Maré Alta escrita por Dobrevic


Capítulo 11
Friction zone


Notas iniciais do capítulo

Bom, como vocês podem ver eu fiz uma mudança radical em todos os personagens e vou explicar porque... Vou precisar deles juntos em fotos, gifs para conseguir deixar as cenas do jeito que planejo, e também teve uma leitora que pediu que eu postasse fotos já que fica meio difícil de criar um personagem na cabeça. Escolhi G.G mas lembrando que a história é Original! Espero que se adaptem rápido as mudanças e se tiverem paciência, voltem algumas páginas, mudei o gif e a foto dos capítulos...



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Gostar de verdade significa aceitar passar por coisas que você sabe que não vão te favorecer.

Angelina havia avisado a Matthew que iríamos lá, porque por algum motivo, ele estava na porta nos esperando. Recebeu-nos sorrindo e com um abraço apertado. Matt era minha zona de conforto, seu olhar e seus sorrisos era a calmaria da minha vida. Eu nunca tentei imaginar minha vida sem que ele estivesse nela. É estranhamente impressionante a forma como me sinto sobre ele. O quarto dele até que está organizado, exceto algumas malas ainda com algumas roupas no canto da cama Box, Angel já estava ali deitada. Deitada não, jogada. Seus olhos sorriam e seus lábios davam risada de alguma piada que Matt fizera, seus cabelos loiros sobre caíam em seus olhos, apenas algumas mechas. Sua beleza era algo incrível. E lá estavam as expressões graciosas de Matt, eu até me esqueci do motivo que fui ali, ver meus melhores amigos em perfeita harmonia era algo mágico para mim. Eu não poderia de forma nenhuma me sentir mal, pequena, inferior ou qualquer outro apelido absurdo. Mas estava um pouco brava. Matt não foi ao meu casamento e eu lhe mandei um convite – Eu precisava tanto dele que chegava a ser absurdo –. A noite anterior não saia da minha cabeça. Estava perdida em pensamentos sentada na cama ao lado de Angel quando a vi estalar os dedos na altura de meus olhos, despertei dando de cara com o olhar curioso de Matt.

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– Vamos lá, pequena. O que é que está tirando sua atenção? – Ele foi direto, o que não me surpreendeu. Ele sempre foi/é/será.

– Tirando o fato de você ter esquecido meu infeliz casamento, só ter me ligado um dia após para me dar quaisquer que fosse a explicação e ter ignorado completamente meu convite? – Respondi um pouco rude, Matt baixou o olhar para o chão – O João Miguel está tirando minha atenção. Eu juro que um mês naquela casa é o suficiente para eu seja declarada louca – Suspirei e Angelina forçou um sorriso, acho que pela parte do Matt.

– Acho que já esperávamos isso Malu, você e João não se odeiam tanto, apenas não se batem, e amiga, acredite, você vai superar – Angel disse olhando para o Matt que permanecia de cabeça baixa.

– Será que meu melhor amigo pode dar alguma explicação por sempre sumir nessa horas difíceis? – Abri um sorriso forçado fazendo o Matt por impulso elevar seu olhar sobre o meu.

– Não acho que essa seja uma conversa pra agora, por mais que Angelina seja nossa amiga, ela não precisa presenciar você cuspir na minha cara suas dúvidas sem ao menos me perguntar o que aconteceu, não é um assunto que se trate dela. – Ele disse brevemente, e eu senti uma pontada de frieza – Você sabe que não gosto do João e por mais que ache que a consideração deva ser a você eu não sei ser hipócrita, não fiz questão nenhuma de ir até lá. – Ele disse tão sério que não se importou com Angelina estar ali ou não. Ela ouvia tudo calada, e pelo canto do olho pude ver que a mesma encarava o chão, meus olhos estavam firmes sobre os de Matt.

