. Os alunos olhavam-na com expressões de dúvida e esperança, principalmente Dominique e James Sirius. Aqueles dois, e o resto do sétimo e alguns do sexto ano já eram adultos. Eles podiam fazer as próprias decisões. Mas não podia deixar os menores, as crianças, em risco.

Finalmente, ela decidiu.

— Pois bem... Alunos a partir do quarto ano poderão ter a opção de lutar. Os do terceiro para baixo, irão para casa imediatamente. Não posso deixá-los em risco. — Disse. — Mas aqueles que não quiserem lutar, podem ir para casa também. Mas saibam que batalhas são duras. Ver um amigo morrer perante aos seus olhos é... Devastador.

Os estudantes comemoraram com aquela notícia. James balbuciou um "obrigado" para Dominique e recebeu um sorriso como resposta.

— Não é só você que procura por uma guerra, James. — Ela disse. — Todos queremos vingança e proteger nosso povo. Então não me agradeça.

Ele acenou com a cabeça, mas antes de Dominique ir, Jay segurou seu pulso.

— Só, por favor, tome cuidado. — Ele olhou em seus olhos, quase suplicando. — Eu sei que você quer uma vingança contra Jade. Não deixe que isso te cegue e te machuque.

— Deixe-me adivinhar... — Dominique começou, pressionando seus lábios. — Você não quer me perder?

— Nunca.

Ela assentiu e suspirou, mas mesmo assim não largou seu pulso da mão do garoto. Logo, beijou sua bochecha.

— Tenha cuidado, também. Mesmo depois do que aconteceu na floresta há pouco, a última coisa que eu quero ver é você machucado. Aquela garota vai pagar se isso acontecer.

Ele sorriu, não só por causa do beijo, mas por causa de suas palavras. A coragem de Dominique era admirável, e agora pensava em como ela não parou na Grifinória.

As explosões pareciam cada vez mais perto, e todos saíram correndo em busca de seus amigos e familiares. Dominique acabou achando sua irmã, seus pais e alguns dos seus tios. Ah, era tão óbvio que nenhum deles iria fugir da luta.

— Dominique, entre no trem já! — Gritou Bill com toda a sua vontade, e a filha bufou.

— Pai, eu já tenho dezoito anos! Aliás, eu conheço essas pessoas. Acredite em mim, eu sei o que estou fazendo! — Protestou.

O pai não sabia se sentia medo, frustração ou até confiança. Não podia ficar pensando por muito tempo por causa do desespero e o curto tempo que tinham, mas lembrou que já teve a idade da filha. E que seus irmãos lutavam na sua idade, também.

— Se alguém te causar dor, nem que seja mínima, você vai pra casa e eles pro inferno. — Ele disse, o que resultou num sorriso enorme no rosto da filha e em um abraço apertado.

— Você é o melhor.

Alguns momentos após, foram ouvidos passos pesados sobre a grama dos jardins e feitiços para todo o lado. O sentimento de angústia e ansiedade preso nos corpos de todos dentro do castelo era visível para qualquer um ali, mas eles estavam prontos. Iriam proteger seu mundo a todo custo, nem que isso significasse a morte. Mesmo alguns sangue-puros fariam isso, afinal nenhum deles deixaria que o egoísmo e o orgulho cego de suas origens impediria eles de ajudar e proteger aqueles que mesmo tendo sangues diferentes dos seus, eram seus iguais.

Varinha na mão, suor na pele, determinação no olhar e adrenalina no coração. O medo dava lugar ao ânimo e a coragem. Eles não havia estratégias de combate, então iriam na sorte e com o seu conhecimento os acompanhando. Os aurores se encontravam na frente de todos, em todas as portas que permitiam a entrada dos adversários. Harry Potter se encontrava na porta principal, a porta a qual era mais provável que eles entrariam.

E de repente, a porta se abriu em um estouro. Os chamados "novos comensais" chegaram correndo e atropelando todo mundo. A gritaria começava e alguns corpos — dos dois lados — já se encontravam pálidos no chão frio.

Dominique olhava para todos os lados enquanto lutava com um comensal aqui, um comensal ali. Por fim, avistou uma cabeleira cacheada e loira semelhante a ouro correndo para um corredor vazio, e a seguiu. As cores do cabelo eram inconfundíveis, com certeza era Jade. Era isso. Aquele era o momento. Ela iria matá-la.

Em algum ponto, a loira perdeu-a de vista, mas continuou procurando. Nunca pararia de procurar, aquela garota pagaria por tudo que fez.

Porém ela não percebeu os passos logo atrás dela. Dominique continuava andando em busca de Jade e não prestou atenção ao fato de que estava no meio de uma batalha e que alguém poderia atacá-la a qualquer momento.

