Acidente em Poções escrita por Sandra Longbottom


Capítulo 1
Acidente em Poções




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1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.
2) Contém Slash (relação Homem x Homem), portanto se você não gosta ou se sente incomodado com isso, é simples: Não Leia.

Uma boa leitura a todos ^^

S.L.

 

Snape se encontrava nas masmorras do castelo, na sala de Poções, e estava dando aula dupla a Slytherins e Gryffindors do sétimo ano. Estava sentado atrás de sua escrivaninha, corrigindo redações e, pelo canto do olho, vigiava o trabalho de seus alunos.

Com uma pena, riscava os erros e corrigia na margem do pergaminho com sua letra fina. Vestia a habitual roupa negra, mas uma bandagem branca era vista em seu pescoço, tapando a ferida causada pela serpente. A guerra já tinha terminado há alguns meses, Potter tinha vencido o Lord das Trevas. Dumbledore, depois da queda de Voldemort, apareceu em Hogwarts e revelou toda a verdade. Afinal, Severus não o tinha assassinado com a maldição da Morte, Avada Kedavra, mas utilizado um feitiço ancestral, que fez com que os sinais vitais do diretor ficassem visivelmente nulos, para todos pensarem que ele tinha morrido. E Snape tinha tomado conta dele em segredo, durante todo aquele tempo, curando a maldição de sua mão.

Ele foi levado com vida da Casa dos Gritos até ao hospital de St. Mungus. Ficou em coma durante uns dois meses, sua magia curando os ferimentos de Nagini e, quando acordou, soube pelo medibruxo responsável por seus cuidados, que seu julgamento já tinha sido realizado e que era inocente. O que mais o espantou foi o fato de Potter e Longbottom, sem contar com Dumbledore, deporem a seu favor em pleno tribunal. Ficou umas semanas em sua casa, em Spinner´s End, se recuperando. Recebeu visitas de Dumbledore e Minerva, que lhe pediram para regressar ao cargo de DCAT, mas ele recusou, pedindo o de Poções, embora com certa relutância, o Ministro da Magia, Kingsley Shacklebolt, e alguns jornalistas, que ele expulsado com maldições.

Quando as aulas se iniciaram, no primeiro dia de setembro, Hogwarts estava remodelada. Os sobreviventes da batalha tinham usado sua magia para reconstruir a escola, que tinha ficado pronta em um mês. Snape agradeceu pessoalmente, e à sua maneira, a ajuda dele e lhes prometeu que as aulas iriam ser diferentes, que não os iria incomodar desnecessariamente. Seus alunos ficaram mais aliviados com suas palavras, esperando que ele cumprisse o prometido. Passaram quatro meses e o professor, para espanto dos alunos de todas as Casas, perceberam mudanças sutis em suas aulas, que estavam correndo muito bem, sem pressões da parte do professor, sem injustiças.

Estava terminando de corrigir um trabalho de um Ravenclaw, quando escutou um grito agudo:
— Neville, não! - Ergueu de imediato o olhar, seus sentidos alerta. Viu Granger de pé, com um olhar assustado. Seu olhar cruzou o de Longbottom, que estava aterrorizado. A poção borbulhava intensamente e percebeu, aterrado, que iria explodir. Se levantou da cadeira de um salto, retirando a varinha de dentro da manga das vestes, e exclamou, com voz rouca:
— Expelliarmus! - Uma barreira invisível protegeu os estudantes ao mesmo tempo que a poção explodia. Snape colocou os braços à frente de seu rosto e sentiu fragmentos o atingindo. Abriu a boca, soltando um grito mudo de dor, e a ultima lembrança que teve era dos gritos aterrorizados de seus alunos e um intenso cheiro a queimado entrando em suas narinas.

OoOoO

Snape abriu lentamente os olhos, piscando algumas vezes para se habituar à claridade. Olhou em volta e percebeu que estava na enfermaria de Hogwarts. Sentia uma pontada de dor na cabeça e um suave cheiro a queimado. Flashes de memórias atingiram sua mente. Se lembrando do acidente, tentou se erguer, mas uma intensa dor percorreu seu corpo e gritou. De imediato apareceu a enfermeira, que colocou uma mão em seu ombro e o puxou delicadamente para a cama, dizendo:
— Tenha calma, Severus, está tudo bem.

