O Segredo dos Bennech escrita por bianinha
- Pera aê! - disse Anne Marie quebrando o silêncio. - Por que o senhor mesmo não busca?
- Ora, menina. Sou um homem ocupado. - disse ele abrindo aquele sorriso maléfico que a cada hora me dava mais medo.
- Sei, isso tudo aqui... - começou ela
- Calma, Ann. - disse interrompendo, nossa estava pegando a mania dela - Ele fez um favor pra gente, temos que retribuir.
- Tem certeza, Mitchie? - perguntou ela
Afirmei com a cabeça.
- Garota esperta. - disse O Mestiço, sem tirar aquele sorriso do rosto.
- Vamos, pessoal. - disse eu - Quanto mais cedo encontrarmos, mais cedo isso tudo acaba.
E me virei para a saída mais próxima.
- Ei, mocinha. Onde pensa que vai? - alertou o homem
- O que foi agora, coroa? - soltou Anne Marie
Fiz uma careta para ele, tipo: " Calma, você quer ficar presa aqui pra sempre?"
Ela se encolheu e ele começou a falar
- Como vou saber que vai voltar com o meu pedido? - perguntou ele se levantando
- Não acredita em mim? - perguntei com cara de inocente
- Não brinque comigo garota. - disse num tom bravo
- Certo, deixo meu colar com você. - eu disse, tirando o colar do pescoço
- Muito bem. - falou satisfeito - Podem ir agora. - coloquei o colar na mão dele, e o encarei.
- É. Estamos indo. Mas a gente volta. - disse Rob tentando intimidar.
Saimos e fomos procurar informações do tal Elixir.
- Acho que devemos ir para o comércio. Com certeza deve estar lá. Nas lojas. - disse ele com sua lógica
- Onde mais estaria, bobão? - soltou Ann
- Bom, eu discordo. - disse Mat.
Todos olharam para ele.
- Como assim? - perguntou Paul
- Se estivesse no comércio, com certeza ele já teria pego.E não seria um elixir tão raro assim. - explicou ele.
- Ele tem razão. - apoiei
- Então, onde estaria? - disse Paul, decepcionado por não ter pensado nisso.
- Eu não sei, talvez em algum lugar mais isolado. - nesse momento duas senhoras passaram.
- Conseguiu o veneno? - perguntou uma
- Sim. Hoje ela morre. - comentou a outra
Nos olhamos todos, as senhoras continuaram andando mas um frasco caiu e ficou para trás.
Abaixei e peguei, tentei alertar-las, mas Paul me deteu.
- Olhe, aposto que esse é o veneno. - disse apontando para o frasco que possuia um cobra sobre uma lápide na frente. - Aposto que onde tem veneno, tem elixir.
Olhei assustada. Seria uma boa ideia? Aquilo me dava um medo.
- De qualquer forma, como encontraríamos esse lugar? - perguntei
- Aposto que nessas letras indianas deve estar escrito o endereço. - Falou Anne Marie
- Tá, mas como vamos ler? - perguntei novamente
- Só um minuto, alguém tem algum dinheiro sobrando? - perguntou Paul
- Aqui. - mostrou Mat. - É o troco do restaurante, não sei se é muito.
- Acho que serve. - respondeu Paul, pegando o dinheiro.
Com cuidado ele atravessou a rua, e entrou em uma pequena loja. Poucos minutos depois ele saiu de lá com um livro na mão e chegou até nós.
- Um dicionário? - perguntou Rob
- É. Agora temos que nos virar. - falou Paul.
- Posso? - perguntou Ann apontando para o dicionário.
Paul a entregou, e eu a mostrei os 'códigos' indianos, se é que posso chamar assim.
Um momento de tensão cobriu todos nós enquanto Anne Marie folheava e mexia naquele dicionário. Estava ficando insuportável, quando ele finalmente falou.
- Aqui, esse deve ser o endereço. Fica perto da rodovia.
- Como você sabe disso? - perguntei
- Um dos poderes dela inclui mentalização. Ela pode conhecer pessoas ou lugares, sem nem ter visto antes.- infromou Paul
- É, mas deixa pra lá. - disse Anne Marie energonhada. - Temos que chegar lá logo. Mat, pode nos levar?
- Tá.
Depois da 'viagem' estávamos todos num lugar que não era asfaltado, mesmo assim, havia várias casas, ou melhor, barracos. O lugar me dava certa tristeza, era um lugar pobre e sem qualquer tipo de tecnologia ou contato com o mundo externo. Após caminharmos quase meia hora, encontramos o número do lugar.
Era de certa forma sinistro, uma casa minúscula de madeira, e outro compartimento minúsculo um pouco mais ao lado, que eu julguei ser o banheiro. Havia algumas roupas no varal, que era balançado pelo vento forte de fim de tarde que passava ali. Dois cachorros bem sujos e até machucados correram para latir para a gente por trás da cerca de madeira, e mais ao lado havia uma pequena porta de madeira também.
- Será que tem alguém? - perguntou Rob
- Não sei, não tem campanhia. - eu disse
- Por que não batemos palmas? - falou Ann
- E alguém vai ouvir? - respondeu Paul
Em meio a discussão, uma mulher - facilmente confundível com um vulto, pois as cores de seu sari, eram bem escuras como vinho, roxo e marrom - abriu a porta da casinha, e se dirigiu ao portão.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Provas agora :S
Mas assim que der continuo postando, se quiserem é claro.