O Segredo dos Bennech escrita por bianinha


Capítulo 16
A busca




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/50489/chapter/16

 - Pera aê! - disse Anne Marie quebrando o silêncio. - Por que o senhor mesmo não busca?

 - Ora, menina. Sou um homem ocupado. - disse ele abrindo aquele sorriso maléfico que a cada hora me dava mais medo.

 - Sei, isso tudo aqui... - começou ela

 - Calma, Ann. - disse interrompendo, nossa estava pegando a mania dela - Ele fez um favor pra gente, temos que retribuir.

 - Tem certeza, Mitchie? - perguntou ela

 Afirmei com a cabeça.

 - Garota esperta. - disse O Mestiço, sem tirar aquele sorriso do rosto.

 - Vamos, pessoal. - disse eu - Quanto mais cedo encontrarmos, mais cedo isso tudo acaba.

 E me virei para a saída mais próxima.

 - Ei, mocinha. Onde pensa que vai? - alertou o homem

 - O que foi agora, coroa? - soltou Anne Marie

Fiz uma careta para ele, tipo: " Calma, você quer ficar presa aqui pra sempre?"

 Ela se encolheu e ele começou a falar

 - Como vou saber que vai voltar com o meu pedido? - perguntou ele se levantando

 - Não acredita em mim? - perguntei com cara de inocente

 - Não brinque comigo garota. - disse num tom bravo

 - Certo, deixo meu colar com você. - eu disse, tirando o colar do pescoço

 - Muito bem. - falou satisfeito - Podem ir agora. - coloquei o colar na mão dele, e o encarei.

 - É. Estamos indo. Mas a gente volta. - disse Rob tentando intimidar.

Saimos e fomos procurar informações do tal Elixir.

 - Acho que devemos ir para o comércio. Com certeza deve estar lá. Nas lojas. - disse ele com sua lógica

 - Onde mais estaria, bobão? - soltou Ann

 - Bom, eu discordo. - disse Mat.

Todos olharam para ele.

 - Como assim? - perguntou Paul

 - Se estivesse no comércio, com certeza ele já teria pego.E não seria um elixir tão raro assim. - explicou ele.

 - Ele tem razão. - apoiei

 - Então, onde estaria? - disse Paul, decepcionado por não ter pensado nisso.

 - Eu não sei, talvez em algum lugar mais isolado. - nesse momento duas senhoras passaram.

 - Conseguiu o veneno? - perguntou uma

 - Sim. Hoje ela morre. - comentou a outra

 Nos olhamos todos, as senhoras continuaram andando mas um frasco caiu e ficou para trás.

Abaixei e peguei, tentei alertar-las, mas Paul me deteu.

 - Olhe, aposto que esse é o veneno. - disse apontando para o frasco que possuia um cobra sobre uma lápide na frente. - Aposto que onde tem veneno, tem elixir.

Olhei assustada. Seria uma boa ideia? Aquilo me dava um medo.

 - De qualquer forma, como encontraríamos esse lugar? - perguntei

 - Aposto que nessas letras indianas deve estar escrito o endereço. - Falou Anne Marie

 - Tá, mas como vamos ler? - perguntei novamente

 - Só um minuto, alguém tem algum dinheiro sobrando? - perguntou Paul

 - Aqui. - mostrou Mat. - É o troco do restaurante, não sei se é muito.

 - Acho que serve. - respondeu Paul, pegando o dinheiro.

Com cuidado ele atravessou a rua, e entrou em uma pequena loja. Poucos minutos depois ele saiu de lá com um livro na mão e chegou até nós.

 - Um dicionário? - perguntou Rob

 - É. Agora temos que nos virar. - falou Paul.

 - Posso? - perguntou Ann apontando para o dicionário.

Paul a entregou, e eu a mostrei os 'códigos' indianos, se é que posso chamar assim.

 Um momento de tensão cobriu todos nós enquanto Anne Marie folheava e mexia naquele dicionário. Estava ficando insuportável, quando ele finalmente falou.

 - Aqui, esse deve ser o endereço. Fica perto da rodovia.

 - Como você sabe disso? - perguntei

 - Um dos poderes dela inclui mentalização. Ela pode conhecer pessoas ou lugares, sem nem ter visto antes.- infromou Paul

 - É, mas deixa pra lá. - disse Anne Marie energonhada. - Temos que chegar lá logo. Mat, pode nos levar?

 - Tá.

Depois da 'viagem' estávamos todos num lugar que não era asfaltado, mesmo assim, havia várias casas, ou melhor, barracos. O lugar me dava certa tristeza, era um lugar pobre e sem qualquer tipo de tecnologia ou contato com o mundo externo. Após caminharmos quase meia hora, encontramos o número do lugar.

Era de certa forma sinistro, uma casa minúscula de madeira, e outro compartimento minúsculo um pouco mais ao lado, que eu julguei ser o banheiro.  Havia algumas roupas no varal, que era balançado pelo vento forte de fim de tarde que passava ali. Dois cachorros bem sujos e até machucados correram para latir para a gente por trás da cerca de madeira, e mais ao lado havia uma pequena porta de madeira também.

 - Será que tem alguém? - perguntou Rob

 - Não sei, não tem campanhia. - eu disse

 - Por que não batemos palmas? - falou Ann

 - E alguém vai ouvir? - respondeu Paul

Em meio a discussão, uma mulher - facilmente confundível com um vulto, pois as cores de seu sari, eram bem escuras como vinho, roxo e marrom - abriu a porta da casinha, e se dirigiu ao portão.

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Provas agora :S
Mas assim que der continuo postando, se quiserem é claro.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Segredo dos Bennech" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.