— Madame Pomfrey...Poppy… – Gemeu ele, sentindo dor. A mulher o ajeitou na cama, para que ele ficasse confortável, enquanto comentava:
— Finalmente você acordou. Estava ficando preocupada. Se ficasse mais tempo inconsciente, seria obrigada a enviá-lo para St. Mungus.

— Que aconteceu? - Perguntou o professor, confuso. Suas memórias estavam baralhadas, se lembrava de gritos, do cheiro de poções sendo cozinhadas.

— Houve uma explosão em sua sala, mas não houve alunos feridos. - Respondeu Madame Pomfrey, olhando para seus olhos. - Você lançou um feitiço protetor nos alunos.
Snape respirou fundo, se sentindo mais aliviado. Como responsável pelos alunos, poderia ter problemas se algum deles se tivesse machucado durante sua aula.

— Tome essa poção, Severus. - Ordenou Madame Pomfrey, lhe entregando um frasco. Severus percebeu que era uma poção analgésica, contra as dores. Com a ajuda da enfermeira, tomou a poção e fechou seus olhos, suspirando de alívio logo de seguida.

A enfermeira saiu da enfermaria e o professor ficou sozinho, olhando para o teto branco. Suas dores sumiam lentamente. Suspirou e pensou com raiva: "Vou matar o idiota do Longbottom. Ele poderia, com sua estupidez, ter destruído por completo minha vida miserável."
E ficou em silêncio, tentando se acalmar. Tinha vontade de arrancar sua roupa destruída, tomar um banho e dormir. Pouco depois, o Pr. Dumbledore entrou na enfermaria, acompanhado por Madame Pomfrey e sorriu ao ver Snape ainda acordado. Se dirigiu para o professor, usando suas vestes púrpuras e douradas, e tocando com a mão tratada no ombro de Severus, lhe perguntou:
— Boa tarde, Severus. Como se sente?
— Bem, obrigado, diretor. - Respondeu Snape, mal humorado. Óbvio que ele não estava bem. Estava na enfermaria graças ao desastrado do Longbottom.

— Neville veio me contar o que aconteceu. - Comentou Dumbledore, despertando sua atenção – Ele se enganou a colocar um ingrediente na poção e ela explodiu. E soube também que você foi rápido a proteger os alunos. Parabéns.
— Obrigado, diretor. - Respondeu o professor, se sentindo um pouco mais calmo. O diretor observou seu rosto pálido por baixo de seus óclinhos de meia lua e disse, seriamente:
— Espero que você não se vingue de Neville nas aulas. - Snape se remexeu, inquieto, com as palavras do diretor, e ele continuou – Ele só cometeu um erro...
— Um erro que quase ia matando seus colegas. - Interrompeu Snape, com a raiva crescendo dentro de si. Dumbledore fitou o professor e comentou:
— Todos cometemos erros, incluindo você. - Snape olhou para Albus, sua expressão demonstrava o quão machucado tinha ficado com suas palavras. Sabia que tinha cometido muitos erros no passado, mas tinha feito de tudo para remediá-los, e era doloroso escutar essas palavras de uma pessoa que tinha absoluta confiança. O diretor, percebendo sua dor, se desculpou e saiu da enfermaria. O professor olhou para o teto, pensando nas palavras rudes do professor. Sem se aperceber, seus olhos começaram se fechando, adormecendo de imediato.

OoOoO

Um ruído acordou Severus de seu sono. Se ergueu da cama, não sentindo mais dor e seus olhos vaguearam pela enfermaria, pousando na porta, e viu Longbottom. O garoto, mesmo tendo derrotado Nagini com a espada de Gryffindor, um fato que admirava secretamente, ainda tinha medo dele.

Neville estava pálido e tremia ligeiramente. Seu cabelo castanho caía por seu rosto e seus olhos castanhos brilhavam. Severus viu que ele não tinha sofrido nem um arranhão com o acidente. Falou para seu aluno, sua voz repleta de ironia:

— Veio ver se eu morri, Longbottom? – Neville estremeceu com a frieza de sua pergunta, pensando que, provavelmente, sem a rápida intervenção de Hermione, que estabilizou o professor e de o terem levado de imediato a Madame Pomfrey, o professor não estaria no mundo dos vivos.

Entrou na enfermaria, se dirigindo para o professor. Severus observou atentamente seus passos, observando seu rosto. Se colocou à frente da cama do Mestre de Poções e falou timidamente:

— Não, professor. Estive pensando e gostaria de pedir desculpa ao senhor. Me enganei a colocar um ingrediente e…

— Não se preocupe, Longbottom. – Interrompeu Snape, se sentindo subitamente cansado. Sabia que seu aluno não provocaria propositadamente o acidente. Neville se encolheu, não conseguindo evitar, Snape era um homem intimidante, e escutou o resto das palavras de seu professor:

— O diretor me contou tudo. – O Gryffindor baixou o olhar, respirou fundo para ganhar coragem para o que ia pedir e voltou a erguer o olhar. Olhou diretamente nos olhos negros e profundos de seu professor e, com um grande esforço, pediu:

— Eu…gostaria de ter explicações de Poções. – Snape ergueu uma sobrancelha, espantado com as palavras de seu aluno. Nunca pensou que ele lhe pedisse algo semelhante. Olhou para o Gryffindor, que suplicava silenciosamente com o olhar. Respirou fundo e pensou para si mesmo: “Embora não goste da ideia, prefiro suportar Longbottom por mais umas horas do que ter outro acidente semelhante em minha aula, ou pior.”

— Muito bem, Longbottom. – Falou Snape, com sua voz rouca, mas sensual aos ouvidos de Neville. Devido aos ferimentos de Nagini, suas cordas vocais tinham ficado danificadas.

— Ajudarei você. – Neville sorriu com a resposta de seu professor. Se sentia aliviado por ele ter aceitado seu pedido. Agradeceu, contente:

— Obrigado, professor! Muito obrigado! – E saiu apressadamente da enfermaria, não conseguindo controlar sua felicidade. Snape respirou fundo e pensou:”Espero não me arrepender.”

OoOoO

O professor saiu da enfermaria dois dias depois do acidente e voltou a dar aulas. Percebeu que seus alunos tinham ficado um pouco traumatizados com o ocorrido, nunca querendo ficar com Longbottom, exceto Granger, que sempre o ajudava. Como prometido, começou dando explicações a Neville, depois das aulas e, impressionantemente, seu desempenho começou melhorando.

Todos, incluindo Neville, ficaram espantados com a melhoria. E Snape, sem conseguir evitar, sentiu orgulho, uma emoção que raramente tinha sentido no passado.

Mas o orgulho que Snape sentia por seu aluno, aos poucos, começou mudando. Em alguns meses, começou reparando nos atributos de Longbottom, como estava mais bonito. Seus cabelos castanhos caindo suavemente pelo rosto delicado. Quando se apercebeu, era tarde demais. Estava apaixonado pelo Gryffindor. Tentou negar seus sentimentos, mas o garoto o começou molestando em seus sonhos, sua voz, seu sorriso, seus olhos castanhos e seu perfume adocicado o enlouquecendo lentamente.

OoOoO

Faltava uma semana para o término das aulas e o Mestre de Poções estava cansado dos cabeças ocas, e um pouco apreensivo também. Longbottom sairia de Hogwarts e o professor, sentindo um aperto no coração, pensava que nunca mais o iria ver. Neville iria arranjar um emprego, conhecer novas pessoas, ter um relacionamento amoroso. E ele ficaria sozinho para o resto de sua vida.

Durante aqueles meses sentira que sua relação com Neville tinha melhorado consideravelmente. Ele lhe ensinara a sutil arte das Poções, vendo a curiosidade de seu aluno aumentar sempre que aprendia um tópico novo e se admirava com a alegria de seu rosto sempre que concluía perfeitamente uma poção. Sabia que sua solidão voltaria com a ida de seu aluno, um sentimento que não queria voltar a sentir.

Estava uma bela noite de primavera e o professor se encontrava em seu gabinete, um lugar mais acolhedor que no passado, iluminado e confortável, decorado com cores negras, verdes e prateadas. Estava sentado em sua escrivaninha, corrigindo trabalhos de Hufflepuff e Ravenclaws do quarto ano, quando seus pensamentos se focalizaram em Neville. O Gryffindor estava um homem muito belo, e ele se sentia cada vez mais apaixonado por ele.