Sectumsempra! — Dominique se virou na hora que ouviu aquela voz, mas foi tudo tão rápido que ela não conseguiu saber quem era. Mas por algum motivo, o feitiço não a atingiu.

Protego! — Dessa vez ela sabia que era Albus protegendo-a. Ela olhou assustada para o primo, mas agradeceu, assentindo.

Logo, ela viu que era Jason. Um sorriso sinistro e irônico surgiu no rosto de ambos.

— Ah, loira, é tão bom te ver aqui. Topa uma rapidinha? — Jason perguntou com sua voz rouca e sedutora de sempre.

— Jason, meu querido, nosso rápido affair acabou no minuto em que você fugiu de Hogwarts para acompanhar esses esquisitos. — O sorriso de Dominique lentamente tornou-se em um olhar furioso, ela exclamou: — Estupore!

Ao ver o corpo inconsciente de seu ex-sabe-se-lá-o-que, Dominique foi sorrindo e colocou seu pé em cima do corpo.

— Nunca chegamos a ser algo profundo, do mesmo jeito.

Quando se virou, Dominique se deparou com os olhos arregalados de Albus e começou a rir. O primo nunca se acostumaria com o atrevimento da garota. Por fim, ela colocou um abraço em volta do pescoço dele e os dois ficaram andando pelo longo corredor.

— Esse é o melhor presente de aniversário de todos. — Disse ele, com ironia.

— Eu sei. — Dominique respondeu, bufando e logo suspirando. — Droga, tenho que voltar a procurar Jade.

— Você vai matar ela? — Albus perguntou com preocupação na voz.

— É o que eu pretendo. — Ela respondeu, balançando a cabeça.

— Dominique... — Potter suspirou, mas Dominique interrompeu.

— Olha, eu queria ter um pouco mais de piedade. Mas o que eu farei? Mandá-la para Azkaban para que um dia ocorra uma falha na segurança e ela fuja de lá, procurando vingança? Pessoas assim merecem a morte, Al. E eu não tenho piedade em relação a elas. Principalmente com alguém que traiu minha confiança daquele jeito. — Dominique se exaltava cada vez mais. Era impossível não ficar daquele jeito ao falar de sua antiga melhor amiga e atual inimiga. Ainda era difícil de acreditar.

— Domi, eu sei que isso é difícil para você. — Começou Albus. O sermão estava no sangue, é claro. — Mas isso não é correto. Por favor, não se cegue por vingança. Isso só vai te transtornar pelo resto da sua vida. É um assassinato, pelo amor de Merlin.

— Mas e se algum dia ela voltar e tentar me matar? — Ela perguntou.

— Você luta. Somos Weasleys. Nunca fugimos de uma luta. — Ele respondeu, sorrindo.

Dominique assentiu, mas ainda tinha dúvidas. Ela sentia sede de vingança, e queria fazer com que Jade sofresse o quanto ela sofreu com tudo aquilo, mas será que aquilo era certo? Uma parte dela queria gritar que sim! Mas ela talvez sofreria com o fato de que tirou uma vida de alguém, mesmo esse alguém sendo uma bruxa horrível. Caramba, isso era muito para ela.

— O que acha de irmos para o Salão Principal ajudar os outros? — Perguntou Albus enquanto acariciava as costas da prima, sabendo que ela ficou mal. Ela concordou, assentindo.

Eles encontraram obstáculos e batalhas no meio do caminho, mas encararam tudo, embora isso tenha causado alguns arranhões e sujeiras da poeira causada pelas paredes. Dominique lamentava-se por causa do cabelo e as roupas, e Albus não sabia se ria ou se pedia para ela parar de ser tão mimada daquele jeito.

Mesmo antes de eles chegarem no Salão Principal, Dominique foi parada por Victoire que estava em lágrimas. Ela parecia tentar falar algo, mas não conseguia. Domi entrou em desespero e tocou no rosto dela.

— Vic! Vic! O que houve? Vic, fale comigo! — Ela gritava, enquanto Albus dava cobertura para as duas.

— É... É... O-O Lou-is... — Victoire finalmente respondeu, mas desabou em lágrimas após isso.

— O que tem o Louis, Victoire?! O que tem ele?! — Dominique começara a chorar também, pensando nas mil possibilidades do que acabara de acontecer.

Finalmente, Victoire teve coragem de puxar sua irmãzinha e Albus até onde todos estavam. Era uma sala de aula vazia e trancada, com um feitiço que fazia apenas quem sabia a senha pudesse entrar. Toda a família estava lá, reunida como um círculo. Dominique fez questão de empurrar todo mundo para ver o que estava acontecendo.

A próxima cena foi muito dolorosa, e Domi não conseguia acreditar. Seu irmão, seu bebê, estava deitado no chão coberto de sangue, com a cabeça apoiada no colo de sua mãe, que obviamente estava mais desolada do que qualquer um naquela sala.