– Eu acho não, Matthew, eu tenho certeza. Nem se deu ao trabalho de ir ver como eu estava. Não nos vimos desde a pracinha e se eu não venho aqui hoje você não me procuraria. – Disse mesmo sabendo que estava mentindo, Matt me ligou hoje seja lá para o que – Acha que eu gostei da ideia de me casar? Pois saiba que não. – Me alterei um pouco e vi o olhar de decepção do Matt, seus lábios se formaram em um sorriso de lado forçado e amargurado – Mas eu só queria o meu melhor amigo lá pra me dizer que tudo ficaria bem, mas você prefere alimentar o seu “Não gosto do João” do que fazer um simples favor a sua amiga.

– Já é uma tortura – Ele fez uma breve pausa – Saber que você foi obrigada a isso... Te ver dentro de um vestido de noiva bonito ao lado dele seria quase um suicídio. – Engoli a seco – Pense o que quiser, não fiz questão de ir e não me arrependo. Apesar de você dizer que eu sempre a abandono quando você mais precisa, é bom você se lembrar que nunca a deixei, e sem jogar nada na sua cara, já fiz demais por você. Não pode me pedir pra aceitar isso.

– Eu não to te pedindo nada, eu só queria que você estivesse lá. – Minha voz saiu quase num sussurro. Porque eu estava brigando com Matt? Senti uma imensa vontade de chorar, mas segurei o máximo que pude.

– Malu, sinceramente, o que você está me escondendo? – Ele me olhou com os olhos entre abertos já esperando o que eu estava para lhe dizer desde que chegara ali.

– E-eu... – Vacilei. Soquei-me mentalmente por ter gaguejado, sou fraca demais. Senti uma lágrima traíra molhar meu rosto, tentei ignorar o nó em minha garganta e prossegui – Eu quase fui para a cama com o João. – Despejei as palavras de uma só vez prendendo a respiração, Angel parou de respirar junto comigo, como se não tivesse acreditado.

Tentei encontrar o olhar de Matt, mas estava perdido, ele encarava o chão e eu não conseguia decifrar seu rosto naquele momento. Frustração, decepção, dor, medo, angústia... Doeu-me que aquilo tivesse doído tanto nele. Eu não sabia o porquê que aquilo o abalara tanto, mas nada me abalava mais do que magoar o Matthew. Angelina estava encolhida na cama e agora seu olhar estava em Matt. Ela desviou e nossos olhares se encontraram, o olhar dela conversava com o meu, sua expressão dizia coisas do tipo: “Como você foi capaz de contar isso a ele?”. Eu estava perdendo algo ali. Ouvi o Matt limpar a garganta e voltei meu olhar encontrando os dele.

– Achei que vocês não se gostavam – Matt sorriu sem humor. Por Deus, como ele fingia mal.

– Eu bebi um pouco além da conta – Rebati na mesma hora.

– Colocando a culpa na bebida, Maria Luiza? Que feio – Ele disse entre os dentes num sorriso, o que me deixou extremamente irritada e incrédula. Angel o encarou pronta para dizer algo mas se calou. Matt nunca falara comigo daquele jeito. Um milhão de coisas se passou pela minha cabeça e eu preferi ignorar. O que era aquilo?

– Para de me cobrar como se eu tivesse feito algo errado! Não era o que eu queria ter de lembrança, mas no momento eu quis, e não sou falsa para dizer que não. Você não é nada meu para achar que pode me cobrar, é só meu melhor amigo. – Me arrependi de imediato da resposta que dera a ele.

– Tem razão Maria Luiza, eu não sou nada seu, nunca fui não é mesmo? A não ser alguém que você sempre recorre quando precisa de um favor ou de um conselho – Me senti mal – Não sou bom o bastante? – Por algum motivo que eu ainda não entendia não se tratava da nossa amizade. Matt estava se elevando, como se perguntasse se ao invés do João, ele não era bom o bastante pra mim. Angel de repente se levantou e em um pulo estava fora do quarto, escutei a porta bater e Matt me encarava.

Senti minha cabeça rodar e senti uma necessidade súbita de abraçá-lo, e o fiz. Joguei-me em seus braços despreparados agarrando sua cintura num abraço apertado, ele rapidamente afagou sua cabeça em meus cabelos, fechei meus olhos com força deixando meus lábios próximos a seu ouvido.

– Por Deus Matt, ninguém é tão bom para mim como você é. Nada no mundo se compara a paz que você me traz. – Sussurrei em seu ouvido e senti sua pele se arrepiar nos braços fortes me prendendo – Por favor, não brigue comigo. Você sabe o quanto eu te amo. – Sussurro atrás de sussurro, eu senti seus lábios se abrirem encostados em meu ombro, talvez, em um sorriso. O meu sorriso.

– Não me conte sobre ele, Malu. – Sua voz estava rouca, e então prosseguiu – Eu também amo você. – Aquelas palavras me confortaram, quaisquer que fossem os pensamentos que me torturavam há segundos atrás, cessaram.

Tudo que minha mente processava nesse momento era em como eu tinha o melhor amigo do mundo – e eu já nem sabia se essa era a palavra certa para chamá-lo – Eu não queria perdê-lo, mas não queria que nada mudasse.

–----

Angel voltou de repente ao quarto fazendo Matt e eu nos afastar.

– Vocês não vão acreditar em quem acabou de me ligar – Ela deu uma risada nervosa, estava com uma bacia de pipoca doce na mão.

– Kevin – Matt disse sem êxito.

– Como você sabia? – Sua boca se emoldurou em um pequeno O e eu ri.

– Não é difícil imaginar, Angel, Kevin liga para você desde que eu me conheço por gente. – Eu disse sem importância pegando a pipoca e levando-a na boca – Angelina, você precisa me ensinar a fazer isso – Eu disse de boca cheia e eles riram.

– Mas dessa vez foi diferente, ele me chamou pra sair! Pra SAIR, vocês acreditam? – A. largou a bacia na mão de Matt e se jogou na cama, deu um breve suspiro.

– E você aceitou? – Perguntei.

– Óbvio que sim – Matt disse enquanto comia.

– Óbvio que não, Matt – Angel o repreendeu com o olhar – Como pode achar que eu aceitaria?

– Você está esperando por isso desde a 5º série – Eu disse e Matt deu uma risada alta, Angel corou.

– Vocês são os piores amigos do mundo – Ela disse enquanto um pequeno sorriso se alargava pelos lábios.

– Também amamos você – Sorri e Matt sorriu junto.

Vimos filme até um pouco tarde e o clima já tinha ficado leve, não tem como pesar quando esses dois estão ao meu lado, não sei, mas, agradeci por Melanie não ter vindo. Já estava tarde, eu precisava ir para casa. Despedi-me de Matt com um abraço apertado e Angelina me deixou em casa de carro, ela não perde a mania de pegá-lo escondido dos pais. Enfim, me despedi da mesma e entrei. Ao abrir a porta de dentro vi uma leve movimentação no chão, na frente do sofá.

– Dora? – Perguntei fechando a porta atrás de mim, ao me aproximar do centro da sala vi um corpo branco com cabelos loiros apertarem um corpo ferozmente em baixo de si. Engoli a seco, limpei a garganta sem acreditar. – João.

Disse mais para mim mesma do que para eles, eu queria gritar, chorar, desabar, mas não o fiz. Ele poderia no mínimo ter respeitado o fato de que eu ainda moro aqui.

– O QUE ELA TÁ FAZENDO AQUI? – Disse num grito pausadamente cerrando os dentes a cada palavra fazendo o João me olhar surpreso e a vadia em baixo dele me encarar profundamente com um sorrisinho no rosto. Meu rosto ferveu ao reconhecer quem era. – Isso só pode ser brincadeira – Mordi forte meu lábio e revirei os olhos olhando os dois.

Qualquer uma, menos ela.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado do capítulo. Sobre a briga de Zatt (Luiza e Matt) Eu estou meio deprê hoje, acho que entristeci o capítulo, mas vocês superam AopskOASKopaskAOSK Obrigada a quem está comentando! Me digam, quem vocês acham que está em baixo do João? Ein, Ein? HAHAHAH
POR FAVOR VCS AÍ Q TÃO ACOMPANHANDO, COMENTEM GENTE, PRECISO DE OPINIÕES. Amo vcs, cês sabem. Beijãoooooo e até logo!!!!



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