Desde a morte de Lily que nunca mais tinha nutrido um sentimento tão intenso como aquele por uma pessoa. Bateram à porta, o tirando de seus pensamentos. Olhou para o relógio, que estava entre o frasco de tinta e suas penas e viu que eram dez da noite. Pensando que seria um colega, já que seus alunos se encontram em suas salas comunais, falou:

— Entre. — A porta foi aberta e Neville entrou dentro de seu gabinete, com um enorme sorriso em seu seus lábios carnudos. Vendo a expressão de espanto de seu professor, falou, sua voz demonstrando toda a felicidade que sentia:

— Boa noite, Pr. Snape.

— Boa noite, Sr. Longbottom. - Respondeu o professor, se recuperando do susto inicial. Franziu o sobrolho e perguntou:

— Creio que hoje não temos explicações, certo?

— Não, professor. – Respondeu Neville, continuando com seu sorriso – Decidi visitar o senhor.

Snape sentiu seu coração acelerando o ritmo com essas palavras, mas perguntou, sua voz controlada. Era nessas alturas que ter sido espião tinha suas regalias:

— Porquê? – Neville respondeu, fechando a porta atrás de si e se aproximando dele:

— Eu gostaria de conversar com o senhor…

— Não sou seu amigo, Longbottom. – Interrompeu Severus, largando as redações e olhando para seu aluno. Sabia que estava machucando os sentimentos de ambos, mas não podia permitir essa aproximação entre eles. Sentia que não era correto. Pela primeira vez em muito tempo, sentia seu coração fraquejando. Temia se descontrolar e agarrar seu aluno

— Eu sei, professor. – Falou Neville, mantendo seu sorriso, sem se abalar com a resposta de Severus e ele sentiu uma súbita vontade de se levantar, de o agarrar e o beijar apaixonadamente, mas se controlou.

Longbottom pousou os braços em cima da escrivaninha e sussurrou:

— Eu gostaria que o senhor fosse mais que um amigo.... - Snape sentiu os pelos de sua nuca se eriçarem com as palavras sussurradas, mas pronunciou, com voz controlada:

—  Você bebeu alguma poção ou uma bebida alcoolica, Longbottom? Do que você... - Mas foi interrompido por Neville, que se atirou a seus braços  e o beijou apaixonadamente. Os pergaminhos caíram no chão ruidosamente, mas nenhum dos dois reparou. Só sentiam os lábios encostados um no outro, um toque inocente e suave. Severus arregalou seus olhos com o choque, mas fechou-os de imediato ao sentir as mãos do mais novo acariciando seus cabelos negros.

Se entregou ao beijo, entrelaçando seus braços no pescoço de Neville e aprofundando o beijo. Escutou um gemido contido de seu aluno, e seus pelos se eriçaram, excitado.  Movimentou seus lábios, sentindo que Longbottom o imitava, e se entregaram ao beijo, sem receios nem pudores.

Seus lábios se entreabriram e suas línguas se tocaram com timidez, descobrindo aos poucos o gosto do outro. Neville sentiu um gosto amargo de café mesclado com menta e Severus sentiu gosto a chocolate. O Gryffindor acariciava os cabelos do mais velho, percebendo que eram macios, não oleosos como todos supunham. O professor acariciou os cabelos de Longbottom, que estava relaxado, e escutou um gemido de prazer.

Um aviso ecoou em sua mente, se lembrando que estava beijando um aluno. E que docentes e estudantes não podiam ter nenhum tipo de contato amoroso. Se afastou dele de rompante, se sentindo confuso com a sucessão de sentimentos intensos que tinha sentido, e tartamudeou:

— O que…mas… - Largou os quadris do Gryffindor e se levantou, se afastando de Neville, que tinha os lábios inchados, os cabelos despenteados e os olhos brilhantes. Estava irresistível. Respirou fundo, tentando se acalmar, e falou:

— Me desculpe, não sei o que me deu. – Neville sorriu apaixonadamente e revelou:

— Lhe desculpar, porquê? Se eu também queria. – Snape arregalou os olhos, surpreso com suas palavras, e Longbottom disse, docilmente:

— Eu te amo. – O professor sentiu seu coração batendo descompassadamente com a revelação, mas logo procurou se acalmar. Mesmos sendo maior de idade, ele ainda era seu aluno, não seria ético. Falou, sua voz carregada de sofrimento:

— Não podemos, Longbottom. – O Gryffindor parou de sorrir, tristeza percorrendo seu rosto ruborizado. Snape sentiu uma vontade inusitada de acaricia-lo, mas se controlou. Neville perguntou, tristemente:

— Porquê?