A loira andou em direção ao irmão que parecia ainda estar acordado, mas não por muito tempo. Quanto mais passos ela dava, mais lágrimas caíam de seu rosto. Ela finalmente agachou ao lado dele, e ela não conseguia falar de tantos soluços e falhas na garganta por causa daquilo. A garota conseguiu sentir a mão fria de Louis tocar em uma de suas mãos, e ela começou a chorar mais ainda.

— Curem ele! CUREM ELE! — Ela gritava, desesperada. O seu grito de dor fez com que toda a família sentisse mais dor ainda.

— Não podemos. — Respondeu Lucy, entre soluços. — Nós tentamos, mas... Alguém o esfaqueou pelas costas que atravessou seu corpo.

A raiva e a tristeza dominavam o psicológico de Dominique. Ela não conseguia aceitar, simplesmente não conseguia. E dessa vez, sem se importar com o cabelo ou com as roupas, ela deitou a cabeça no peito do irmãozinho e chorava, enquanto gritava:

— Eu vou matar quem seja que fez isso, eu vou!

Por fim, ela sentiu a mão de Louis se abrindo, e sabia o que acabara de acontecer, mas não queria acreditar. Bill tentava puxar Fleur e Dominique para longe do corpo de Louis, e várias dessas tentativas foram falhadas, afinal ele enfraqueceu também. Aquilo era muito errado, o certo era para ele partir antes de qualquer um de seus filhos.

Depois de algumas tentativas, ele conseguiu tirar pelo menos Dominique dali. Ele abraçou suas duas filhas muito forte, enquanto as duas choravam. Houve um ponto em que Bill não conseguiu mais segurar, e chorava também.

— Q-Quem fez isso? — Perguntou Dominique depois de mais de dez minutos, quando conseguiu finalmente falar direito. Fleur e Bill acenaram as cabeças negativamente, indicando que não sabiam.

— Eu sei. — Disse Teddy, cabisbaixo. Fleur, Bill, Dominique e Fleur olharam atentamente para ele, assim como o resto da família. — E-Eu estava lutando próximo dele. Louis estava lutando com um comensal qualquer até que alguém o esfaqueou pelas costas. Era Jade.

Pronto. Aquilo era tudo que Dominique precisava para tomar uma decisão: aquela garota merecia sofrer tanto quanto ela estava sofrendo naquele momento e nos últimos meses. Ela saiu em passos raivosos e apressados para procurar Jade novamente, mas sentiu alguém pegar no seu pulso.

— Dominique... — Ela viu que era James e revirou os olhos.

— Olha, você não vai me impedir de fazer isso, está bem? — Dominique disse, com determinação. — Você, melhor que qualquer um, deveria saber como eu me sinto ao perder alguém tão especial para mim.

Ele tentou encontrar os olhos de Dominique. Eles estavam cheios de atitude, tristeza e raiva. Ela quase se rendeu ao olhar diretamente nos olhos de James, quase que implorando para ela não ir se arriscar. Mas logo, os seus aspectos mudaram, e ele falou diretamente para ela, ainda olhando em seus olhos:

— Eu vou com você.

Dominique acenou com a cabeça e os dois saíram a procura de Jade enquanto protegiam um ao outro no caminho. James conseguiu até escapar de um "Imperio" com a ajuda de Domi, que o empurrou para longe do feitiço.

Eles passaram mais de duas horas tentando procurar ela, e quase desistiram mais de três vezes, mas Dominique estava decidida: a encontraria. Porém eles precisavam dar uma pausa para descansar, e ficaram atrás da cabana de Hagrid, onde parecia ter nenhum perigo.

— Então, o que você pretende fazer com ela? Matá-la? — Ele perguntou assim que sentaram na grama.

— Isso seria quase que um prêmio para ela. — Respondeu, balançando a cabeça. — Eu vou torturar ela antes.

James engoliu em seco. Ele nunca tinha visto Dominique daquele jeito. Sua tristeza transformou-se em raiva em apenas poucos minutos, e seus olhos pareciam perdidos. Ela fazia desenhos invisíveis na grama com um olhar vazio, e James ficava cada vez mais preocupado. Se perguntava se era assim que ele parecia quando sua mãe morreu.

— Loirinha? — Ele disse delicadamente, quando ela parou de fazer os desenhos e ficou ali parada, parecendo perturbada.

Dominique virou o rosto e olhou diretamente para ele por três segundos antes de desabar chorando no seu ombro. James Sirius deu um abraço apertado na Weasley.

— Shh... — Ele acariciava suas costas enquanto a garota desabafava tudo em lágrimas. — Vai passar. Eu juro. Você é forte o suficiente para passar por isso.

— Eu não sou... Não sou... — Ela dizia, negando com a cabeça. James acabou "segurando" seu rosto, fazendo-a olhar em seus olhos.

— Dominique, me escute. Eu sei que isso parece o fundo do poço, e como você disse, eu sei disso. Eu entendo, está bem? Mas você já passou por tanta coisa. E agora, você vai lá, vai fazer a Jade pagar por tudo que ela fez com você e com sua família. Isso não trará o Louis de volta, mas vai amenizar a dor, que vai embora com o tempo e acaba virando saudade. Você é forte, Dominique. E eu acredito em você. — Ele falou.

A Weasley continuou olhando nos olhos do garoto, não acreditando no que acabara de dizer. Depois de tanto que ela o esnobou após o término, ele ainda estava disposto a ajudá-la e a ficar do seu lado e ela não merecia isso. Então ela o abraçou. Mais forte do que nunca, como nunca quisesse soltar.

— Obrigada, James. Por tudo. — Disse.

— Sempre ao seu dispor. — Ele respondeu, beijando a testa da garota que abriu uma tentativa de um sorriso. Afinal, ainda não conseguia sorrir por completo.

Por fim, James se levantou e estendeu a mão para Dominique pegá-la e se levantar, e assim fez. Os dois não precisaram caminhar muito. Parecia que a própria Jade estava procurando-os.

A pressão de Dominique subiu, junto com a raiva e a sede por vingança. Ver aquela garota ali, com seu sorriso cínico como se estivesse gostando de todo o sofrimento, fez Dominique sentir um refluxo. Ah, ela era tão nojenta, pensava.

— Como vão os pombinhos? — Perguntou, com ironia.

As narinas de Dominique se expandiram, e sua pele ficava cada vez mais vermelha de tanta raiva. Com James não era muito diferente, mas era menos intenso. Mas a garota não se aguentou, e rapidamente apontou a varinha para Jade.

Crucio! — Gritou. Jade se contorcia no chão e gritava de dor, não acreditando no que acabara de acontecer. Na audácia de Dominique ao fazer aquilo. Mas antes que pudesse levantar e revidar, Dominique conjurou o feitiço mais uma vez. E mais outra. E outra. E outra. E mais uma vez depois disso. Até que Jade não tivesse mais forças para se levantar. — Sofra o que eu estou sofrendo, vadia! E isso não é nem metade da dor que você causou.

— Dominique! — James gritava, mesmo antes apoiando-a, não conseguia suportar aquela cena, mesmo sendo Jade a que sofria. — Pare!

Mesmo que Dominique estivesse agindo por instinto, ela poderia ir para Azkaban caso Jade acabasse enlouquecendo. Ele não podia deixar com que isso acontecesse, então a segurou por trás.

— Não! Deixe-me matar essa vaca! Ela merece! — Dominique exclamava.

— Você vai acabar presa por isso, Dominique! Pare! — James dizia, e mesmo que ela tivesse demorado para obedecer, ela se acalmou, assustada com o que poderia acontecer.

Jade olhava toda a cena deitada na chão, sem forças para sacar a varinha e com uma cara de sofredora. Tudo que Dominique queria fazer era cuspir nela e rir dela.

— Só deixe-me fazer uma coisa. — Ela suplicou com o olhar. — Para ela não escapar.

— Desde que isso não te leve para a prisão. — Ele respondeu, suspirando.

Então, Dominique pegou Jade e foi até a floresta, empurrando-a contra uma árvore e afastando-se para conjurar o feitiço.

Incarcerous.

Pelo corpo de Jade estar junto ao da árvore, as cordas se prenderam nas duas, deixando a garota mais imóvel do que já estava. Por precaução, ela pegou a varinha da garota e jogou para a Floresta Proibida.

Estranhamente, ela se sentiu feliz por estar fazendo o certo e não ter matado sua inimiga. Dominique provavelmente se arrependeria pelo resto da vida se tivesse feito aquilo. James também ficara orgulhoso da garota, e deu alguns tapinhas nas costas dela antes de Domi ir até Jade se encontrava.

— Ei. — Ela falou, com um sorriso irônico estampado no rosto. — Vocês irão perder.

Jade engoliu em seco, e Dominique se sentiu mais feliz ainda. Mas de repente tudo que ela sentiu foi um feitiço lançado nas suas costas e uma sonolência, além de James gritando seu nome.

E então ela desmaiou.

The cleaners have done their job on you
They're hip to it, man, they're in the groove
They've hosed you down, you're good as new
They're lining up to inspect you

O children

Poor old Jim's white as a ghost
He's found the answer that was lost
We're all weeping now, weeping because
There ain't nothing we can do to protect you


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Notas finais do capítulo

AHHHHHHHHH, NÃO ME MATEM, PLS! Enfim, obrigada por lerem até aqui. O próximo capítulo é o último ~CHORANDO~. Espero de coração que tenham gostado, fiz tudo que pude. Um beijo e um queijo pra vocês



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