O Segredo dos Bennech escrita por bianinha


Capítulo 18
O Plano


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAA, gente, eu sei, já faz mais de um ano, mas pensa num ano puxado UHEAUHEHUEUH não sei como ficou o capítulo, porque meio que perdi a linha da história, mas espero que tenha ficado bom (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/50489/chapter/18

- Vocês não acharam que eram invencíveis, não é mesmo? - começou o Mestiço - Quem cria, pode destruir.

- Eu ainda não entendi, caramba. - Ann estava odiando não saber de nada, e sua impaciência já estava me irritando também.

- Calma, Anne Marie! - disse - Esse homem acha que pode tirar nossas habilidades... 

- Opa, eu não só acho, eu posso. - interrompeu rindo. - E vocês não podiam ter aparecido em um momento melhor.

Todos nos olhamos preocupados, se nem eu ou Mat não sabíamos mais do que se tratava, imagina os outros.

- Sentem-se novamente. - disse o vilão - Não podem sair daqui mesmo.

Olhei em volta, estava tudo escuro, e mesmo que tentássemos duvido que acharíamos a saída, se ainda houvesse alguma.

- É o seguinte, crianças. - começou pegando o livro da mão de Mat. - Não posso dizer, com certeza, desde quando essa famílias poderosas estão presentes na Terra, mas definitivamente, a vingança é mais velha - riu -. O conselho é tão contra a união entre as famílias porque delas pode nascer mutações, verdadeiros monstros! Pessoas descontroladas, loucas por poder. Vocês não acham que eu sou um monstro, não é? 

Pude ouvir cada um responder que sim com a cabeça.

Ele riu.

- Não sou. Eu sou um gênio, o melhor no que faço. Não merecia passar pelo que passei, tudo por causa deles, de todos vocês. - ai, tudo o que eu precisava, um drama de um chato rejeitado - É aí que a vingança entra. Mostrei diversas hipóteses, fiz demonstrações,mandei cartas, tudo explicando as possibilidades desses sangues misturados, mas os seus líderes nunca se mostraram interessados, mal comentavam entre si, como se fosse um assunto proibido. Enfim, se vocês não enxergam o quanto uma fusão é poderosa, farei por mim mesmo. Já tenho quase tudo que eu preciso, na verdade, graças a vocês, tenho tudo!

- O elixir! - gritou Rob

- Não só ele, eu tenho o segundo sangue agora. - ele fez uma pausa, e completou - o de vocês. Eu poderia usar o meu, misturar com o resto e dar para qualquer um dos meus aprendizes e torcer para que honrassem meu nome. Mas seria arriscado.

- Pera aí, você ia se matar, só para ter uma linhagem mais poderosa? - perguntou Paul.

- Esse era o plano inicial, sabe como é, você faz de tudo pelo que julga o certo, eu daria início a uma nova espécie, uma nova linhagem e não poderia assistir, mas agora, com vocês aqui, tenho uma ideia melhor, eu serei a nova linhagem. - ele olhou para Ann e seus primos. - Vocês morrem, eu bebo. - e riu.

Todo mundo ficou quieto e os pensamentos eram tantos que eu podia desmaiar de tanta dor de cabeça. Depois de um momento naquele silêncio que chega a doer, alguém disse:

- E tudo isso porque? - indagou Paul. - Dominar o mundo? Ficar rico? Ter um exército super poderoso? Só servimos para tornar as coisas mais seguras para a humanidade, de nada serviria pessoas mais poderosas, se está tudo bem como está.

- Um garoto tão inteligente, pensando pequeno assim? - respondeu ele a Paul. - Primeiro, provarei que estava certo para todos esses tolos, o que já é mais que um bom motivo para mim. Segundo, que essa humanidade me irrita. Somos melhores pra quê? Para melhorar a vida deles? Acho mais justo as coisas ao contrário. Com essa nova linhagem seguindo meus pensamentos, tudo muda e logo, serei quem mudou a história.

- Isso é a coisa mais ridícula do mundo. - não sei porque disse isso, mas não consegui ficar quieta. - Você não pode nos matar! Não vai matar ninguém.

- Não se preocupe, não vou te matar, Mitchie. Seu sangue é inútil para mim, você é inútil para mim. Assim que terminar com eles, te deixo ir, contanto que para bem longe do resto.

Ai, ouvir aquilo doeu, mas por um lado, sabia que era o que ele queria. Me fazer sentir rejeitada assim como ele, e desistisse de defendê-los.

- Calma, Mitchie. - cochichou Mat para mim - Nada vai acontecer.

-Talvez vocês queiram queiram encontrar os Kingans agora. - disse o Mestiço ignorando o Mat e se levantando. - Sei o que estão pensando, porque não os matou ainda? Acontece que o sangue tem que ser fresco e ...

- Acha mesmo que isso vai funcionar? - começou Anne Marie - Todos sabem quem você é, sabem que viemos atrás de você, isso não vai durar muito, desiste logo.

- Ah, querida, até lá, já é tarde demais.  - provocou ele. - Agora vocês vão vir, ou vou precisar chamar ajuda? 

Nos olhamos apreensivos, mas decidimos ir. Precisávamos falar com os Kingans, de qualquer jeito. Então nos levantamos e começamos a seguí-lo.

- Opa, opa. - parou o homem - Que parte do inútil você não entendeu, Michelle?  Fique aí, que já eu volto, tenho planos especiais para você. Só tente não quebrar nada.

Ai, de novo. 

Eles foram entrando cada vez mais num lugar escuro.

- Só para lembrar, suas habilidades não valem mais nada, daqui pra frente. - foi a última coisa que o ouvi dizer.

Só de pensar que há um dia atrás eu achava aquilo tudo tão incrível e hoje eu já mal conseguia sentir minhas mãos, de tão frias que estavam.

Eu estava sozinha naquela sala perturbadora, cheia de pó, bagunça e livros. A única coisa que podia pensar era procurar alguma saída por ali e avisar os outros por meio de uma ligação prá lá de cara. Não era um bom plano, e eu sabia disso, naquela altura eu já chorava descontroladamente e conforme ia tateando as paredes, só encontrava bichos e teias, até que achei um buraco.

Não era um buraco, daqueles que eu podia passar e estaria livre, mas um buraco da espessura de uma caneta ou algo assim, coloquei meu olho ali e pude ver lá fora, já estava escuro e a rua, praticamente vazia. Com excessão de um homem, ou melhor, garoto que parecia perdido e de alguma forma, não me era estranho.

- Connor! - gritei, até alto demais. Torci para que aquele doido estivesse muito longe pra me ouvir. Enquanto isso, Connor procurava da onde tinha vindo o grito. 

Ele nunca ia adivinhar, então coloquei meu dedo pra fora do buraco e esperei que meu esmalte super vermelho chamasse a atenção dele. Balançava meu indicador loucamente para que ele visse, e quando senti alguém o segurar, perguntei:

- Connor, é você?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

curtinho, né? mas no próximo acontece bastante coisa, prometo que não vou demorar tanto dessa vez. k