— Porque, - Explicou Severus – Sou seu professor e você meu aluno. Vão pensar que submeti você e…

Foi interrompido, Neville agarrou sua mão e, para seu espanto, sorriu e disse, com a voz transbordando de desejo:

— Mas daqui a uma semana não serei mais. E poderemos ter um relacionamento. – O Mestre de Poções estremeceu com as palavras de seu aluno, sabendo que ele tinha razão. Sentia a necessidade de o agarrar ali mesmo e de o possuir sem se importar com mais nada, mas esfriou seus pensamentos. Não podia cometer uma loucura daquelas. Agarrou a cintura do mais novo e o puxou para si. Neville gemeu prazerosamente com o contato repentino de seus corpos. Entrelaçou seus braços no corpo de Snape, vendo os olhos cor de café o observando atentamente. O Mestre de Poções sussurrou em seu ouvido, avisando:

— Sou um homem muito ciumento e não gosto de partilhar o que é meu. – Longbottom estremeceu ao sentir o hálito quente e a voz rouca do professor. Sorriu em resposta e olhou diretamente para os olhos negros de Snape, que continuam um brilho misterioso.

— Eu não me importo. - Respondeu, com sinceridade. Ele amava Severus e sentia que era correspondido. Seus sentimentos em relação ao professor se tinham, modificado ao longo dos anos. Até seu quarto ano, sentira medo do professor, ele era um homem intimidante, durante seu quinto e sexto ano, mesmo continuando com receio, sentira também uma gama de sensações intensas, como desejo. Por vezes, sonhara com Snape, imaginando que se declaravam um ao outro e que se beijavam apaixonadamente, mas logo acordava e percebia que era ilusão.

Durante seu sétimo ano, depois da morte de Dumbledore e, com os Carrow lecionando em Hogwarts, sentira raiva e desprezo por ele, não entendendo como Snape tivera coragem de assassinar o Diretor.

Mas, quanto Harry revelou toda a verdade, inexplicavelmente, sentira alívio, por ele. E, ao ver a mudança gradual no comportamento do Mestre de Poções, as explicações que tinham juntos, as conversas depois das aulas, percebeu que se tinha apaixonado.

O professor continuava com seu rosto sério e falou:

— Se você é meu, é só meu. – Avisou, possessivo. Não queria dúvidas por parte de Longbottom  – Ninguém pode tocar em você.

Neville estremeceu com suas palavras e declarou:

— Sou todo seu, Snape. – Severus, percebendo a aceitação de seu aluno, o empurrou delicadamente para a escrivaninha vazia e agarrou o rosto ruborizado, tocando nos lábios carnudos com os seus, sentindo o gosto de Longbottom.

Beijou-o apaixonadamente, enquanto agarrava possessivamente os quadris de Neville e escutava seus gemidos abafados. Se beijaram durante muito tempo, seus corações batendo em uníssono. Sentindo o ar escasseando, se afastaram e Snape sussurrou:

— Longbottom…

­– Neville. - Pediu o Gryffindor, que agarrava as vestes negras, desejo espelhado em seu olhar – Me chame de Neville.

— Neville… - Repetiu o professor, e pediu, com sua inconfundível voz rouca – Me chame de Severus.

Neville sorriu em resposta e encostou novamente seus lábios nos de Snape. Severus, antes de devolver o beijo, pensou que era o homem mais sortudo do mundo, por ter alguém que o amava de verdade.

 

FIM

 

Nota da Autora: Oi! Espero que gostem da fic. Snape e Neville ficam tão fofos juntos, que eu não sei como existem tão poucas fics deles. Reviews são bem-vindos. Bjs :D


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