O Segredo dos Bennech escrita por bianinha


Capítulo 23
Nervos à flor da pele


Notas iniciais do capítulo

AAh, curtinho esse ç.ç UHAHEHUUHEAHU minha amiga jú ajudou a fazer esse aqui, AEEEEE jú.



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- Como? - perguntou Mat

- Vou aceitar a proposta dele. - decidi.

- Você só pode estar brincando. - Connor disse se levantando.

- Não estou. - me levantei também. - Vou pedir para que ele poupe vocês.

- Mitchie, por quê? - Mat perguntou indignado, quase quebrando meu coração. Mas me refiz imediatamente, estava decidida.

- Não tenho nada a perder. - eu disse - Eu vou ficar mais poderosa, vou fazer parte de algo. Se você reavaliar tudo, eu fui um fardo nessa história toda, eu tive que ser carregada o tempo todo, e na única vez que realmente fiz algo, acabei entregando um elemento essencial para o Mestiço.  Talvez ele não seja assim tão ruim, ele tem um bom motivo.

- Do que você está falando? Bom motivo? 

- Ele quer uma sociedade mais justa para nós, eu sou uma mestiça também. Vou ser útil e poderosa. - parei, olhando bem no fundo dos olhos de cada um, para que soubessem que eu não estava brincando. - Não se preocupem, não vou matar vocês, vão pra bem longe com suas famílias e eu convenço ele, mas já vou falando, quem ficar, eu já não garanto. - fui em direção a porta e bati várias vezes, gritando. - Eu já decidi, me tirem daqui!

O tempo de espera e o silêncio mortal doíam, os meninos não conseguiam nem olhar para mim, talvez fosse melhor assim. Já havia decidido e não ia volta mais atrás.

Depois de algum tempo, ouvi os passos se aproximando e seus pensamentos estavam altos, animados.

- Vejo que já sabe o que quer. - ele disse abrindo a porta - Opa! Você tem visitas? 

- Calma, não estamos juntos mais. Eles não acreditaram que eu sairia sozinha daqui, odeio ser tratada como criança. - disse mais para mim mesmo que para qualquer outro naquele espaço. - Eu estou do seu lado agora. - revelei saindo do quartinho escuro, com os olhos doendo pelo contato com a claridade depois daquele tempo. 

- Eu sempre soube. - ele sussurou para mim.

Eu sorri de volta.

- Mas, - comecei. - eu tenho uma condição. 

Vi suas sombrancelhas se elevarem e ele não pareceu muito contente. Olhei mais uma vez para os dois garotos bem na minha frente, suspirei fundo e disse.

- Não vamos matar os dois. 

- O quê? - o homem perguntou incrédulo.

- Eles tiveram boas intenções, foram meus amigos. - olhei para baixo, mais um momento de fraqueza. - Vocês tem duas horas para sumirem daqui, não vai ser problema para nenhum, mesmo. Tomem cuidado para não deixar ninguém para trás. - alarmei.

- Gosto do jeito que você pensa, Michelle. - ele elogiou. - Se não ouviram a menina, vão!

Mais uma vez, me encararam e Connor foi o primeiro a sair andando, de cabeça baixa, aquilo só podia ficar mais deprimente com uma trilha sonora dramática ao som de um piano. Mat também começou a andar, mas na minha direção. Ele me beijou na testa e me deu um abraço apertado, lamentei quando acabou, Se cuida, ouvi ele pensar. E saiu acompanhando o outro. 

Estava sem expressão nenhuma, e apesar de saber o que se passava na cabeça de todo mundo naquele momento, não sabia o que se passava na minha. Pude sentir os olhos do Mestiço revirarem e depois ele começou a bater palmas.

- Vamos, querida. - ele disse - Temos muito a fazer.

Ouvi a porta  bater lá longe, e tentei acordar. Minha mente agora quase explodia, mas procurei esquecer.

- Vamos. Mas ainda temos que esperar duas horas, eu prometi e você também.

- Já entendi. - ele disse impaciente - Já que você vai passar um bom tempo aqui, merece um quarto, venha comigo.

O acompanhei por mais escadas, corredores e cômodos vazios até que chegamos em frente a uma porta de madeira, diferente de todos as outras, mais bonita até. Ele abriu e lá havia um quarto imenso, perfeito, á base de dourado e vermelho, com uma cama gigante, tapetes chiques, provavelmente mais caros do que a casa dos meus pais. Havia também uma penteadeira, espelhos, quadros, mais espelhos, tudo emoudurado e cheio de detalhes, um quarto que tinha tudo para ser exagerado e brega, mas era perfeito.

Ele viu meu espanto e abriu um sorriso.

- Eu disse que sabia que viria.


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Notas finais do capítulo

Estamos perto do final D: